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O autor entendia o mundo como um sistema político fechado com o fim da “era
colombiana” (auge do poder marítimo) e com o desenvolvimento de tecnologias como a
locomotiva e as ferrovias, que deixaram o transporte terrestre mais eficaz que o
marítimo. Outro fator trabalhado por Mackinder é a questão da causalidade geográfica
na história, ou “materialismo geográfico”, que consistia em acreditar que a posição
geográfica de um país vai determinar sua vocação marítima, para os países insulares,
terrestre, para os países mediterrâneos, ou até um caráter anfíbio para países que têm as
duas características combinadas. Nesse caso, os poderes marítimos e terrestres vão estar
sempre em rivalidade, onde as potências mediterrâneas vão usar sua posição central
para expandir em direção ao mar e a potência insular vai usar seu poder marítimo para
manter a potência terrestre encurralada em seu território, porém o autor defende que a
potência terrestre, por dominar o coração continental teria mais possibilidade de
desenvolver uma marinha do que as potências insulares têm de criar um exército.
Em sua análise, Mackinder afirma que um dos fatores que levou a derrota da
Alemanha foi o erro estratégico do Plano Schilieffen, que caso tivesse atacado primeiro
a fronte oriental e se apossado dos recursos do Heartland teria mais chances de vencer a
fronte ocidental em seguida. Sua conclusão para o problema britânico era a criação de
um “cordão sanitário”, formado por Estados tampões como forma de impedir uma
aliança entre Rússia e Alemanha ou a conquista de uma pela outra, formando uma
potência terrestre capaz de colocar em risco a Inglaterra.
Porém, esse cordão sanitário logo se mostrou ineficaz com as invasões nazistas,
em busca do Heartland russo e a conquista do seu espaço vital, entretanto os nazistas
acabaram sendo derrotado pela combinação do poder terrestre soviético e o poder
marítimo anglo-americano.