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Curso Básico de Vela

em Veleiros da Classe Dingue

Informações Organizadas com base nos sites:


http://veleirodingue.freeboat.com.br
Organizado por
http://www.holosbrasil.com/dingue/ Rodolfo Muanis
Histórico do Veleiro Dingue

O Dingue é o primeiro veleiro monotipo (com regras definidas) projetado e construído no Brasil. Foi
idealizado em 1978 pelo engenheiro naval carioca Miguel Pomar para ser um veleiro de baixo custo
ideal para passeios de fim de semana e em família, mas que também pudesse ser utilizado em regatas e
competições.

Em pouco tempo a idéia tornou-se um sucesso e os proprietários se organizaram para realizar as


primeiras regatas da nova Classe. Em 1979 realizou-se o primeiro campeonato de Dingue, na Baía da
Guanabara e já em 1981 realizou-se o primeiro Campeonato Brasileiro também no Rio de Janeiro. Em
1993 o Dingue deixou de ser fabricado e a Classe, então, parou de exercer quaisquer atividades.

Após um longo período de inatividade, o Dingue voltou a ser produzido, em 1998, pela empresa de
construção naval, Holos Brasil, que passou a ser, também, a grande incentivadora da Classe no país e
responsável, em pouco tempo, pelo ressurgimento das competições e pelo prazer de se velejar Dingue.

A Associação Brasileira da Classe Dingue – ABCD, filiada à Federação Brasileira de Vela e Motor, foi
fundada em 24 de junho de 2003 com a finalidade de, sempre em parceria com a Holos Brasil,
promover e melhor organizar as atividades do Dingue no País através de um calendário anual de
regatas, seminários, palestras, encontros, etc.

A Classe Dingue é hoje uma Classe de Iniciação na vela, onde pode-se encontrar muitos pais velejando
com os filhos, principalmente em virtude das categorias e pesos ideais em competições, e por também
ser um ótimo barco para se passear, fácil de montar, de guardar e de baixo custo de manutenção.

São organizados anualmente campeonatos regionais no sul, sudeste, centro-oeste e nordeste, além dos
estaduais em cada uma dessas regiões. Os polos de velejadores da Classe se concentram em Santa
Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Brasília e Recife. Mas por ser um barco de preço acessível
em modelos antigos construídos pelo próprio Pomar, é comum em qualquer recanto do Brasil onde
haja acesso ao mar, um lago ou uma lagoa, ver um velho Dingue com suas velas reguladas procurando o
vento para transformar sua física em poesia. Miguel Pomar, projetista do Dingue
E aí, vamos fazer parte dessa turma?
Conhecendo as partes do veleiro Dingue:
Conhecendo as partes do veleiro Dingue:
Montando o seu veleiro Dingue:

Verificar se tenho todas as peças!

Verificar os bujões interno e externo! Verificar as peças presas ao barco! Verificar os encaixes do leme!

Quem vai pro mar! Se previne em terra!


Montando o seu veleiro Dingue:

Verificar principalmente as peças que mais arrebentam!

Garlindéu do mastro Suporte do burro no mastro Fixadores de cabos,


retranca, base do mastro,
etc.
Montando o seu veleiro Dingue: O ideal é realizar a montagem do barco em um lugar abrigado do vento, colocar
todas as peças dentro do cockpit do barco e iniciar a montagem pelo mastro,
depois colocar a vela no mesmo alinhando punho do tope da vela ao punho do
Iniciando a montagem ...
top do mastro, e o punho da amura da vela ao garlindéu do mastro. Prenda o
punho do top ao mastro com um nó do tipo lás de guia ou um nó direito.

Caso não seja possível iniciar a montagem em um lugar abrigado do vento, alinhe
a proa do barco (parte da frente do barco) na direção do vento.

Montado o mastro e a vela, insira as talas na vela e encaixe o mastro na base do


barco, e aí realize o encaixe da retranca no garlindéu, apoiando a retranca na
popa do barco (parte traseira do barco) e inicie a instalação dos cabos ...

o ideal é uns 5 cm do olhal para o fixador.


