Os egípcios da Antiguidade distinguiam duas divisões geográficas: o Alto Egito e o Baixo Egito. Essa divisão se materializa, ao longo do período histórico, nas duas coroas usadas pelo faraó: a coroa branca (Alto Egito) e a coroa vermelha (Baixo Egito). Essa região pode ser qualificada e contemplada como o berço da civilização egípcia. A unificação egípcia se efetuou a partir de várias localidades do Alto Egito e por meio dos nomarcas originários dessa região. Sua situação geográfica a protege das incursões estrangeiras, principalmente as oriundas do Mar Mediterrâneo. Os territórios do Baixo Egito, em terras particularmente pantanosas, se estendem dos arredores de Mênfis até o mar Mediterrâneo. Essa zona de contato com o Mar Mediterrâneo e com o Oriente Próximo será, durante a história faraônica, muito afetada por invasões estrangeiras. Os egípcios se adaptaram tanto às exigências quanto aos benefícios trazidos por esse grande rio de mais de 6.700 km de extensão. A sociedade egípcia é uma sociedade majoritariamente agrícola. A cheia do Nilo traz a fertilidade ao Egito não só através das águas, mas também depositando nas margens o lodo fértil (Húmus-Kemet). A Unificação dos Nomos no Sentido Sul-Norte: Segundo uma tradição, o legendário nomarca Narmer teria unificado o Egito ao fazer seus exércitos do Alto Egito atacarem o reino do Baixo Egito, instalando sua capital, após a vitória, em Mênfis. No Antigo Império, a residência real e a sede do governo foram em Mênfis, situada a cerca de vinte quilômetros do atual Cairo. O esplendor desse período é geralmente associado à realização das três grandes pirâmides de Gizé, que pertencem respectivamente: Quéops, Quéfren e Miquerinos. A identidade e a sucessão dos soberanos são muitas vezes divergentes ou mesmo contraditórias. Djeser e Imhotep são as personalidades mais conhecidas, principalmente através da documentação tardia. Djeser foi responsável pela construção do primeiro edifício monumental em pedra do mundo, a Pirâmide de Degraus em Sacará (cidade dos mortos, na margem esquerda do Nilo), idealizada pelo seu arquiteto Imhotep. Imhotep: - Serviu a Djoser, na função de vizir ou chanceler do faraó e sumo-sacerdote do deus-sol Rá, em Heliópolis. É considerado o primeiro arquiteto, engenheiro e médico da história antiga. Aquenáton (Akhenaton: "Aquele que louva Aton", "Util a Aton" ou "Usado por Aton") conhecido antes do quinto ano de reinado como Amenófis IV foi um Faraó da XVIII dinastia do Egito que reinou por dezessete anos. Principalmente lembrado por abandonar o tradicional politeísmo religioso egípcio e introduzir uma adoração centrada em um único deus, Aton, que é as vezes descrito como monoteísta. FIM