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História Antiga:

Mundo Oriental
Material Teórico
Persas, Hebreus e Fenícios

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Andrea Borelli

Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Persas, Hebreus e Fenícios

• A Pérsia
• O Reino Medo
• O Reino Aquemênida
• Os Fenícios
• Os Hebreus

Nesta unidade, vamos tratar das civilizações persa, fenícia e, por fim, dos
hebreus. Várias das descobertas e realizações desses povos perduram até hoje
– como o alfabeto fonético.

Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.

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Unidade: Persas, Hebreus e Fenícios

Contextualização

Entre os mais famosos povos da Antiguidade estão persas, fenícios e hebreus.


Conhecidos por seu grande império e por sua imensa organização política, os persas marcam
lugar entre os principais impérios conhecidos.
Já os fenícios, são lembrados por sua imensa força comercial e por suas contribuições para o
desenvolvimento da navegação.
Por sua vez, o monoteísmo marcou a civilização hebraica e nossa memória dela.

brasilescola.com
aventura.com.br

David Roberts (1796–1864)/Wikimedia Commons

Vamos discutir, nesta unidade, os aspectos centrais desses povos.

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A Pérsia

O nome Pérsia foi dado pelos gregos aos territórios ocupados por diversos grupos que se
desenvolveram na região do atual Irã.

Anton Gutsunaev/Wikimedia Commons

Zereshk/Wikimedia Commons
Vários sítios arqueológicos mostram que a ocupação da região
remete ao paleolítico e muitos artefatos de cerâmica foram
encontrados em locais como Tepe Sialk, Tepe Hissar e Tepe Giyan
Além desses grupos, ao sul, estavam os Elamitas, cuja principal
cidade era Susa, que ficava na região da Mesopotâmia.
Já ao norte, estavam os Kassitas, que também ocupavam partes
da Mesopotâmia.
Vaso Tepe Sialk - Museu Nacional
do Irã

Na atual província de Azerbaijão, viveram pessoas chamadas Manneans e, próximo ao mar,


um grupo que ficou conhecido como Caspians. A parte ocidental do planalto foi habitada por
vários povos que permanecem pouco conhecidos, entretanto, os objetos encontrados nessa
região revelam grande elaboração e capacidade técnica.
Muitos desses objetos foram encontrados basicamente na
Wolfgang Sauber/Wikimedia Commons

província de Luristan, a oeste do Irã. A maior parte das peças


que conhecemos vem de cemitérios, saqueadas de sepulturas,
e a maioria é de 1000 e 700 a.C. Embora cada objeto seja
único, eles apontam para a produção de uma gama de objetos
variados que foram distribuídos por toda a região.
Aproximadamente no segundo milênio a.C., um novo grupo
começou a se espalhar pela região, trata-se dos arianos e dos
medos, estes os mais proeminentes dos povos iranianos, são
Cavalos – Bronze de Luristan
mencionados como estando lá por fontes assírias em 836 a.C.

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Unidade: Persas, Hebreus e Fenícios

O Reino Medo

O primeiro reino surgido na região, por volta de 700 a.C., foi a dos medos no Irã ocidental.
A ascensão dos medos foi contida pelo avanço de outros grupos, como os trácios. Contudo, por
volta de 625 a.C., uma nova tentativa de expansão aconteceu sob o comado do Rei Ciaxares,
que depois de derrotar os citas voltou sua atenção contra a Assíria. Uma aliança foi feita entre os
babilônios, os medos e os aliados invadiram e destruíram a capital da Assíria, Nínive, em 612 a.C.

Astyages sucedeu seu pai, Cyaxares e, comparativamente, pouco se sabe do seu reinado. De
fato, a dinastia dos medos foi suplantada pela ascensão de Ciro, o Grande, e pela fundação da
dinastia Aquemênida.

A principal cidade do reino medo era Ectabana1, que, segundo Heródoto, teria sido fundada
por Deioces, um rei lendário. Sob o domínio Aquemênida, a cidade se desenvolveu e tornou-se
a capital do Império Selêucida e Partia.

O Reino Aquemênida

Ao assumir o controle do reino, Ciro, o Grande, iniciou um período de grandes conquistas.


Depois de aparentemente convencer os babilônios que eles não tinham nada a temer dos persas,
iniciou o ataque às ricas cidades lídias e capturou o Rei Creso, em 546 a.C. Das cidades-estados
gregas ao longo da costa ocidental da Ásia Menor, até então sob controle lídio, apenas Mileto se
rendeu sem luta; as outras cidades foram sistematicamente conquistadas pelos exércitos persas.

