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Philia (amor)
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Sophia (sabedoria)
QUESTIONÁRIO
1. (UEG-2013) O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz
afirmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e
de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático.
Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano
começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades,
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questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se
afirmar que a filosofia:
a) É algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos
sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças
e opiniões.
b) Existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica
para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é
também filosófica e exige o trabalho da razão.
c) Inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos
são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como
cidadão.
d) Surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que
validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da
verdade revelada pela codificação mítica.
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( ) A filosofia é um tipo de saber, que não diz tudo o que sabe e uma norma que não
enuncia tudo aquilo que postula. O saber filosófico, portanto, é profundo, mesmo
quando parece mais claro e transparente.
( ) A filosofia deve ser estudada e ensinada com base nos problemas que suscita e não
apenas em virtude das respostas que proporciona a esses mesmos problemas.
( ) A filosofia se faz presente como reflexão crítica a respeito dos fundamentos do
conhecimento e da ação, por isso mesmo distinta da ciência pelo modo de abordagem
do seu objeto que, no caso desta, é particular e, no caso da filosofia, é universal.
( ) O percurso da filosofia é caracterizado pela exigência de clareza e de livre crítica.
( ) O conhecimento filosófico apresenta-se como a ciência dos fundamentos. Sua
dimensão de profundidade e radicalidade o distingue do conhecimento científico.
5. (UEL-2004) “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos
primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A
proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição
ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades
que definem a filosoficidade” (OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Présocráticos: a
invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24).
Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido
promovida pelos primeiros filósofos.
a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos
naturais.
b) A discussão crítica das ideias e posições, que podem ser modificadas ou
reformuladas.
c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade
imposta pela religião.
d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o
conhecimento. e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de
óticas” conflitantes entre si.
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6. (INSAF - 2005) Através da Filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu
as bases e os princípios fundamentais do que chamamos razão, racionalidade, ciência,
ética, política, técnica, arte (Marilena Chauí, Convite à Filosofia). Com base nessa
afirmação, podemos afirmar, exceto:
a) Através dos mitos, os gregos antigos procuravam explicar a origem do mundo e dos
fenômenos naturais. Aos poucos, estas explicações foram sendo substituídas por
categorias lógicas e racionais.
b) Os primeiros filósofos gregos procuravam respostas para as questões sobre a origem
ou o fundamento do mundo. Estes fazem parte da primeira fase da filosofia grega,
conhecida como pré-socrática ou cosmológica.
c) No final do século V a.C. teve início a segunda fase da filosofia grega, conhecida
como socrática ou antropológica. Nesse período, os filósofos passaram a se preocupar
também com os problemas relacionados ao indivíduo e à organização da humanidade.
d) Sócrates foi um dos filósofos mais procurados na Grécia Antiga, por ajudar as
pessoas a resolverem seus problemas, levando-as a encontrarem suas próprias respostas.
Por incentivar o raciocínio, foi perseguido pelas autoridades atenienses, julgado e
condenado à morte.
e) A filosofia grega tem em Heráclito de Éfeso o principal representante do que se
configurou chamar de período sistemático, situado no século IV a.C.
(II) Os Sofistas:
Na Grécia Antiga, um seleto grupo de indivíduos, reconhecidos por suas
capacidades de oratória e de discurso, atuava como profissionais do ensino, cobrando
altas quantias financeiras pelos serviços prestados aos jovens de elite que nutriam o
interesse em penetrarem na carreira política. Tratavam-se dos chamados Sofistas.
Há de se mencionar que tudo o que sabemos destes mestres da retorica e do
convencimento foram legados não por seus escritos, mas, sobretudo pelo que outros
filósofos escreveram sobre aqueles. Especialmente, as considerações negativas
efetuadas por Platão e Aristóteles. Para Aristóteles, por exemplo, a Escola Sofista se
caracterizava por apresentar uma “sabedoria aparente, mas não real”.
Estes Sofistas eram, assim, acidamente criticados por serem tidos como
indivíduos que mais ensinavam aos seus jovens alunos a complexa arte da persuasão
do que necessariamente os fundamentos filosóficos que os levariam a busca pela
verdade.
A Escola Sofista se caracterizava pela defesa do Relativismo e do
Convencionalismo como atributos inerentes ao discurso da Retorica:
- Relativismo: Perspectiva que sustenta que várias perspectivas a cerca da verdade são
relativas à sua época e local de produção.
- Convencionalismo: Perspectiva que defende a ideia de que os valores, os costumes e a
verdade são frutos de um acordo coletivo.
