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A GRÉCIA ANTIGA - Berço da civilização ocidental

A Grécia Antiga foi uma civilização pertencente ao período da Antiguidade Clássica que
compreendeu desde o Período Pré-Homérico terminando com o início da Idade Média. A
Grécia Antiga era composta por um conjunto de cidades que partilhavam a língua, os
costumes e algumas leis.

Originários dos povos aqueus, jônicos, eólios e dóricos que migraram para a península
Balcânica, os povos gregos ficaram conhecidos como helênicos, pois sua organização de clãs
se baseava na crença de que descendiam do herói Heleno.

A história da Grécia Antiga é dividida em quatro períodos. Esses períodos levam em


consideração a formação do povo grego e as características básicas das suas civilizações. São
divisões aproximadas e que não devem ser enxergadas de maneira engessada. A periodização
da história grega é a seguinte:

 Período Pré-Homérico (2000-1100 a.C.): corresponde ao momento de formação


do povo grego e nele se destaca a existência das civilizações minoica e micênica.
 Período Homérico (1100-800 a.C.): caracterizado por grandes lacunas no
conhecimento histórico. Os historiadores sabem que se tratou de um momento de
recuo civilizacional devido à destruição dos micênicos pelos dórios.
 Período Arcaico (800-500 a.C.): fase na qual surgiu a pólis, o modelo de cidade-
estado dos gregos. Nestes espaços urbanos acontecem diversas inovações, como
o surgimento do alfabeto fonético e a divisão do trabalho no comércio. É neste período
também que surge a Filosofia, com Tales, da cidade de Mileto . A cultura grega
expandiu-se pelo Mediterrâneo por conta da colonização, e avanços aconteceram.
 Período Clássico (500-338 a.C.): corresponde ao auge da civilização grega,
sobretudo pelo grande avanço que a arte e a cultura gregas alcançaram. Duas grandes
guerras aconteceram na Grécia.
 Período Helenístico (338-136 a.C.): declínio da civilização grega, que passa a ser
dominada pelos macedônicos, os responsáveis por difundirem a cultura grega para o
Oriente. Ao final desse período, a Grécia foi convertida em um protetorado romano.

Desenvolvimento da pólis
Com o fim dos micênicos, as grandes cidades foram reduzidas a pequenas vilas e parte dos
grandes palácios foi destruída. A formação da pólis, o modelo clássico de cidade grega, não se
deu repentinamente, mas aconteceu lentamente ao longo de séculos. No contexto do Período
Homérico, houve um grande recuo civilizacional, mas os historiadores não sabem quase nada
sobre essa fase da história grega.

Algo que se sabe é que nela surgiu o genos, uma comunidade agrícola pequena em que
seus membros possuíam um grau de consanguinidade e acreditavam que descendiam
de um herdeiro em comum (que, na sua crença, era uma figura mítica). O controle dessa
comunidade era realizado por um patriarca conhecido como pater.

Originalmente, o genos era marcado por um forte laço de solidariedade e coletividade, pelo
qual a terra e o que ela produzia eram compartilhados entre todos. No entanto, com o passar
do tempo, a comunidade presenciou a formação de uma aristocracia que dominava as
terras, deixando muitos sem acesso a elas.
Aristocracia: A palavra aristocracia é derivada dos termos gregos kratos, que significa "domínio", e
áristoi, que quer dizer "aqueles que se destacam", portanto pode ser definida como “o governo dos
melhores”.

Oligarquia: regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes
ao mesmo partido, classe ou família.
Por questão de sobrevivência, muitos dos genos juntaram-se com outros, formando fratrias.
Essa união trazia problemas significativos porque ampliava a desigualdade e gerava
disputa de poder e terras. À medida que essa organização não dava mais conta das
necessidades governativas do povo grego, a cidade-estado foi surgindo. Esse processo
também contou com o fortalecimento do comércio e mudanças sociais e políticas.