Em seguida, Ciro voltou seus exércitos para a Babilônia, que ele ocupou no final do verão de
539 a.C. Pouco se sabe sobre o restante do reinado de Ciro, mas a rapidez com que seu filho
e sucessor, Cambises II, iniciou uma campanha contra o Egito sugere que os preparativos para
um ataque foram concebidos no reinado de Ciro; abonados, contudo, no final de seu reinado,
pois ele se viu obrigado a voltar a sua atenção aos ataques sofridos nas regiões de fronteira por
tribos que ameaçavam o controle dos persas na região do Irã. A dimensão das conquistas de
Ciro, o Grande, é incerta, mas sabemos que ele morreu em 529 a.C. lutando em algum lugar na
região dos rios Oxus e Jaxartes.

Pasárgada2 foi a primeira capital da dinastia Aquemênida e foi fundada provavelmente no


século 6 a.C. Suas construções são exemplos notáveis da primeira fase da arquitetura real persa
e testemunhos excepcionais dessa civilização. Entre as construções principais, estão o Mausoléu
de Ciro II, o palácio e outras construções da elite local.

1 SHAW, Ian. A Dictionary of Archaeology. New Jersey: Wiley-Blackwell, 2002, p.389.


2 Ver: http://whc.unesco.org/en/list/1106. Acesso em 2 de outubro de 2014.

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Truth Seeker/Wikimedia Commons
Túmulo de Ciro, o Grande

Com a morte de Ciro, o Grande, o império passou para o seu filho, Cambises II (529-522 a.C.).
Cambises venceu os egípcios na Batalha de Pelusa e consolidou a posição dos persas na região.
Cambises foi descrito como um rei cruel, que profanou inúmeros templos egípcios, embora
haja poucas evidências para essas afirmações.
Seu sucessor foi Dario I, o Grande. Dario era um dos membros da casa real Aquemênida,
pois seu bisavô era Ariaramnes, filho de Teispes, irmão de Ciro I. Dario I levou mais de um ano
para acomodar as tensões locais e as discussões quanto à legitimidade de seu governo.
Ele procurou uma política de clemência contra os insurgentes apoiada pela rápida punição de
qualquer líder rebelde capturado. Além disso, Dario distribuiu as suas forças por todas as regiões,
garantindo paz e hegemonia política, voltando sua atenção para a organização e consolidação do
império – e foi para esse papel, o de legislador e organizador, que ele direcionou seus esforços.
Entretanto, essas atividades não impediram Dario de expandir as fronteiras do império, o que
provocou conflitos com as cidades gregas, que também estavam no mesmo processo.
Em 494 a.C., uma ofensiva organizada pelos persas foi bem sucedida. A frota grega foi
expulsa de Mileto e o exército conquistou novas áreas que estavam sob influência grega. O
passo seguinte dos persas foi organizar a invasão da Grécia, que levou à derrota de Dario na
batalha de Maratona no final do verão de 490 a.C.
Wikimedia Commons

Em 486 a.C., Dario morreu e foi sucedido por seu filho, Xerxes.
O Túmulo de Dario encontra-se na necrópole real Naqsh-
i-Rustam3, situada a noroeste de Persepolis, a grande capital
Aquemênida.
Os túmulos começaram a ser estudados em 1933 por Ernst
Herzfeld, professor de Arqueologia Oriental na Universidade
de Berlim, contudo, as análises mais detalhadas só começaram
em 1936, sob a orientação de Erich Schmidt, professor de
Arqueologia Oriental da Universidade de Chicago. Somente o
túmulo de Dario I foi identificado adequadamente, devido a
diversas inscrições no local. As outras três tumbas de Naqsh-
i-Rustam são atribuídas a seus sucessores imediatos: Xerxes,
Túmulo de Dario Artaxerxes I e Dario II.
3 Ver: The Persian Expedition. The Oriental Institute – University of Chicago. https://oi.uchicago.edu/research/projects/persian-expedition.
Acesso em 4 de outubro de 2014

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Unidade: Persas, Hebreus e Fenícios

Xerxes, sucessor de Dario, rompeu com a política de seus antecessores, que era a de governar
terras estrangeiras de forma tolerante e compatível com as tradições locais. Um exemplo desse
tipo de ação aconteceu no Egito, onde ele ignorou os costumes locais e impôs sua vontade
sobre a província rebelde em um “estilo completamente persa”. O mesmo aconteceu com a
grande revolta na Babilônia, cerca de 482 a.C., em que a população local foi obrigada a aceitar
a cultura e as formas de governo persas.

