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A DEMOCRACIA ATENIENSE

Durante o governo de Péricles (461 a 429 a.C), a democracia ateniense


consolidou-se e atingiu sua plenitude por meio do estabelecimento dos
princípios da isonomia, igualdade de todos perante a lei; da isegoria,
igualdade de direito ao acesso à palavra na assembleia; e da isocracia,
igualdade de participação no poder.
No tempo de Péricles, o comparecimento à assembleia soberana era
aberto a todo cidadão. A assembleia era um comício ao ar livre que reunia
centenas de atenienses do sexo masculino, com idade superior a 18
anos. Todos os que compareciam tinham o direito de fazer uso da
palavra.

As decisões da assembleia representavam a palavra final na guerra e na


paz, nos tratados, nas finanças, na legislação, nas obras públicas, no
julgamento dos casos mais importantes, na eleição dos administradores,
enfim, na totalidade das atividades governamentais.
A concentração da autoridade na assembleia impossibilitou a criação de
uma elite política institucionalizada, com sua máquina eleitoral. Além
disso, não havia na cidade-Estado burocracia ou funcionários públicos,
exceto uns poucos escriturários - em geral escravos de propriedade do
Estado - que registravam as decisões e faziam cópias de tratados e leis.

A ausência de burocratas remunerados e a fragmentação e o rodízio dos


cargos administrativos serviram também para evitar uma liderança direta
e pessoal.
A SOCIEDADE ATENIENSE
Em Atenas somente pequena parcela do povo tinha direito a
participar da vida política. Isso acontecia porque apenas os homens
adultos, filhos de pais atenienses, eram cidadãos e, portanto, podiam
votar nas assembleias.
Os cidadãos mais ricos eram em geral grandes proprietários de terra.
Eles viviam nas cidades, onde se dedicavam à política, à filosofia e
praticavam exercícios físicos.

Os cidadãos menos ricos podiam ser donos de uma pequena oficina,


onde trabalhavam com a ajuda de uns poucos escravos e de sua família.
Podiam ser ainda donos de pequenos lotes agrícolas. Havia também
cidadãos pobres, que trabalhavam em troca de salário.
Em Atenas, a democracia era bastante restritiva, pois estrangeiros,
mulheres e escravos não eram considerados cidadãos.
OS ESTRANGEIROS
Os estrangeiros, conhecidos como metecos, não podiam possuir
terras no território da cidade e pagavam um imposto especial. Muitos
deles trabalhavam no comércio, no artesanato e praticavam o
empréstimo de dinheiro a juros. Havia metecos donos de grandes
fortunas e outros que trabalhavam em troca de salário.
MULHERES E ESCRAVOS
A vida das mulheres e dos escravos variava de acordo com a casa em
que viviam. As mulheres pobres tinham que preparar os alimentos e
cuidar dos filhos, atividades que as mais ricas podiam deixar a cargo de
escravos ou escravas. Os escravos eram em geral prisioneiros de guerra
ou filhos de escravos. Eles trabalhavam nos campos, em minas e na
produção artesanal. A maior parte deles vivia nas cidades.

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