A pólis estabeleceu-se no Período Arcaico, isto é, a partir do século VIII a.C. Todo o território
grego foi ocupado por centenas de pólis, destacando-se algumas, como Tebas, Atenas,
Esparta e Corinto. A característica básica do modelo de cidade que se estabeleceu na
Grécia foi sua autonomia.

Essa autonomia manifestava-se em todos os aspectos: jurídico, político, econômico,


religioso. Isso significa que a Grécia nunca fui um império com território coeso e fronteiras
definidas. Ela era basicamente uma região que aglomerava povos com cultura e idioma
comuns.

Dois ambientes marcadamente importantes na cidade grega eram a Acrópole e Assembleia,


a primeira centralizava os prédios mais importantes da cidade e a segunda era o local da
tomada de decisões. No caso da acrópole, ela consistia em uma zona, preferencialmente
construída em um local elevado, que reunia os prédios imprescindíveis para aquela sociedade,
como os templos religiosos.

A construção da acrópole em local elevado cumpria propósitos militares estratégicos, e


essa zona geralmente era fortificada. A acrópole mais conhecida é a de Atenas, pois
abrigava um dos prédios mais conhecidos da civilização grega: o Partenon. Já a Assembleia,
chamada de ekklesia, era o local onde os cidadãos da cidade reuniam-se para a tomada de
decisões. No caso de Atenas, esse prédio foi o grande símbolo da sua democracia.

Além da acrópole, toda a cidade desenvolvia-se no interior das muralhas (construídas para a
segurança local), e as terras ao redor do núcleo urbano, ocupadas por camponeses que
produziam os alimentos que sustentavam a pólis, também faziam parte dos seus domínios. A
cidade de Esparta, por exemplo, tinha posses sobre terras que correspondiam a 8.500 km2.
Era o maior território sob o domínio de uma pólis.

Colonização grega
O estabelecimento da pólis foi marcado também pelo processo de concentração de renda,
em que a população empobrecida começou a ter cada vez menos acesso às terras e estava
cada vez mais endividada. Os que não conseguiam pagar suas dívidas, tornavam-
se escravos.

Nesse momento, o comércio estava em expansão e as embarcações gregas iam para


diferentes locais no Mediterrâneo. Parte da população, procurando melhores oportunidades,
aproveitou-se dessas conexões com outras regiões para sair do território grego. Assim, um
grande número de gregos estabeleceu-se em locais como o norte da África, a Sicília, sul da
Espanha e da França etc.

Essa expansão e formação de outras pólis nesses locais ficou conhecida


como colonização grega. Essas cidades formadas por gregos fora da Grécia estruturavam-se
dentro dos mesmos padrões que as pólis que existiam naquele território. Claro que cada uma
dessas colônias acabou incorporando elementos característicos da região em que se
estabelecia.

Atenas e Esparta
Os dois grandes exemplos de cidade-estado na Grécia foram Atenas e Esparta, pois foram as
mais influentes e poderosas pólis. O modelo existente nelas foi adotado por muitas outras, e
uma intensa rivalidade existia entre ambas. Essa rivalidade resultou-se na Guerra do
Peloponeso, que durou de 431-404 a.C.
Atenas representava o modelo democrático, mas é importante considerarmos que ele foi
resultado de reformas políticas que visavam ao combate da forma aristocrática da cidade. No
século VI a.C., uma série de mudanças foram realizadas em Atenas, promovendo a
instauração desse modelo democrático.

Isso foi resultado de pressão social, pois uma pequena aristocracia mandava na cidade, mas
havia uma demanda crescente por maior representatividade. No começo desse
século, Sólon colocou fim na escravidão por dívidas e organizou a participação dos
cidadãos atenienses na Assembleia por meio de uma divisão da cidade em quatro grupos
definidos pela renda média.

