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O Dingue é o primeiro veleiro monotipo (com regras definidas) projetado e construído no Brasil. Foi
idealizado em 1978 pelo engenheiro naval carioca Miguel Pomar para ser um veleiro de baixo custo
ideal para passeios de fim de semana e em família, mas que também pudesse ser utilizado em regatas e
competições.
Após um longo período de inatividade, o Dingue voltou a ser produzido, em 1998, pela empresa de
construção naval, Holos Brasil, que passou a ser, também, a grande incentivadora da Classe no país e
responsável, em pouco tempo, pelo ressurgimento das competições e pelo prazer de se velejar Dingue.
A Associação Brasileira da Classe Dingue – ABCD, filiada à Federação Brasileira de Vela e Motor, foi
fundada em 24 de junho de 2003 com a finalidade de, sempre em parceria com a Holos Brasil,
promover e melhor organizar as atividades do Dingue no País através de um calendário anual de
regatas, seminários, palestras, encontros, etc.
A Classe Dingue é hoje uma Classe de Iniciação na vela, onde pode-se encontrar muitos pais velejando
com os filhos, principalmente em virtude das categorias e pesos ideais em competições, e por também
ser um ótimo barco para se passear, fácil de montar, de guardar e de baixo custo de manutenção.
São organizados anualmente campeonatos regionais no sul, sudeste, centro-oeste e nordeste, além dos
estaduais em cada uma dessas regiões. Os polos de velejadores da Classe se concentram em Santa
Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Brasília e Recife. Mas por ser um barco de preço acessível
em modelos antigos construídos pelo próprio Pomar, é comum em qualquer recanto do Brasil onde
haja acesso ao mar, um lago ou uma lagoa, ver um velho Dingue com suas velas reguladas procurando o
vento para transformar sua física em poesia. Miguel Pomar, projetista do Dingue
E aí, vamos fazer parte dessa turma?
Conhecendo as partes do veleiro Dingue:
Conhecendo as partes do veleiro Dingue:
Montando o seu veleiro Dingue:
Verificar os bujões interno e externo! Verificar as peças presas ao barco! Verificar os encaixes do leme!
Caso não seja possível iniciar a montagem em um lugar abrigado do vento, alinhe
a proa do barco (parte da frente do barco) na direção do vento.
http://veleirodingue.freeboat.com.br/sail/nos_basicos_para_ser_usado_em_um_veleiro.htm
Montando o seu veleiro Dingue:
Prende-se com um lais de guia o cabo no fixador. Opção 1 – fica assim Prende-se o cabo com um lais
Cabo da esteira e moitão (Também é possível ter ali um moitão e fixar o cabo apenas
no olhal da vela com um lais de guia)
de guia no olhal
A maneira mais fácil de montagem da escota é iniciar passando pela roldana do barco, subir em direção à roldana do
meio da retranca, ir em direção à roldana do fim da retranca, descer em direção à roldana do treveller e voltar em
direção a roldana do fim da retranca, terminando num nó de oito.
Montando o seu veleiro Dingue:
2 – Utilize sempre protetor solar, óculos com prendedores e chapéus e bonés também são bem vindos;
6 – Tenha sempre uma caixa estanque com celular/radio que te permita contatar um resgate caso necessário;
7 – Tenha sempre cabos extras à bordo para pender alguma peça que se solte.
Barco montado, protetor solar na pele, coletes à postos, bolina preparada para encaixar no cockpit do barco!
Regra para não capotar se o vento aumentar - se a de dentro está reta e a de fora panejando, sua
inesperadamente: não tenha dúvidas: folgue a escota. regulagem está estolada.
Mudando o veleiro de rumo
mudando de rumo para à bombordo (esquerda) mudando de rumo para boroeste (direita)
Uma vez dentro do veleiro, o timoneiro deve sempre sentar oposto ao lado que a vela
está aberta, nesta posição ela estará de frente para a vela e de segurar com uma mão o
leme, seja pela cana-do-leme ou extensão do mesmo e com a outra mão o cabo da
escota.
Quando você movimentar o leme para um dos lados, se dará um efeito de brecar do
lado que você colocou o leme e com isto o veleiro mudará de rumo no sentido Leme levado a esquerda do veleiro, com isto efetuando uma mudança de rumo para boroeste
contrário. (direita).
A manobra aqui demonstrada, também é conhecida no jargão náutico como "orçar", A manobra aqui demonstrada, também é conhecida no jargão náutico como "arribar", que
que significa "ir em direção de onde vem o vento". significa "ir em direção em que vai o vento ou empopar"
Palavrinhas novas importantes para o nosso vocabulário náutico:
- Jaibe: Fazer um Jaibe, é fazer com que o veleiro vire o lado que está recebendo o
vento.
- Bordo ou Cambar: Bordo, Cambar ou "Virando por Davante“, é fazer com que o veleiro
vire de lado, passando a proa por onde o vento está vindo. Você entrará com o veleiro
na zona morta de velejar, saindo do outro lado.
Jaibe Fazer um Jaibe, é fazer com que o veleiro vire o lado que está recebendo o vento. Você virará o veleiro até a retranca trocar de
lado. Efetuar um bordo, é muito mais fácil e seguro que um Jaibe, especialmente em ventos fortes, mas o Jaibe, é uma
manobra extremamente importante quando estiver velejando com um destino de mesma direção que o vento. Para fazer um
bordo, você precisa virar no mínimo 90º, ao contrário do Jaibe que você pode realizá-lo com poucos graus.
