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5 HEBREUS, FENÍCIOS E PERSAS

por Luís Fernando de Souza Alves


Baixo-relevo de cerca de 522 –
486 a. C., que representa os
arqueiros de Dario I, em Susa.
Os arqueiros persas foram
decisivos na expansão do
império persa. Durante muito
tempo, na antiguidade, o arco
e a flecha foram as armas
mais poderosas, e os povos do
Oriente eram habilidosos com
tais instrumentos.
5.1 Hebreus: o legado
cultural monoteísta
5.1.1 Judaísmo
O quipá é um solidéu (pequena boina)
usado, geralmente, por judeus do sexo
masculino. Seu significado está
associado ao reconhecimento da
superioridade de Deus. Na foto de 2012,
jovem aparece usando quipá na cidade
de São Paulo.
O mezuzá é um pergaminho com
palavras da Torá. Judeus costumam
guardar tal pergaminho em um estojo e
fixá-lo na porta de suas casas ou
estabelecimentos. O mezuzá está
associado à ideia de proteção. Na foto
de 2010, mezuzá em Israel.
5.1.2 História política
I) Patriarcas;
II) Juízes;
III) Reis.
5.1.2.1 Patriarcas
A saída do Egito sob a
liderança de Moisés
5.1.2.1.1 Arte e religião
Moisés, escultura de
Michelangelo, datada de 1515. A
obra está na Basílica de San
Pietro in Vincoli, Roma, Itália.
5.1.2.2 Juízes
Canaã (século X. a. C.).
5.1.2.3 Reis
Período do
reino dividido
I) Reino de Israel (ao
Norte);
II) Reino de Judá (ao
Sul).
Destruição do templo e período do
cativeiro
A vida sob o império romana e a diáspora
hebraica
Detalhe do Arco de Tito,
construído em Roma, em
81 d. C. O entalhe
representa o exército
romano saqueando e
destruindo objetos do
templo de Jerusalém,
durante a conquista da
cidade, em 70 d. C.
5.1.3 A criação do Estado de Israel
5.2 Fenícios:
vivência marítima
e comercial
Fenícia (século VII a. C.).
5.2.1 Cidade e sociedade
A proeminência da cidade de Tiro
Estatueta de Baal, deus fenício
relacionado ao poder e à autoridade
real. Foi produzida com ouro e
bronze, entre os séculos XIV e XIII a.
C. O culto aos deuses fenícios se
espalhou pelo Mediterrâneo, junto ao
estabelecimento de colônias
comerciais.
5.2.2 Navegação e comércio
5.2.3 Alfabeto fenício
5.3 Persas: um grande império no
Oriente
5.3.1 Administração do império
Periodicamente enviava-se altos funcionários
às províncias, para fiscalização dos sátrapas
5.3.1.1 Estradas e estratégias
Escultura persa de ouro
(500 – 300 a. C.) que
parece representar um
sátrapa viajando em uma
carruagem. Museu
Britânico, Londres.
5.3.2 Comércio e cunhagem de
moedas
Moeda cunhada na época
de Dário I (521 – 485 a. C.).
5.3.3 Zoroastrismo
Existem algumas semelhanças entre os
princípios do zoroastrismo, cristianismo,
judaísmo e islamismo
Escultura de Faravahar,
um dos símbolos do
Zoroastrismo.
Iranianas dançam em
festival tradicional do
Zoroastrismo, em
Teerã. Foto de 2015.
5.4 Revisão
1. (Enem – 2008) Existe uma regra religiosa, aceita
pelos praticantes do judaísmo e do islamismo, que
proíbe o consumo de carne de porco. Estabelecida na
antiguidade, quando os judeus viviam em regiões áridas,
foi adotada, séculos depois, por árabes islamizados, que
também eram povos do deserto. Essa regra pode ser
entendida como:

a) uma demonstração de que o islamismo é um ramo do


judaísmo tradicional.
b) um indício de que a carne de porco era rejeitada em
toda a Ásia.
c) uma certeza de que do judaísmo surgiu o islamismo.
d) uma prova de que a carne de porco era largamente
consumida fora das regiões áridas.
e) uma crença antiga de que o porco é um animal
impuro.
2. (UFC)

