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HISTÓRIA

1ª SÉRIE
SEMANA 7
Olá Estudantes!
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de História sobre o Mundo Grego. Para ajudá-los em seus estudos
você está recebendo o resumo dos conteúdos. Relembrando que teremos duas aulas e vamos tratar sobre:

AULA: 13 Mundo Grego (3/3)

AULA: 14 Trabalho escravista na Antiguidade Ocidental (Grécia e Roma)

Nesta aula vamos dar continuidade a história do Mundo Grego, abordando dois assuntos:
• o regime político criado pelos atenienses, a democracia;
• as guerras envolvendo as poleis gregas durante o período Arcaico (as Guerras Médicas
e a Guerra do Peloponeso, entre os séculos VIII e VI a.C.), conflitos esses que
enfraqueceram as cidades gregas que acabaram sendo conquistadas pela Macedônia.

A democracia teve origem na Grécia Antiga,


mais especificamente em uma das cidades do
Mundo Grego: Atenas. Como vimos na trilha
anterior, o fator que unia o Mundo Grego era a
cultura (os gregos apresentavam em comum a
língua, religião, tradições, etc., e era isto que
conferia as Cidades-Estado gregas uma identidade
que as aproximava), mas cada polis apresentava
uma organização social, econômica e política
independente. A polis Atenas organizou-se em um
regime político único no mundo grego, o qual
Pintura de Philipp Foltz, do século XIX, representando um
buscava debater as questões que envolviam o discurso do estadista grego Péricles.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia_ateniense#/media/Fic
interesse público e tomar decisões com a heiro:Discurso_funebre_pericles.PNG
participação de todos os cidadãos atenienses. A
esse regime denominaram democracia (a origem
da palavra em grego é demos que significa povo e kratos que significa poder).
O regime democrático surgiu a partir de um processo que ocorreu ao longo de um século.
Podemos considerar que iniciou com as pressões populares sobre os eupátridas (que seriam os “bem-
nascidos” detentores do poder político e decisório sobre os rumos de Atenas) em busca de igualdade
jurídica para os atenienses de todas as camadas sociais. A partir disto, houve a primeira reforma no
sistema político ateniense, a legislação para Atenas feita por Dracon. A segunda reforma política em
Atenas foi realizada pelo legislador Solon, colocando fim a escravidão por dívidas. E, por fim, a
reforma política que constrói o regime democrático foi feita por Clístenes.
A partir dessa reforma as decisões política deveriam ser debatidas na Ágora (praça pública
situada em um lugar central de Atenas) na Eclésia (Assembleia) por todos os cidadãos atenienses.
Devemos lembrar o conceito de cidadão no mundo grego excluía da participação política as mulheres,
os estrangeiros e os escravos, ou seja, a participação política era de homens livres nascidos em Atenas
e filhos de pais também atenienses. O regime democrático é uma das principais coisas que o Mundo
Grego nos legou.
Nesta aula vamos ver duas guerras envolvendo as poleis gregas. A primeira foram Guerras
Médicas, ou Greco-Persas, que consistiu em um conflito travado entre o poderoso Império Persa e
as cidades gregas durante quase metade do século V a.C. (de 499 até 449 a.C). As causas estão
ligadas, principalmente, ao expansionismo persa, que direciona sua marcha sobre colônias gregas
situadas na região da Anatólia. As Guerras Médicas terminaram com a vitória das cidades gregas
sobre os persas, sobretudo pela liderança que a polis Atenas teve frente ao mundo grego ao organizar
a Liga de Delos (liga militar que envolvia os exércitos de todas as poleis).
A vitória grega gerou rivalidade entre as
cidades gregas, sobretudo entre Atenas e Esparta,
culminando na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404
a.C.). Para enfrentar a hegemonia ateniense no Mundo
Grego (Lida de Delos), os espartanos formaram a Liga
do Peloponeso e lideraram militarmente várias cidades
gregas insatisfeitas com o poderio ateniense. Após
quase três décadas, os espartanos derrotaram os
atenienses e saíram vitoriosos.
A Guerra do Peloponeso empobreceu e
enfraqueceu o Mundo Grego, tornando suscetível à
ameaças externas. Filipe II, o rei da Macedônia,
aproveitou-se da situação. Organizou um poderoso
Um soldado persa (esquerda) lutando contra um hoplita
grego (direita), exército e conquistou as cidades gregas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_M%C3%A9dicas#/m
edia/Ficheiro:Greek-Persian_duel.jpg