Xerxes, então, voltou sua atenção para a Grécia, mas seus esforços foram contidos pelas
ações de espartanos e atenienses em grandes batalhas, como a do Desfiladeiro das Termópilas.
A formação da Liga de Delos, a ascensão do imperialismo ateniense e problemas na costa oeste
da Ásia Menor contiveram as ambições militares dos persas no Mar Egeu.

Os reis seguintes, Artaxerxes I, Xerxes II e Darius II, enfrentaram a desestruturação paulatina


do império até a conquista desse por Alexandre, o Grande.

Uma das grandes marcas do império Aquemênida foi o desenvolvimento de uma ampla
organização estatal que permitiu uma administração precisa e eficiente. No centro dessa organização
estava o rei, em torno de quem se organizava uma grande corte composta por: poderosos
proprietários de terras, os escalões superiores do exército, o harém, funcionários religiosos e a
burocracia administrativa. O rei vivia principalmente em Susa, mas nos meses quentes de verão
mudava-se para Ecbátana e, provavelmente, na primavera, mudava-se para Persepolis.

archaeology-knigi.com

Mapa das Satrapias no governo de Dario

As províncias, ou satrapia, eram governados por sátrapas, nomeados pelas autoridades


centrais, que eram auxiliados por um grande número de burocratas, também indicados pelo rei.

O rei controlava diretamente as forças militares estacionadas nas províncias, mas, com o passar
do tempo e com o crescimento do império, os sátrapas passaram a assumir o controle militar,
além do civil. O rei manteve o controle nas províncias utilizando os serviços de funcionários do
governo central que viajaram por todo o império e que se reportavam diretamente a ele sobre
a situação local e as atividades dos sátrapas.

O número de satrapias e de fronteiras mudou muito durante o império, mas essa estrutura
trouxe estabilidade ao governo.

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O exército era um elemento particularmente
Wikimedia Commons

importante dentro do império. No período de Ciro,


tornou-se uma força profissional complementada
por forças convocadas em momentos de confronto.
A elite do exército permanente era formada pelos 10
mil Imortais, constituídos por persas e medos – desses,
1.000 eram a guarda pessoal do rei.
Tanto a administração civil quanto a militar, bem
como o comércio no império persa foram facilitados
pelo famoso sistema de estradas reais aquemênidas.
A famosa estrada de Susa a Sardes, no oeste da Ásia
Menor, é a mais conhecida dessas estradas imperiais.
Além disso, um sistema postal governamental baseado
na troca de portadores ao longo da estrada fazia com
Representação dos 10 mil imortais. que a velocidade da troca de mensagens fosse notável.
Depois da queda do Império Aquemênida, o poder na região foi tomado pelos arsacidas, que
governavam a região da Partia.
Os partos ficaram famosos pela habilidade de seus cavaleiros, que utilizavam arcos e flechas
durantes seus ataques. Eles estavam divididos sob o comando de inúmeros líderes locais e
durante o império formaram uma união frágil. Esta divisão entre os nobres de Partia favoreceu
a ascensão do Império Sassânida.
O Império Sassânida foi uma das grandes potências da Ásia Ocidental e Central, juntamente
com o Império Bizantino, e foi absorvido pelo avanço das potências islâmicas.

Os Fenícios
Wikimedia Commons

As cidades Fenícias

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Unidade: Persas, Hebreus e Fenícios

O comércio foi a principal marca da civilização fenícia, que dominou o Mediterrâneo entre
1550 a.C. e 300 a.C. Trata-se de uma cultura centrada nas cidades, como Tiro e Sidon. É incerto
até que ponto os fenícios viam a si mesmos como uma única etnia. Sua civilização era organizada
em cidades-estado independentes politicamente, que podiam entrar em conflito ou colaborar em
ligas ou alianças. Tiro e Sidon eram os mais poderosos dos estados fenícios no oriente.

Wikimedia Commons
Navio Fenício

O sucesso dos fenícios baseou-se na expansão marítima e, do século XII ao VII a.C., eles
desenvolveram as habilidades técnicas necessárias para a navegação e se aventuraram por todo
o Mediterrâneo, descobrindo e abrindo novas rotas marítimas. Dessa forma, eles foram capazes
de estabelecer centros comerciais e criar colônias. Entre essas colônias, pode-se mencionar:
Chipre, Rodes, Malta, Sicília, Marselha, Cadiz e, principalmente, Cartago.
Cartago foi fundada pelos comerciantes de Tiro e era a mais poderosa de todas as colônias
fenícias, sua expansão levou a uma grande guerra contra Roma pelo controle do Mediterrâneo.
Wikimedia Commons

Seus parceiros comerciais iniciais foram os gregos, com os quais eles negociavam madeira,
escravos, vidro e um corante roxo, que era extraído de um molusco. Esse corante era usado pela
elite grega para colorir roupas e outras peças de vestuário e não era encontrado em nenhum
outro lugar. Devido a esse contato, os gregos passaram a chamar o grupo de fenício, termo que
deriva do grego phoinikèia, que significa roxo.

