Ao final das guerras contra os persas, os atenienses formaram uma
aliança defensiva com as cidades do Mar Egeu e da Ásia Menor, aliança que recebeu o nome de Liga de Delos. Cada cidade se comprometia a fornecer homens, navios ou dinheiro para a liga. Com os fundos arrecadados pela liga, Atenas construiu uma grande frota que lhe permitiu controlar todo o Mar Egeu. Alegando ainda que era preciso reconstruir a cidade, arrasada pelas guerras contra os persas, o governante Péricles reuniu arquitetos, escultores, pintores, carpinteiros, operários e outros profissionais e os encarregou de embelezar a polis ateniense.
Com o dinheiro da liga, monumentos imponentes e harmoniosos foram
erguidos em Atenas, com destaque para o Parthenon, templo dedicado à deusa Atena. A hegemonia ateniense, com a expansão de sua influência política, foi combatida por Esparta, que não desejava que o império de Atenas colocasse em risco as alianças de Esparta com outras cidades. A formação da Liga do Peloponeso inseriu-se nesse contexto.
O confronto entre as cidades rivais acabou por levar à guerra, conhecida
como Guerra do Peloponeso, iniciada em 431 a.C. Durante 27 anos, as forças atenienses enfrentaram seus antigos aliados na chamada Guerra do Peloponeso. Arruinada, Atenas rendeu-se ao domínio de Esparta. A derrota de Atenas significou também a ruína da democracia. Vitoriosa, Esparta impôs o regime oligárquico em toda a Grécia. O domínio espartano, porém, não durou muito tempo. Depois de trinta anos, o exército da cidade de Tebas derrotou os espartanos, dando início à hegemonia tebana. Ao predomínio de Tebas seguiu-se um período de perturbações generalizadas. A verdade é que, no século IV a.C, as principais cidades gregas estavam esgotadas por décadas de guerras. Nenhuma delas tinha condições de impor um projeto político próprio. Divididas, eram alvos fáceis para um inimigo exteriores. Foi o que aconteceu. Dessa vez, o adversário era um reino ao norte da Grécia: a Macedônia. Aproveitando-se da decadência e desunião dos gregos, o rei da Macedônia, Filipe II, preparou um poderoso exército a fim de conquistar o território helênico.
Filipe II
A política de Filipe II consistiu em fomentar a rivalidade entre as cidades-
estados enquanto preparava a invasão. Em 338 a.C. Filipe II venceu os gregos na Batalha de Queroneia.