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A origem do nome Pérsia remete a uma região do sul do Irã chamada de Parsa ou Persis. Com
o passar do tempo, o termo Pérsia começa a ser usado pelos gregos da era clássica e pelos
ocidentais para se referir a toda planície do Irã. Apesar disso, o povo que habitava a região a
denominava como Irã (terra dos ários). Apenas no ano de 1935 da nossa era o governo do país
começou a utilizar o nome Irã oficialmente. Porém, em 1959 os dois nomes passaram a ser aceitos
para se referirem à região. Esta complicação quanto à utilização dos nomes tem a ver com fatores
históricos que ocorreram naquela área. Apesar de não ser utilizado pelos habitantes do local, o
nome Pérsia faz referência direta ao Império Persa. Este império foi fundado pelos persas na
cidade de Anshan, atualmente é a província Fars (Irã), e foi, posteriormente, liderado por uma
sucessão de dinastias, tanto persas, quanto estrangeiras, que governavam a região e os territórios
do entorno.
Voltando agora nossas atenções à história mais remota, no ano de 1500 a.C. a planície do Irã foi
ocupada pelas tribos árias, que tinham os medos como a etnia mais importante. Os medos
ocuparam a parte do noroeste e dominaram os persas. A partir do século VIII a.C. os povos medos
passaram a cobrar altos impostos dos persas. Afinal, contavam com uma forte estrutura política e
um grande número de homens no exército. Já no ano de 558 a.C., Ciro, o Grande, rei da
Pérsia, organizou um movimento de resistência contra os medos, além de decidir que iria dominar
toda a Mesopotâmia. Após vencer a batalha contra os medos, Ciro conquistou o reino da Lídia,
região da porção ocidental da antiga Anatólia (atual Turquia) e a Babilônia. Ciro saiu em
campanha militar e conquistou toda a região do Egito e parte da Grécia, dominando também
os povos semitas e hititas que habitavam a região da Mesopotâmia central. Apesar de sua ambição
expansionista, Ciro respeitava a cultura dos seus inimigos e não impunha nenhuma restrição à
língua ou costumes dos vencidos.
O Império Persa,
como ficou conhecido
o domínio iniciado
por Ciro, iniciou-se
por volta do ano 550
a.C. abrangendo,
agora, toda a Ásia
Menor (à época
conhecida como
Anatólia, e hoje,
Turquia), além de
parte do Oriente
Médio (Fenícia, Síria
e Palestina).
Dias após a derrota nas Termópilas, um vendaval afundou um grande número de embarcações
persas facilitando aos gregos a vitória contra a marinha inimiga na batalha de Artemisium, em
agosto de 480 a.C.. Xerxes avançou pela Grécia, tomando e incendiando Atenas. Temístocles, um
Arconte (magistrado – juiz – na antiga Grécia, também com poder de legislar e dignidade vitalícia
próxima à realeza, mas que também era um general) de Atenas estava decidido a tentar uma
estratégia para reconquistar sua cidade: atrair a marinha persa para um estreito canal com apenas 2
quilômetros de largura, entre a ilha de Salamina e o continente e, assim poder vencer a armada
inimiga. Os espartanos resistiram em aceitar tal plano, pois queriam uma fortificação no istmo
(estreita faixa de terra que liga duas áreas de terra maiores, unindo uma península a um continente
ou separando dois mares) de Corinto para defender a Península do Peloponeso, situada ao sul da
Grécia.
Como Xerxes acreditava que várias embarcações gregas bateriam em retirada, ordenou que a
experiente armada egípcia esperasse ao longe, o que piorou em muito sua situação. Cerca de 360
embarcações gregas enfrentaram mais de 600 persas na Batalha de Salamina, em setembro de
480 a.C. Considerada a mais mortal das batalhas navais de toda História, a força persa não tinha
espaço para se locomover, enquanto os gregos manobravam rapidamente e atacavam os persas
com seus aríetes (saliência reforçada da roda de proa de um navio para avariar o casco da
embarcação inimiga).
O objetivo agora era se reorganizar e tentar nova investida contra os gregos no ano seguinte.
Mardônio se refugiou na Tessália e em poucos meses marchou novamente em direção ao sul,
acampando em Plateia, na Boécia, com seus 250 mil homens. Do outro lado, sob a liderança de
Pausânias, general espartano, e Aristides, general ateniense, 70 mil gregos montaram
acampamento próximo aos persas. E por vários dias esperaram o combate .