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Entre os sofistas mais famosos, se destacaram Protagóras de Abdera (481 a.C –
420 a.C) e Górgias de Leontinos (483 a.C – 376 a.C).
Certamente foram os escritos de Platão que tornaram o sofista Protágoras de
Abdera o mais aclamado de sua época. Apesar de não concordam com os métodos de
Protágoras, Platão fez questão de destacar um célebre pensamento do sofista: “O
homem é a medida de todas as coisas, das que são que elas são, das que não são que
elas não são”. Esta máxima quer indicar que, se uma pessoa acredita que algo é
verdade, tal coisa será verdade para ela. Logo, a verdade será sempre subjetiva e
relativa, não objetiva e absoluta.
Quanto ao pensamento de Górgias de Leontinos, se tornou celebre pelo seu
“Tratado do Não Ser” e “Elogio de Helena”. Segundo este sofista, “A persuasão aliada
às palavras modela a mente dos homens como quiser”.
QUESTIONÁRIO
1. (UNIMONTES – 2010) “Via de regra, os sofistas eram homens que tinham feito
longas viagens e, por isso mesmo, tinham conhecido diferentes sistemas de governo.
Usos, costumes e leis das cidades-estados podiam variar enormemente. Sob esse pano
de fundo, os sofistas iniciaram em Atenas uma discussão sobre o que seria natural e o
que seria criado pela sociedade.” (GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995).
Sobre os Sofistas, é incorreto afirmar:
a) Eles tiveram papel fundamental nas transformações culturais de Atenas.
b) Eles se dedicaram a questão do homem e de seu lugar na sociedade.
c) Eles eram mercenários e só visavam o lucro na arte de ensinar.
d) Eles foram os primeiros a compreender que o “homem é a medida de todas as
coisas”.
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II. Tanto para Sócrates quanto para os sofistas, o conhecimento não é um estado (o
estado da sabedoria), mas um processo, uma busca, uma procura da verdade. Isso não
significa que a verdade não exista, e sim que deve ser procurada e que sempre será
maior do que nós.
III. Como os sofistas, Sócrates se interessa pela virtude. Todavia, os sofistas, mantendo-
se no plano dos costumes estabelecidos, falavam da virtude no plural, isto é, falavam de
virtudes (coragem, temperança, amizade, justiça, piedade, prudência), mas Sócrates fala
no singular: a virtude.
a) Apenas I e III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas IV.
d) Apenas III e V.
e) Apenas II, III e IV.
4. (UEG - 2011) No século V a.C., Atenas vivia o auge de sua democracia. Nesse
mesmo período, os teatros estavam lotados, afinal, as tragédias chamavam cada vez
mais a atenção. Outro aspecto importante da civilização grega da época eram os
discursos proferidos na ágora. Para obter a aprovação da maioria, esses
pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos. Nesse caso, alguns
cidadãos procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar. Isso favoreceu o
surgimento de um grupo de filósofos que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos
vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em troca de pagamento. Eles foram
duramente criticados por Sócrates e são conhecidos como
a) maniqueístas.
b) hedonistas.
c) epicuristas.
d) sofistas.
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Em suas reflexões, Sócrates refletira acerca de inúmeras problemáticas relativas
à natureza humana, dentre as quais:
- O Autoconhecimento Humano:
“Conhece-te a Ti mesmo”. Este grande aforismo inscrito na entrada do Templo de
Delfos serviria como o eterno guia de Sócrates na construção de seu pensamento
filosófico. Tratava-se do chamado “cuidado de si”. Para Sócrates, a filosofia deveria
atuar sempre como um mecanismo de incessante exame de si e dos outros, alçando o
Homem e os seus problemas ao centro de seu pensamento.
- A Essência do Homem:
A essência humana é formada por corpo e alma, sendo que o homem se apresenta como
a sua própria alma, e esta alma seria então a razão. Por conseguinte, a alma do homem
será sempre a sua consciência, conferindo-lhe então a sua personalidade e a sua moral.
Portanto, a filosofia agiria ao orientar os homens a cuidarem mais de si, da sua alma, do
que necessariamente dos seus corpos.
- A Virtude:
Os homens deveriam concentrar os seus esforços para ampliarem as suas virtudes em
proveito da comunidade, da polis. O mecanismo para esta ampliação seria justamente o
constante desenvolvimento e aperfeiçoamento da razão e do conhecimento, em
detrimento de uma vida voltada aos ganhos materiais, posto que estes desviariam os
homens do caminho puro das virtudes.
