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1 Introdução .......................................................................................................................... 1
2 Objectivos .......................................................................................................................... 1
7 Conclusão......................................................................................................................... 17
8 Bibliografia ...................................................................................................................... 18
1 Introdução
Um navio que flutua em águas do mar está sujeito, em cada ponto de sua superfície imersa, à
ação de espécies de forças e esforços, capazes de produzir deformações quer ela permanente,
deformações elásticas ou deformações por ruptura. Por isso na construção de um navio deve
ser obedecido o princípio da continuidade de resistência do casco, para que um determinado
esforço, além de ser contrariado pelos reforços no local, possa ser distribuído por uma
superfície o mais extensa possível. Por isto, a estrutura deve ser bastante rígida
longitudinalmente e transversalmente, a fim de que possa resistir bem a todos os esforços que
possivelmente o navio sofrerá em movimento e no alto-mar.
O estudo dos engenheiros é dirigido no sentido de obter a estrutura idealmente perfeita, na qual
todas as partes sejam igualmente fortes em relação a todos os esforços; procura-se também a
realização da máxima robustez com um emprego mínimo de material, isto é, o máximo
rendimento com a mínima despesa.
Este artigo surge no âmbito da disciplina de Estabilidade de Navio e faz a apresentação de tipos
de esforços a que os navios estão sujeitos quando navegam, assim como as consequências que
a actuação dos esforços no casco produzem ao navio.
2 Objectivos
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3 Conceitos importantes
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4 Peças principais da estrutura do casco
Para melhor compressão sobre os esforços e forças a que os navios estão sujeitos é necessário
com que tenhamos conhecimento sobre as peças principais da estrutura dos cascos metálicos.
Sendo assim, a seguir daremos uma breve introdução e desenvolvimento sobre as peças
principais da estrutura dos cascos.
A ossada ou esqueleto é constituída por: vigas longitudinais, vigas transversais e reforços locais
Quilha – peça disposta em todo o comprimento do casco e na parte mais baixa do navio.
Constitui a espinha dorsal e é a parte mais importante do navio.
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Sobrequilha – peça semelhante à quilha assentada sobre as cavernas. É colocada em
cima da quilha em todo o seu comprimento, servindo como reforço da estrutura do
navio. A sobrequilha prolonga-se de proa a popa, por sobre as hastilhas e concorre com
a quilha para resistir aos esforços longitudinais e além disso tem por finalidade manter
as cavernas em sua posição. (Arte Naval p. 09, 174 4-4 e 248 6-7).
Longarinas ou longitudinais – peças colocadas de proa a popa, na parte interna das
cavernas, ligando-as entre si. (fig.3).
Figura 3.
Trincaniz – fiada de chapa mais próxima aos costados, em cada convés, usualmente de
maior espessura que as demais, e ligando os vaus entre si e as cavernas. Os trincanizes
forma um reforço contra os esforços longitudinais e completa o travamento dos vaus
com as amuradas.
Sicordas – peças colocadas de proa a popa num convés ou numa coberta, ligando os
vaus entre si. (fig.3).
Além de darem a forma exterior do casco, resistem, juntamente com as anteparas estruturais, à
tendência à deformação do casco por acção dos esforços transversais. São as seguintes:
Cavernas – peças curvas que se fixam na quilha em direcção perpendicular a ela e que
servem para dar forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior. Tem as funções de
dar forma ao casco, sustentar o chapeamento e em conjunto com os vaus, constituem
elementos estruturais transversais da estrutura do casco.
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Cavernas altas – são aquelas em que as hastilhas são mais altas que comumente,
assemelhando-se a antepara. São colocadas na proa e na popa, para reforço destas
partes.
Vaus – vigas colocadas de BB a BE em cada caverna, servindo para sustentar os
chapeamentos dos conveses e das cobertas, e também para atracar entre si as balizas
das cavernas. Os vaus tomam o nome do pavimento que sustentam, como por exemplo:
vau do convés, vau da 1ª coberta, vau da 2ª coberta, vau da 3ª coberta, etc. (fig. 4).
