Você está na página 1de 107

CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

O IBCN – (Instituto Brasileiro de Ciências Náuticas) tem como missão


promover a educação profissional e amadora, inovação e a transferência de
tecnologia do mundo náutico, contribuindo para elevar a formação de nossos
velejadores e profissionais.

A educação é um dos pilares do IBCN, que oferece cursos de:


• INICIAÇÃO MECÂNICA DIESEL;
• ELÉTRICA BÁSICA;
• MOTOR DE POPA;
• NAVEGAÇÃO POR INSTRUMENTOS;
• METEOROLOGIA;
• OCEONOGRAFIA.

O Instituto dá apoio para o desenvolvimento da inovação em cooperação


atendendo diversas áreas, buscando parcerias com universidades, empresas e
governos.

Missão:
Promover a educação profissional de qualidade e inovação, contribuindo para
elevar a formação profissional dos praticantes de esportes náuticos.

Visão:
Consolidar-se como líder nacional em educação profissional e ser reconhecido
como provedor de inovação, e soluções educacionais para o mundo náutico.

Presidente do IBCN: Fábio Mariano

Contatos:
Tel.: (21)96543-0072 (zap)
E-mail: fabiomariano1@hotmail.com

Página 2 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
INTRODUÇÃO

• Objetivo:
Este curso tem como objetivo apresentar alguns conceitos básicos, leis, e troca
de experiências ligadas à eletricidade náutica, visando a facilitar o
acompanhamento de serviços de profissionais de elétrica, e a realização de
pequenos reparos emergenciais com segurança e conhecimento básico de
eletricidade.
• Público Alvo:
Profissionais de elétrica, donos de embarcações e outros que tenham
interesses em eletricidade náutica básica.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ELETRICIDADE BÁSICA:
1. O átomo - 03
2. Eletricidade – Conceito – 04
3. Os perigos da eletricidade - 05
4. Corrente Contínua e Alternada – 07
5. Circuitos Elétricos – 09
6. Grandeza elétrica – 13
7. Unidade de medida – 14
8. Código de cores dos resistores - 15
9. Associação de resistores – 20
10. Calculo do resistor adequado para o Led - 22
11. Aterramento - 29
12. Tensão – Potência – Corrente Elétrica - Resistência ôhmica – 31
13. 1º e 2º Lei de Ohm - 37
14. Multímetro – Como usá-lo - 40
A ELETRICIDADE APLICADA A NÁUTICA:
15. Eletricidade na embarcação – 56
16. Baterias automotivas x estacionárias - 59
17. Banco de baterias - 62
18. Alternadores - 64
19. Motor de arranque - 71
20. Projetos elétricos – 75
21. Para-raios na embarcação – 76
22. Energia fotovoltaica – 78
23. Materiais marinizados – 83
24. Anexo 1 - Painel de instrumentos
25. Anexo 2 - Painel de ignição
26. Anexo 3 - Interruptores
27. Anexo 4 - Luz de navegação, cortesia
28. Anexo 5 - Buzina
29. Anexo 6 - Bomba de porão
30. Anexo 7 – Chave de conexão da bateria (Perko)
31. Anexo 8 - Farol
32. Anexo 9 - Instrumentos
33. Anexo 10 - Tacômetro
34. Anexo 11 - QDC
35. Anexo 11 - Tabela comparativa de capacidade de condução de corrente
36. Prática - Montagem de QDC com 03 porta fusíveis, 3 interruptores e 3
Leds
Página 3 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

1 – Átomo

O átomo é a unidade fundamental da matéria, é a menor fração capaz de


identificar um elemento químico.

Ele é formado por um núcleo, que contém nêutrons (ausência de carga) e


prótons (carga positiva), e por elétrons (carga negativa) que circundam o
núcleo.

O termo átomo deriva do grego e significa indivisível.

Página 4 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

2 - ELETRICIDADE - CONCEITO:
A eletricidade é um termo geral que abrange uma variedade de fenômenos
resultantes da presença e do fluxo de carga elétrica.
Esses incluem muitos fenômenos facilmente reconhecíveis, tais como:
relâmpagos, eletricidade estática, e correntes elétricas em fios elétricos. Além
disso, a eletricidade engloba conceitos menos conhecidos, como o campo
eletromagnético e indução eletromagnética.

CORRENTE ELÉTRICA: Unidade de Medida: Amper (A) - Representada pela


letra: I

A corrente elétrica é uma grandeza elétrica.


Uma grandeza é todo fenômeno que podemos mensurar através de uma
unidade, e isso, é o que permitirá que possamos trabalhar com esta grandeza
utilizando cálculos matemáticos.

Podemos resumir a Corrente Elétrica como o fluxo ordenado de elétrons.

Se seccionarmos um condutor, e no ponto seccionado medirmos o número de elétrons que


por ali esta passando, teremos o valor da corrente elétrica.
Este valor é dado em Amper, e é representado pela Letra (I).

Página 5 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

3 - Perigos da corrente elétrica


Classificações e intensidades do choque elétrico:

Ainda que o choque elétrico possa ser classificado por diferentes tipos e
intensidades, existe um fator em comum entre todos eles: todos são
desagradáveis e nocivos. Considerada um dos principais riscos quando
falamos sobre segurança do trabalho, a eletricidade pode causar
queimaduras, contrações musculares e oferecer sérios riscos ao sistema
nervoso – isso quando ela não é fatal.

Os tipos de correntes:
Para classificarmos os tipos de correntes, é preciso considerar a Corrente
contínua (DC), que é a eletricidade que se move em direção contínua, ou
Corrente Alternada (AC), que é quando esse movimento e intensidade variam
ciclicamente. Dessa forma, conseguimos entender que a forma com queo AC
afeta o corpo humano varia de acordo com a frequência.

Por exemplo, segundo o INBEP, uma AC de baixa frequência (50 a 60 Hz, por
exemplo) pode ser mais perigosa do que a AC de alta frequência, e até 5x mais
nociva que uma DC da mesma tensão e amperagem. Isso porque a CA produz
contração muscular prolongada, que pode “grudar” a mão do colaborador na
fonte de energia e prolongar a exposição ao choque. Em uma situação similar,
na DC, seria provável uma única contração convulsiva e que, na maioria das
vezes, afasta a vítima da fonte atual.

No gráfico abaixo, é possível entender como o corpo pode reagir às descargas,


elétricas.

Página 6 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
O que fazer em casos de choque elétrico

A vítima de choque elétrico deve ser socorrida imediatamente, por isso, é


sempre importante disseminar a cultura da segurança no ambiente de trabalho
e desta forma, qualquer colaborador saberá o que fazer diante de um acidente.

É primordial que, em casos de acidente, o socorro seja feito da seguinte forma:

1 - CORTE OU DESLIGUE IMEDIATAMENTE A FONTE DE ENERGIA, MAS SEM


TOCAR NA VÍTIMA;

2 - CHAME UMA AMBULÂNCIA PELO 192;

3 - OBSERVE SE A VÍTIMA ESTÁ CONSCIENTE E RESPIRANDO,

• Se estiver consciente e respirando: acalme a vítima até a chegada dos


médicos.

• Se estiver inconsciente, mas respirando: deite-a de lado, colocando-a


em posição lateral de segurança.

• Se estiver inconsciente e não estiver respirando: inicie massagem


cardíaca e a respiração boca-a-boca.

IMPORTANTE:
Melhor do que saber sobre os efeitos da eletricidade no corpo e como lidar com
possíveis acidentes, é preveni-los, por isso, jamais dispense o uso de EPI e de
materiais que assegurem a sua segurança e dos seus colaboradores.

Assegure-se que o circuito onde serão executados os serviços está desativado.


Seu cuidado salva vidas.

Página 7 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
4 – CORRENTE CONTÍNUA E ALTERNADA

A principal diferença entre corrente alternada e contínua reside no fato de que


a corrente contínua (CC) não altera o seu sentido de circulação dentro do
circuito elétrico. Por outro lado, temos que a corrente alternada (CA) consegue
alterar seu sentido. Essa é a diferença básica entre elas.

CORRENTE CONTÍNUA:
No gráfico abaixo, de corrente (A) por tempo (t), temos duas ondas constantes,
uma positiva e outra negativa, que representam exemplos de corrente
contínua.

A corrente contínua apresenta apenas uma polaridade, positiva ou negativa.

Veja também que, não importa se a corrente varia de intensidade ou qual tipo
de onda ela assume (pulsante). Para saber se ela é continua, apenas levamos
em conta se ela mudou ou não de sentido, ou seja, passou de positivo para
negativo e vice-versa.

Mesmo que a corrente mude de intensidade, se não houver mudança de


sentido ela é considerada uma CC.

Nas instalações elétricas que envolvem circuitos em corrente contínua,


costumamos utilizar cabos vermelhos para indicar a polaridade positiva (+) do
fluxo de corrente e cabos pretos para indicar a polaridade negativa (-).
Isso porque a inversão da polaridade do circuito e consequente inversão no
sentido do fluxo de corrente normalmente provocam diversos danos às cargas
conectadas ao circuito de corrente contínua.

Página 8 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
A Corrente Alternada (CA):
A corrente alternada possui essa nomenclatura, pois como o próprio nome já
diz, altera o seu sentido de circulação dentro do circuito, periodicamente.

Os tipos mais comuns de corrente alternada são as ondas senoidais e


quadradas, que variam suas intensidades de um máximo positivo (+) a um
máximo negativo (-) dentro de um intervalo de tempo, como exemplificado na
figura abaixo.

Exemplo de CA quadrada (esquerda) e CA senoidal (direita)


Dessa forma, uma das variáveis mais importantes que caracterizam uma onda
senoidal é a frequência.
Representada pela letra f e medida em Hertz (Hz), em homenagem ao
pesquisador Heinrich Rudolf Hertz, é a responsável por mensurar quantas
vezes essa onda senoidal alternou, ou seja, inverteu sua intensidade de um
valor +A para um valor -A dentro de um intervalo de tempo.

Convencionalmente, tratamos esse intervalo de tempo por 1 segundo. Então, a


quantidade de vezes que essa onda alterna seu ciclo de ‘positivo para negativo’
durante 1 segundo, será o valor de sua frequência.
Portanto, quanto mais tempo a onda alternada leva para completar um período
ou um ciclo, menor é a sua frequência. Em contra partida, quanto maior a
frequência de uma onda, menos tempo ela leva para completar um ciclo.

No Brasil, a frequência adotada para os circuitos de corrente alternada é 60 Hz.


Ou seja, em 1 segundo a onda completa 60 ciclos, com período de 16,67
milissegundos, cada.

Referência:
http://blog.bluesol.com.br/corrente-alternada-e-continua-diferencas/

Página 9 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
5 - CIRCUITOS ELÉTRICOS:

A grande tecnologia avançada presente nos dias de hoje se deve ao fato do


desenvolvimento dos estudos dos circuitos elétricos. Por isso é muito
importante entender o que é, e como ele funciona na prática e quais são os
elementos que o compõe.

Um circuito elétrico nada mais é do que o conjunto de vários elementos que


possuem funções diferentes a fim de se obter um objetivo desejado.

Classificação:

Os circuitos elétricos são classificados de duas maneiras:


Circuitos de corrente contínua: possuem fontes de tensão e correntes
contínuas (que não variam no decorrer do tempo).
Circuitos de corrente alternada: possuem fontes de tensão e correntes
alternadas (que variam no decorrer do tempo)

Para fazer a análise matemática de circuitos elétricos, é preciso conhecer no


mínimo dois conceitos básicos. A lei das malhas (também chamadas lei de
kirchhoff) e a lei de ohm.

RELEMBRANDO A LEI DE KIRCHHOFF COM CAROL BORGES:


https://www.youtube.com/watch?v=eb0wsTjyoME

Elementos de um Circuito

Alguns dos elementos que podem fazer parte de um circuito elétrico.

• Resistores:

Elementos de um circuito que basicamente possuem a função de transformar


energia elétrica em energia térmica através do efeito joule e assim, limitar a
corrente elétrica em um circuito.

Podem ser combinados de duas formas:


Combinação em série: nesse caso quando combinados, a resistência
equivalente (resistência total) referente a essa combinação irá aumentar de
forma que se obtenha a resistência total desejada.

Combinação em paralelo: nesse caso, a resistência equivalente (resistência


total) referente a essa combinação irá diminuir de forma que se obtenha a
resistência total desejada.

Página 10 de
84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
O objeto real:

Representação no papel:

O símbolo que representa os resistores geralmente é a letra R ou r.

• Capacitores:
Também denominados de condensadores, possuem a função de
armazenar cargas elétricas e assim gerar energia eletrostática.

É representado em um circuito elétrico como ilustrado:

Objeto real:

Representação no papel:

O símbolo que representa o capacitor geralmente é a letra C ou c.

Página 11 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

• Geradores:
Elementos responsáveis por transformar diversos tipos de energia em energia
elétrica.

Alguns tipos de energia transformada pelo gerador são: Energia térmica,


energia mecânica, energia química e etc.

Objeto real:

Objeto no papel:

• Indutores:

É uma espécie de dispositivo elétrico que tem como função principal de


armazenar energia elétrica na forma de campos magnéticos.
Normalmente ele é construído como uma bobina feita de um fio
condutor (geralmente de cobre).
Objeto real:

Objeto no papel:

O símbolo que representa o indutor geralmente é a letra L ou l.

