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Civilização Persa

29 de abril de 2019

A Civilização Persa teve seu florescimento por volta do ano 2000 a.C., na região das atuais planı́cies
iranianas. Esse florescimento ocorreu conjuntamente a outros povos, os medos. Por volta do ano 550
a.C., Ciro, o Grande, o primeiro rei persa a ter grande destaque, conquistou o reino da Média e promoveu
a unificação dos reinos dos dois povos, os medos e os persas. Teve inı́cio com Ciro o império que durou
cerca de duzentos anos.
Ciro permaneceu mais de vinte anos no poder, tempo em que promoveu a expansão do Império em
direção à Ásia Menor, conquistando a região da Lı́dia e marchando em direção às cidades-estado gregas
situadas na atual Turquia. Seus domı́nios também englobavam boa parte do Oriente Médio, como a
Fenı́cia e a Sı́ria, que foram por ele anexadas.
Em 539 a.C., Ciro libertou os judeus do cativeiro da Babilônia, ordenado por Nabucodonosor, per-
mitindo que esse povo regressasse à sua terra de origem. Foi ainda com Ciro que começou um dos
aspectos mais acentuados dos governantes persas: uma espécie de “polı́tica ecumênica” e tolerante que
se caracterizava pelo respeito às culturas dos povos conquistados, sem imposição de crenças ou de
hábitos.
O sucessor de Ciro foi seu filho Cambises, que governou de 529 a 522 a.C. Como Cambises morreu sem
deixar herdeiros, Dario I, com o apoio de nobres persas, passou a ocupar o trono imperial após debelar
uma tentativa de usurpação. Dario foi um dos mais poderosos imperadores da antiguidade. Durante seu
reinado, o império Persa passou por um esplendor ainda maior do que na época de Ciro, sobretudo em
razão das grandes construções de engenharia, entre elas, as estradas que ligavam as principais cidades
do império, como Pasárgada, Susa e Persépolis.
A forma de administração dos persas tinha com caracterı́stica principal as satrapias, que consistiam
em provı́ncias, em organismos locais, cujos governadores, chamados sátrapas, eram responsáveis por
cuidar da região segundo as orientações do rei. Para que as satrapias se mantivessem fiéis ao poder
central, havia funcionários de confiança do imperador, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”, que
eram encarregados de fiscalizar os sátrapas.
Além disso, os persas, sob o governo de Dario I, desenvolveram um sofisticado sistema de impostos
unificado, que abrangia todas as satrapias, cujo controle era feito a partir da moeda criada por esse
monarca, o dárico.
A história da civilização persa também esteve intimamente associada à das cidades-estado gregas.
Foram contra os persas que os gregos travaram as famosas Guerras Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas
(que remetem aos povos medos, como os persas eram conhecidos pelos gregos). Desde Dario I, passando
por Xerxes, até Dario III (o último rei persa), que persas e gregos enfrentavam-se. Sempre foi um desejo
persa conquistar a região da Hélade (como era conhecida a Grécia Antiga). A batalha de Salamina,
ocorrida em 480 a.C., foi a mais importante daquelas travadas entre gregos e persas, haja vista que a
marinha ateniense, liderada por Temı́stocles, conseguiu o grande feito de deter o avanço do poderoso
exército de Xerxes.
O último grande imperador persa, Dario III, teve também a mesma pretensão de seus antecessores.
Porém, a civilização persa foi submetida ao maior império da Antiguidade antes do Império Romano:
o império que foi fundado pelo herdeiro da cultura grega, Alexandre da Macedônia, também conhecido
como Alexandre, O Grande, que derrotou Dario III e estendeu os domı́nios de seu império sobre toda
a região do antigo império Persa.

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