Tem as funções se constituir os reforços transversais dos pavimentos e servem de
atracção entre os dois braços das cavernas- balizas, de um bordo a outro.
Figura 4.
Figura 5.
Completam a estrutura, fazendo a ligação entre as demais peças ou servem de reforço a uma
parte do casco. São as seguintes:
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Roda de proa – extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. Possui
uma forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar. Também é definido
por peça robusta que, em prolongamento da quilha, na direção vertical ou quase
vertical, forma o extremo do navio a vante (fig. 6). (Arte Naval p. 10 1-54 a.).
Figura 6.
Cadaste - é a peça que se monta na extremidade posterior da quilha para fechar à popa
a ossada do casco, ligando-se pelo pé à extremidade posterior da quilha. O cadaste é
uma peça semelhante à roda de proa, que constitui a parte externa do navio a ré. (Arte
Naval p. 10 1-54 b.).
Pés de carneiro - colunas que suportam os vaus para aumentar a rigidez da estrutura.
(Arte Naval p. 10 1-54 c.). Tem as funções de aumentar os pontos de apoio dos vaus e
sicordas- permite o emprego de secções mais leves nessas vigas, suportar cargas
concentradas e aumentar a rigidez da estrutura.
Vaus intermediários – são os de menores dimensões que os vaus propriamente ditos
e colocados entre eles pra ajudar a suportar o pavimento, em alguns lugares, quando o
espaço entre os vaus é maior que o usual.
Vaus secos – são os vaus do porão, mais espaçados que os outros e que não recebem
assoalho, servindo apenas para atracar as cavernas quando o porão é grande
Latas – vaus que não são contínuos de BB a BE, colocados na altura de uma enora, ou
de uma escotilha, entre os vaus propriamente ditos. Ligam entre si os chaços das
escotilhas e as cavernas.
Buçardas – peças horizontais que se colocam no bico da proa ou na popa, contornando-
as por dentro, de BE a BB; servem para dar maior resistência a essas partes do navio.
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Prumos – ferros perfilados, dispostos verticalmente nas anteparas, a fim de reforça-las.
Travessas – ferros perfilados, dispostos horizontalmente nas anteparas, a fim de
reforça-las.
Borboletas ou esquadros – pedaços de chapa, em forma de esquadro, que servem para
ligação de dois perfis, duas peças quaisquer, ou duas superfícies que fazem ângulo entre
si, a fim de manter invariável este ângulo.
Tapa-juntas – pedaço de chapa ou pedaço de cantoneira que serve para unir a topo
duas chapas ou duas cantoneiras.
Chapa de reforço – chapa colocada no contorno de uma abertura feita no costado ou
em outro chapeamento resistente, a fim de compensar a perda de material neste lugar.
Estas chapas tomam nome do local em que são colocadas, como por exemplo: reforço
da escotilha, reforço da enora, etc.
Calços – chapas que se colocam para encher espaços vazios entre duas chapas ou peças
quaisquer.
Colar - pedaço de cantoneira ou de chapa colocado em torno de um ferro perfilado,
uma cantoneira ou tubo que atravessa um chapeamento, a fim de tornar estanque a junta,
ou cobrir a abertura.
Cantoneira de contorno – cantoneira disposta em torno de um tubo, túnel, escotilha,
antepara, estanque, etc. com o fim de manter esta estanquidade.
Gola - componente do escovém; parte saliente do costado, feita em aço fundido. (Arte
Naval p. 560 10-25 a.).
Conjunto de chapas que compõe um revestimento ou uma subdivisão qualquer do casco dos
navios metálicos. São as seguintes:
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Chapeamento interior do fundo – constitui o tecto do duplo-fundo. É um
revestimento estanque. Contribui para a resistência longitudinal do navio.
Anteparas – são chapeamentos verticais colocados transversalmente e
longitudinalmente para subdividir o espaço interno da embarcação em compartimentos,
paióis ou tanques. As anteparas são importantes na estanqueidade e na resistência
estrutural da embarcação.