Montando o seu veleiro Dingue:

Encaixando a retranca no garlindéu Apoiando a retranca na popa do barco


Montando o seu veleiro Dingue:

Nós básicos para se montar um Dingue

oito direito volta do fiel lais de guia

Neste link temos animações da execução de cada nó.

http://veleirodingue.freeboat.com.br/sail/nos_basicos_para_ser_usado_em_um_veleiro.htm
Montando o seu veleiro Dingue:

Colocando os cabos da esteira – montagem básica

Prende-se com um lais de guia o cabo no fixador. Opção 1 – fica assim Prende-se o cabo com um lais
Cabo da esteira e moitão (Também é possível ter ali um moitão e fixar o cabo apenas
no olhal da vela com um lais de guia)
de guia no olhal

Esteira em direção ao mordedor da retranca A ponta da esteira entra pelo mordedor, o


O cabo da esteira passa pelo moitão e vai Na foto o cabo curto necessitou ser emendado com um nó
até o mordedor no meio da retranca. direito e há também um cabinho que regular a altura entre a
excesso de cabo se enrola na retranca e a ponta
vela e a retranca que é preso com um nó direito do cabo leva um nó de oito.
Montando o seu veleiro Dingue:

Instalando o burro e a testa – montagem básica

O burro e a testa, podem ser instalados de diversas maneiras,


utilizando redução ou não. A redução tornará a puxada do burro
mais leve. A testa e o burro irão te ajudar a regular a valuma da vela
durante o velejo, ajustando a testa da vela e a altura da retranca.

Montagem de burro e testa de


competição em Lasers, também
utilizado em Dingues

O burro se fixa nos suportes de encaixe deste no mastro e na


retranca, e a testa é presa no olhal da vela com um cabo,
podendo ser fixada também no suporte do burro do mastro,
e presa no mordedor do cockpit.
Montando o seu veleiro Dingue:

Instalando o traveller – montagem básica

O traveller é um cabo preso aos dois fixadores da popa,


na verdade basta passar o cabo por eles e dar um nó de
oito nas duas pontas para ele não correr.

Alguns Dingues possuem um mordedor extra que


permitirá regular a altura do traveller.

Em ventos fortes se utiliza o traveller mais baixo (mais


caçado), retranca mais baixa.

Em ventos fracos se utiliza o traveller mais alto (menos


caçado), retranca mais alta.
Montando o seu veleiro Dingue:

Instalando a escota – montagem básica

A maneira mais fácil de montagem da escota é iniciar passando pela roldana do barco, subir em direção à roldana do
meio da retranca, ir em direção à roldana do fim da retranca, descer em direção à roldana do treveller e voltar em
direção a roldana do fim da retranca, terminando num nó de oito.
Montando o seu veleiro Dingue:

Instalando o leme e cana do leme

O leme se encaixa nas bases do leme na A cana do leme se encaixa na cabeça do


popa do barco e são instalados também leme, é presa por um pino de segurança
pinos ou roldanas de segurança para que ao leme e por um cabo que sai do leme,
durante o velejo os pinos do leme não passa no mordedor da cana e se prende
pulem para fora deixando o barco sem nesta com uma volta do fiel
rumo. (procedimento feito após se baixar o
leme na água)
Montando o seu veleiro Dingue:

Instalando o cabo de segurança do mastro

É importante instalar um cabo de


segurança entre o mastro e o cockpit do
barco. Em caso do barco virar, isto evita
que o mastro se solte.

Sim, se você bobear o


vento pode te virar.
Mas fica tranquilo que
vamos te ensinar a
desvirar. É mole,
qualquer criança pode
fazer isso.
Segurança do Velejador:

1 – Utilize sempre colete salva-vidas adequado para o seu peso;

2 – Utilize sempre protetor solar, óculos com prendedores e chapéus e bonés também são bem vindos;

3 – É importante em situações difíceis sempre manter a calma;

4 – Conhecimentos sobre natação e como boiar são fundamentais;

5 – Desvirar o barco é simples.