- A Maiêutica:
Tratava-se de um método dialógico e dialético sustentado por Sócrates a fim de fazer
com que seus interlocutores percebessem as suas inconsistências e, por conseguinte, se
autocorrigisse. Esta prática deveria ser feita de maneira organizada e que direcionasse
ao autoconhecimento. Tal mecanismo buscava “parir”, “dar a luz” nos homens o
conhecimento verdadeiro, originário da compreensão das próprias contradições, erros.
- O Pensamento Político:
Contrário à democracia ateniense, o filosofo grego defendia a instauração de uma
Republica governada por filósofos, pois, estes seriam os únicos a possuírem a
capacidade de entenderem profundamente os mais diversos e complexos assuntos
governamentais.
- O Pensamento Religioso:
Acreditava em uma divindade em particular, Daímon, uma voz divina interior que lhe
indicava não como pensar e agir, mas, sobretudo para convencê-lo a não realizar
determinadas questões.
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QUESTIONÁRIO
1. (UNCISAL – 2011) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar
os transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado
assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada,
levando-o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates
acabou sendo condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer
às leis da cidade e desrespeitar certos valores religiosos. Considerando essas
informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento foi
transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia:
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2. (ENEM – 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de
Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção
uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que
encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam
essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. E, sobretudo a esses
jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na:
4. (IFRS – 2010) Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins na obra
"Filosofando: introdução à Filosofia" desenvolvem um paralelo entre Sócrates e a
própria filosofia, de onde advém as seguintes conclusões possíveis, exceto:
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busca criativa das soluções em que a filosofia apresenta-se como atitude diante de
situações plurais.
E) O conhecimento de Sócrates não é livresco, mas sim vivo e em processo de se fazer;
o conteúdo é a experiência cotidiana. À filosofia cabe o papel dogmático.
Para sustentar com mais eficácia a sua Teoria das Idéias, Platão constrói em sua obra A
República o chamado Mito da Caverna. Nesta metáfora, Platão descreve uma caverna
onde uma gama de homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem
se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas
sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma
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que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros
objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como
louco. No mito podemos associar os homens presos à população e o homem liberto a
um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto
conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo inteligível.
Conforme Platão, as Ideias contidas neste mundo inteligível seriam formadas por duas
propriedades básicas:
- A espiritualidade: que são de ordem inteligível, portanto, invisíveis aos olhos
humanos e apreendidas pela inteligência, razão.
- A realidade: as Ideias não são conceitos abstratos do espírito, nem pensamentos do
Espírito divino, mas são realidades subsistentes e individuais, sendo objeto da
contemplação científica e fonte das realidades da terra.
Da realidade, derivam-se duas propriedades:
- A imutabilidade: que exclui toda a mudança, pois são eternas;
- A pureza: pois realiza a essência plenamente e sem mistura, e cada uma na sua ordem
é perfeita.
Para Platão, o conhecimento deste mundo das Ideias acontece sempre por meio da
Dialética, posto que esta guiaria o espirito através dos degraus sucessivos do mundo
inteligível.
d) A Teoria da Tripartição da Alma: nesta teoria, Platão divide a alma em três partes.
O lado racional está localizado na cabeça, seu objetivo é controlar os dois outros lados,
posto que com este adquirimos a sabedoria e a prudência. O lado irascível está
localizado no coração, seu objetivo é fazer prevalecer os sentimentos e a impetuosidade,
com ele adquirimos a coragem. Por último, temos o lado concupiscente que está
localizado no baixo-ventre, seu objetivo é satisfazer os desejos e apetites sexuais, com
ele adquirimos a moderação ou a temperança. No Mito do Cocheiro, no diálogo
“Fedro”, Platão compara a alma a uma carruagem puxada por dois cavalos, um branco
(irascível) e um negro (concupiscível). O corpo humano é a carruagem, e o cocheiro
(Razão) conduz através das rédeas (pensamentos) os cavalos (sentimentos). Cabe ao
homem através de seus pensamentos saber conduzir seus sentimentos, pois somente
assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade.
e) A Teoria da Existência de Deus:
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- Prova baseada na existência do mundo: Deus é o Demiurgo. Platão reconheceu que
para uma obra ter origem, é necessário que haja um artífice, e expõe o seu Demiurgo em
linguagem mítica. Ele, depois de ter contemplado o mundo Ideal, decidiu fazer o
universo à sua imagem.