Antepara de colisão AV – é a primeira antepara transversal estanque, a contar
de vante. É destinada a limitar a entrada de água em caso de abalroamento de
proa.
Antepara transversal – antepara contida num plano transversal do casco.
Antepara frontal – antepara transversal que limita a parte de ré do castelo, a
parte de vante do tombadilho, ou a parte extrema de uma superestrutura.
Antepara diametral – antepara situada no plano diametral (plano vertical
longitudinal que passa pela quilha).
Antepara longitudinal ou antepara lateral – antepara dirigida num plano
vertical longitudinal que não seja o plano diametral.
Antepara parcial – antepara que se estende apenas em uma parte de um
compartimento ou tanque.
Antepara da bucha – antepara AR onde fica situada a bucha interna do eixo
do hélice.
Um navio que flutua em águas tranquilas está sujeito, em cada ponto de sua superfície imersa,
à acção de duas espécies de força, que agem em sentidos opostos. Ele permanece em estado de
equilíbrio porque estas forças têm como resultantes duas forças iguais e contrárias, isto é, o
peso total do navio e sua carga, aplicado ao centro de gravidade, e o empuxo devido à água
onde flutua, aplicado ao centro de querena.
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Figura 7. A esquerda: A acção de peso total do navio e a força de empuxo total. A direita: Acção do empuxo no casco do
navio.
Cada uma dessas forças (A figura 7 a direita), sobrepondo-se à outra em um ponto qualquer da
querena, tende a fazer deformar a estrutura do casco, porque o peso exerce uma pressão de
dentro para fora, e o empuxo, de fora para dentro. Estas tendências à deformação podem se
acentuar por acção de outras forças, tais como:
6 Esforços do casco
O casco do navio esta sujeito a esforços de flexão provenientes de diversas causas, tais como:
peso do próprio casco, do motor, do combustível e da carga, pressão da água e do vento, acção
das máquinas e do propulsor em funcionamento.
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Deformações elásticas: quando o corpo retorna ao seu estado original após cessar o efeito da
tensão. Isso acontece quando o corpo é submetido a uma força que não supere a sua tensão de
elasticidade (Lei de Hooke).
Deformações por ruptura: quando o corpo rompe-se em duas ou mais partes. A ruptura acontece
quando um corpo recebe uma tensão inicialmente maior daquela que produz a deformação
plástica, essa tensão tende a diminuir após o início do processo.
Figura 8. Tosamento: Excesso de peso a meio de navio. Alquebramento: Excesso do peso nas extremidades.
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Se o maior peso estiver concentrado na região média do navio, ter-se-á uma flexão
negativa, onde o convés sofrerá um esforço de compressão e a quilha um esforço de
tracção. O navio tenderá para o contra-alquebramento ou tosamento.
Estando os pesos distribuídos no sentido longitudinal, para que em todos os pontos seja
a impulsão igual ao peso, nenhuma deformação se produzirá.
Na generalidade os navios apresentam normalmente nas extremidades, onde a estrutura
é pesada e de formas finas, um excesso de peso sobre a impulsão, sucedendo o inverso
a meio navio. Por conseguinte, não convém meter à proa e à popa mais pesos que
absolutamente necessários aos serviços próprios do navio. De contrário o navio corre o
risco de alquebrar.
II. Navio em mar ondoso – os esforços longitudinais do casco aumentam
consideravelmente em mar de vaga. A passagem da onda por baixo do navio produz,
com efeito, variações de impulsão que afectam qualquer diferença existente entre a
impulsão e o peso em mar tranquilo.
Assim, quando o navio se encontra na crista de onda (fig. 9), a impulsão nas
extremidades há-de forçamente diminuir e aumentar na região central. Por
consequência, se em águas tranquilas já havia nas extremidades excesso de peso sobre
a impulsão, agora essa diferença acentua-se e a estrutura longitudinal do casco sofrerá
maiores esforços de flexão. O convés sofre esforço de compressão e o fundo, esforço
de tração. Nos costados, o esforço de compressão será máximo na fiada superior junto
ao convés, diminuindo para baixo, e anulando-se na altura do eixo neutro; abaixo deste
eixo, o esforço é o de tracção, aumentando do eixo neutro para o fundo. Com ondas
altas e de comprimento aproximado ao do navio, podem tais esforços tornar-se muito
consideráveis e porventura perigosos, pois há exemplos de navios mal construídos ou
excessivamente carregados nas extremidades se terem alquebrado e até partido pelo
meio.