1) Coloque o casco virado com a proa para linha do vento;
2) force a bolina por fora com o peso do corpo até o barco desvirar;
3) Suba no barco com calma;
4) Verifique cabos embolados e se alguma peça arrebentou;
5) Estando tudo ok, retome o velejo com calma;
6) Tendo arrebentado algo, busque improvisar um conserto com cabos extras;

6 – Tenha sempre uma caixa estanque com celular/radio que te permita contatar um resgate caso necessário;

7 – Tenha sempre cabos extras à bordo para pender alguma peça que se solte.
Barco montado, protetor solar na pele, coletes à postos, bolina preparada para encaixar no cockpit do barco!

Vamos pra água nos divertir um pouco?


Bem ... Antes precisamos conhecer um pouco do nosso combustível, o Vento!

Afinal como dizia o Elio Krapun “velejar é transformar a física em poesia!”


Posicionando seu barco em relação ao vento

Veleiros dependem de Vento para gerar sua força


motriz, portanto é muito importante você saber de
onde ele vem para poder usar ao máximo. A direção
do vento é dada normalmente de onde o vento vem.
Por exemplo, vento sudoeste sopra do sudoeste.

Passo a passo para começar:


1- Colocamos o barco na água com a escota solta e na
linha do vento (vela panejando), encaixamos a bolina
na caixa até o limite caso haja profundidade;

2- Baixamos o leme e prendemos o cabo do leme no


mordedor da cana de leme com uma volta do fiel;

3 - Iniciamos caçando (puxar o cabo da escota)


levemente nossa vela, e o barco irá procurar uma orça
e começar a andar;

4 – No começo o ideal é buscar uma orça folgada para


sentirmos o barco.
Como o vento impulsiona o barco
Vento Lateral Vento de Popa

Mas se precisar ir na direção contraria do vento?


Aí a explicação física, é com o "Princípio de Todos veleiros retiram sua força de propulsão do
Bernoulli", uma força aerodinâmica, que faz com vento, e basicamente ele pode ser operado de
que o barco seja puxado, sim PUXADO, porque dois modos e o primeiro deles é "sendo
A vela é a responsável pela captura da energia do vento que após algumas quando a vela faz a curvatura, recebendo o empurrado".
reações aerodinâmicas leva o veleiro ao movimento. O seu formato e sua vento pela lateral, cria uma zona de alta pressão A acima demonstra como isto funciona, ou seja,
curvatura, chamada de “shape”, é muito importante. Sua regulagem é que na parte interna dela e uma zona de baixa como um pára-quedas que segura o ar e acaba
determinará o quanto o veleiro usará essa energia do vento a seu favor. pressão na parte externa, isto acontece pela empurrando o veleiro pela reação. Esta situação
Veja o que ocorre quando o vento passa pela vela. diferença de velocidade que o ar passa na parte é perfeita se você está indo na direção do vento.
Pela força do vento, a tendência do barco é de girar a favor dele, mas pela externa em relação com a parte interna, e gera a Nesta situação se aplica como explicação física a
interferência da bolina e leme trabalhando juntos, compensam essa força de força de "sustentação" a frente, também 3º Lei de Newton: ação x reação.
torção, e o resultado é o deslocamento do barco, conforme diagrama acima. chamada de "lift".
Trimando suas velas

Fitas de Vela (telltale), são pequenos pedaços de nylon,


normalmente um verde e outro vermelho, muito leves,
usado para determinar a trimagem da vela, e são
basicamente o equipamento utilizado para monitorar se a
vela está bem regulada. Em minha vela tenho duas delas
Tenha certeza que a bolina está abaixada e o seu leme
reto, comece a trimar a vela, caçando a escota e verá
junto a pequenas janelas para facilitar a visão do outro lado.
que ele começara a deslizar suavemente pela água.
Lembre-se que a trimagem da vela pode ficar estolada, - quando elas estiverem paralelas, sua regulagem está boa
super trimada ou panejando que equivale a sem
nenhuma trimagem. Panejando é fácil de detectar, mas - se a de fora esta reta e a de dentro panejando, sua
estolado é mais complicado de perceber. Com o tempo
regulagem está super trimada.
você aprenderá quando isto acontece.