Dessa vez o território era aberto e os gregos não poderiam contar com proteções naturais como
tinham feito nas outras batalhas. Mas os persas também estavam em desvantagem: além de seus
melhores homens terem morrido em Salamina, também não poderiam contar com nenhum auxílio.
A batalha de Plateia (julho de 479 a.C.) iniciou-se quando Mardônio ordenou o ataque, pois
acreditou que uma das falanges gregas estava se retirando, quando na realidade estava somente
fazendo uma mudança de posição.
Em 332 a.C. Alexandre, o Grande, Imperador da Macedônia que já havia tomado a Grécia,
aproveitou o momento de fraqueza dos inimigos persas e empreendeu uma grande batalha para
dominar todo o território outrora conquistado por eles, suscitando no fim da hegemonia persa no
Oriente Médio. Paralelamente, inúmeras guerras civis foram também surgindo nas províncias
dominadas, contribuindo para o declínio de civilização persa.
Economia persa
A arquitetura persa teve, contudo, caráter bastante original na harmoniosa combinação dos
elementos estrangeiros no luxo da decoração e na grandiosidade das estruturas, porém não
podemos considerar a arquitetura persa como uma
arte popular.
Os persas construíram grandes obras
arquitetônicas e seus palácios, além de grandes,
eram bastante luxuosos. Os mosaicos e as pinturas
retratam os feitos dos imperadores assim como os
deuses. A arquitetura persa foi uma criação dos
reis para a sua própria exaltação. Um exemplo de
tamanha glorificação é a cidade de Persépolis,
distante cerca de 70 km da cidade de Xiraz no Irã,
que foi construída em 520 a.C., e que foi uma das
capitais do Império Persa. Ruínas de Persépolis
A construção de Persépolis foi iniciada por Dario I e continuou ao longo de dois séculos, até a
conquista do Império persa por Alexandre Magno. No entanto, a primeira capital do Império
Aquemênida foi Passárgada até que o rei Dario I empreendeu a construção deste massivo
complexo suntuoso, ampliado posteriormente por seu filho Xerxes I e seu neto Artaxerxes I. A
cidade de Persépolis manteve a função de capital cerimonial, onde se celebravam as festas de ano
novo. Construída em uma região remota e montanhosa, Persépolis era uma residência real pouco
conveniente e era visitada principalmente na primavera.
Dois séculos mais tarde, em 330 a.C., Alexandre, o Grande, em sua campanha no oriente,
ocupou e saqueou Persépolis, incendiando o palácio de Xerxes, para simbolizar o fim da guerra
vingativa pan-helênica contra os persas. Em 316 a.C., Persépolis era a capital de Pérsis, uma
província do novo Império Macedônico. A cidade decaiu gradualmente durante o Império
Selêucida e em épocas posteriores.
Religião na Pérsia
Os persas acreditavam em vários deuses, mas com o
tempo o Zoroastrismo prevaleceria. O zoroastrismo
era uma religião dualista, pois via a representação do Tapete persa
bem em Ahura-Mazda ou Ormuz e a representação
do mal em Aritmã. Para eles, quando os dois deuses
se enfrentarem haverá um Juízo Final, onde todos os
homens serão julgados por seus atos.
O zoroastrismo é uma ramificação das
religiões indo-iranianas da mesma forma que o
budismo partiu do hinduísmo. Zoroastro é a
transliteração do nome persa Zaratustra, para o
grego. Zaratustra foi o profeta quem revelou
Ahura-Mazda aos homens. A menção mais
antiga conhecida de Zoroastro nos textos
gregos foi por volta de 450 a.C., sendo assim,
anterior a Jesus. De acordo com os gregos, o
zoroastrismo era a religião oficial da Dinastia
Aquemênida da Pérsia.
Referências Bibliográficas
https://pt.wikipedia.org/wiki/persia
https://ohistoriante.com.br/guerras-medicas.html
https://www.infoescola.com/historia/civilizacao-persa/
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/arte-persa.htm
https://www.infoescola.com/civilizacoes-antigas/persia/
https://www.suapesquisa.com/geografia/asia_menor.htm
https://www.mitoselendas.com.br/2021/09/principais-deuses-e-deusas-persas.html
https://quem-escreveu-torto.blogspot.com/2019/02/ahura-mazda-era-o-deus-dos-judeus.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Ahura_Mazda#/media/File:Naqshe_Rostam_Darafsh_Ordibehesht_9
3_(35).JPG
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/segunda-guerra-medica-as-batalhas-de-termopilas-
salamina-e-plateia.htm