Página 12 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
COMBINAÇÃO DE ELEMENTOS EM UM CIRCUITO:

Além desses elementos, existem vários outros que podem ser combinados com
a finalidade de construir um ou mais circuitos que tem certamente uma função
direcionada pelo seu construtor. Abaixo estão listados alguns tipos de circuitos
elétricos que usam alguns desses elementos citados acima:

1 – Circuito com resistor (R), capacitor ( C), gerador (V0) e chave (s):

2 – Circuito com indutor (L), capacitor ( C ), resistor ( R ), tensão alternada


(e(t)):

3 – Circuito com apenas resistores e gerador:

Fonte:
https://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/circuitos-eletricos

Página 13 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
6 – GRANDEZAS ELÉTRICAS

UNIDADES ELÉTRICAS

UNIDADE SÍMBOLOS REFERÊNCIA

Ampére A Corrente elétrica

Volt V Tensão elétrica

Watt W Potência elétrica

Volt-Ampére VA Potência elétrica

Volt-Ampére reativo Var Potência elétrica


reativa

Cavalo-Vapor CV Potência elétrica

Watt/hora Wh Energia elétrica


consumida

Ohm Resistência elétrica

Lúmem Lm Fluxo luminoso

Lux Lx Iluminância

Hertz Hz Frequência

Página 14 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
7 – UNIDADE DE MEDIDA – TENSÃO, CORRENTE E RESISTÊNCIA

G M K V-A–R m u N p

1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000

Giga Mega Kilo UNIDADE mili micro nano pico

Ao andar para esquerda cada casa é dividida por 1000

Múltiplos e submúltiplos:
Exemplos.:
1. Passar 1mA para Ampér. => Andar 01 casa para esquerda.
=> 1 dividir por 1000 => 0,001A

2. Passar 19mV para Volts. => Andar 01 casa para esquerda.


=>19 dividir por 1000 => 0,019V

3. Passar 7Kv para micro volts. => Andar 03 casas para direita.
=> 7 multiplicar por 1000 = 7.000v
=> 7.000 multiplicar por 1000 = 7.000.000mv
=> 7.000.000 multiplicar por 1000 = 7.000.000.000uV
=> (7 bilhões de micro volts)

4. Passar 4700uA para Ampér. => Andar 02 casas para esquerda.


=> 4700 dividir por 1000 = 4,7mA
=> 4,7 dividir por 1000 = 0,0047A

5. Passar de 193,4V para mili volts => Andar 01 casa para direita.
=> 193,4 multiplicar por 1000 = 193.400mV

Recordando unidades de medidas com Carol Borges:


https://www.youtube.com/watch?v=9FBm58QQH9s

Página 15 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
8 – CÓDIGO DE CORES DOS RESISTORES:
É possível determinar o valor da resistência de um resistor de duas maneiras,
uma utilizando equipamentos de medição de resistência, como o multímetro, e
de outro modo utilizando uma tabela de cores. Para a segunda opção a
identificação por meio da tabela de cores, se da através das cores contidas no
corpo do resistor.
Visando uma fácil interpretação, o código de cores de resistores é analisado
através de faixas, sendo cada faixa com sua função. Pode se ter códigos para
resistores de 3 faixas, 4 faixas, 5 faixas e 6 faixas.
Siga as tabelas para os tipos de faixas, e veja alguns exemplos.
A 1ª faixa é sempre a que estiver mais próxima de um dos terminais do
resistor.
• Código de cores resistores 3 faixas
Para resistores de 3 faixas é utilizada a tabela abaixo seguindo as orientações
citadas.
1ª Faixa: mostra o primeiro algarismo do valor da resistência.
2ª Faixa: mostra o segundo algarismo da resistência.
3ª Faixa: mostra quantos zeros devem ser adicionados a resistência.
Obs:
Para os resistores de 3 faixas a tolerância pode ser considerada em ± 20%,
sendo definido sem cor.

Página 16 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Exemplo 1:
1ª Faixa: Marrom = 1
2ª Faixa: Preto = 0
3ª Faixa Nº de zeros: Vermelho = 2 = 00Valor obtido: 1000 Ω ou 1 kΩ
Tolerância: Sem cor = ± 20% = 200 Ω

Então o resistor pode variar de 800 Ω a 1200 Ω de acordo com a tolerância.

Código de cores resistores 4 faixas


Para resistores de 4 faixas é utilizada a tabela abaixo e os mesmos passos citados
para resistores de 3 faixas, mas com a adição de uma quarta faixa que identifica a
tolerância que o componente tem.

Tabela de código de cores para 4 faixas, mais exemplo de um resistor.

Exemplo 2:
1ª Faixa: Vermelho = 2
2ª Faixa: Violeta = 7
3ª Faixa Nº de zeros: Marrom = 1 = 0
Valor obtido: 270 Ω
4ª Faixa Tolerância: Dourado = ± 5% = 13,5 Ω

Então o resistor pode variar de 256,5 Ω a 283,5 Ω de acordo com a tolerância.

Página 17 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Código de cores resistores 5 faixas
Para resistores de 5 faixas é utilizada a tabela abaixo seguindo as orientações
citadas
.
1ª Faixa: mostra o primeiro algarismo do valor da resistência.
2ª Faixa: mostra o segundo algarismo da resistência.
3ª Faixa: mostra o terceiro algarismo da resistência
4ª Faixa: mostra quantos zeros devem ser adicionados a resistência
5ª Faixa: mostra a tolerância que o componente terá.

Tabela código de cores para 5 faixas, mais exemplo de um resistor.

Exemplo 3:
1ª Faixa: Azul = 6
2ª Faixa: Laranja = 3
3ª Faixa: Branco = 9
4ª Faixa Nº de zeros: Laranja = 3 = 000
Valor obtido: 639000 Ω ou 639 kΩ
5ª Faixa Tolerância: Prata = ± 10% = 63900 Ω ou 63,9 kΩ

Então o resistor pode variar de 575,1 kΩ a 702,9 kΩ de acordo com a tolerância.

Página 18 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Código de cores resistores 6 faixas
Para resistores de 6 faixas pode ser seguido as mesma orientações citadas para resistores
de 5 faixas, mas com uma adição de uma 6 faixa que corresponde ao coeficiente de
temperatura em PPM/°C. Siga a tabela abaixo:

Tabela de código de cores para 6 faixas, mais exemplo de um resistor.

Exemplo 4:
1ª Faixa: Amarelo = 4
2ª Faixa: Verde = 5
3ª Faixa: Cinza = 8
4ª Faixa Multiplicadora: Prata = x 0,01
Valor obtido: 4,58 Ω

5ª Faixa Tolerância: Marrom = ± 1% = 0,0458 Ω

Então o resistor pode variar de 4,53 Ω a 4,63 Ω de acordo com a tolerância.


6ª Faixa Coeficiente de temperatura = Vermelho = 50 PPM/°C
O coeficiente de temperatura mostra o quanto de variação o resistor pode sofrer em sua
resistência de acordo com a temperatura em que é exposto. PPM significa, partes por
milhão.

Página 19 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
OBS. Quando a faixa que corresponde ao numero de zeros for da cor dourada ou prata,
a junção dos algarismos deve ser multiplicada pelo valor correspondente contido na
tabela. Isso vale para todos os tipos de resistores e suas faixas.
Como existem vários resistores e suas faixas de cores também são variadas, a utilização
destas tabelas facilita a identificação do valor de cada resistor. As tabelas são
praticamente iguais, só há a adição de novas colunas que referenciam mais valores.
Assim caso precise saber o valor de um resistor, e não tenha um equipamento de
medição de resistência em mãos, é só seguir a tabela de cores, que será fácil saber o
valor do resistor.

FONTE:
https://www.mundodaeletrica.com.br/codigo-de-cores-de-resistores/

Página 20 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

9 – Associação de Resistores

A associação de resistores é muito comum em vários sistemas, quando


queremos alcançar um nível de resistência em que somente um resistor não é
suficiente. Qualquer associação de resistores será representada pelo Resistor
Equivalente, que representa a resistência total dos resistores associados.

Associação em série
Em uma associação em série de resistores, o resistor equivalente é igual à
soma de todos os resistores que compõem a associação. A resistência
equivalente de uma associação em série sempre será maior que o resistor de
maior resistência da associação. Veja por que:
- A corrente elétrica que passa em cada resistor da associação é sempre a
mesma: i = i1 = i2 = i3 = i4 ..
- A tensão no gerador elétrico é igual à soma de todas as tensões dos
resistores: V = V1 + V2 + V3 + V4 ..
- A equação que calcula a tensão em um ponto do circuito é: V = R . i , então
teremos a equação final:
Req . i = R1 . i1 + R2 . i2 + R3 . i3 + R4 . i4 ...

Como todas as correntes são iguais, podemos eliminar esses números da


equação, que é encontrado em todos os termos:
Req = R1 + R2 + R3 + R4 ..

Página 21 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Associação em paralelo
Em uma associação em paralelo de resistores, a tensão em todos os resistores
é igual, e a soma das correntes que atravessam os resistores é igual à corrente
que atravessa o resistor equivalente (agora o que se soma é a intensidade (i)).
A resistência equivalente de uma associação em paralelo sempre será menor
que o resistor de menor resistência da associação.

- Tensões iguais: V = V1 = V2 = V3 = V4 ...


- Corrente no resistor equivalente é igual à soma das correntes dos resistores: i
= i1 + i2 + i3 + i4 ..
- A equação que calcula a corrente em um ponto do circuito é: i = V / R , logo V
/ Req = (V1 / R1) + (V2 / R2) + (V3 / R3) + (V4 / R4) ..

Como todas as tensões são iguais, podemos eliminá-las de todos os termos da


equação:
1 / Req = (1 / R1) + (1 / R2) + (1 / R3) + (1 / R4) ..

Quando trabalharmos com apenas dois resistores em paralelo, podemos


utilizar a equação abaixo e através desta, podemos resolver qualquer circuito
paralelo, trabalhando sempre as duas ultimas resistências em paralelo:
Req = (R1 x R2) / (R1 + R2)

*Relembrando associação de resistores com Carol Borges Nascimento:


https://www.youtube.com/watch?v=KJMXvqn83wU
https://www.youtube.com/watch?v=ZrhO4IEE-tQ

Associação Mista
Em um mesmo circuito podem ser encontrados resistores em série e resistores
em paralelo. Para calcular a resistência total do circuito, deve-se primeiro
calcular a resistência equivalente dos resistores em paralelo, e em posse desse
valor, considerá-lo como se fosse mais um resistor em série.

Página 22 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
10 – CALCULO DO RESISTOR ADEQUADO PARA O LED:

É comum na montagem de circuitos eletrônicos o uso de LEDs para, por


exemplo, indicar que o circuito está ligado, ou no caso de uma lanterna ou farol
de LEDs onde o LED deixa de ser um componente eletrônico secundário e passa
a ser o principal do circuito.
Existem receitas genéricas, que dão certo e já são até consagradas entre
hobistas, de resistores para determinados tipos de LEDs como, por exemplo,
usar um resistor de 1K ohm em um LED difuso ou de alto brilho em uma
alimentação de até 6V. Funcionar funciona, o LED vai ficar protegido de danos,
e como vai, devido a um resistor ultra super mega dimensionado, mas em
contrapartida o LED vai brilhar menos, devido ao excesso de resistência imposto
pelo resistor.

Para você aproveitar ao máximo o brilho do seu LED, sem o perigo de causar
danos a ele e ao mesmo tempo manter seu circuito eletrônico bem equilibrado,
sem grandes excessos ou falta de resistência.

Para calcular o resistor adequado para um LED você vai precisar saber:

• A tensão da fonte de alimentação, ou seja, quantos volts você vai usar


para alimentar seu LED,
• A tensão suportada pelo seu LED em volts,
• A corrente suportada pelo seu LED em amperes.

Página 23 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Sei da dificuldade que é para se conseguir informações exatas sobre a tensão e
corrente do LED que está aí na sua mão. Uma vez que em um LED não existe
nenhuma impressão do nome do fabricante, marca, modelo ou qualquer outra
informação, um LED sempre é um enigma. Então encontrar o datasheet (ficha
de dados) exato do seu LED se torna uma tarefa muito difícil. Mas se por acaso
você tiver o datasheet ou souber exatamente a tensão e corrente do seu LED,
ótimo! Pois é esta tensão e corrente que você vai usar no cálculo.
Lembro que datasheet é um documento técnico criado pelo fabricante de um
componente eletrônico que possui todas as características técnicas desse
componente eletrônico.
Agora se você não sabe a tensão e corrente exata do seu LED e não encontrou
o datasheet e muito menos o fabricante, neste caso você vai usar a tabela de
tensão e corrente abaixo.
É uma tabela genérica para LEDs de 5mm, mas que de qualquer forma se
aproxima muito mais da realidade de um LED do que aquela receita genérica
apresentada no primeiro parágrafo.

A fórmula para calcular o resistor adequado para um LED

R = (V alimentação -V )/I led


R é a resistência em ohms do resistor adequado para o LED, isso é o que você
quer descobrir.
Valimentação é a tensão em volts da fonte de alimentação que você vai usar no
LED.
Vled é a tensão em volts do LED.
I é a corrente do LED em amperes.

Página 24 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Exemplos de aplicação da fórmula

Exemplo 1:
Imagine que você vai construir um circuito que controla o brilho de um led com
um potenciômetro e que você tem um LED difuso de 5mm de cor vermelha, e
que esse LED tem a corrente igual a 20mA e a tensão igual a 2 volts e que você
vai alimentar o seu circuito com 4 pilhas totalizando 6 volts.
A primeira coisa que você deve fazer é converter os 20mA (miliamperes) do
LED para amperes que dariam 0,02 A (amperes). Agora substitua os valores
na fórmula, que ficaria assim:
R = (6 - 2) / 0,02
R = 4 / 0,02
R = 200 ohms
Segundo a fórmula o resistor adequado é de 200 ohms. Mas é comum que você
não encontre um resistor exatamente com a resistência apontada pela fórmula.
Neste caso você deve usar um resistor com a resistência maior mais próxima
do resultado encontrado.
Por exemplo nesse caso você pode usar um resistor de 220 ohms. Outra coisa
que você pode fazer é ligar resistores em série para que alcancem ou passem
um pouco do valor apontado pela fórmula.
Por exemplo eu poderia ligar dois resistores de 100 ohms em série, que
totalizariam 200 ohms.

Exemplo 2:
Imagine que você que acender um led vermelho, de tensão igual a 2v e corrente
igual a 20 mA em uma alimentação de 3v, usando 2 pilhas.

Página 25 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Aplicando os valores na fórmula ficaria assim:
Convertendo os 20mA (miliamperes) do LED para amperes dariam 0,02 A
(amperes).
R = (3 - 2) / 0,02
R = 1 / 0,02
R = 50 ohms
Como dificilmente você vai encontrar um resistor de 50 ohms, você pode usar
um 68 ohms ou de 100 ohms, ou ainda ligar 5 resistores de 10 ohms em série
(vai ficar grandão).
Calculando o resistor adequado para leds ligados em série
Agora são 3 LEDs vermelhos ligados em série, cada um com tensão de 2v e
corrente de 20 mA e a alimentação será uma bateria de 9v.