Regra para não capotar se o vento aumentar - se a de dentro está reta e a de fora panejando, sua
inesperadamente: não tenha dúvidas: folgue a escota. regulagem está estolada.
Mudando o veleiro de rumo
mudando de rumo para à bombordo (esquerda) mudando de rumo para boroeste (direita)

Uma vez dentro do veleiro, o timoneiro deve sempre sentar oposto ao lado que a vela
está aberta, nesta posição ela estará de frente para a vela e de segurar com uma mão o
leme, seja pela cana-do-leme ou extensão do mesmo e com a outra mão o cabo da
escota.

Quando você movimentar o leme para um dos lados, se dará um efeito de brecar do
lado que você colocou o leme e com isto o veleiro mudará de rumo no sentido Leme levado a esquerda do veleiro, com isto efetuando uma mudança de rumo para boroeste
contrário. (direita).

A manobra aqui demonstrada, também é conhecida no jargão náutico como "orçar", A manobra aqui demonstrada, também é conhecida no jargão náutico como "arribar", que
que significa "ir em direção de onde vem o vento". significa "ir em direção em que vai o vento ou empopar"
Palavrinhas novas importantes para o nosso vocabulário náutico:

-  Bombordo: O lado esquerdo da embarcação quando se está olhando para a proa

- Boreste: O lado direito da embarcação quando se está olhando para a proa

- Arribar: Girar a Proa no sentido de afastá-la da linha do vento (contrário de orçar)

- Orçar: Girar a Proa na direção do vento (contrário de arribar)

- Jaibe: Fazer um Jaibe, é fazer com que o veleiro vire o lado que está recebendo o
vento.

- Bordo ou Cambar: Bordo, Cambar ou "Virando por Davante“, é fazer com que o veleiro
vire de lado, passando a proa por onde o vento está vindo. Você entrará com o veleiro
na zona morta de velejar, saindo do outro lado.
Jaibe Fazer um Jaibe, é fazer com que o veleiro vire o lado que está recebendo o vento. Você virará o veleiro até a retranca trocar de
lado. Efetuar um bordo, é muito mais fácil e seguro que um Jaibe, especialmente em ventos fortes, mas o Jaibe, é uma
manobra extremamente importante quando estiver velejando com um destino de mesma direção que o vento. Para fazer um
bordo, você precisa virar no mínimo 90º, ao contrário do Jaibe que você pode realizá-lo com poucos graus.

Passo a passo do Jaibe:


1 - Antes do Jaibe: o timoneiro e a tripulação são responsáveis por checar se estão em
posição de efetuar o Jaibe com segurança, por exemplo livres de tráfego ou
obstáculos.

2 - Comunicação: o timoneiro deve avisar que vai dar o Jaibe, enquanto já define o
novo rumo que tomará após o Jaibe

3 - Iniciando o Jaibe: o timoneiro vai comandando o leme para efetuar a curva para o
lado escolhido para o Jaibe.

4 - Durante o Jaibe: a tripulação aguarda a retranca começar a trocar de lado e se


prepara para também trocarem de lado. Deve-se ter muita atenção a partir desta hora
até o fim do Jaibe, para evitar acidentes. A tripulação se prepara para a troca de lado.

5 - Durante o Jaibe, parte 2: a retranca passará pela direção do vento, quase não
panejando no ponto zero, indo pelo embalo para o lado oposto. Você perceberá uma
aceleração do veleiro, assim que a vela inflar do lado oposto. A tripulação já deve
estar trocando de lado. Dê uma puxada forte no cabo da escota, para evitar que ele se
enrosque na popa do veleiro.