Décadas depois, Clístenes aprofundou essas mudanças colocando fim no critério de


renda e promoveu uma nova divisão que levava em consideração a localização da
residência dos cidadãos. Isso garantiu um aumento na participação na Assembleia, mas,
ainda assim, essa instituição manifestava apenas os interesses da aristocracia da cidade.
Importante considerarmos que o cidadão, dentro da lógica ateniense, era o homem nascido
na cidade, filho de atenienses e com mais de 18 anos.

Já a cidade de Esparta tinha um modelo oligárquico, no qual um grupo muito pequeno


comandava-a. O governo era uma Monarquia regida por dois reis, denominada de Diarquia.
Esse controle dava-se por meio da força militar, pois os que controlavam Esparta eram
guerreiros. Ser guerreiro era uma condição essencial para os que formavam a aristocracia
espartana. Essa aristocracia possuía os direitos políticos, era dona das terras e explorava
o trabalho da população.

Parte considerável do trabalho era realizada pelo hilotas, o grupo de escravos que formava
a maior parte da população espartana. Como eles eram intensamente explorados, a
aristocracia espartana mantinha-os sob controle por meio da violência. De tempos em tempos,
guerreiros espartanos invadiam os locais habitados pelos hilotas para matá-los livremente. Era
o controle pelo medo.

Essa aristocracia guerreira passava por formação nas artes militares desde a infância e
dedicava sua vida a esse ofício, portanto, não trabalhava. Além disso, seus componentes
eram os únicos que participavam da política. Apesar do modelo distinto e da grande rivalidade,
o século V a.C. presenciou a união de Atenas e Esparta. O objetivo dessa união foi derrotar os
invasores persas.

Resumindo Atenas era conhecida pela democracia estabelecida por Clístenes, no século VI
a.C., pela Filosofia, pela educação humanista e liberal. Já Esparta era conhecida pela
sua diarquia e pelo militarismo.

Declínio grego
O período clássico foi o de maior desenvolvimento intelectual e econômico da Grécia, mas
também foi o que marcou o início da decadência dos gregos. Dois grandes conflitos
caracterizaram essa parte da história grega no final do seu período clássico. Por fim, os gregos
foram derrotados pelos macedônicos e dominados por eles.

Os dois conflitos mencionados foram as Guerras Médicas, duas batalhas travadas entre
gregos e persas, e a Guerra do Peloponeso, batalha travada entre atenienses e espartanos
que arrastou toda a Grécia para uma guerra civil.

No caso das Guerras Médicas, elas aconteceram em dois momentos, nos quais os persas
foram liderados primeiro por Dario e depois por Xerxes. O objetivo dos persas era conquistar a
Grécia e anexá-la ao seu território, mas os gregos uniram-se e derrotaram-nos nas duas
batalhas. Os dois momentos decisivos foram a Batalha de Maratona (490 a.C.) e a Batalha de
Plateia (479 a.C.).
Com o fim dessas guerras, os atenienses lideraram uma liga de cidades, conhecida como Liga
de Delos. Cada pólis era obrigada a contribuir para o fortalecimento naval e militar da
Liga, a fim de garantir a resistência contra possíveis invasões estrangeiras.

Depois desse conflito, os atenienses tiveram um período de supremacia na Grécia. Essa


cidade viveu grande desenvolvimento cultural e econômico, sobretudo pelo seu papel de líder
da Liga de Delos.

Esse período coincide com o esplendor cultural de Atenas. O período clássico é conhecido
como a era de ouro grega. É nele que surgem as figuras de Sócrates, Platão e Aristóteles, os
principais nomes da Filosofia Grega.

O crescimento da influência ateniense incomodava Esparta, e então uma guerra entre as duas
cidades iniciou-se em 431 a.C. Essa foi a Guerra do Peloponeso, que aconteceu em três
fases, entre 431 a.C. e 404 a.C.