Aplicando os valores na fórmula ficaria assim:


Convertendo os 20mA (miliamperes) dos LEDs para amperes dariam 0,02 A
(amperes). Somando-se as tensões dos LEDs teríamos o total de 6v.
R = (9 - 6) / 0,02
R = 3 / 0,02
R = 150 ohms
Logo para esse três LEDs em série um resistor de 150 ohms seria adequado.

Calculando o resistor adequado para leds ligados em paralelo


Para ligação de LEDs em paralelo é recomendado que você use um resistor para
cada led. Não se recomenda usar um resistor para todos os LEDs pois pode
haver danos a eles. No caso temos um led vermelho, um verde e um azul.Então
o correto é calcular individualmente um resistor para cada um dos LEDs.

Página 26 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

para o LED vermelho


Convertendo os 20mA (miliamperes) do LED para amperes dariam 0,02 A
(amperes).
R = (9 - 2) / 0,02
R = 7 / 0,02
R = 350 ohms
Como vai ser muito difícil encontrar um resistor de 350 ohms você pode usar
um de 470 ohms.
para o LED verde
Convertendo os 20mA (miliamperes) do LED para amperes dariam 0,02 A
(amperes).
R = (9 - 2,5) / 0,02
R = 6,5 / 0,02
R = 325 ohms
Como vai ser muito difícil encontrar um resistor de 325 ohms você pode usar
um de 330 ohms.
para o LED azul
Convertendo os 20mA (miliamperes) do LED para amperes dariam 0,02 A
(amperes).
R = (9 - 3) / 0,02
R = 6 / 0,02
R = 300 ohms
Como vai ser muito difícil encontrar um resistor de 300 ohms você pode usar
um de 330 ohms.

Página 27 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Calculando o resistor adequado para leds ligados em série e em paralelo
ao mesmo tempo
Há ainda uma situação em que você pode ligar LEDs em série e em paralelo ao
mesmo tempo. Veja abaixo, onde temos três LEDs vermelhos (em série) e um
LED azul ligados em paralelo e alimentados por uma bateria de 9v.

Nesse caso você deve tratar os LEDs ligados em série (no caso os vermelhos)
como se fossem um LED só, somando-se suas tensões para calcular o resistor.
para os LEDs vermelhos ligados em série
Convertendo os 20mA (miliamperes) dos LEDs para amperes dariam 0,02 A
(amperes).
R = (9 - 6) / 0,02
R = 3 / 0,02
R = 150 ohms
Logo para esse três LEDs em série um resistor de 150 ohms seria adequado.
para o LED azul
Convertendo os 20mA (miliamperes) do LED para amperes dariam 0,02 A
(amperes).
R = (9 - 3) / 0,02
R = 6 / 0,02
R = 300 ohms
Como vai ser muito difícil encontrar um resistor de 300 ohms você pode usar
um de 330 ohms ou usar dois de 150 ohms ligados em série.

Página 28 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Verificando se a potência do resistor é adequada
A corrente elétrica limitada pelo resistor é dissipada em forma de calor, e a
capacidade de dissipar calor de um resistor é medida em W (Watts), quanto
maior a potência em watts do resistor maior a sua capacidade de dissipação de
calor. A potência de um resistor está relacionada ao seu tamanho, quanto maior
o resistor, maior a sua superfície de dissipação, e maior a sua capacidade de
dissipar calor. Um resistor pode queimar pelo excesso de calor a ser dissipado,
então é importante dimensionar corretamente a potência do resistor a ser
usado em seu circuito. Os resistores que estão no mercado normalmente estão
disponíveis em versões de 1/2 watt, 1/4 watt, 1/8 watt, 1/16 watt, 1 Watt e
outros. E através da fórmula P = V2 / R você consegue descobrir se o seu
resistor vai ser adequado para o seu circuito.

P = V2 / R
P é a potência em watts.
V é a tensão em volts.
R é a resistência em ohms

Imagine que você tem um LED de alto brilho de 5mm de cor azul, e que esse
LED tem a corrente igual a 20mA e a tensão igual a 3 volts e que você vai
alimentar o seu circuito com quatro pilhas, totalizando 6 volts e que você
calculou o resistor adequado e deu 150 ohms, e você tem um resistor de 150
ohms de 1/4 de watt (muito comum). Esse resistor de 1/4 de w seria adequado?
Como o LED consome 3v e minha alimentação é de 6v então sobram 3v (6v -
3v = 3v), logo o valor de V para esse caso são os 3v que "sobraram".

P = V2 / R
P = 32 / 150
P = 9 / 150
P = 0,06 w

Então um resistor de 1/4 de watt ou 0,25 watt seria adequado! Caso você
queira usar um mais potente, de 1/2 watt ou 0,50 watt também poderia.

Fonte: http://www.comofazerascoisas.com.br/como-calcular-o-resistor-
adequado-para-um-led.html

Página 29 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
11 - ATERRAMENTO
Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), aterrar significa
colocar instalações e equip amentos no mesmo potencial de modo que a
diferença de potencial entre a terra e o equipamento seja zero. Isso é feito para
que, ao operar máquinas e equipamentos elétricos ou realizar uma
manutenção, o operador ou o profissional da área elétrica não receba
descargas elétricas do equipamento que ele está manuseando, seja por
corrente de falta (fuga para massa) ou por descarga eletrostática.

O QUE É ATERRAMENTO ELÉTRICO?

Aterrar um dispositivo ou equipamento está relacionado a interliga-lo com a


terra propriamente dita ou a uma grande massa que possa a substituir. Então
quando nos referenciamos a um dispositivo aterrado estamos afirmando que
pelo menos um de seus terminais estão propositalmente ligados a terra.

Na maioria das vezes, um equipamento não necessita possuir aterramento


elétrico para funcionar, no entanto, quando nos referimos a um nível de tensão
ou de um sistema de comunicação a referencia é na maioria das vezes um
potencial “zero”, que tradicionalmente é a terra e a falha/falta desta referência,
causará o mau funcionamento do equipamento ou a perda de comunicação.

OBJETIVO DE UM ATERRAMENTO:

Podemos pontuar o objetivo do aterramento em três:


1. Proteção da integridade física do homem
2. Facilitar o funcionamento de dispositivos de proteção
3. Descarregar cargas eletrostáticas de carcaças de objetos e
equipamentos

PROTEÇÃO DA INTEGRIDADE FÍSICA:

É sabido que o principal objetivo do aterramento elétrico é garantir a


integridade física do homem, seja na utilização da eletricidade de forma
doméstica quanto no uso profissional. A segurança com instalações elétricas é
abordada de diversas formas através da NBR 5410 ou mesmo na Norma
Regulamentadora NR10.

O fato é que um equipamento que não esteja aterrado não consegue se


“desfazer” da corrente de fuga e quando um indivíduo entra em contato sofre
toda a descarga elétrica da estrutura, já com o aterramento elétrico, toda a
corrente de fuga é direcionada a terra através dos condutores.
Não podemos esquecer também que toda a instalação elétrica deve estar
prevendo este sistema de proteção.

Página 30 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
FACILITAR O FUNCIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO:

Os dispositivos de proteção (disjuntores, fusíveis, etc…), seja por corrente de


curto circuito ou sobrecarga eles sempre irão depender do aumento da
corrente, logo, se não houver aterramento não existe “vazão” da corrente
elétrica, por exemplo: uma geladeira cujo motor está com fuga de corrente e
não possui aterramento, a corrente excedente somente será descarregada da
carcaça quando um indivíduo estabelecer um contato entre esta e a terra.
Porém, quando existe o aterramento a corrente elétrica é direcionada a terra e
temos o aumento excessivo da corrente causando o acionamento do
dispositivo de proteção, facilitando assim o seu funcionamento.

DESCARGAS DE CARGAS ELETROSTÁTICAS:

Como sabemos, cargas eletrostáticas são geradas a todo momento, seja


através do atrito, do caminhar de uma pessoa ou até mesmo reações químicas,
porém, nem sempre são notadas, mas este fenômeno pode ser prejudicial ao
desempenho de equipamentos eletrônicos e até mesmo para a sua segurança.
Imagina um caminhão de combustível ao realizar a descarga de gasolina em
um Posto, se este não possuir um aterramento, neste momento ocorre um
sério risco de explosão pois durante a viagem ficou exposto ao atrito com o
vento/ar e seus pneus o isolam da terra.

• Aplicando o conceito na área Náutica:

O conceito para aterramento definido na NBR5410 e NR10 é o mesmo para


área Náutica, porém devemos considerar que a água, é o elemento de conexão
entre a placa de aterramento afixada abaixo da linha d’água na parte externa
da embarcação, e a terra em seu leito.

Página 31 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
12 – TENSÃO (V) – POTÊNCIA (W) – CORRENTE ELÉTRICA (A) – RESISTÊNCIA (R)

TENSÃO ELÉTRICA:
Em eletricidade uma das grandezas elétricas mais famosas é a voltagem,
apesar de esta palavra não existir. Sim é isso mesmo a palavra voltagem é um
termo popular, mas não existe em eletricidade. Vamos explicar isso direito.

A grandeza elétrica que erroneamente é chamada de voltagem nada mais é do


que a tensão elétrica, que também pode ser chamada de diferença de potencial
elétrico (DDP). A palavra voltagem existe pois a unidade que representa a
tensão elétrica é o Volt da qual se derivou a palavra voltagem.

E o que é a Tensão elétrica?

A tensão elétrica é uma diferença entre o potencial elétrico de dois pontos, ou


traduzindo de uma forma bem simples e de forma comparativa, seria a força
necessária para movimentar os elétrons e criar assim uma corrente elétrica.
Esta diferença de potencial pode representar uma fonte de energia (uma força
eletromotriz) ou mesmo uma perda de energia (queda de tensão).

A tensão pode ser continua, quer dizer que esta não muda de polaridade com o
passar do tempo, ou pode ser alternada, que muda de polaridade com o passar
do tempo.

Para fins de exemplo podemos exemplificar com uma pilha para tensão
contínua, pois a polaridade da pilha será sempre a mesma no decorrer de todo
o tempo, já na tensão alternada a polaridade será alternada de acordocom a
frequência, no caso de uma tomada a frequência normal é de 60Hz, o que quer
dizer que a polaridade desta tensão vai alternar 60 vezes porsegundo.

A tensão elétrica normalmente é a maior preocupação com relação aos


choques elétricos, entre os leigos principalmente, tem se uma falsa ideia que
uma tensão muito grande é muito perigosa para organismo, mas considerando
que dentro do corpo humano quem faz o estrago é a corrente elétrica que
circula, a tensão elétrica passa a ter uma relevância menor. A gravidade de um
choque elétrico é medido pelo tempo de exposição à corrente elétrica, o
percurso que a mesma faz pelo corpo, tipo de corrente (contínua ou alternada)
e a frequência da corrente elétrica.

Referência: https://www.mundodaeletrica.com.br/tensao-eletrica-x-voltagem/

Página 32 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
POTÊNCIA ELÉTRICA:

Todos nós já ouvimos alguma vez a palavra potência, talvez quando nos
referimos ao motor do carro, ao dizer que um carro é mais potente que outro,
seja para dizermos sobre a potência de um chuveiro elétrico é alta quando ele
aquece muito ou que é baixa a potência quando ele aquece menos. Vamos
então entender bem o que quer dizer potência elétrica.

A potência elétrica pode ser definida como o trabalho elétrico desenvolvido pela
corrente elétrica num período de tempo. Em termos mais simples é a conversão
de energia elétrica em outra energia útil ao ser humano. No caso do chuveiro,
quanto maior potência elétrica, maior a quantidade de calor que ele gera para
aquecer a água.

Nos equipamentos elétricos e eletrodomésticos a informação da potência é


muito importante, primeiro pois ela é quem define o quão “forte” seu
equipamento é em relação a outros modelos e em segundo pois é ele que nos
da a informação para a devida instalação deste aparelho, como o cabo que
será usado para ele ou até mesmo o disjuntor de proteção.

A unidade da potência elétrica é o Watt, em homenagem a James Watt,


inventor da maquia a vapor. Para demonstrar a força de sua maquina James
utilizou a comparação com os cavalos que exerciam a força para mover os
moinhos na ausência dos ventos. Desta comparação surgiu uma
outra unidade que é o cavalo-vapor ou CV que equivalem a 735,5W, existem
ainda o HP, uma sigla em inglês para horse-power, que equivale a 745,7W.
Cavalo Vapor
A unidade CV no brasil é muito utilizada para potência de motores, tanto
elétricos quantos os de combustão, utilizado em automóveis, mas ela não é
reconhecida pelo S.I. (sistema internacional).
Toda a parte de cálculo elétrico, em projetos de distribuição, referente a
distribuição de circuitos é feito com base na potência a ser instalada e neste
caso é muito importante o domínio da fórmula e dos cálculos que envolvam a
potência elétrica.
Finalizando friso novamente a importância do conhecimento e domínio, para os
eletricistas, da potência elétrica e dos cálculos que ela demanda.

Referência: https://www.mundodaeletrica.com.br/potencia-eletrica/

Página 33 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
CORRENTE ELÉTRICA:

Em conjunto com outras grandezas elétricas, a corrente elétrica e uma das


fundamentais, pois se não houvesse as cargas elétricas em movimento,
nenhum equipamento que necessita de energia elétrica, iria conseguir entrar
em funcionamento.

Corrente elétrica de modo geral, consiste no fluxo de cargas elétricas que se


movimentam. Um exemplo para explicar esse fenômeno são as simples pilhas.

As pilhas possuem dois polos, sendo um positivo e outro negativo. As cargas


elétricas se movimentam através de uma diferença de potencial elétrico, a
chamada tensão elétrica. Quando conectado corretamente dois condutores e
uma lâmpada entre os polos (+) e (-) da pilha, essa lâmpada é submetida a tal
diferença de potencial, fazendo com que as cargas elétricas comecem a se
movimentar pelo condutor, gerando então a corrente elétrica, e através disto
acendendo a lâmpada.

Pilha acendendo uma lâmpada.