6 - Durante o Jaibe parte 3: o timoneiro vai alinhando o veleiro para o novo rumo. A
tripulação finaliza a troca de lado.

7 - Durante o Jaibe parte 4: o timoneiro, com o leme alinhado, troca de mão no leme e
cabo escota. Caso necessário, volte a fazer escora.

8 - Jaibe finalizado: você deve estar navegando para o rumo escolhido e com o leme
alinhado.
Bordo, Cambar ou "Virando por Davante" é fazer com que o veleiro vire de lado, passando a proa por onde o vento está
Bordo ou Cambar vindo. Você entrará com o veleiro na zona morta de velejar, saindo do outro lado. Lembre-se que esta manobra só é
possível se o veleiro estiver em movimento. Bordo ou Cambar? São a mesma coisa, são sinônimos, sendo a preferência
dos nomes um fator regional.

Passo a passo da Cambada:

1 - antes do Bordo: O timoneiro e tripulação, são responsáveis por assegurar se é seguro


efetuar o bordo, checando tráfego e obstáculos.

2 - comunicação: O timoneiro anuncia que dará um "bordo", enquanto pega referências para o
novo rumo após o bordo. A tripulação deve avisar ao timoneiro se houver algum problema que
impossibilite a manobra.

3 - iniciando o bordo: O timoneiro anuncia: “Vou cambar!", e inicia o movimento do leme para
iniciar a curva.

4 - cambada, parte 1: a tripulação se prepara para trocar de lado.

5 - cambada, parte 2: a tripulação deve estar trocando de lado no veleiro, o timoneiro se


prepara para alinhar o leme no novo rumo. A vela já começa a inflar novamente, enquanto sai
da zona morta de vento, proporcionando aceleração novamente ao veleiro.

6 - cambada, parte 3: a tripulação finaliza a troca de lado, o timoneiro alinha o leme para o
novo rumo, e efetua troca de mãos no cabo de escota e leme. Volte a escorar caso necessário.

7 - bordo completado: deverá estar velejando, no novo rumo, e com a vela inflada.
Orçar x Arribar

Orçar: Girar a Proa na direção do vento

Arribar: Girar a Proa no sentido de afastá-la da linha do vento


observe:

Atenção! No veleiro verde, orçar é equivalente a mudar de rumo para boroeste (direita) e no veleiro azul mudar de rumo para
bombordo (esquerda), e a inversão da direção também se aplica para o arribar. Portanto: "não associar orçar ou arribar com o
lado que ira virar, e sim com a direção do vento“

Quando orçamos trazemos a proa do barco para direção da linha do vento, quando arribamos afastamos a proa do barco da
linha do vento.
Bordejando: velejando contra o vento
O meio que um veleiro tem para chegar a um
destino contra o vento é chamado de Bordejar,
que consiste em uma seqüência de bordos de 90º
e mantendo a velejada sempre em torno de 45º
em relação ao vento.

Passo a passo da Bordejada:

1 - subindo 45º contra o vento em posição de Orça Fechada e vento de


bombordo.

2 - efetue um bordo a esquerda e continue com 45º contra o vento.


Mantenha Orça Fechada, mas agora com vento de Boroeste.

3 - bordo a direita e novamente  subindo 45º contra o vento em posição de


Orça Fechada e vento de bombordo.

4 - novo bordo a esquerda e continue com 45º contra o vento. Continue
Orça Fechada mas agora com vento de Boroeste.