Os espartanos venceram essa guerra e colocaram-se como a grande força na Grécia. O


domínio espartano não agradava a todos, e, em 371 a.C., a cidade de Tebas conseguiu
derrotá-los, tornando-se a principal. No entanto, essa sucessão de guerras enfraqueceu a
Grécia e tornou-a suscetível a invasões.

Em 338 a.C., Filipe II da Macedônia, rei dos macedônicos, liderou as tropas de seu povo e
conquistou a Grécia. Dois anos depois, seu filho, Alexandre, o grande, tornou-se rei e
expandiu os domínios macedônicos pelo Oriente, derrotando os persas. Como os
macedônicos eram um povo helenizado, a cultura grega foi difundida por essa região.
Depois da morte de Alexandre, o império macedônico enfraqueceu-se, e, séculos depois,
os romanos conquistaram a Grécia.

No século II a.C., aconteceu a invasão dos romanos que transformaram o mundo grego
em um de seus protetorados. No entanto, os romanos assimilaram muito da cultura grega e à
preservaram com muitos cidadãos romanos sendo educados por escravos gregos.

Sociedade
Cada polis tinha sua própria organização social e algumas, como Atenas, admitiam a
escravidão, por dívida ou guerras. Por sua vez, Esparta, tinha poucos escravos, mas possuía
os servos estatais, que pertenciam ao governo espartano (hilotas). Ambas as cidades tinham
uma oligarquia rural que os governava. Também em Atenas verificamos a figura dos
estrangeiros chamados metecos. Só era cidadão quem nascia na cidade e por isso, os
estrangeiros não podiam participar das decisões políticas da polis.

Economia
A economia grega se baseava em produtos artesanais, na agricultura e no comércio. Os
gregos faziam produtos em couro, metal e tecidos. Estes davam muito trabalho, pois todas
as etapas de produção - desde a fiação até o tingimento - eram demoradas. Os cultivos
estavam dedicados às vinhas, oliveiras e trigo. A isto somavam-se à criação de animais de
pequeno porte.

O comércio ocorria entre as cidades gregas, nas margens do Mediterrâneo e afetava


toda sociedade grega. Para realizar as trocas comerciais se usava a moeda "dracma". Havia
tanto o pequeno comércio do agricultor, que levava sua colheita ao mercado local, quanto o
grande comerciante, que possuía barcos que faziam toda rota do Mediterrâneo.

Dracma: era um tipo de moeda utilizada na Antiga Grécia e em alguns reinos do Oriente Médio, durante o
período helenístico. A dracma é considerada a unidade monetária com maior tempo de circulação no
mundo, sendo utilizada na Grécia até o ano de 2002, quando o Euro passou a ser adotado pelos gregos
como moeda oficial.
Religião
A religião da Grécia Antiga era politeísta. Ao receber a influência de vários povos, os gregos
foram adotando deuses de outros lugares até constituir o panteão de deuses, ninfas,
semideuses e heróis que eram cultuados tanto em casa como publicamente.

As histórias dos deuses serviam de ensinamento moral à sociedade, e também para


justificar atos de guerra e de paz. Os deuses também interferiam na vida cotidiana e,
praticamente, havia uma deidade para cada função.

Se um grego tivesse uma dúvida em relação a qual atitude tomar, poderia consultar o oráculo
de Delfos. Ali, uma pitonisa entraria em transe a fim de tomar contato com os deuses e
responderia à questão. Como essa era dada de forma enigmática, um sacerdote se
encarregaria de interpretá-la ao cliente.

Muitos mitos, lendas, deuses, semideuses e histórias religiosas da Grécia continuam povoando
o nosso imaginário. As festas dionisíacas (Dionísio – deus do vinho), as lendas dos heróis e
semideuses como Ulisses e Hércules, as tradições de Poseidon (deus dos mares) e os
jogos olímpicos realizados em homenagem a Zeus (o deus maior do Olimpo) continuam
fazendo parte da vida do homem ocidental contemporâneo. Vejamos outros exemplos:

• Hera, esposa de Zeus.