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Figura 10. Navio na cava da onda.
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se para baixo e a comprimir-se lateralmente. Daqui resulta um esforço transversal de
compressão dos pavimentos, os quais tendem a curvar-se para cima.
Resistem a estes esforços os vaus, as anteparas transversais e as chapas de caverna
trabalhando à compressão, juntamente com os pés de carneiro que, neste caso,
trabalham à tracção.
II. Esforços devido ao carregamento no convés - a carga no convés tende a curvar o
pavimento, resistindo principalmente a estes esforços os vaus e os pés de carneiro. Por
isso, os navios destinados ao transporte de carga no convés recebem reforços especiais.
Se houver muito peso concentrado no convés ou numa coberta alta, ou se o navio estiver
em seco, haverá o efeito negativo nos costados do navio, isto é, os costados tendem a
se afastar.
Para aliviar a ação dos pesos que possam existir na superestrutura ou nos pavimentos é
que são colocados sob os vaus os pés-de-carneiro. De fato, a função destes pés-de-
carneiro é transmitir ao fundo do casco e repartir sobre grande extensão por meio da
sobrequilha e das longarinas uma parte dos esforços diretamente aplicados sobre os
pavimentos. Para isto também concorrem as anteparas estanques transversais, as quais
são rapidamente ligadas aos pavimentos e ao fundo do casco. Esta distribuição de peso
por uma grande área no fundo do navio é uma das razões de ser das hastilhas colocadas
em cada caverna.
O construtor terá também que prever os consideráveis esforços que podem ocorrer
durante a navegação com mar grosso, por efeito de peso da água embarcada e da própria
pancada do mar sobre o convés.
III. Balanço de BB a EB – o balanço provoca esforços transversais de certa importância
especialmente causados pela inércia dos pesos superiores. Estes pesos tendem, com
efeito, a continuar o movimento nos instantes em que o navio alcança a inclinação
máxima e começa a adriçar, experimentando o casco esforços transversais que são
principalmente suportados pelas anteparas e pelos reforços de ligação dos vaus com as
balizas.
A consequência disto é que o ângulo do vau com a caverna num bordo do casco tende
a tornar-se obtuso, e o ângulo no bordo oposto tende a ficar agudo, e a oscilação
completa fará com que aqueles ângulos tendam alternadamente a tornar-se agudos e
obtusos, e cada seção transversal em todo o casco passará a tomar a forma pontilhada
em cada meio balanço.
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É evidente que estes esforços são mais sentidos nos cantos superiores que no fundo da
seção transversal e, além disto, a parte superior é relativamente mais fraca devido às
aberturas feitas nos pavimentos e outras fontes de enfraquecimento nas partes altas da
estrutura, enquanto que as hastilhas e as cavernas altas tornam o fundo do casco mais
sólido e rígido.
Para contornar estes inconvenientes é que se tem de estabelecer uma boa ligação dos
vaus às cavernas. Esta ligação é geralmente feita por um esquadro de chapa chamado
borboleta que é de suficiente largura e altura para permitir uma forte solda ou cravação
ao vau e à caverna. Outras vezes, o reforço transversal é feito pela colocação das
cavernas reforçadas ou gigantes, em que o contorno transversal é um só, contínuo e sem
ligação de espécie alguma entre as suas diversas partes, desde o fundo até o convés.
IV. Navio em doca seca – os esforços que o navio experimenta em doca seca e em certos
encalhas são os mais importantes e podem tornar-se perigosos se o escoramento for
insuficiente.
Assim, o navio assente pela quilha sobre os picadeiros ficará com tendência a abrir pelo
plano longitudinal, em virtude dos pesos das duas partes laterais no navio que não estão
apoiadas.