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Os fenícios estabeleceram um sistema de comércio internacional, baseado incialmente
no escambo. Eles negociavam com: Egito, Babilônia, Assíria, Síria, Espanha, Sicília, Chipre,
Messina, Frígia, Grécia e África do Norte, entre outros lugares.
Além do corante púrpura citado, aperfeiçoaram a fabricação de artigos de luxo, como
perfumes, joias, objetos de vidro e móveis decorados com ouro e marfim. Vidro soprado foi
inventado em Sidon, e este processo se espalhou por várias partes do mundo.
Sidon é o nome que os gregos davam à cidade fenícia que ficava acerca de 25 milhas ao
sul de Beirute. Juntamente com a cidade de Tiro, Sidon era uma das mais poderosas cidades-
estado da Fenícia – e o local onde foi criado o tal corante roxo que fez Tiro famosa e poderosa.
Sidon4 foi conquistada por Alexandre, o Grande, em 332 a.C. – como o resto da civilização fenícia
–, depois acabou sendo absorvida por Roma e, finalmente, tomada pelos árabes muçulmanos.
Outra cidade que merece destaque é Tiro5, cujo nome significa rocha. Sua época de ouro foi em
torno do século 10 a.C. Suas colônias, como Cartago, desfrutaram de grande riqueza e prosperidade.

UNESCO/Véronique Dauge

Cidade de Tiro

Outra cidade muito poderosa era Biblos6. Trata-se de uma cidade comercial que foi capaz de
acomodar dominações sucessivas – os assírios, os babilônicos, os persas e os gregos. Durante o
período romano, o seu papel comercial diminuiu, mas a cidade assumiu uma importante função
religiosa. Alfabeto Fenício:
moodle.ufba.br

Foi na Fenícia que surgiu o primeiro alfabeto


fonético. Em contraste com os outros dois sistemas
de escrita mais utilizados no período – o cuneiforme
e os hieróglifos egípcios –, o dos fenícios continha
cerca de vinte letras, o que o tornava mais simples
para o uso cotidiano. Outra vantagem do alfabeto
fenício era a de que ele poderia ser utilizado
para escrever em diversas línguas, uma vez que
registrava as palavras foneticamente.

The Phoenician Alphabet ~ 1400 BC


4 Ver: http://www.sidonexcavation.com. Acesso em 6 de outubro de 2014.
5 Ver: http://whc.unesco.org/en/list/299/gallery/. Acesso em 6 de outubro de 2014.
6 Ver: http://whc.unesco.org/en/list/295 Acesso em 6 de outubro de 2014.

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Unidade: Persas, Hebreus e Fenícios

Os Hebreus

O Reino de Israel ocupou a região que corresponde aproximadamente ao Estado de Israel


moderno. Nosso conhecimento da história antiga de Israel é baseado em duas fontes básicas:
o Antigo Testamento e os dados arqueológicos obtidos em escavações na região. O desafio que
surge ao trabalhar com esse tipo de documento está em distinguir informações históricas de
questões ligadas à fé.
A primeira fase da história dos hebreus é conhecida como período dos Patriarcas e, segundo
consta, os hebreus eram tribos de pastores que ocupavam a região da Mesopotâmia. Por volta de
1850 a.C., o grupo comandado por Abraão migrou de Ur para Haran e, por fim, para Hebron, em
Canaã. Entre 1700 e 1580 a.C., os hebreus passaram a viver no Egito, segundo a tradição, sob a
proteção de José. No período de 1290-1224 a.C., Moisés liderou o êxodo do Egito.
Webscribe/Wikimedia Commons

A única referência egípcia que temos sobre os hebreus, até este


momento, vem da chamada Estela de Merneptah7, que é o nome dado
a uma pedra onde foram gravadas as descrições das vitórias militares
deste faraó na África e no Oriente Médio. A estela foi descoberta pelo
renomado arqueólogo britânico Flinders Petrie em Tebas, em 1896.
Nela temos acesso a uma lista de povos e cidades-estado da região de
Canaã, entre eles estão os israelitas. Durante os dois séculos seguintes,
os hebreus progressivamente se adaptaram
Estela Merneptah –
Museu do Cairo