- Prova baseada no movimento: Deus é a alma real. Platão verifica que o mundo está
sujeito a um movimento ordenado, como o movimento circular das esferas celestes, que
é pela sua estabilidade, a própria imagem da inteligência. Para que exista o movimento,
é necessário um motor. Platão sugere dois motores: um corpóreo e a alma. O corpo é
inerte e é sempre movido por outro antes de se mover, e a alma é o motor que tem em si
o princípio de seu movimento, e pode comunicá-lo sem receber antes.
QUESTIONARIO
1. (ENEM – 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o
objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso
estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a
Doutrina das Ideias formava-se em sua mente. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o
fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
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B) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
C) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
D) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
E) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
2. (ENEM-2014) No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o
alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o
homem descobre a:
a) Oligarquia
b) República
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c) Democracia
d) Monarquia
e) Plutocracia
4. (ENEM – 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o
objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso
estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente,
a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012
(adaptado).
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c) ideal inteligível como transcendência desejada.
d) amor como falta constituinte do ser humano.
e) autoconhecimento como caminho da verdade.
1) Todas as coisas tendem ao bem, o que significa que o bem é a finalidade de todas as
coisas.
2) chega-se ao bem por dois caminhos: pelas atividades práticas, isto é, aquelas que
contêm seus próprios fins (ética e política); pelas atividades produtivas (artes ou
técnicas).
Estas questões o levam a considerar que a natureza do Bem levaria cada indivíduo a
viver em felicidade com os demais. Por consequência, esta ética calcada na reprodução
do Bem Comum, prepararia então o terreno específico da Política. Posto que a Política
seria justamente o campo onde, coletivamente, se construiria o Bem de todos os
Homens.
Este bem comum a ser criado para todos os homens seria então a Felicidade. Porém,
não um sentimento rápido, passageiro, mas algo perpetuo, fixo. Como atingi-la? Através
do uso da Razão!
Platão enumera assim uma gama de Virtudes que deveriam ser amplificadas e
procuradas através do uso da Razão para que os homens atingissem esse nível de
excelência na Felicidade por meio da Política. Caberia aos homens se distanciarem de
suas paixões mais intimas, pois estas seriam contrárias às virtudes. Alguém sob o
domínio da paixão pode inclinar-se ao vício, que é o excesso ou a falta da paixão. A
virtude é encontrar, pelo uso da razão, o meio-termo entre esses extremos, que
Aristóteles chamou de justo meio.
Alguém plenamente dominado pelo prazer (que para Aristóteles é uma paixão). Esse
alguém pode ser libertino (um dos extremos do prazer em excesso) ou insensível (o
extremo oposto: falta de prazer), O justo meio, aqui, é a temperança, à qual se chega
pelo uso da razão.
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A virtude, assim, está ligada à razão. E, como todo homem é dotado de razão, pode
alcançar a virtude. Basta identificar a paixão que o domina, reconhecer seus extremos e
procurar, racionalmente, seu justo meio.
Por conseguinte, para Aristóteles, certamente a maior e a mais importantes de todas as
virtudes seria a Justiça. Sua força sobre as demais consiste em sua perfeição, porque
quem é justo projeta-se mais para o outro do que para si mesmo. Em outras palavras,
tudo que protege o conjunto dos indivíduos (a sociedade) é mais importante do que
aquilo que protege somente um dos membros dessa sociedade, Por isso, dos males, a
injustiça é o maior, pois destrói o tecido social e político.
Por conta de todas estas questões envolvendo a Ética e as Virtudes, Aristóteles passou
então a discutir com mais profundidade a Política. Para este, cada um dos regimes
políticos - monarquia, aristocracia ou república – poderia potencialmente degenerar: a
monarquia, em tirania; a aristocracia, em oligarquia; a democracia, em anarquia.
O melhor dos regimes possíveis resultaria na combinação entre o que há de melhor em
cada um deles. O melhor da república é a liberdade e a igualdade; da monarquia, a
capacidade de criar riquezas; e da aristocracia, sua excelência, capacidade e qualidades
intelectuais,
Entretanto, Aristóteles também procurou discutir outras questões filosóficas, como as
bases da Metafísica em sua Teoria das Causas. Ao investigar o “ser enquanto ser”,
Aristóteles procurou compreender que tornava as coisas o que elas são. Nesse sentido,
as características das coisas apenas nos mostram como as coisas estão, mas não definem
ou determinam o que elas são. É preciso investigar as condições que fazem as coisas
existirem, aquilo que determina “o que” elas são e aquilo que determina “como” são.
Com este propósito, Aristóteles compôs a sua Teoria das Causas, a qual apresenta os
seguintes princípios básicos:
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QUESTIONÁRIO
1. (ENEM – 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e
naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida
de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e
incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os
aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades
morais e à prática das atividades políticas”. VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana
na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.