Convém, pois, repartir o peso do navio pelo maior número de pontos e, neste sentido,
usam-se escoras laterais em várias ordens, que servem também para manter o navio
direito. Os grandes navios devem docar-se sobre três filas longitudinais de picadeiros,
para maior apoio.
Os esforços locais são os esforços que tendem a deformar uma parte qualquer da estrutura do
casco. São numerosos estes esforços, variadas as suas causas e os seus efeitos, conforme
mostramos a seguir:
Uma carga de material que tenha um grande peso específico, como ferro, o mármore
etc., concentrada num mesmo porão sem atenção às regras de estiva, pode estabelecer
um esforço local, por excesso do peso sobre o empuxo. Isto, além do esforço de flexão
que determina, tende a forçar para baixo a parte do porão onde está acumulado o peso;
As torres, os canhões e suas bases, a couraça e as máquinas constituem grandes pesos
concentrados em um pequeno espaço e determinam, além do esforço de flexão na
estrutura, um esforço que tende a romper o local;
Os aparelhos auxiliares do convés, tais como cabrestantes, máquinas de suspender,
paus-de-carga, motor do leme etc., também estabelecem esforços locais;
A colocação do navio sobre picadeiros ou o seu encalhe em uma pedra dão lugar a um
esforço local que, no caso de encalhe, pode ainda produzir a penetração dos escolhos
no forro exterior. O navio em doca seca experimenta esforços locais que resultam
principalmente da concentração de grandes pesos em determinadas zonas do navio. Por
isso convém que os navios sejam docados em estado leve;
A colisão da proa contra outro navio ou um corpo duro dá lugar a um esforço local que
merece também ser estudado. Se o choque da roda de proa se dá normalmente, ou quase,
à superfície do outro corpo, a proa penetra no corpo colidido, se este cede ao choque,
como geralmente acontece se for outro navio. No caso de o choque dar-se em uma
direção oblíqua, a tendência é para dobrar o bico de proa sobre um dos bordos;
Os choques causados pelos golpes do mar nos costados, peso da água embarcada no
convés o impacto de um projétil, as reações das partes móveis das diferentes máquinas
ou o recuo de um canhão que atira determinam também esforços locais sobre a
estrutura;
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Vibrações produzidas pelas máquinas dá lugar a um esforço local, pois as máquinas de
propulsão em funcionamento originam vibrações que se comunicam à estrutura do
navio com manifesto prejuízo do material e do pessoal. Em certos regimes de rotações
das máquinas sucede que as vibrações comunicadas ao casco ampliam-se
consideravelmente, sendo então muito importante os esforços experimentados, não só
pela estrutura do navio, onde as escavações podem aluir, como também pelas
canalizações e aparelhagem de bordo;
Etc.
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7 Conclusão
Este presente artigo mostrou que durante a navegação, atracamento e docagem de navios existe
sempre forças e esforços a que estes encontram-se sujeitos. É, portanto, necessário que os
engenheiros de construção de navios escolham o melhor tipo de material, proporcionar e
distribuir bem todas as peças, evitando por outro lado um excesso de dimensões, e tornar bem
sólidas as diversas ligações, a fim de que a estrutura deve ser bastante rígida longitudinalmente
e transversalmente e fornecer a necessária resistência a qualquer esforço exigido ao navio em
quaisquer circunstâncias.
Percebeu-se também que é necessário respeitar a carga máxima do navio, assim como distribuir
correctamente a carga de modo a manter a estabilidade do navio estável e evitar o aparecimento
de esforços indesejáveis a determinada área do navio.
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8 Bibliografia
https://www.linkedin.com/pulse/arquitetura-naval-os-principais-termos-utilizados-para-
robson-comte
http://www.fau.usp.br/depprojeto/labnav/textos/tgl0170p.htm
DE CASTRO, Rogério. Silva. Arte Naval Moderna, 9ª Edição, Portugal, Editorial de Marinha,
p.p. 564 a 570.
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