Segundo a tradição, a sociedade hebraica neste ponto

Richardprins/Wikimedia Commons
foi organizada de acordo com as Doze Tribos8, sendo dez
ao norte e duas ao sul da região. De acordo com o Antigo
Testamento, não havia precedentes para a realeza entre os
hebreus, nem supremacia entre as tribos. Eles consideravam
a organização de um poder central como um recurso a ser
usado somente em caso de extrema necessidade.
A ameaça dos filisteus levou à unificação sob o comando
de Saul, contudo, sua liderança foi muito contestada, o que
abriu caminho para a chegada de David ao poder.
David derrotou os filisteus e conquistou toda a região
costeira de Gaza, dominando a Fenícia. Sua influência
estendeu-se do rio Eufrates, ao norte, até o Mar Vermelho, ao
sul. Seu reinado representou o apogeu do império israelita e é
considerado a Idade de Ouro dos Hebreus. David estabeleceu
sua capital na antiga cidadela Cananeia de Jerusalém.
Tribos de Israel

7 Ver: http://www.pbs.org/wgbh/nova/ancient/archeology-hebrew-bible.html. Acesso em: 6 de out. de 2014.


8 Ver: http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Judaism/tribes.html. Acesso em 10 de outubro de 2014

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Godot13/Wikimedia Commons
Vista área da cidade de Jerusalém – ao centro, a Cúpula da Rocha

A cidade de Jerusalém9 tem grande importância simbólica, por ser considerada sagrada para
três grandes tradições religiosas do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Entre os
mais de 220 monumentos históricos que foram tombados pela UNESCO, podemos destacar
a Cúpula da Rocha, que foi construída no século VII e, segundo a tradição, está localizada no
lugar o qual Abraão teria escolhido para sacrificar Isaque. Além do Muro das Lamentações,
destaca-se a Igreja do Santo Sepulcro.
David foi sucedido por Salomão, que não foi tão ativo militarmente quanto ele. Salomão
ampliou as relações comercias e estabeleceu relações diplomáticas com os egípcios, os fenícios
e outros reinos africanos.
O caráter cosmopolita do governo de Salomão, caracterizado pela introdução de hábitos
e cultos religiosos vindos de outros grupos – como o culto a Baal –, causou polêmica entre os
israelitas. Depois da morte de Salomão, o Estado se desestruturou e o reino se dividiu.
O Reino de Israel, ao norte, com capital na Samaria, continua a ser o mais populoso, o mais
urbano dos dois reinos e era ligado às casas reinantes da Fenícia. Já o Reino de Judá, com
capital em Jerusalém, se manteve isolado e rural. Esta fragilidade política favoreceu à conquista
pela Assíria, pela Babilônia e, posteriormente, pelos persas.
Por fim, Israel acabou sendo conquistada por Pompeu, em 62 a.C. Depois disso, a população
da Palestina se rebelou contra a autoridade romana, o que levou o Imperador Tito a ordenar a
diáspora dos hebreus.
Os hebreus, diferente dos outros povos da região, adoravam a uma só divindade: Javé. Eles
não discutiam ou aceitavam os outros deuses e consideravam que seu deus era o salvador, que
os protegia contra todos os adversários, fossem eles humanos ou divinos.
Os hebreus foram capazes de sustentar e preservar essa tradição mesmo sofrendo influências
e conquistas de outros povos, o que os fez marcar sua presença entre as grandes tradições
religiosas da história humana.

9 Ver: http://whc.unesco.org/en/list/148/ Acesso em 10 de outubro de 2014

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Unidade: Persas, Hebreus e Fenícios

Material Complementar

Olá, seguem algumas sugestões para aprofundar seus estudos.

Explore

Construindo um império: Os persas


Documentário do History Channel sobre os Persas.
http://youtu.be/HtmbqwcYlqg

Explore
História dos Fenícios (inglês). http://youtu.be/ojiOLBt7q_Y

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Referências

LEVEQUE, P. As Primeiras Civilizações: A Mesopotâmia/os Hititas. Portugal: Edições 70, 2000.

LEVEQUE, P. As Primeiras Civilizações: Os Impérios do Bronze. Lisboa: Edições 70, 2001.

LEVEQUE, P. As Primeiras Civilizações: Os Indo-Europeus e os Semitas. Lisboa: Edições 70, 1990.

PINSKY, J. 100 Textos de História Antiga. 8. ed. São Paulo: Contexto, 2003.

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Unidade: Persas, Hebreus e Fenícios

Anotações

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