Essa corrente da pilha e uma corrente contínua (CC), que também é


encontrada em baterias, como também disponibilizada através de placas
fotovoltaicas que captam a energia radiante do sol e liberam em corrente CC.
Essa corrente CC é a que não tem variação ao longo do tempo, se mantendo
praticamente constante.
De outra maneira existe a corrente alternada (CA), essa sim irá variar com o
tempo. Um exemplo são as usinas geradoras de energia elétrica que
transformam fontes energéticas como a água, petróleo, gás natural e outros
tipos de energia em energia elétrica.

A corrente CA é disponibilizada em nossas residências em uma frequência de


60 Hz, ou seja, ela irá ir do polo positivo (+) para o negativo (-) 60 vezes por
segundo, sendo hora (+) hora (-).

Página 34 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Veja a figura abaixo que mostra a diferença entre a corrente contínua ecorrente
alternada.

Comparação entre corrente CC e CA.

A unidade fundamental que refere à intensidade da corrente elétrica é o ampère, que


utiliza o símbolo “A”. Esse nome foi escolhido pelo sistema internacional de unidades
(SI) em homenagem ao cientista Francês, André-marie Ampère (1775 – 1836).

FONTE: https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-corrente-eletrica/

RESISTÊNCIA ELÉTRICA:

Sabemos que a corrente elétrica é de fundamental importância para o


funcionamento de equipamentos, más dependendo do valor da resistência de
um determinado material, essa corrente pode até não fluir. Visto isso falaremos
o que é resistência elétrica e suas características.

Sabemos que a palavra resistência se refere a um significado comum de


impedir algo, ou tentar resistir a alguma coisa. Do mesmo modo em que não
conseguimos levantar um carro, por ele ser muito pesado e também termos
uma resistência física que limita nossa força, a resistência elétrica se comporta
da mesma maneira, gerando um obstáculo que faz com que a corrente elétrica
tenha uma dificuldade em fluir por determinado material, quando o mesmo é
submetido a uma tensão elétrica. Agora fisicamente falando, a resistência
elétrica é a oposição à passagem dos elétrons.

Página 35 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Referente à resistência elétrica.

Nos condutores o movimento dos elétrons acontece de forma desordenada, o


que caracteriza em uma dificuldade de locomoção interna, o que acarreta em
colisões com outros elétrons e átomos deste condutor, e quando há essas
colisões há também uma dificuldade na passagem dos elétrons, estabelecendo
então que a corrente elétrica que ali flui tenha uma resistência.

Oposição à passagem dos elétrons.

A resistência é muito utilizada quando o assunto é aquecimento, pois quando


submetida a uma tensão elétrica, além de oferecer uma resistência, também
dissipa calor, onde essa energia térmica é utilizada em chuveiros, fornos,
estufas, e outras aplicações. Outra aplicação de uma resistência é feita através
de resistores.

Em condutores metálicos como o alumínio, cobre e outros, há alguns fatores


que determinam o valor de sua resistência, como:

Área do condutor: Quanto maior, menor é a resistência e quanto menor a


seção maior é a resistência.

Comprimento: Quanto maior o comprimento do condutor maior será a


resistência, pois os elétrons terão um longo caminho a ser percorrido.

Tipo de material: Quanto mais elétrons livres estiverem neste material


condutor menor será a resistência elétrica e maior será a passagem decorrente
elétrica.

A unidade fundamental que se refere à resistência elétrica é o ohm, que utiliza


o símbolo grego “Ω”. Esse nome foi escolhido pelo sistema internacional de
unidades (SI) em homenagem ao físico alemão, George Simon Ohm (1789 –
1854).

Página 36 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

A 2º lei de Ohm relaciona os fatores citados anteriormente:

Outra equação também é utilizada para calcular a resistência, a 1° lei de ohm.

A importância desta grandeza bem como entender suas características é


matéria fundamental para quem deseja lidar com eletricidade.

É extremamente importante dar sempre continuidade aos estudos, afinal,


a prática sem a teoria é vazia e incompleta.

Página 37 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

13 – 1º e 2º LEI de OHM

As Leis de Ohm, postuladas pelo físico alemão Georg Simon Ohm (1787-
1854) em 1827, determinam a resistência elétrica dos condutores.
Além de definir o conceito de resistência elétrica, Georg Ohm demostrou que
no condutor a corrente elétrica é diretamente proporcional à diferença de
potencial aplicada.

Foi assim que ele postulou a Primeira Lei de Ohm.


Suas experiências com diferentes comprimentos e espessuras de fios elétricos,
foram cruciais para que postulasse a Segunda Lei de Ohm.
Nela, a resistência elétrica do condutor, dependendo da constituição do
material, é proporcional ao seu comprimento. Ao mesmo tempo, ela é
inversamente proporcional à sua área de secção transversal.

Resistência Elétrica
A resistência elétrica, medida sob a grandeza Ω (Ohm), designa a capacidade
que um condutor tem de se opor à passagem de corrente elétrica.

Em outras palavras, a função da resistência elétrica é de dificultar a passagem


de corrente elétrica.
Observe que a resistência de 1 Ω (ohm) equivale a 1V/A (Volts/Ampére).

Resistores
Os resistores são dispositivos eletrônicos cuja função é a de transformar
energia elétrica em energia térmica (calor), por meio do efeito joule.

Dessa maneira, os resistores ôhmicos ou lineares são aqueles que obedecem


à primeira lei de ohm (R=U/I). A intensidade (i) da corrente elétrica é
diretamente proporcional a sua diferença de potencial (ddp), chamada também
de tensão e voltagem. Por outro lado, os resistores não ôhmicos, não
obedecem à lei de ohm.

Leis de Ohm: Enunciados e Fórmulas

Primeira Lei de Ohm

A Primeira Lei de Ohm postula que um condutor ôhmico (resistência


constante) mantido à temperatura constante, a intensidade (i) de corrente
elétrica será proporcional à diferença de potencial (ddp) aplicada entre suas
extremidades.

Página 38 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Ou seja, sua resistência elétrica é constante. Ela é representada pela seguinte


fórmula:

ou
Onde:
R: resistência, medida em Ohm (Ω)
U: diferença de potencial elétrico (ddp), medido em Volts (V)
I: intensidade da corrente elétrica, medida em Ampére (A).

Segunda Lei de Ohm

A Segunda Lei de Ohm estabelece que a resistência elétrica de um material é


diretamente proporcional ao seu comprimento, inversamente proporcional à
sua área de secção transversal.

Além disso, ela depende do material do qual é constituído.

É representada pela seguinte fórmula:

Onde:
R: resistência (Ω)
ρ: resistividade do condutor (depende do material e de sua temperatura,
medida em Ω.m) – Cobre = 58 ohms
L: comprimento (m)
A: área de secção transversal (mm2)

Informações importantes:
Constância do Cobre: 58 ohms
Queda de tensão para circuitos monofásicos = 3% ou 4% da tensão 127v:
3,81v
Queda de tensão para circuitos trifásicos = 3% ou 4% da tensão 220v: 6,6v

Página 39 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Fórmulas para Calcular a seção transversal do condutor:

Seção do condutor circuitos monofásicos: A = I*(L*2) / 58*3,81)

Seção do condutor em circuitos trifásicos: A = I*(L*1,73) / (58*6,6)

Página 40 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

14 - MULTÍMETRO – COMO USAR

Um Multímetro é um aparelho para testes e medições de grandezas elétricas.


Extremamente popular entre técnicos e engenheiros eletrônicos devido à sua grande
utilidade, permitindo mesmo nos modelos mais simples, efetuar a medição de Corrente,
Tensão, e Resistência Elétricas, permiti assim realizar diversos tipos de diagnósticos em
circuitos elétricos. Alguns modelos mais incrementados permitem realizar medições
adicionais, como Capacitância, Frequência, Temperatura, Indutância e outras.

Partes de um Multímetro

Um multímetro possui três partes principais:

▪ Display (Visor)
▪ Botão de Seleção (Chave Seletora)
▪ Bornes onde são conectadas as Pontas de Prova (Ponteiras)

O Visor é onde os resultados das medições são exibidos. Dependendo do modelo do


multímetro, pode ter 3 ou mais dígitos, e um dígito adicional para representar o sinal de
negativo.

O botão de seleção é um botão rotativo, de múltiplas posições, que usamos para selecionar
a função que desejamos medir, e a precisão da escala de medição, e também para desligar
o multímetro quando não em uso, para economizar sua bateria, que geralmente é uma
bateria de 9 V.

Página 41 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
As ponteiras são conectadas em bornes específicos presentes no multímetro, sendo uma
ponteira geralmente na cor vermelha para representar a polaridade positiva, e outra
ponteira na cor preta, para representar a polaridade negativa. Comumente, um multímetro
possui mais de dois bornes de conexão para as ponteiras, os quais permitem a medição de
outras grandezas quando as ponteira são trocadas de conector.

Na foto abaixo podemos ver um exemplo de um multímetro típico (um Minipa modelo ET-
2020). Este é o multímetro que usaremos nas medições.

Multímetro Minipa ET-2020

Esse multímetro nos permite realizar medições de Tensão Alternada e Contínua,


Resistência, Corrente Elétrica (contínua apenas), realizar teste em baterias de 1,5 V e 9 V,
e testar o ganho (hFE) de transístores NPN e PNP, além de realizar teste de continuidade.

A figura abaixo mostra a localização de cada uma dessas funções na escala do multímetro:

Página 42 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Grandezas medidas pelo multímetro e suas escalas

Para efetuar essas medições, é necessário conectar as pontas de prova nos bornes
corretos. A figura a seguir mostra as funções que são medidas em cada borne, lembrando
que a ponteira preta sempre deve ser conectada ao borne COM, e a vermelha, ao demais
bornes, conforme o teste que se deseja realizar:

Bornes do Multímetro e conexão das ponteiras

Efetuando Medições

Para efetuarmos medições, a primeira coisa a se fazer é determinar a grandeza a ser


mensurada. Vamos começar efetuando medição de Tensão Elétrica. Para isso, vamos
conectar as pontas de prova nos bornes conforme segue:

Página 43 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
▪ Ponteira vermelha no borne VΩ
▪ Ponteira preta no borne COM

Agora, precisamos determinar que tipo de tensão elétrica vamos medir: Contínua (DCV) ou
Alternada (ACV) . Vou efetuar a medição de uma Bateria de 9V, que opera com Tensão
Contínua. Para isso, precisamos localizar no Multímetro a escala de tensão contínua, e
ajustar sua precisão para acomodar o valor que pretendemos medir, que é de
aproximadamente 9V. Para isso, escolhemos na escala o valor que for mais próximo e
acima do valor esperado na medição, para evitar danos ao multímetro. Se estiver com
dúvida com relação ao valor da tensão que será medida, coloque a chave de seleção no
valor mais elevado e depois vá baixando, para aumentar a precisão, até o valor máximo
ainda seguro para a medição.

No nosso caso, o valor de escala mais próximo e acima de 9V é o de 20 DCV (tensão


contínua), que permite medir valores de 0 até 19,99 V. Veja a escala selecionada na figura
abaixo:

Vamos à medição. Após selecionar a escala correta no aparelho girando a chave seletora,
conecte as pontas de prova aos pólos da bateria, com firmeza, e verifique no visor do
multímetro o valor medido. Caso você inverta a polaridade das ponteiras, não haverá
problema, pois o multímetro mede a tensão em relação ao ponto comum (COM). Neste
caso, a única diferença que você verá é que o sinal aparecerá com o sinal de negativo no
visor.

Veja a medição realizada na figura abaixo:

Página 44 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Medindo a tensão elétrica de uma bateria de 9V com o multimetro

Note o valor medido: 9,81 V, um pouco acima do esperado para esta bateria, que é de 9 V.
Isso pode se dar por conta de ajustes de calibração do multímetro ou por conta de variações
na tensão da bateria em si. Note que esse multímetro possui uma posição específica para
medição de baterias, tando de 9V quanto pilhas de 1,5V. Mas muitos multímetros não
possuem essa opção, então a forma mais comum de efetuar essa medição é a que
acabamos de mostrar.

Medindo Tensão Alternada: Rede Elétrica

Vamos medir agora a tensão da rede elétrica, em uma tomada de 110 V. Essa tensão é
alternada, portanto vamos ter de alterar a posição da chave seletora para ACV, escolhendo
a escala de 200 V (neste caso sabemos o valor que será medido; caos não soubéssemos
se a tomada é de 110 V ou de 220 V, deveríamos colocar a chave seletora na posição 750
V para não danificar o multímetro). Veja a medição na figura a seguir:

Página 45 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Medindo Tensão Alternada com um Multímetro

O valor medido foi de 116,3 V, dentro da normalidade para a rede elétrica convencional.
Lembre-se de que se for medir uma tomada de 220 V, ou se não souber a tensão da
tomada, coloque o multímetro na escala de 750 ACV (ou a mais alta que seu multímetro
possuir) para evitar acidentes.

Medindo Resistência Elétrica

Vamos efetuar agora a medição de Resistência Elétrica de um resistor. O resistor possui a


marcação de sua resistência em seu corpo, mas vamos supor que não houvesse tal
marcação, ou que ela fora apagada. Neste caso, vamos começar colocando a chave
seletora na escala de medição de resistência (Ω), no valor mais alto presente no multímetro,
que é a posição 200 M (200 MegaOhms). Não precisamos nos preocupar com a polaridade
para esta medição, e é importante notar que o componente deve estar desconectado de
qualquer circuito. Portanto, se você quiser medir um resistor que esteja soldado a uma
placa, será necessário soltar (dessoldar) ao menos um de seus terminais, de modo que a
medição não sofra influência dos demais componentes conectados ao circuito.

Página 46 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Veja a medição inicial na figura a seguir:

Medindo Resistência: Posição 200 M

Na posição 200M (que mede até 200 MΩ), o multímetro mostra o valor 01,0. A precisão do
valor mostrado é muito baixa, e isso nos indica que a faixa da escala escolhida está muito
elevada. Vamos alterar a posição da chave seletora para 20M para conseguirmos maior
precisão nessa medição:

Página 47 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Medindo Resistência: Posição 20 M

Note que agora o valor mostrado é de 0,05, ainda muito impreciso. Vamos mudar
novamente a posição da chave seletora, abaixando um nível da escala, para 2000K (que
equivale a 2M):

Medindo Resistência: Posição 2000 K

Na posição 2000K temos uma precisão melhor. Veja que o multímetro agora mostra o
valor 051, e como a escala está em KΩ, isso indica que a resistência do resistor é de 51
KΩ. Podemos obter maior precisão nessa medição alterando novamente a escala, pois
temos uma posição mais próxima de 51 KΩ, que é a posição 200K:

Medindo Resistência: Posição 200 K

Conseguimos a melhor precisão possível para essa medição: 51,6 na posição 200K, o que
significa que a resistência medida é de 51,6 KΩ. Esse resistor é, na verdade, um resistor
de 47 KΩ, e o valor apresentado (um pouco acima) se deve à tolerância do valor

Página 48 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
da resistência, que é de 10%. Portanto, o resistor pode ter sua resistência entre 42,3 KΩ e
51,7 KΩ (47 ±10%), o que indica que nosso resistor está em bom estado.

