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História Antiga I.
CARDOSO, Ciro Flamarion. A Grécia Antiga: o mundo das “póleis”. In: A Cidade-Estado
Antiga. São Paulo: Ática, 1985, p.16-40.
De acordo com Cardoso (1985), o início da civilização grega é marcado pelo fluxo
migratório indo-europeu na região da Grécia Continental e Ilhas do Mar Egeu, ocorrendo
contato entre este, e o já existente povo Minoano na Ilha de Creta, aproximadamente entre
2.200 – 2100 a.C. Em torno do ano 1.500 a.C. surgiram os Palácios como centros
administrativos durante a civilização Micênica. Em decorrência de intensas migrações entre
1.200 – 1.100 a.C. vieram as invasões dóricas com a destruição dos centros palacianos,
observando-se também um retrocesso em relação às artes e comunicação com o
desaparecimento da escrita.
Durante a Época Arcaica têm-se o início das Cidades-Estados, com divisões sociais
gregas mais acentuadas. Os centros de organizações sociais existiam na forma de “genos”,
composto por famílias patriarcais autodeclaradas descendentes de heróis ou deuses, as quais
compartilhavam a mesma terra, possuindo bens (rebanhos, terras etc.) e originando as famílias
reais. Os camponeses sem terra eram chamados de Tetes, ainda existiam os “Trabalhadores da
Coletividade” que eram artesãos, profetas, médicos e entre outros, os quais prestavam
serviços quando solicitado. O “genos” surge como uma diferenciação social que dará origem
a Pólis Aristocrática.
Entre os séc. VIII – VII a.C. as Póleis enfrentam dificuldades, com o crescimento
demográfico e monopólio da aristocracia resultando numa crise agrária. A partir desse
problema, foram empreendidas expedições em busca de terras cultiváveis e outros
suprimentos (minérios) no contorno Mediterrâneo, onde foram criadas várias colônias gregas.
Apesar do processo de colonização surgir a partir de um problema, ocasiona a expansão do
comércio marítimo controlando rotas marítimas e consolidando uma economia monetária.