BRASÍLIA – Irritada com a versão de Hollywood


para a guerra entre gregos e persas no filme ‘300
de Esparta’, a embaixada do Irã em Brasília
divulgou uma nota nesta quarta-feira na qual
acusa o filme, que tem no elenco o brasileiro
Rodrigo Santoro fazendo o papel do rei persa
Xerxes, de ‘promover o conflito entre as
civilizações’ [...]

Com base no texto acima, responda às questões


que seguem:
a) Qual a ligação histórica entre os povos
iraniano e persa?

O povo iraniano descende dos antigos persas, que


estabeleceram no planalto iraniano, no período
compreendido entre os séculos VI e IV a. C., um
poderoso império.
b) Como ficaram conhecidas as guerras
entre gregos e persas na antiguidade?
No final do século V a. C., o império persa
dominou as colônias gregas na Ásia Menor
e tentou conquistar a Grécia continental,
dando origem a um longo conflito que ficou
conhecido como guerras médicas ou
guerras persas. Uma das batalhas mais
famosas desse conflito foi a batalha das
Termópilas (retratada no filme 300), na qual
trezentos guerreiros espartanos
enfrentaram o gigantesco exército do rei
persa Xerxes.
c) Qual a motivação principal das guerras
mencionadas no item anterior?

O conflito entre gregos e persas era


sobretudo uma disputa pela supremacia
marítimo-comercial do mundo antigo, que
tinha como uma de suas rotas primordiais o
mar Egeu.
d) Cite dois motivos do conflito diplomático
entre Irã e EUA nos dias de hoje.
No século XX (década de 1950), o Xá (rei) do Irã, Reza Pahlevi,
empreendeu um movimento de modernização do país, que ficou
conhecido como revolução branca. Nesse período, foram estabelecidos
vários acordos políticos e comerciais com os EUA, especialmente no
campo da exploração de petróleo. Esse movimento entrou em choque
com a cultura mulçumana, levando a uma série de conflitos entre o
governo e os religiosos. Em 1979, a revolução islâmica, liderada pelo
aiatolá Ruhollah Khomeini, transformou o país numa república islâmica e
rompeu todos os acordos comerciais com os EUA.
Desde então, a Casa Branca vem tentando retomar, por meio de
pressões diplomáticas e sanções comerciais, a influência política e
econômica (sobretudo no campo da exploração de petróleo) que exercia
sobre o Irã ao tempo do Xá. Nos últimos anos, o conflito diplomático foi
agravado por denúncias feitas pelo presidente George W. Bush de que o
Irã favorece organizações terroristas e tenta desenvolver armas
nucleares, bem como pelas declarações do presidente Mahmud
Ahmedinejad a favor da destruição do Estado de Israel, principal aliado
dos EUA no Oriente Médio. Em 2015, os dois países assinaram um
acordo que suspendeu as sanções econômicas impostas ao Irã e deteve
seu acesso à bomba atômica.
3. (UFRN) Na antiguidade, durante o reinado de Ciro I
(559 – 529 a. C.), os persas construíram um vasto
império e governaram diferentes povos, adotando
uma política que respeitava as diferenças culturais e
religiosas. Esse modo de proceder está exemplificado
no fato de:

a) incorporarem a cultura sumeriana, especialmente


os registros da nova língua semítica em caracteres
cuneiformes.
b) arregimentarem entre os caldeus, após a conquista
da Babilônia, os sátrapas, administradores
encarregados das províncias imperiais.
c) libertarem os judeus cativos na Babilônia, que
retornaram à Palestina e reconstruíram o templo de
Salomão e o culto a Javé.
d) difundirem no Egito o culto de Ahura-Mazda, que,
integrando-se às ideias religiosas egípcias, deu
origem ao maniqueísmo.

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