O que acontece se tentarmos medir esse resistor em uma escala mais abaixo? Vamos
medi-lo agora alterando a posição da chave seletora para 20 K:

Medindo Resistência: Posição 20 K

Veja que agora o multímetro não mostrou nenhum valor de resistência, e em vez disso,
mostrou o valor "I". Interpretamos esse valor com sendo "Infinito", ou seja, o valor medido
está além do valor máximo que pode ser medido nessa posição da escala. Neste caso,
basta alterar a chave seletora para uma posição acima, ou até que um valor concreto seja
mostrado no visor.

Medindo a Resistência de um Fio de Cobre

Um fio de cobre é um excelente condutor de eletricidade, e justamente por isso


esperamos medir um valor de resistência muito baixa, tendendo a zero ohm. Na
prática, fatores como o comprimento do fio, seu diâmetro, se é sólido ou de fios
trançados, sua temperatura, etc. influenciam no valor da resistência medida. De
qualquer forma, esperamos que o valor medido seja muito baixo, e por isso vamos
colocar a escala do multímetro no menor valor possível, que no caso do meu aparelho
é de 200 Ω (ou seja, mede até 200 ohms). Veja na figura a seguir essa medição sendo
realizada:

Página 49 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Medindo um fio de cobre com o multímetro

O valor medido foi de apenas 6,7 Ω e, na prática, pode ser até um pouco menor, devido ao
contato entre as pontas de prova e o pedaço de fio, que é imperfeito. Também usei uma
garra jacaré para fixar uma das ponteiras ao fio, pois precisei de uma das mãos para
disparar a fotografia!

Esse tipo de medição é muito útil para testar, por exemplo, cabos de força de
equipamentos, que podem estar rompidos e, assim, impedir que a energia elétrica chegue
ao aparelho, tornando-o inoperante. Caso a resistência medida seja maior do que alguns
poucos ohms, ou se aparecer o valor "I", então o cabo estará com problemas -
provavelmente rompido.

Medição de Corrente Elétrica:

A medição de corrente elétrica com o multímetro deve ser realizada colocando-se o


aparelho em série com o ramo do circuito que desejamos medir, pois a corrente deve
atravessá-lo para que possa ser mensurada. Esse procedimento é diverso da medição de
tensão elétrica, na qual colocamos as pontas de provas entre os dois pontos cuja diferença
de potencial queremos medir.

Vamos usar o circuito a seguir em nossos exemplos:

Página 50 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Temos uma fonte de tensão elétrica de 9V (uma bateria) e três resistores conectados a ela,
sendo R1 e R2 resistores de 100 Ω, e R3 um resistor de 10 KΩ. R1 e R3 estão em série,
assim como R1 e R2, e R2 e R3 estão em paralelo entre si.

Vamos às medidas. Primeiramente vamos determinar qual escala do multímetro usar. Para
isso, vamos determinar a corrente total neste circuito, usando a Lei de Ohm. Primeiramente
vamos calcular a resistência equivalente do circuito, que é dada por:

Req1 = R2 x R3 / R2+R3 = req1


Req2 = Req1 + R1
=> Req1 = 100 x 10.000 / 100 + 10.000 => Req1 = 1.000.000 / 10.100 = 99 ohms
Req2 = Req1 + R1
=> Req2 = 99 ohm + 100 ohm => Req2 = 199 ohm

Com o valor de resistência equivalente de 199Ω, vamos agora calcular a corrente total que
passa pelo circuito:

RELEMBRANDO ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES COM CAROL BORGES NASCIMENTO:


https://www.youtube.com/watch?v=KJMXvqn83wU
https://www.youtube.com/watch?v=ZrhO4IEE-tQ

RELEMBRANDO A LEI DE KIRCHOFF COM CAROL BORGES NASCIMENTO:


https://www.youtube.com/watch?v=eb0wsTjyoME

Página 51 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Sabemos agora que a corrente total no circuito é de 45 mA. Podemos então selecionar a
escala mais adequada de medição no multímetro, que no caso é a escala de 200 mA,
corrente contínua. Claro que nem sempre será possível efetuar os cálculos de corrente
como fizemos neste exemplo, pois os circuitos podem ser muito complexos ou os valores
dos resistores podem estar ilegíveis, sem contar que pode haver outros tipos de
componentes conectados, como capacitores, indutores, integrados, etc.; Na dúvida,
sempre comece medindo pela escala mais alta.

Observação: a potência total dissipada pelo circuito é de P = U x I = 9 V x 0,045 A = 0,405


W. Portanto, procure usar resistores que suportem esse valor de potência (ao menos em
R1, por onde a corrente total irá circular), como por exemplo 0,5 W, sob risco de queimá-
los.

Veja o circuito montado em uma protoboard na figura abaixo:

Vamos às medições de corrente. Primeiramente, ajustaremos a escala do multímetro e


plugaremos a ponta de prova no borne correto, onde se lê "mA B":

Página 52 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Medindo Corrente Elétrica: Escala do multímetro

Medição #01: Corrente que passa por R1

Para medir a corrente que atravessa R1, vamos desconectar um de seus terminais do
circuito e então colocá-lo em série com o multímetro (função de amperímetro, A), como
mostra a ilustração a seguir:

Página 53 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Veja a corrente que foi medida no multímetro:

O multímetro nos mostra o valor de 45,5 mA, muito próximo do valor calculado da corrente
total, que foi de 45 mA. Essa pequena diferença se deve às tolerâncias dos resistores e às
resistências dos fios (que não foram consideradas no cálculo), além da precisão do
multímetro. Esperávamos esse valor, pois toda corrente atravessa esse resistor, que está
ligado diretamente à fonte de alimentação do circuito.

Medição #02: Corrente que passa por R2


Agora vamos medir a corrente que passa pelo resistor R2. Conectamos de volta R1 e
desconectamos um dos terminais de R2 para efetuar a medição. Esperamos obter um
valor de corrente menor do que o que foi medido em R1, pois a corrente se divide
entre os dois ramos do circuito, onde estão R2 e R3 respectivamente. Veja como deve
ser feita a conexão no circuito para a medição:

Página 54 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Veja a corrente que foi medida no multímetro:

Agora o multímetro mostra o valor de 45,1 mA. Como sabemos, a corrente total é de 45,5
mA, portanto faltam 45,5 - 45,1 = 0,4 mA. Onde está essa corrente? Atravessando o resistor
R3 provavelmente. É o que veremos agora:

Medição #03: Corrente que passa por R3

Vamos medir a corrente que atravessa o resistor R3, cuja resistência é de 10 KΩ.
Reconectamos R2 e desconectamos um dos terminais de R3 para efetuar a medição,
conforme ilustra o diagrama esquemático abaixo:

Página 55 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Veja a corrente que foi medida no multímetro:

Eis os 0,4 mA que faltavam. Essa corrente circulou pelo ramo do circuito onde está R3,
mostrando que a corrente se divide ao encontrar resistores em paralelo. Estudaremos
esse fenônemo com muito mais detalhes nas lições sobre Análise de Circuitos, Leis de
Kirchhoff, Teorema de Thevenin, e outras.

Não se esqueça: você deve colocar o multímetro em série com os ramos do circuito cuja
corrente deseja medir, frequentemente desconectando algum componente desse circuito. !

FONTE:

http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/curso-de-eletronica/curso-de-eletronica-
como-usar-um-multimetro/

http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/curso-de-eletronica/curso-de-eletronica-
medindo-corrente-eletrica-com-um-multimetro/

Página 56 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

15 – ELETRICIDADE NA EMBARCAÇÃO

Incêndios e naufrágios – são a causa mais frequente da perda de barcos. E


eles quase sempre têm origem num só ponto: a parte elétrica. Abaixo
analisaremos os seis maiores riscos que se pode correr com o sistema elétrico
de sua embarcação.

Terminais e conexões em mau estado

O “coração” das instalações elétricas são os terminais e as conexões,


especialmente das baterias. Se eles estiverem frouxos, podem superaquecer e
derreter os cabos. Para evitar isso, faça um check-up completo, tanto na fiação
quanto nos seus complementos, pelo menos uma vez por ano.

Voltagem diferente nas tomadas da marina

Como a maioria das marinas não seguem um padrão na voltagem, sempre


existe a possibilidade de que a tomada do cais não seja compatível com a do
seu barco. Assim, curtos-circuitos podem ocorrer, afetando até mesmo a parte
eletrônica dos motores.

Instalar equipamentos diferentes

Certifique-se de que o automático das bombas é compatível com a corrente


elétrica. Instalar um modelo errado pode fazer com que a bomba não funcione
na hora que você mais precise dela. Da mesma forma, tome cuidado com
certos acessórios, como micro-ondas e secador de cabelos, que puxam
bastante energia e podem superaquecer a fiação.

Página 57 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Equipamentos que não desligam

Se o seu barco tiver guincho elétrico ou bow thruster, verifique periodicamente


o sensor de acionamento desses equipamentos. Como eles consomem altas
correntes, a quebra do sensor pode fazer com que eles funcionem
ininterruptamente, sem você perceber. E isso pode ferar superaquecimento na
fiação.

Equipamentos em contato com a água

O inversor deve ficar sempre o mais próximo possível das baterias, para evitar
quedas de tensão. Mas é importante instalá-lo sempre o mais alto possível no
porão, para evitar contato com a água empoçada, o mesmo valendo para
qualquer equipamento elétrico. Energia e água não combinam.

Infiltração de água no painel

Barcos com comando aberto não estão livres de respingos d’água – seja na
navegação ou na lavagem do casco. E esse contato com a água pode gerar
pontos de ferrugem nas conexões das fiações, além de comprometer a
durabilidade dos cabos. A única maneira de evitar isso é checar
periodicamente as vedações de borrachas no painel e, no caso de vazamento
crônico, não molhá-lo ao lavar o barco.

Gambiarras? Nem pensar! Sobrecargas e maus contatos são sempre


prenúncios de tragédias.

Fios, conectores e baterias mal instaladas são os principais gatilhos nos


incêndios de origem elétrica a bordo de qualquer barco. “Se eles não forem
dimensionados para a energia que recebem, ou se não estiverem bem
conectados, acabarão liberando calor ou derretendo, o que, em ambos os
casos, é perigosíssimo”, afirma o especialista em instalações elétricas náuticas
Roberto Brener. Portanto, tire da cabeça qualquer ideia de “dar um jeitinho” na
parte elétrica do barco. E anote aí alguns lembretes essenciais.

– Use apenas fios de cobre estanhados e certificados, para evitar corrosão.

– Sele os terminais e as pontas dos fios com silicone, para vedar a entrada de
ar entre o cobre e o plástico que reveste os cabos.

Página 58 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

– Os terminais dos cabos da bateria devem ser prensados e não soldados. A


solda enrijece os cabos, tornando-os sujeitos a quebras.

– Use disjuntores termomagnéticos, que protegem contra sobrecargas e curtos.


Mas, atenção: há disjuntores que não funcionam em correntes contínuas.

– Fusíveis em circuitos de alta corrente costumam criar quedas de tensão. Se


isso acontecer com baterias fracas, pode dificultar a partida do motor.

– Cabos de arranque do motor não precisam ter fusíveis próprios. Bastam


cabos superdimensionados.

– Para não tombar o balanço do barco, a bateria deve ser bem presa, mas com
cintas ou cabos que não contenham partes de metal.

– Em hipótese nenhuma, qualquer fiação deve passar perto de alguma


mangueira de combustível.

– A fiação deve ser fixada a cada 25 centímetros ao longo do barco. Mas não
muito esticada, para não romper com os trancos, o que é mais frequente do
que parece.

FONTE: http://www.nautica.com.br/cuidado-confira-os-seus-riscos-eletricos-mais-comuns-de-
se-encontrar-na-sua-embarcacao/?doing_wp_cron=1523202561.2627670764923095703125

Página 59 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

16 - Baterias automotivas vs. estacionárias

Características gerais

Enquanto baterias automotivas, como o nome já diz, são projetadas para uso
em automóveis, com uma vida útil estimada em cerca de 3 anos, as baterias
estacionárias são construídas com materiais nobres, feitos para durarem muito
mais tempo, e por isso são mais caras.

Assim como quase todos os produtos, existem marcas boas e ruins no


mercado, podendo variar consideravelmente a qualidade do produto, porém
vamos aqui analisar as diferenças nas categorias estacionárias e automotivas,
do tipo “chumbo-ácido” sem nos aprofundar em detalhes técnicos e sim
práticos.

Em curto prazo a tentação de adquirir baterias automotivas para utilizar em


aplicações estacionárias, como nobreaks, geração de energia eólica, solar etc
é grande, visto que elas podem custar menos da metade do preço de uma
estacionária da mesma capacidade (Ah ou Amperes-Hora), mas a médio e
longo prazo a estacionária sem dúvida se mostra a melhor opção.

Baterias automotivas

As baterias automotivas são fabricadas com placas de chumbo finas e em


maior quantidade comparadas às estacionárias. Esta construção provê maior
superfície de contato para a solução acida e por consequência fornece uma
maior corrente (amperes) ao custo de uma degradação mais rápida do
material.

Baterias automotivas são feitas para estarem sempre carregadas (função


exercida pelo alternador nos veículos e embarcações) e fornecer uma grande
quantidade de corrente em um curto período de tempo, necessário para dar
partida no motor. Uma vez que o motor esteja funcionando, o alternador
encarrega-se de mantê-la sempre carregada. A descarga máxima projetada
para bateria automotiva é de apenas 10% de sua capacidade total.

