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AS GUERRAS GRECO PÉRSICAS

Entre os séculos VI e V a.C, a expansão do Império Persa, que já


envolvera as colônias gregas da Ásia Menor, passou a ameaçar a própria
Grécia Continental. O confronto entre o Império asiático e as cidades-
Estado se manifestou nas Guerras Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas
(assim denominadas porque os gregos chamavam os persas de medos).
Entre 500 e 494 a.C, as cidades jônias da Ásia Menor rebelaram-se contra
os persas. Depois de dominar a revolta, o rei persa Dario I decidiu
castigar os atenienses, que haviam apoiado os núcleos gregos.
Em 490 a.C, porém, navios persas desembarcaram tropas na Planície de
Maratona, a 40 km de Atenas.
Apesar de inferiorizados numericamente, os atenienses derrotaram os
persas e retornaram à cidade antes que a frota de Dario I a atacasse.
Conta a tradição que, logo após a batalha, um soldado correu até a polis
e deu a notícia da vitória, morrendo em seguida de exaustão. A prova
olímpica da maratona seria uma homenagem a esse sacrifício.
Dario passou então a preparar uma invasão em larga escala, mas morreu
antes de concretizar seu projeto. Seu filho e sucessor, Xerxes, teve de
adiar o ataque, o que deu tempo para que as cidades da Grécia se
unissem e para que Atenas criasse uma frota poderosa.
A ofensiva persa só foi lançada em 480 a.C. Sob a liderança conjunta de
atenienses e espartanos, os helenos venceram os persas nas batalhas de
Salamina, Plateia e Micala, obrigando o rei Xerxes a voltar à Pérsia.
Uma vez afastada a ameaça persa no continente, os espartanos se
retiraram da guerra, enquanto Atenas e outras cidades continuaram a luta
para expulsar o inimigo do Mar Egeu e da costa asiática. As cidades
mobilizadas contra os persas formaram a Liga de Delos, confederação
presidida por Atenas.

Cada cidade-membro contribuiu com homens, navios e dinheiro para o


tesouro comum - que serviu em boa parte para cobrir de construções e
esculturas magníficas a Atenas de Péricles.

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