• Atena, deusa da sabedoria.
• Apolo, filho de Zeus, deus da beleza, da harmonia, da luz, da arte, da música, do amor, das
curas e das adivinhações.
• Afrodite, deusa do amor e da beleza.
• Hermes, mensageiro dos deuses, guardião dos viajantes, protetor dos oradores e escritores,
filho de Zeus.
• Ártemis, deusa da caça e protetora das virgens.
• Deméter, deusa da fertilidade e da agricultura.
• Hefaístos, deus do fogo e da metalurgia.
• Hades, deus dos mortos e dos infernos.

A religião grega era politeísta. Os deuses tinham formas humanas, virtudes e defeitos; eles
apenas se diferenciavam dos homens por serem imortais. A vida humana e a natureza
eram regidas pela vontade e determinação desses deuses; cada um deles representava algo
nas atividades humanas ou da natureza. Ao contrário das tradições religiosas dos hebreus,
não havia a ideia de salvação da alma e de um salvador dos homens.

Cultura
A cultura grega está intimamente ligada à religião, pois a literatura, a música e o teatro
contavam os feitos dos heróis e de sua relação com os deuses que viviam no Olimpo.

As peças teatrais eram muito populares e todas as cidades tinham seu espaço cênico
(chamado orquestra) onde eram encenadas as tragédias e comédias. A música era importante
para alegrar banquetes civis e acompanhar atos religiosos. Os principais instrumentos eram a
flauta, tambores e harpas. Esta última era utilizada para ajudar os poetas a recitarem suas
obras.

Igualmente, os esportes faziam parte do cotidiano grego. Por isso, para celebrar a aliança
entre as diferentes polis, organizavam-se competições nos tempos de paz. A primeira delas foi
realizada em 776 a.C, na cidade de Olímpia e daí seria conhecida como Jogos Olímpicos, ou
simplesmente, Olimpíadas. Naquela época, só os homens livres que soubessem falar
grego poderiam tomar parte na competição.
A política na Grécia Antiga
Como cada pólis era independente, o regime político e as formas de participação eram
diferentes. Ou seja, cada cidade possuía um tipo de governo e uma organização social. São
exemplares os casos de Esparta e Atenas.

No Período Clássico, os gregos procuraram cultivar a beleza e a virtude desenvolvendo as


artes da música, pintura, arquitetura e escultura. Com isso, acreditavam que os cidadãos
seriam capazes de contribuir para o bem-comum. Estava lançada, assim, a democracia.

Enquanto Atenas tinha uma compreensão mais democrática, permitindo que todos os
cidadãos livres participassem das deliberações, Esparta tinha um regime chamado
de diarquia. No caso, dois reis detinham o poder sobre a cidade. A Educação Espartana
estava voltada a formação militar.

Contudo, a política em Atenas nem sempre foi democrática. Em alguns momentos de sua
história ela também foi uma monarquia (período Pré-Homérico), ou viveu sob a tirania (no
período Arcaico).

Legado grego
Considerada berço da civilização ocidental, a Grécia Antiga deixou um legado cultural que foi a
base da cultura do mundo moderno. A cultura grega influenciou na linguagem, na política,
no sistema educacional, na filosofia, na ciência, na tecnologia, na arte e na arquitetura.

Campo do desenvolvimento da democracia e da filosofia, a civilização grega exerceu


influência, sobretudo, durante o Período Renascentista da Europa ocidental e durante
o período neoclássico dos séculos XVIII e XIX, na Europa e nas Américas. Dentre os principais
artistas renascentistas, estão: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael Sanzio, Donatello e
Sandro Botticelli.

MAPA DA GRÉCIA ANTIGA

GRÉCIA ANTIGA - Do nascimento à queda│História - YouTube

Grécia Antiga - Toda Matéria - https://www.youtube.com/watch

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