Repete-se a sequência quantas vezes forem necessárias para chegar ao


destino.
Pode-se precisar de ajustes no rumo se o vento estiver rondando (variando
de direção), para manter o caminho mais curto para o destino.
Parando o veleiro
Diminuindo a velocidade Panejando na linha do vento Panejando de lado no vento

Para diminuir a velocidade do veleiro,


Aproe o barco contra o vento,
você deve deixar a trimagem muito A outra opção que você tem,
aliviando a trimagem até a vela
próximo da vela panejar, e regulá-la de quando tem vento vindo da lateral
panejar no centro do veleiro, você
acordo com a velocidade que pretende ir. do veleiro, é folgar a escota, até a
ai estará em uma situação, sem
Observe a foto: vela próximo de panejar, vela panejar, e com isto anular a
força alguma tracionando ou
veleiro quase parando, se quisesse toda geração de tração que mantinha o
empurrando o veleiro, com isto ele
performance possível com este vento, a barco em movimento a frente.
parará e ficará a deriva.
vela deveria estar bem mais caçada.
Ancorando o seu Dingue
Por ser um veleiro monotipo bolinado, o Dingue em passeios pode ir até a areia da praia retirando-se sua bolina, porém, nessas
situações, as ondas podem ficar batendo entre à beira da praia e o barco e forçar o seu casco e leme.

É válido portar uma pequena âncora, uma Bruce de 2,5 kg resolve, prender o seu cabo ao mastro, lançá-la pela proa e soltar a
escota do barco. O seu Dingue se alinhará no vento e você poderá ir curtir sua praia sem se preocupar.

Ao retornar recolha primeiro a âncora, prenda a escota novamente, embarque e retome o seu velejo.

Gaia ancorado na ponta de Coroinhas na Lagoa de Araruama


Sites com previsão de vento:

https://www.windguru.cz/

https://www.windy.com/

https://www.windfinder.com

https://www.predictwind.com/

Todos tem aplicativos para celular!


Regime de Ventos Predominantes da Lagoa de Araruama:

Nordeste
CNA

Leste

Sudoeste

Sudeste

Sul
IMPORTANTE!

Regras Básicas de Navegação


A regra básica - Quem tem maior velocidade e melhor capacidade de manobra, cede passagem. Ou seja, jet skis e lanchas devem abrir caminho para
veleiros, que, por sua vez, devem dar preferência aos barcos a remo ou de pescadores, e todos devem desviar dos navios.

Lancha X Lancha - A preferência é, sempre, da que vem da direita, ou seja, a boreste. Ela deve manter o rumo e a velocidade, enquanto a outra passa pela
sua popa. Serve, também, para qualquer embarcação a motor, como jets.

Proa X Proa - Quando dois barcos a motor (inclusive jets) estiverem em rumos opostos, ambos devem guinar para boreste, ou seja, à direita. Jamais se
deve esperar que apenas o outro desvie, da mesma forma como guinar para o lado oposto, a bombordo, é extremamente perigoso.

Barco X Navio - Além de bem maiores (portanto, menos sujeitos a danos e intimidações), navios têm pouquíssima ou nenhuma capacidade de manobra
rápida. Por isso, geralmente têm prioridade máxima sobre qualquer outro tipo de embarcação. Que, por precaução, deve passar bem longe deles.

Veleiro X Veleiro - Entre dois veleiros, a preferência é do que estiver recebendo o vento por boreste, ou seja, que tenha suas velas infladas à esquerda em
relação ao casco. Já entre veleiros que recebam o vento pelo mesmo bordo, a preferência é de quem estiver a sotavento, ou seja, do lado que o vento
"sai".

Lancha X Veleiro - Quem tem maior velocidade e mais agilidade deve abrir caminho para os barcos mais lentos — esta é outra regra. Portanto, lanchas
sempre devem deixar os veleiros passar. Mas convém não confiar 100% nisso. Na dúvida, é melhor esquecer as regras e inverter as prioridades do que se
envolver num acidente.

Fonte: Revista Náutica.


Agora é praticar e se divertir! Cada dia é um dia de ganhar experiência e aprender um pouco mais!
Correr umas regatinhas da Classe Dingue irão te aprimorar na montagem do barco e no desempenho velejando!
Essa aula, não tem fim, cada dia de velejo é um dia de aprendizado, e
assim, a diversão não tem fim!

Vamos pra água nos divertir!

Muito Obrigado!

Dolfão
www.veleirogaia.wordpress.com

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