Na aula 14 vamos identificar as principais características do trabalho escravo na Antiguidade


Ocidental e, também, momentos em que os escravizados mostraram ações de resistência frente à
dominação, como a Revolta de Espártaco.
Na época se pensava que “ser escravo nas pólis significava não poder participar da vida
política, ser excluído de parte das festas religiosas, ser desprovido de direitos e da educação para
jovens cidadãos”, ou seja, além a perda da liberdade praticamente excluía o escravizado de
momentos da vida pública que não estivessem relacionados ao trabalho.
No mundo romano, outra civilização escravista da antiguidade, o tratamento jurídico dado ao
escravo era mais severo, pois os escravizados não tinham direito de contrair matrimônio legítimo, a
união entre escravo e escrava era o contubernium, ou seja, não reconhecida legalmente. Os filhos de
escravos pertenciam ao senhor.
É nesta civilização que ocorre uma das maiores revolta de escravizados, a Revolta de
Espártaco, entre os anos 73 a.C. até 71 a.C. Teve início numa escola de gladiadores na região da Cápua
e contou, inicialmente, com cerca de 80 gladiadores que se rebelaram contra os maus tratos.
Liderados pelo escravo Espártaco, os rebeldes fugiram do cativeiro, conseguiram se armar e resistir
a uma primeira investida do exército romano. Aquele pequeno grupo de 80 escravizados
rebeldes foi ganhando adeptos e, com o passar dos meses, chegou a casa da centena de milhares de
escravos fugitivos.
O governo de Roma precisou organizar uma
grande investida militar para acabar com a Revolta de
Espártaco. Lideradas pelo pretor romano Licínio
Crasso, dez legiões de soldados romanos (que
equivalia a um exército de sessenta mil soldados)
foram destinadas para acabar com este movimento
de resistência escrava.
A revolta foi reprimida, a maioria dos rebeldes
foram mortos em batalha. Aos sobreviveram Crasso
deu como punição a crucificação, o que resultou e os A morte de Espártaco, pintura de 1882 (Vogel).
aproximadamente 6 mil revoltosos que crucificados https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tod_des_Spartacus
_by_Hermann_Vogel.jpg
às margens da Via Ápia, estrada que ligava Cápua até
a capital Roma.
Escola/Colégio:

Disciplina: Ano/Série:

Estudante:

LISTA DE EXERCÍCIOS

1. Como era considerado um cidadão na polis em Atenas?


a) Homens, livres nascidos em Atenas.
b) Estrangeiros, livres nascidos em Esparta.
c) Mulheres e homens livres nascidos em Atenas.
d) Mulheres e homens nascidos em Atenas ou estrangeiros.
e) Todos os indivíduos que viviam em Atenas eram considerados cidadãos.

2. Quais foram as duas principais guerras envolvendo a Grécia no século V a.C.? Qual a principal
consequência dessas guerras para o mundo grego?

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3. Leia a seguinte afirmação: “(...) escravismo tornou-se o modo de exploração econômico que
sustentava a cidade e o campo e que proporcionava privilégios às elites gregas.”
De acordo com essa frase, a escravidão na Grécia Antiga era um elemento...
a) Essencialmente econômico.
b) Organizador da estrutura social.
c) Filosófico e teórico.
d) Regulador das classes sociais.

4. Como surgiu a revolta de Espártaco em Roma?

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