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A Grécia Antga

O sul da península Balcânica, as ilhas do mar Egeu e


partes da Ásia Menor constituiu-se a partir do século
VIII a. C. aquilo ficou conhecido como Civilização Grega.
Reunidas em Cidades-Estados autônomas e formadas
por povos indo-europeus, como jônios, eólios, dórios e
aqueus, a Grécia deixou um profundo legado em áreas
fundamentais para a construção do mundo Ocidental.
Destaca-se neste contexto áreas como a geometria, a
matemática, a astronomia, a física, a medicina, a
química, a música, a poesia, o esporte, a política, a
história, a geografia, entre outros.
Origens:

As comunidades de origem grega reuniram-se em torno dos genos,


comunidades agrícolas autossuficientes. Em tais comunidades,
denominadas gentílicas, a propriedade era comunal e eram organizadas
em torno da figura de um pater, normalmente um homem mais velho.
Este período histórico possui poucas fontes escritas a seu respeito, daí
ele ser classificado de Período Homérico, já que as fontes documentais
escritas encontram-se apenas nos livros Ilíada e Odisseia, de Homero.
O crescimento demográfico e a disputa por terras gerou a união militar
de vários genos. Este fenômeno fez desaparecer a propriedade
comunal, criou uma elite política e o isolamento de grupos de genos
que vieram formar as Cidades-Estados, cuja característica principal era
a completa autonomia política e econômica.
O crescimento demográfico e a disputa por terras gerou a
união militar de vários genos. Este fenômeno fez desaparecer
a propriedade comunal, criou uma elite política e o
isolamento de grupos de genos que vieram formar as
Cidades-Estados, cuja característica principal era a completa
autonomia política e econômica. A partir de então, as
cidades-estados expandem-se em colônias que vão se
instalar em todo Mar Mediterrâneo e na Ásia Menor, o que
provocou diversos conflitos com outros povos, como os
fenícios (Guerras Médicas) e com os Persas (Guerras
Púnicas), esta última marcada pelo sucesso na Batalha de
Maratona (490 a. C.) contra o poderoso exército de Dario I.
Expansão grega pelo Mar Mediterrâneo e Ásia Menor
A identidade e o Pensamento Grego

Embora dispersos em centenas de Cidades-Estados, que podiam, em muitos casos,


serem rivais e em guerra, havia entre os gregos um sentimento de unidade forjado
pela identidade cultural. Eles se autodenominavam helenos, pois habitavam a
região de denominavam de Hélade (Helas). Partilhavam os mesmos valores,
costumes e religião. Este sentimento de unidade expressava-se de maneira mais
nítidas nos jogos pan-helênicos, que mais tarde, ficaram conhecidos como
Olimpíadas, cujos princípios de união entre os povos foram resgatados em 1896,
quando foram realizados em Atenas os primeiros jogos olímpicos entre diversas
nações do mundo, sob o entusiasmo do barão de Coubertin.
A partir do século VI a C., os gregos também desenvolveram uma dinâmica de
pensamento lógico e racional que tentava explicar o mundo natural (a física)
descolado da mitologia. Desse esforço, surgiu a astronomia, as matemáticas, a
geometria, a filosofia, a medicina, a geografia, a história, a arquitetura e a
mecânica.
Cartaz dos Primeiros Jogos Olímpicos Modernos. Atenas, 1896
O Ideal de Educação para
Aristóteles
Atenas

A união de diversos genos deu origem à cidade-Estado de Atenas por volta do


século X a.C. Neste período, a cidade passou a ser governada por rei, chamado
de basileu. Este regime foi sucedido pelo Arcontado, órgão composto por 2
membros escolhidos anualmente e controlado pela elite política da cidade.
Após sua expansão colonial entre os séculos VIII a. C e VI a.C. para o sul da Itália
e para regiões do Mar Negro, houve graves crises de violência na cidade.
Dracon e Sólon buscaram reformar a organização política local instituindo o
princípio das leis escritas e a abolição da escravidão por dívidas. No entanto,
tais medidas resultaram em governo tirânicos, cujo poder se estendeu até 510
a.C. quando o líder político Clístenes derrubou o último tirano e lançou as bases
para a democracia (demos = povo; kratos = poder). Uma das maiores
contribuições dos gregos para a Humanidade.
O conceito de democracia
Ateniense descrita pelo
historiador grego Tucídides.
A Democracia Antiga e a Democracia Moderna

Embora o princípio de participação popular seja o mesmo, é


importante destacar as diferenças entre a democracia da
Grécia Antiga da atual. Atualmente, o conceito de
democracia é muito mais amplo, pois não há distinção entre
classes sociais, sexo e origem para que o indivíduo possa
exercer a cidadania, isto é, a participação política com
direito ao voto.
Em Atenas, por exemplo, a democracia era restrita apenas
aos cidadãos locais, os eupátridas, ficando as mulheres, os
estrangeiros e os escravizados impedidos de exercer o voto.
Crítica à democracia Antiga
Ao analisar as transformações dos regimes políticos em Atenas, Aristóteles criou o que ficou
conhecido como Teoria da Sucessão dos Governos. Para o filósofo, os regimes políticos vão se
aperfeiçoando ou se degeneram:

Aristoccracia

Aristóteles acreditava que, como a democracia


era o governo de muitos, o regime estaria
suscetível a manipulações que deformavam o
sistema de representação popular. Daí a
necessidade do desenvolvimento daquilo que
Oligarquia Tirania
chamou de virtudes cívicas (atributos morais e
intelectuais). Sem estes elementos, acreditava
que a democracia se degenerava para uma
oligarquia. Para Aristóteles, o regime ideal seria
a Aristocracia, pois a sociedade seria governada
pelos mais capacitados e não por todos. Democracia
Esparta
Fundada pelos dórios no século IX a.C, Esparta era controlada
por uma oligarquia guerreira que dominava a Cidade-Estado e
a terra. A polis espartana era oligárquica e aristocrática.
Apenas aqueles que possuíam bens e treinados na arte da
guerra poderiam ter participação política ativa. Os periecos
(comerciantes) e hilotas (escravizados pertencentes ao Estado)
A política era debatida em uma assembleia conhecida como
Apela, onde eram eleitos a Gerúsia e o Eforato, órgãos com
função legislativa e executiva, respectivamente. A religião e o
Exército ficavam a cargo de dois reis na chamada diarquia.
A Guerra do Peloponeso, o declínio grego e o período
Helenístico
Atenas e Esparta constituíram-se nas principais cidades-Estado gregas. Para
exercer este poder, era necessário criar alianças ou impor sua força. Cidades
contrárias a Atenas aliaram-se a Esparta, criando uma aliança militar chamada
de Liga do Peloponeso, por sua vez, Atenas criou uma aliança similar conhecida
como Liga de Delos.
Entre 431 a 404 a.C eclodiu a Guerra do Peloponeso, cujo resultado foi a vitória
dos Espartanos e o consequente enfraquecimento militar generalizado da
região. As sucessivas crises e guerras permitiram que Alexandre, O Grande,
imperador da Macedônia, invadisse a região no século IV a.C. A expansão
macedônica difundiu diversos conceitos culturais das Grécia por todo o império.
Com a morte de Alexandre, o poderoso império macedônico se desintegrou. A
partir do século II a.C, estas regiões seriam incorporadas ao Império Romano.

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