2 - Comunicação: o timoneiro deve avisar que vai dar o Jaibe, enquanto já define o
novo rumo que tomará após o Jaibe
3 - Iniciando o Jaibe: o timoneiro vai comandando o leme para efetuar a curva para o
lado escolhido para o Jaibe.
5 - Durante o Jaibe, parte 2: a retranca passará pela direção do vento, quase não
panejando no ponto zero, indo pelo embalo para o lado oposto. Você perceberá uma
aceleração do veleiro, assim que a vela inflar do lado oposto. A tripulação já deve
estar trocando de lado. Dê uma puxada forte no cabo da escota, para evitar que ele se
enrosque na popa do veleiro.
6 - Durante o Jaibe parte 3: o timoneiro vai alinhando o veleiro para o novo rumo. A
tripulação finaliza a troca de lado.
7 - Durante o Jaibe parte 4: o timoneiro, com o leme alinhado, troca de mão no leme e
cabo escota. Caso necessário, volte a fazer escora.
8 - Jaibe finalizado: você deve estar navegando para o rumo escolhido e com o leme
alinhado.
Bordo, Cambar ou "Virando por Davante" é fazer com que o veleiro vire de lado, passando a proa por onde o vento está
Bordo ou Cambar vindo. Você entrará com o veleiro na zona morta de velejar, saindo do outro lado. Lembre-se que esta manobra só é
possível se o veleiro estiver em movimento. Bordo ou Cambar? São a mesma coisa, são sinônimos, sendo a preferência
dos nomes um fator regional.
2 - comunicação: O timoneiro anuncia que dará um "bordo", enquanto pega referências para o
novo rumo após o bordo. A tripulação deve avisar ao timoneiro se houver algum problema que
impossibilite a manobra.
3 - iniciando o bordo: O timoneiro anuncia: “Vou cambar!", e inicia o movimento do leme para
iniciar a curva.
6 - cambada, parte 3: a tripulação finaliza a troca de lado, o timoneiro alinha o leme para o
novo rumo, e efetua troca de mãos no cabo de escota e leme. Volte a escorar caso necessário.
7 - bordo completado: deverá estar velejando, no novo rumo, e com a vela inflada.
Orçar x Arribar
Atenção! No veleiro verde, orçar é equivalente a mudar de rumo para boroeste (direita) e no veleiro azul mudar de rumo para
bombordo (esquerda), e a inversão da direção também se aplica para o arribar. Portanto: "não associar orçar ou arribar com o
lado que ira virar, e sim com a direção do vento“
Quando orçamos trazemos a proa do barco para direção da linha do vento, quando arribamos afastamos a proa do barco da
linha do vento.
Bordejando: velejando contra o vento
O meio que um veleiro tem para chegar a um
destino contra o vento é chamado de Bordejar,
que consiste em uma seqüência de bordos de 90º
e mantendo a velejada sempre em torno de 45º
em relação ao vento.
4 - novo bordo a esquerda e continue com 45º contra o vento. Continue
Orça Fechada mas agora com vento de Boroeste.
É válido portar uma pequena âncora, uma Bruce de 2,5 kg resolve, prender o seu cabo ao mastro, lançá-la pela proa e soltar a
escota do barco. O seu Dingue se alinhará no vento e você poderá ir curtir sua praia sem se preocupar.
Ao retornar recolha primeiro a âncora, prenda a escota novamente, embarque e retome o seu velejo.
https://www.windguru.cz/
https://www.windy.com/
https://www.windfinder.com
https://www.predictwind.com/
Nordeste
CNA
Leste
Sudoeste
Sudeste
Sul
IMPORTANTE!
Lancha X Lancha - A preferência é, sempre, da que vem da direita, ou seja, a boreste. Ela deve manter o rumo e a velocidade, enquanto a outra passa pela
sua popa. Serve, também, para qualquer embarcação a motor, como jets.
Proa X Proa - Quando dois barcos a motor (inclusive jets) estiverem em rumos opostos, ambos devem guinar para boreste, ou seja, à direita. Jamais se
deve esperar que apenas o outro desvie, da mesma forma como guinar para o lado oposto, a bombordo, é extremamente perigoso.
Barco X Navio - Além de bem maiores (portanto, menos sujeitos a danos e intimidações), navios têm pouquíssima ou nenhuma capacidade de manobra
rápida. Por isso, geralmente têm prioridade máxima sobre qualquer outro tipo de embarcação. Que, por precaução, deve passar bem longe deles.
Veleiro X Veleiro - Entre dois veleiros, a preferência é do que estiver recebendo o vento por boreste, ou seja, que tenha suas velas infladas à esquerda em
relação ao casco. Já entre veleiros que recebam o vento pelo mesmo bordo, a preferência é de quem estiver a sotavento, ou seja, do lado que o vento
"sai".
Lancha X Veleiro - Quem tem maior velocidade e mais agilidade deve abrir caminho para os barcos mais lentos — esta é outra regra. Portanto, lanchas
sempre devem deixar os veleiros passar. Mas convém não confiar 100% nisso. Na dúvida, é melhor esquecer as regras e inverter as prioridades do que se
envolver num acidente.
Muito Obrigado!
Dolfão
www.veleirogaia.wordpress.com