Página 60 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Outro ponto importante que devemos considerar é a emissão de gases tóxicos
pelas baterias automotivas. Ambos os modelos emitem basicamente hidrogênioe
vapor de ácido sulfúrico, principalmente durante o processo de carga.
Nas embarcações e escritórios caso estejam em locais pouco ventilados, este
vapor fica concentrado.

Isto pode causar sérios problemas de saúde, dependendo da quantidade


de baterias e ventilação do ambiente.

Baterias estacionárias

São baterias projetadas para ciclos de descarga profundos, com materiais


internos nobres, e placas de chumbo mais espessas, feitas para durarem mais
tempo.

As aplicações típicas de baterias estacionárias incluem sistemas UPS (no-


breaks), centrais telefônicas, alarmes, sistemas de som, energia solar e eólica,
iluminação de emergência ou qualquer outra aplicação que demande uma
corrente moderada por mais tempo, ao invés de uma grande quantidade de
corrente por alguns segundos.

Possuem filtro que impedem emissão de vapor da solução acida, deixando


passar apenas hidrogênio que não é nocivo a saúde, portanto podem ficar no
mesmo ambiente de trabalho com pessoas, apesar de ser recomendável uma
ventilação mínima também.

Seus eletrodos são mais espessos que as automotivas e são feitas com
chumbo de melhor qualidade, com liga chegando a 95% ou mais de pureza.
Podem sofrer até 80% de descarga sem prejudicar sua vida útil, e suportam
quantidade maior de ciclos de carga e descarga.

Duram em torno de 5 anos, havendo casos onde ultrapassam 10 anos,


dependendo dos ciclos de carga, temperatura ambiente e outros fatores que
impactam na sua vida útil.

A maioria dos fabricantes de baterias estacionárias estipulam 25 graus Célsius


como temperatura padrão de funcionamento, por isso é interessante que as
baterias estejam em ambientes com ar-condicionado, e que o ar-condicionado
também esteja ligado em no-breaks (tomando cuidado com o dimensionamento
de carga para tal). A vida útil de baterias estacionárias cai pela metade para
cada 10 graus acima da temperatura padrão, e dobra para cada 10 graus
abaixo.

Exemplo: Se você colocar baterias que teoricamente duram 8 anos na


temperatura ideal de 25 graus celsius em cima de um forro, onde a temperatura
no verão chega facilmente a 45 graus, elas irão durar cerca de 2 anos (levando
em consideração apenas a temperatura e não outros fatores igualmente
importantes como quantidade e profundidade dos ciclos de descarga).

Página 61 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Existem outras tecnologias de baterias estacionárias, como a VRLA, que
podem ser utilizadas em qualquer posição (mesmo de cabeça pra baixo!) por
terem seu eletrólito interno imobilizado com mantas de fibra de vidro e outros
materiais. As baterias chumbo-ácido por sua vez não podem ser utilizadas ou
armazenadas em outras posições.
Tabela comparativa de baterias automotivas vs. estacionárias

Automotiva Estacionária
Espessura das placas de chumbo 1 mm 8 mm
Descarga máxima permitida 10% 80%
Vida útil média 3 anos 5 anos
Borne
Tipo de conector Orifício para parafuso
automotivo
Emissão de gases tóxicos Sim Não

Conclusão

Percebe-se claramente ao observar as principais diferenças entre os dois tipos


de baterias que uma é feita especificamente para dar partida em motores e
manter sempre a carga máxima ou algo próximo a ela, enquanto a outra é feita
para ser utilizada durante horas e gradativamente, da mesma forma que
baterias de telefones celulares, lanternas, etc.

Tecnicamente falando, não há por que uma bateria automotiva não funcionar
em no-break, visto que ambas são 12 Volts (Atenção: Existem no-breaks que
funcionam com 12v, 24v, 48v etc… neste caso são necessários “grupos” de
baterias ligadas em série até atingir sua tensão de operação, e pode-se ligar os
grupos também em paralelo para somar as correntes, aumentando a
autonomia do equipamento), porém sua vida útil será muito pequena se
compararmos com esta mesma bateria (ou conjunto de baterias) estacionária.

Você terá a falsa sensação de estar protegido, quando na verdade suas


baterias podem estar com poucos minutos de autonomia, e o pior de tudo é
descobrir isto justamente na hora que você mais precisa delas, no caso de falta
de energia elétrica.

As baterias estacionárias por serem fabricadas com materiais nobres também


são menos suscetíveis a vazamentos da solução ácida, explosões, oxidação
dos terminais e outros problemas.

O investimento em baterias estacionárias sempre é a melhor opção custo-


benefício para sistemas UPS (no-break), centrais telefônicas,
armazenamento de energia solar, alarmes ou qualquer outra aplicação onde
você sabe que irá descarregar mais de 10% da capacidade da bateria.

Página 62 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

17 - BANCO DE BATERIAS
A partir de CONFIGURAÇÕES SÉRIE E PARALELO com baterias de 12v ou
de 24V por exemplo, é possível alcançar diversas outras voltagens e
amperagens associando-se outras baterias, formando assim um Banco de
Baterias.

OBS.: Devemos evitar associar baterias de capacidades distintas em um


mesmo sistema, pois corremos o risco de danificar as baterias e até mesmo
incendiá-las.

LIGAÇÃO EM SÉRIE:

Na ligação em série a conexão e feita em polos diferentes, ou seja, o positivo


de uma liga no negativo da outra bateria e assim sucessivamente. Nesta
configuração ocorre a soma das tensões de cada bateria e se mantem a
amperagem.

LIGAÇÃO EM PARALELO:

Na ligação em paralelo conectam-se sempre todos os polos iguais, ou seja,


todos positivos juntos e todos os negativos juntos. Nesta configuração a
voltagem se mantem a mesma, como na figura acima (12V). Porém a
amperagem se somará.

Página 63 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
LIGAÇÃO SÉRIE E PARALELO:

Esta é uma junção das duas configurações anteriores Série + Paralelo.

Iniciaremos ligando a configuração em série, onde somamos as voltagens (12V


+ 12V = 24V) e a amperagem se mantem (200 A/h), formando assim dois
grupos de 24V e 200 A/h.

Em seguida ligaremos os dois grupos em série (24V e 200 A/h) na configuração


em paralelo. Neste caso manteremos a voltagem dos dois grupose somaremos
as suas amperagens.

Portanto teremos um grupo de 04 baterias de 12V e 200 A/h totalizando 24V e


400 A/h, conforme figura acima.

Página 64 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

18 - ALTERNADORES
Alternador é o dispositivo que tem por função transformar energia mecânica
em energia elétrica. Seu funcionamento está intimamente relacionado ao
princípio da indução eletromagnética, onde a corrente elétrica flui através de
um rotor, criando um campo magnético que induz a movimentação dos elétrons
nas bobinas do estator, resultando em uma corrente alternada.

O princípio de funcionamento do mais simples alternador ocorre da seguinte


forma:
Diante de uma bobina fixa, presa ao estator (induzido), põe-se a girar um ímã
(indutor), que nos alternadores geralmente são acionados por uma polia.
Assim, o indutor receber um impulso mecânico que o faz iniciar a operação.

Os enormes geradores das grandes centrais elétricas, responsáveis pela


geração da energia distribuída a toda a população, funcionam com base no
mesmo princípio e são grandes alternadores, movidos pela força das águas no
caso das hidroelétricas, pelo vapor no caso das termoelétricas ou, por fissão de
átomos de urânio no caso das usinas nucleares.

Página 65 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
O DINAMO E O ALTERNADOR:

O princípio de funcionamento de um dínamo:


Se tivermos uma bobina que gire dentro do campo magnético criado por um
conjunto de imãs ou por outras bobinas (figura 01), cada vez que as espiras
dessa bobina cortarem as linhas de força do campo magnético aparecem nos
extremos da bobina uma tensão elétrica.

O princípio de funcionamento do dínamo.

Figura 01

Como podemos observar no gráfico da figura 01 a corrente gerada é alternada.


Isso acontece devido a cada volta que a bobina dá dentro do campo magnético
ela corta duas vezes as suas linhas de força e em sentido opostos. Isso
significa que ora um lado da bonina gera um polo positivo e ora um polo
negativo, produzindo assim uma corrente alternada. Portanto se ligarmos um
dispositivo compatível com esta corrente como uma lâmpada, esta acenderá.

Página 66 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Para transformar uma corrente alternada em contínua, na saída da bobina
instala-se um sistema de escovas (figura 02), que inverte um dos polos a cada
meia volta, de modo que a corrente circule sempre no mesmo sentido, ou seja,
um lado só positivo e outro só negativo (corrente contínua).
Assim funciona os dispositivos denominados dínamos. Se eliminarmos o
sistema que inverte o sentido da corrente a cada meia volta das espiras, o
dispositivo passa a gerar correntes alternadas, ou seja, teremos um alternador.

O uso das escovas no dínamo.

Figura 02

Atualmente com a disponibilidade dos diodos de silício, podemos facilmente


converter correntes alternadas em contínuas, de modo que tanto faz para um
circuito elétrico se ele tenha como fonte de energia tensão contínua ou
alternada.

Assim, nos veículos modernos, em lugar de usarmos dínamos temos


alternadores, ou seja, dispositivos semelhantes em que temos um conjunto de
bobinas móveis que gira dentro do campo magnético de um conjunto de
bobinas fixas, conforme mostra a figura 03.

Esquema básico de funcionamento de um alternador.

Figura 05

Página 67 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
No caso da figura 03, a polaridade da corrente se inverte constantemente, ou
seja, os pólos se alternam, portanto temos um alternador. Atualmente a
transformação é realizada adicionando diodos no próprio dispositivo de modo a
se obter a corrente contínua (CC ou DC) que os circuitos elétricos precisam.

Na figura 04 temos a disposição dos diodos mostrando que para facilitar a


produção de energia de forma mais constante são empregados três conjuntos
de bobinas e, portanto três conjuntos (pares) de diodos na maioria dos
circuitos.

Estrutura do alternador - 1-Bobinas móveis, 2-conjunto de diodos, 4-bobina fixa, 5- comutadores, 6-


regulador de tensão.

Figura 04

O funcionamento de um alternador num veículo ou embarcação, entretanto,


não apresenta uma linearidade, o que não é interessante para o circuito
elétrico. Os diversos dispositivos que são alimentados pela eletricidade no
carro ou embarcação exigem uma tensão fixa, ou pelo menos que oscile numa
faixa estreita de valores. Variações da tensão muito grandes podem causar
danos a diversos desses dispositivos.

Sabemos que a tensão que um dínamo apresenta na sua saída, conforme


mostra a figura 05 depende de diversos fatores como, por exemplo, a
velocidade que o motor gira e a intensidade da corrente exigida pelos circuitos
a ele ligados.

Dentro da variação possível da tensão gerada existe uma faixa de regulagem em que a tensão deve ser
mantida.

Figura 05

Página 68 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
O problema maior ocorre pela enorme faixa de variação de velocidade de um
motor, seja ele de carro ou embarcação, que pode ter rotações entre 500 e
6000 rpm. Por isso, para que o circuito elétrico se veja alimentado por uma
tensão dentro de uma faixa segura, devem ser agregados dispositivos
reguladores de tensão.

O ALTERNADOR E SEUS COMPONENTES:

O alternador em vista explodida. 1 é a placa com os diodos. 2 é o regulador e 3 as escovas.

Figura 06

Internamente observamos dois conjuntos de enrolamentos: os enrolamentos de


campo que geram o campo magnético que as espiras do outro enrolamento
devem cortar e o enrolamento estator que gera a energia. Internamente temos
uma placa em que seis diodos de potência são instalados para retificar a
corrente alternada gerada. Estes diodos são fixados numa peça única de metal
que também serve de dissipador de calor (1 na figura 06)

Página 69 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Nos veículos modernos, são usados reguladores de tensão com transistores de


potência em configurações como a mostrada na figura 07.

Alternador com circuito regulador de tensão utilizando transistores de potência.

Figura 07

Normalmente o que temos é a tradicional configuração do regulador série em


que um transistor de potência funciona como um reostato ou resistor variável
dosando a corrente de excitação do enrolamento de excitação de modo a
controlar a intensidade do campo magnético cujas espiras do enrolamento
móvel vão cortar.
Este processo é muito melhor do que se tentarmos controlar a correnteprincipal
gerada pelo dínamo que é da ordem de dezenas de ampères exigindo assim
transistores de potência muito alta. Mesmo assim o transistor usado deve ser
de tipo de alta corrente (20 A ou mais) já que esta é a ordem de grandeza da
corrente gerada

A referência de tensão para a saída tanto pode ser dada por diodos zener como
por circuitos integrados. No circuito mostrado como exemplo, o diodo zener
D2 fixa a tensão para o transistor T2 que funciona como driver, controlando a
corrente principal através do transistor T1.

Página 70 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
Na figura 08 temos as correntes neste circuito quando em funcionamento

Circulação das correntes no circuito regulador de tensão.

Figura 08
Observe que neste circuito está ligada a lâmpada indicadora de painel que
apaga quando a tensão gerada é aplicada ao circuito o que ocorre quando o
motor entra em funcionamento. Configurações mais complexas podem ter até 5
transistores.

SERVIÇOS:

Para o técnico de eletrônica ou eletricista, a presença de um circuito eletrônico


que normalmente é embutido na instalação e não raro protegido por meios que
impedem o acesso aos seus componentes é uma dificuldade na hora de se
fazer o teste de funcionamento e eventualmente uma reparação. Assim,
constatando-se que o problema é do regulador de tensão ou ainda de um dos
conjuntos de diodos do alternador o procedimento mais comum é a troca do
conjunto completo.

No entanto, muitas vezes o acesso a um circuito relativamente simples pode


nos revelar que apenas um componente de baixo custo deve ser substituído e
isso pode significar economia e em alguns uma solução alternativa quando a
peça completa original não está disponível.

Muitos reguladores possuem um ponto de ajuste que é um resistor variável;


(trimpot) que pode ser acessado por uma chave de fendas e que permite levar
o circuito a fornecer as tensões de saída de acordo com as correntes.

IMPORTANTE:
• As informações fornecidas acima sobre alternadores é uma base para entendermos o
seu funcionamento, suas características e aplicações.
• Em cada projeto de motor automotivo ou de uma embarcação o fabricante escolhe o
alternador compatível com seu projeto, e isso ira criar novas variáveis.
• A MELHOR OPÇÃO SEMPRE SERÁ CHAMAR UM PROFISSIONAL ESPECIALIZADO PARA
REALIZAR O SERVIÇO.