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Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a
identifica como:
A) busca por bens materiais e títulos de nobreza.
B) plenitude espiritual e ascese pessoal.
C) finalidade das ações e condutas humanas.
D) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
E) expressão do sucesso individual e reconhecimento público
3. (UNB – 2013) “O que é a justiça e a quem ela se aplica? Ela deve ser igual para
pessoas iguais, mas ainda resta uma dúvida: igual em quê, e desigual em quê? Eis
uma dificuldade que requer o auxílio da filosofia política. Alguém talvez possa
dizer que as funções mais importantes da cidade deveriam ser distribuídas
desigualmente, segundo a superioridade dos indicados em cada qualidade, mesmo
que não houvesse quaisquer outras diferenças entre os pretendentes, mas todos
fossem aparentemente idênticos, pois homens diferentes têm direitos e méritos
diferentes”.
No que concerne a conceitos mencionados no texto, assinale a opção correta:
Com base nesta afirmação, assinale a alternativa que não corresponde a definição
aristotélica de Felicidade:
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análise rigorosa e a definição de terminologia. Pela sua originalidade e relevância
Aristóteles foi um dos grandes mestres da Filosofia, pelo que se pode dizer:
a) Na Idade Média o aristotelismo foi uma das principais fontes de inspiração e
orientação da Escolástica, particularmente de Tomás de Aquino.
b) O pensamento de seu mestre Platão foi esquecido pela posteridade, pois foi
totalmente absorvido nas doutrinas aristotélicas.
c) O aristotelismo, em seu conjunto, foi à filosofia dominante em todo o Ocidente até
Kant.
d) Apenas a Lógica de Aristóteles perdurou até hoje, sendo seus outros escritos perdidos
ou esquecidos.
e) Embora influente durante séculos Aristóteles não é mais estudado e sua obra é apenas
um nome e um capítulo das Histórias da Filosofia.
I. "aquele que é naturalmente um marginal ama a guerra e pode ser comparado a uma
peça fora do jogo"
II. "o homem é o único entre os animais a ter linguagem"
III. "trata-se de uma característica do homem ser ele o único que tem o senso do bom e
do mau, do justo e do injusto, bem como de outras noções deste tipo".
A) somente I e II estão corretas;
B) somente I, II e III estão corretas;
C) I e III estão incorretas.
D) II e III estão incorretas;
E) I, II e III estão incorretas;
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caráter irrefutável e um comportamento exemplar, valorizando sua doutrina através dos
seus atos.
Todos estes preceitos acabaram dando corpo ao chamado Confucionismo. Nas
bases deste pensamento, se encontrava a ideia de que se deveria buscar a essência do
Tao, o equilíbrio entre a vida e os preceitos celestes. Para atingir o “caminho
superior”, os seres humanos precisam conviver em harmonia, não apenas no lar, mas
com governantes, seu povo, idosos e crianças. Os valores mais importantes dessa
relação são os morais, além da disciplina, consciência política e trabalho. Para
Confúcio, os seres humanos seriam então compostos por quatro elementos básicos:
– O céu
- A natureza
- A comunidade
- O Eu
- O amor ao próximo
- A justiça
-Um comportamento adequado aos valores morais
- O cultivo à sabedoria
- Consciência adequada das vontades dos céus
-Ren, ou o altruísmo
-Li, ou cortesia ritual
- Yi, também chamado de justiça, retidão e honraria
- Zhing, ou fidelidade
- Xin, ou integridade
- Zhi, ou sabedoria moral
Para além destes preceitos, as práticas confucionistas também são caracterizadas por:
- Adoração aos ancestrais: os antepassados devem ser adorados tanto pelas famílias
reais como pela plebe. Para isso, foram construídos templos para os mortos e eram
ofertados alimentos, armas e utensílios úteis, para que eles tivessem conforto e estrutura
parecida de como eram vivos. Esses rituais aconteciam, pois havia uma crença de que os
mortos poderiam influenciar no êxito dos negócios, família e personalidade.
- Geomancia: prática de observação de tudo que se referia aos céus, como pássaros,
relâmpagos, trovões, dentre outros.
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- Deus: acreditava que existia uma força divina no mundo, apesar de se basear apenas
na busca pelo Tao.
- Piedade: prática de lealdade e devoção dos membros mais novos de uma família aos
membros mais velhos. Todo filho deve ser leal e piedoso, e cuidar do reverenciamento
na vida e após a sua morte.
FIM
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