Referência:
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/artigos/51-automotivos/709-
como-funciona-os-alternadores-art094.html

Página 71 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

19 - MOTOR DE ARRANQUE OU PARTIDA

O motor de partida, também conhecido como motor de arranque, é um motor


elétrico de corrente continua, que vai montado na caixa de marchas, e tem
como finalidade girar o volante do motor para que o mesmo atinja uma
velocidade mínima de 50 RPM fazendo com que o motor do carro consiga as
primeiras explosões e assim passe a funcionar por si só.

Este giro inicial é conseguido por meio de um acoplamento do motor de


arranque ao volante do motor através do deslocamento de um pinhão de
engrenagem que se encaixa no volante e transfere o giro do arranque para o
motor de explosão do carro.

Existem inúmeros tipos de motores de partida e de variados tamanhos, marcas,


potência, mas geralmente o principio de funcionamento é o mesmo e as peças
que o constituem variam pouco.

Página 72 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Peças que compõem os Motores de Partida:


SOLENÓIDE: São dois enrolamentos feitos geralmente de cobre e são unidos
um ao outro e montados no interior de um cilindro de metal. Quando estes
enrolamentos são energizados os mesmos funcionam como um imã.

AUTOMATICO: São contatos que funcionam como um interruptor por onde vai
circular a quantidade de corrente elétrica necessária para o giro do motor.

CONJUNTO DO SOLENOIDE: É a união do automático e da solenóide e vai


localizado na parte de cima do motor de arranque e tem a finalidade de
movimentar o núcleo de ferro acionador.

NÚCLEO DE FERRO ACIONADOR: É um cilindro de ferro que possui uma


cavidade em uma de sua extremidades para que seja feito o encaixe do garfo,
ele tem a função de fazer o fechamento do automático e movimentar o garfo.

GARFO (ALAVANCA): É uma haste que vem em forma de Y, vai conectado


no núcleo de ferro acionador e transfere o movimento de avanço deste núcleo
ao conjunto do pinhão.

CONJUNTO DO PINHÃO (BENDIX): tem como função transferir a rotação


do motor de arranque para o o motor a explosão por meio de um sistema de
engrenagens.

CONJUNTO DO COMUTADOR: É formado por mancal, tampa traseira, porta


escovas, molas espirais e base do comutador. Tem como finalidade interligar
eletricamente o induzido ao enrolamento de campo além de proteger,
centralizar e isolar algumas peças.

CONJUNTO DO ESTATOR: Tem a finalidade de criar um campo magnético


fixo que ira induzir o rotor. Geralmente é formada pela carcaça que tem no seu
interior as sapatas polares ou uma bobina de campo no caso dos modelos mais
antigos.

ROTOR (INDUZIDO): É um conjunto formado por um carretel cheio de


ranhuras onde vai enrolados fios condutores em formato de espirais. Este
carretel é montado sobre um eixo que tem em uma de suas extremidades
algumas estrias que se encaixam na parte interna do pinhão, na outra
extremidade vai montado um coletor, onde vai ligado as extremidades dos fios
condutores. O induzido dos motores de partida tem como função transformar
energia elétrica em energia mecânica giratória.

Página 73 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Possíveis Defeitos do Motor de Arranque

1- Não há o acionamento do motor de partida:


A) Cabo de linha 50 (contato de ignição) interrompido;
B) Enrolamento da bobina de chamado aberto;
C) Isolamento do induzido com o aterramento (massa);

2-Não há acionamento do motor de arranque mas ouve-se um estalo:


A) Bateria automotiva descarregada ou mau contato nos terminais da mesma;
B) Carbonização do contato de carga do automático;
C) Mancais danificados fazendo com que o induzido fique travado e não rode;
D) Curto circuito no enrolamento do motor de partida;

3- Acionamento do motor de arranque com um ruído fora do comum:


A) Sapatas polares frouxas raspando no induzido;
B) Induzido fora do centro, causada por quebra dos mancais;
C) Destes do pinhão ou cremalheira gastos ou quebrados;
D) Motor de partida frouxo ou mau fixado;
E) Mola de retrocesso quebrada;
F) Embuchamento dos mancais desgastados;

4) Falhas intermitentes no acionamento do motor de arranque:


A) Mau contato no automático;
B) Coletor do induzido excessivamente sujo ou falhas no enrolamento do
induzido;
C) Gastos excessivos das escovas ou quebra das molas do suporte de escova;

5- Ocorre o acionamento do motor de arranque, mas o motor a explosão


não gira:
A) Garfo desconectado do pinhão;
B) Dentes da cremalheira do motor quebrados;
C) Pinhão quebrado.

Página 74 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Quando é necessário que o motor de partida mantenha-se acionado por mais


de 10 segundos, significa que há algum problema dificultando a ignição do
motor principal do carro. Insistir com o motor de partida, pode causar
superaquecimento e a consequente queima dos componentes internos,
principalmente o induzido.

Os motores de partida são peças que necessitam uma atenção especial em


revisões pois o funcionamento inicial do carro necessita exclusivamente dele,
por isso procure um oficina elétrica especializada e de sua confiança e faça as
manutenções preventivas nesta peça para que eventualmente você não tenha
surpresas.

Referências:
http://www.dicasmecanicas.com/2010/05/motor-de-partida-ou-motor-de-
arranque/

Página 75 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

20 – Projetos Elétricos
Os projetos elétricos é de extrema importância, dá atenção a esse item é
fundamental, pois é com o projeto elétrico que será definido a quantidade,
trajeto, tipo de dispositivo de proteção e o funcionamento de todo o
equipamento e fiação elétrica de uma embarcação.

A importância do projeto elétrico para a embarcação:


Os profissionais que oferecem o projeto elétrico para uma embarcação
garantem aos futuros usuários a qualidade e segurança para manter a
embarcação estável e em condições de sofrer alterações pontuais futuras com
instalações de novos equipamentos.

Não é raro encontrar profissionais que não têm esse tipo de trabalho e
conhecimento em seus portfólios. No entanto, é necessário estar atento a esse
fator na hora da compra de uma embarcação ou assinatura de um contrato de
prestação de serviço de eletricidade, por exemplo.

Circuito com LED de Monitoramento

Fusíveis

Interruptores
Bomba de Porão

Luz de Navegação
Resistor

Interruptor
Automático
LED

Página 76 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
21 – PARA-RAIOS NA EMBARCAÇÃO

O que ocorre quando um raio cai no mastro de um veleiro?

Em grande parte dos casos, mesmo com um sistema de aterramento


adequado, ocorre à queima da maioria dos equipamentos eletroeletrônicos
conectados a rede elétrica da embarcação, destruição da fiação, terminais,
dispositivos de proteção e etc... E caso não tenha ninguém segurando ou em
contato com o mastro, ou conectado a ele de alguma forma, o prejuízo é só
material, e a vida é preservada.

Para que serve o para-raios então?

energia térmica, e derreterá todo material através de

Um para-raios é formado basicamente por uma haste conectada a um cabo ligado a


uma placa de cobre específica, sem porosidade, fixada na parte externa da quilha da
embarcação.

A função do para-raios é canalizar a maior parte possível da energia transportada pelo


raio para fora da embarcação, facilitando a sua passagem através da água até a
superfície da terra, evitando ou amenizando os danos e a transformação da energia
elétrica em calor.

Podemos afirmar que a eficácia de um para-raios é diretamente proporcional a energia


contida no raio que o atinge.

Para entendermos como funciona um para-raios, precisamos entender primeiro como


ocorre um raio.

Quando nuvens muito carregadas se juntam e ficam aglomeradas elas criam uma área
de carga negativa sobre a terra ou sobre a água, o ar entre esta área de carga negativa
e a base da nuvem (carga positiva) vai ficando mais denso, cheio de “nêutrons” até que
a descarga ocorre. A figura abaixo ilustra isso:

Página 77 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

A função do para-raios é descarregar a carga negativa acumulada no ar,


evitando que o raio aconteça. Ou seja, um para-raios que funciona é aquele
que nunca cai um raio.

No entanto, como a prática mostra, um para-raios mesmo quando bem


instalado, não garante 100% que você não receberá um raio no mastro de seu
barco. Não podemos nunca esquecer que o para-raios cumpre a sua função
diminuindo muito a possibilidade de um raio cair no local de sua instalação.

Este assunto foi investigado pela NASA, pelo FAA e pelo NFPA (nos EE.UU.).
Cientistas como o Donald Zipse e Abdul Mousa concluem que o “impacto
natural de um raio de cima para baixo, não pode ser prevenido”. A fraseologia
“impacto natural e cima para baixo” foi cuidadosamente escolhida e cobre o
caso de um mastro de veleiro, onde os estragos seriam amenizados por um
aterramento correto, como citado mais acima.

FONTE: www.popa.com.br
Trechos do post: O RAIO E SEUS EFEITOS NO BARCO
Escrito por Geraldo Kinippling

Página 78 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
22 – ENERGIA FOTOVOLTÁICA

Conceitos dos controladores de carga no sistema fotovoltaico:

Controlador de Carga PWM: Pulse Width Modulation


Controlador de carga MPPT: Maximum Power Point Tracking

Em sistemas fotovoltaicos off-grid (com uso de baterias) quando


dimensionamos o controlador de carga de mesma tensão, nossa única
preocupação é observar se a corrente de máxima potência do módulo/painel
solar não excede a corrente de máxima potencia do controlador de carga.

Porém, os controladores de carga “tradicionais” tipo PWM , o módulo/painel


solar não alimenta a bateria a partir de seu ponto de máxima potência (MPP),
assim, o sistema perde energia. Já os controladores de carga com tecnologia
MPPT buscam o ponto de máxima potência do módulo/painel solar, isso resulta
em um ganho de eficiência de aproximadamente 30% no sistema.

Quando falamos em sistemas médios e grandes, o resultado é redução no


custo do sistema, pois o usuário precisará de menos módulos/painéis para
gerar a mesma quantidade de energia.

Ou se o modelo do módulo/painel solar já foi decidido e o usuário optar pelo


uso de um controlador de carga MPPT, o sistema terá um ganho de eficiência
quando comparado a um sistema com uso de controlador PWM.

Página 79 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
PAINEL SOLAR, CONTROLADOR DE CARGA E INVERSOR

Painel Solar de Forma Simples


Acima você vê uma ligação muito simples onde esta ligado um painel solar, um
controlador de carga, uma bateria e um inversor, esta é a ligação mais simples de
se fazer, porém, você fica muito limitado a potência que o painel pode te fornecer,
no caso acima 150 watts, o que é suficiente para alimentar algumas lampadas de led,
e um ou dois ventiladores, mas por poucas horas o que já ajuda.

Página 80 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Ligação em Paralelo de Painel e Bateria.

Esquema Painel Solar Paralelo 12Vcc


Já na ligação acima, ligamos 4 painéis solares em paralelo, um controlador de carga,
duas baterias também em paralelo, e um inversor, esta é uma ligação um pouco mais
complicada de se fazer porém, você terá como benefício, a soma de potência dos 4
painéis solares.
Portanto:
150 watts x 4, teremos 600 watts de potência total.
Duas baterias de 115 A/h em paralelo, somando 230 A/h.
Esta configuração é suficiente para alimentar várias lâmpadas de LED ou
fluorescente, uns dois ou três ventiladores, uma TV de no máximo 21″ mais o
aparelho da TV por Assinatura, e um computador por poucas horas, mas o que
também ajuda muito com a economia da energia.

Página 81 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Veja abaixo como é feito a Ligação em Série de Painéis Solares

Esquema Painéis Solares em Série 24Vcc


Acima temos um sistema de painel solar ligado em série, esta ligação é feita quando
você tem um inversor de 24 volts, e comprou um painel que não forneçaa tensão
que seu inversor precisa, tendo em vista que os fabricantes geralmente expressam as
tensões nominais em circuito aberto dos painéis, e isto muitas vezes confunde
bastante quem está iniciando em energia solar.
Neste caso é necessário ligar em série os painéis e as baterias caso não tenha uma
bateria de 24 volts, até por que é mais difícil encontrar baterias em 24 volts, e quando
encontramos, geralmente é bem mais caro.
Portanto:
Colocando os 02 painéis em série temos: 12 Vcc + 12 Vcc = 24 Vcc;
Colocando as 02 baterias em série temos: 12 Vcc + 12 Vcc = 24 Vcc.

Página 82 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

Ligação em Série e Paralelo:

Esquema Painéis Solares em Série Paralelo 24Vcc


Por ultimo, temos uma ligação de painéis solares em série e em paralelo, onde
ligamos dois painéis em série somando sua tensão no caso 12 volts + 12 volts, onde
temos 24 volts, porém manteremos sua potência, ligamos mais dois painéisda
mesma forma em série, estes últimos dois painéis que foram ligados em série
ligaram em paralelo aos outros dois conforme imagem acima, ou seja, positivo com
positivo e negativo com negativo.
Para ficar mais simples de entender, basta encarar cada dois painéis como sendo um
único painel de 24 volts, e quando ligarmos eles em paralelo manteremos os24
volts, e somaremos a potência, no caso 150 watts + 150 watts, onde teremos 300
watts em 24 volts, tendo assim uma ligação série paralelo juntas no mesmo circuito.
Nesta configuração adicionamos também mais duas baterias, que foram ligadas em
série, e depois ligadas em paralelo às outras duas, assim mantendo novamente os 24
volts, e somando a corrente total das duas, que seria de 115 A/h + 115 A/h, tendo
assim 230 A/h.
Nesta configuração, dependendo da potência do seu inversor poderá alimentar muito
mais equipamentos, podendo chegar até uma média de 50% a 60% de redução no
consumo de energia elétrica.
Fonte:
http://www.eduardoaquino.com.br/como-ligar-painel-solar-de-forma-facil/

Página 83 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA
23 - MATERIAIS MARINIZADOS
FIOS E CABOS:

DISJUNTORES:

CHAVE SELETORA DE BATERIA:

Página 84 de 84
CURSO DE ELETRICIDADE NÁUTICA BÁSICA

AR CONDICIONADO:

AUTOFALANTES:

Página 85 de 84
ANEXO 1
ESQUEMA ELÉTRICO – PAINEL DE INSTRUMENTOS – LANCHA REGAL 3000

PAINEL DIGITAL PAINEL ANALÓGICO (MONTAGEM) PAINEL ANALÓGICO

PAINEL ANALÓGICO PAINEL ANALÓGICO COM DISJUNTORES PAINEL ANALÓGICO

Página 1 de 3
ANEXO 1
ESQUEMA ELÉTRICO – PAINEL DE INSTRUMENTOS – LANCHA REGAL 3000

TEMP. DA ÁGUA ESTABILIDADE DA EMBARCAÇÃO VOLTÍMETRO

L
L
I RPM MPH
I
S
L
G S G
PSI - ÓLEO COMBUSTÍVEL
L G L
L L
S I TRIM S
G S

I I
I G
G G
AZUL CLARO

VERMELHO
CINZA
MARROM

LILÁS E BRANCO / VERDE E AMARELO


SENSOR DO TRIM

F9 2 B4
CHAVE DE IGNIÇÃO

1º ESTÁGIO 3

Página 2 de 3
BARRAMENTO DE NEUTRO
ANEXO 1
ESQUEMA ELÉTRICO – PAINEL DE INSTRUMENTOS – LANCHA REGAL 3000

LEGENDA
DISPOSITIVO: DESCRIÇÃO
F9 FUSÍVEL QUE ALIMENTA B4
B4 INTERRUPTOR DE ACIONAMENTO DOS LEDS DO PAINEL DE INSTRUMENTOS
S SINAL DO SENSOR DE MONITORAMENTO
I CONECÇÃO COM O SINAL DO PRIMEIRO ESTÁGIO DA CHAVE DE IGNIÇÃO
G NEUTRO ( - )
L TERMINAL DO LED
AZUL CLARO CONECÇÃO DO SENSOR DA PRESSÃO DE ÓLEO DO MOTOR
MARROM CONECÇÃO DO SENSOR DA TEMPERATURA DA ÁGUA
CINZA CONECÇÃO DO SENSOR DA ROTAÇÃO DO MOTOR
LILÁS E BRANCO / VERDE E AMARELO CONECÇÃO DO SENSOR DO TRIM
VERMELHO CONECÇÃO DO SENSOR DO TANQUE DE COMBUSTÍVEL

SERVIÇOS DE REVISÃO E DOCUMENTAÇÃO DA ELÉTRICA, REALIZADOS NO PERÍODO DE 16-02-2018 A 29-03-2018.


RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOÃO MONTEIRO - ELETROTÉCNICO E ELETRICISTA NÁUTICO.
CONTATOS: (21)99874-0102 (whatsApp) / (27)99915-0201

Página 3 de 3
ANEXO 2
ESQUEMA ELÉTRICO DA LANCHA REGAL 300
PAINEL DE IGNIÇÃO

F
VISTA DO PAINEL DE IGNIÇÃO
POR TRÁS

MOTOR
PAINEL DE INSTRUMENTOS

2º ESTÁGIO

1º ESTÁGIO
S I N

71
B
LED
7

F8 2 B7
72
3

EXAUSTOR DE GASES DO MOTOR

DISPOSITIVOS: DESCRIÇÃO:
FUSÍVEL: F8 – 10A
INTERRUPTOR: B7 – EXAUSTOR DE GASES DO MOTOR
FIOS E CONEXÕES: 71 - 72
N NEUTRO – (-)
F Fase (+)

SERVIÇOS DE REVISÃO E DOCUMENTAÇÃO DA ELÉTRICA, REALIZADOS NO PERÍODO DE 16-02-2018 A 29-03-2018.


RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOÃO MONTEIRO - ELETROTÉCNICO E ELETRICISTA NÁUTICO.
CONTATOS: (21)99874-0102 (whatsApp) / (27)99915-0201

Página 1 de 1
ANEXO 3
ESQUEMA ELÉTRICO – LANCHA REGAL 300
PAINEL DE INTERRPTORES

F15 7 33 F5 7
1 7

2 22 2 B3
B1 F2 B2

3 3 3
850 32 50 E 51

NEUTRO – LED DO INTERRUPTOR


F9 F14 F3
7 7 7

2 2 2
B4 B5 B6
3 3 3
36 91 52

40

BARRAMENTO - NEUTRO

VISTA TRAZEIRA DO PAINEL DE INTERRUPTORES

INTERRUPTOR DESCRIÇÃO
B1 BUZINA
B2 BOMBA DE PORÃO PRINCIPAL – 800 GPH (AUTOMÁTICA E MANUAL)
B3 LUZES DE NAVEGAÇÃO E CORTESIA
B4 LUZES DO PAINEL DE INSTRUMENTOS
B5 BOMBA DE PORÃO AUXILIAR – 360 GPH (MANUAL)
B6 FAROL DE MILHA

Página 1 de 2
ANEXO 3
ESQUEMA ELÉTRICO – LANCHA REGAL 300
PAINEL DE INTERRPTORES

FIAÇÃO DE ACIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS: 850 – 32 – 50 E 51 – 36 – 91 - 52

CONEXÕES COM OS FUSÍVEIS DE PROTEÇÃO:


FUSÍVEL VALOR EM AMPÉR
F2 5A
F3 5A
F5 3A
F9 6A
F14 2,5 A
F15 25 A

SERVIÇOS DE REVISÃO E DOCUMENTAÇÃO DA ELÉTRICA, REALIZADOS NO PERÍODO DE 16-02-2018 A 29-03-2018.


RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOÃO MONTEIRO - ELETROTÉCNICO E ELETRICISTA NÁUTICO.
CONTATOS: (21)99874-0102 (whatsApp) / (27)99915-0201

Página 2 de 2
ANEXO 4
ESQUEMA ELÉTRICO – LUZ DE NAVEGAÇÃO E CORTESIA
LANCHA REGAL 300 – ANEXO 4

L5 L5 L6 L3 L4
L2 L1

50
F1

F6

L7
L7 7
F5 2
B3
L1 L2
3
51 50 E 51

L4
L3
L6
L5

FUSÍVEIS: DESCRIÇÃO
F1 LUZ DE CORTESIA DA CABINE (L2)
F5 LUZ DE NAVEGAÇÃO – POPA (L5 E L6) – BOMBORDO E BORESTE (7) – CORTESIA
DO CONVÉS (L3 E L4)
F6 LUZ DE CORTESIA DA CABINE (L1)

IDENTIFICAÇÃO: DESCRIÇÃO:
F1: 2A – F5: 3A – F6: 2A FUSÍVEIS
L1 – L2 LUZ DE CORTESIA DA CABINE
L3 –L4 LUZ DE CORTESIA DO CONVÉS
L5 LUZ DE POPA
L6 LUZ DO MASTRO DA POPA
L7 LUZ DE BOMBORDO E BORESTE
B3 INTERRUPTOR
50 E 51 FIAÇÃO DE ACIONAMENTO DE L3, L4,L5,L6 E L7
N NEUTRO (-) DA BATERIA

SERVIÇOS DE REVISÃO E DOCUMENTAÇÃO DA ELÉTRICA, REALIZADOS NO PERÍODO DE 16-02-2018 A 29-03-2018.


RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOÃO MONTEIRO - ELETROTÉCNICO E ELETRICISTA NÁUTICO.
CONTATOS: (21)99874-0102 (whatsApp) / (27)99915-0201

Página 1 de 1
ANEXO 5
ESQUEMA ELÉTRICO – BUZINA – LANCHA REGAL 300
CAIXA DO RELÉ
BUZINA

COMPRESSOR RELÉ

850
860
30 87

BARRA

F19 QDC

N
7

2 F7
B1
BARRAMENTO
3
DE NEUTRO

INTERRUPTORES DESCRIÇÃO
B1 COMANDO BUZINA

TERMINAIS DO RELÉ: 30 – 87 – 85 - 86

FUSÍVEIS: F7: 3A E F19: 25A

SERVIÇOS DE REVISÃO E DOCUMENTAÇÃO DA ELÉTRICA, REALIZADOS NO PERÍODO DE 16-02-2018 A 29-03-2018.


RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOÃO MONTEIRO - ELETROTÉCNICO E ELETRICISTA NÁUTICO.
CONTATOS: (21)99874-0102 (whatsApp) / (27)99915-0201

Página 1 de 1
ANEXO 6
ESQUEMA ELÉTRICO DA BOMBA DE PORÃO PRINCIPAL E AUXILIAR

BOMBA DE PORÃO PRINCIPAL


800 GPH
33
F
BOMBA DE PORÃO
N AUTOMÁTICO N

32 31/40
N
31 1 7

F2 2 B2

3
1 Galão (US) = 3,7854 L
MANUAL

BOMBA DE PORÃO AUXILIAR


360 GPH

BARRAMENTO DE NEUTRO
N
92

7 31/40
N
F14 2
B5
F 3

BOMBA DE PORÃO
MANUAL

91

Página 1 de 2
ANEXO 6
ESQUEMA ELÉTRICO DA BOMBA DE PORÃO PRINCIPAL E AUXILIAR

INTERRUPTORES DESCRIÇÃO
B2 COMANDO MANUAL E AUTOMÁTICO DA BOMBA DE PORÃO PRINCIPAL
B5 COMANDO MANUAL DA BOMBA DE PORÃO AUXILIAR

FUSÍVEIS: F14: 2,5A F2: 5A

FIAÇÃO DE CONECTIVIDADE DOS DISPOSITIVOS: 31 – 32 – 33 – 40 – 91 – 92

SERVIÇOS DE REVISÃO E DOCUMENTAÇÃO DA ELÉTRICA, REALIZADOS NO PERÍODO DE 16-02-2018 A 29-03-2018.


RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOÃO MONTEIRO - ELETROTÉCNICO E ELETRICISTA NÁUTICO.
CONTATOS: (21)99874-0102 (whatsApp) / (27)99915-0201

Página 2 de 2
ANEXO 7
ESQUEMA ELÉTRICO – CHAVE PERKO DE CONECÇÃO DE BATERIAS

VISTA DA FRENTE DA CHAVE


VISTA DE TRÁS DA CHAVE


F1
BATERIA 1

F2
2 1 BATERIA 2

COMUM

BARRAMENTO DE
FUSÍVEIS

DISJUNTOR
CC - MARINIZADO

BARRAMENTO DE MOTOR
NEUTRO

Página 1 de 1
ANEXO 8
ESQUEMA ELÉTRICO – FAROL – LANCHA REGAL 300

FAROL FAROL
BOMBORDO BORESTE
BARRAMENTO
DO NEUTRO
52

F3 2
B6

3
52

INTERRUPTORES DESCRIÇÃO
B6 COMANDO MANUAL DO FAROL

FUSÍVEIS F3: 5A

FIAÇÃO DE CONECTIVIDADE DOS DISPOSITIVOS: 52

SERVIÇOS DE REVISÃO E DOCUMENTAÇÃO DA ELÉTRICA, REALIZADOS NO PERÍODO DE 16-02-2018 A 29-03-2018.


RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOÃO MONTEIRO - ELETROTÉCNICO E ELETRICISTA NÁUTICO.
CONTATOS: (21)99874-0102 (whatsApp) / (27)99915-0201

Página 1 de 1
ANEXO 9
ESQUEMAS ELÉTRICOS – INSTRUMENTOS – LANCHA REGAL 3000

VOLTÍMETRO:

NEGATIVO (-) BATERIA


G

I
IGNIÇÃO ( + )

L
FUSÍVEL

Página 1 de 3
ANEXO 9
ESQUEMAS ELÉTRICOS – INSTRUMENTOS – LANCHA REGAL 3000

MEDIDOR DA TEMPERATURA DA ÁGUA DO MOTOR

L
SENSOR DO RADIADOR

IGNIÇÃO ( + )
FUSÍVEL
I
S
G
NEGATIVO (-) BATERIA

Página 2 de 3
ANEXO 9
ESQUEMAS ELÉTRICOS – INSTRUMENTOS – LANCHA REGAL 3000

MILHAS POR HORA – MPH

IGNIÇÃO ( + )
NEGATIVO (-) BATERIA FUSÍVEL
L

MANGUEIRA DO PITOM

Página 3 de 3
ANEXO 10
TACÔMETRO OU CONTA - GIROS

Um tacômetro ou conta-giros é um instrumento usado para indicar o número de


rotações por minuto realizadas por um motor, e é um acessório muito útil para quem
deseja monitorar a rotação do motor.

Normalmente temos 03 tipos de conexões e uma variedade enorme de


modelos e fabricantes de conta-giros. Abaixo vamos analisar as três conexões
mais comuns:

1. Conexão de conta-giros em motores a diesel: Funcionam tomando


como referência o sinal “W” do Alternador (gera uma corrente alternada);

Página 1 de 3
ANEXO 10
TACÔMETRO OU CONTA - GIROS
2. Conexão de conta-giros em motores antigos carburados:
Normalmente funcionam tomando como referência o sinal do pino 1 (-)
da bobina (350 a 400v de pico);

Página 2 de 3
ANEXO 10
TACÔMETRO OU CONTA - GIROS

3. Conexão de conta-giros em motores com injeção eletrônica:


Funcionam tomando como referência o sinal do módulo de injeção.

Azul – Luz do instrumento

Módulo de Injeção Eletrônica

Amarelo – Sinal

Preto – Negativo

Vermelho – Positivo Ignição

BATERIA

OBS.:
Cada tacômetro deve estar configurado em seu DIP Switch conforme
orientação do seu manual, para o número de cilindros do motor que ele irá
trabalhar.

02 Cilindros;
04 Cilindros;
06 Cilindros;
08 Cilindros.

Página 3 de 3
ANEXO 11
QDC (QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS) NÁUTICO

Um dos itens mais importantes na instalação elétrica de uma embarcação é o


QDC (Quadro de Distribuição de Circuitos). Um QDC é composto por um painel
que abriga fiações vindas da fonte de alimentação, fiações que seguem para
alimentar os equipamentos de bordo, dispositivos de proteção, barramentos,
interruptores, leds de monitoramento, disjuntores, fusíveis e identificadores.

ESQUEMA ELÉTRICO: Leds de Monitoramento

Fusíveis
Chave de Comutação

Disjuntor Geral

Equipamentos

Página 1 de 1
ANEXO 12
TABELA COMPARATIVA DE CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

Você também pode gostar