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Consagra teoria do poder terrestre em 1904 com “The Geographical Pivot of History”. Existe uma rivalidade secular
entre dois grandes poderes antagônicas que se confrontavam pela supremacia mundial: o poder terrestre e o poder
marítimo. Poder terrestre: no coração da Eurásia e através de uma expansão centrífuga buscava se apoderar de
regiões periféricas da Europa e obter saídas para mares abertos. Poder marítimo: Ilhas adjacentes ou regiões
marginais eurasianas, controlavam a linha circunferencial costeira e mediante uma pressão centrípeta, procurava
encurralar o poder terrestre no interior da Eurásia. Edita a teoria em 1919 e posteriormente, durante a Segunda
Guerra (1943).
Ideologia colonialista de “missão civilizadora” da raça branca – ocidentalista e eurocêntrica, remonta à projeção
cartográfica de Mercator que nela transpôs a centralidade cultural, política e econômica europeia a partir do século
XVI. -> Cartografia colombiana para Mackinder. Ele subverte através de uma nova abordagem – o continente, antes
visto à parte, num processo endógeno e autossuficiente que remontava à Antiguidade, passa a ter sua centralidade
relativizada, com revisão nos aspectos a) Europa deslocada do centro para o oeste do hemisfério; b) tornou-se parte
integrante de um sistema político fechado de âmbito mundial; c) a história foi subordinada à dinâmica da história
asiático.
Geopolítica: combinação de fatores geográficos e políticos que determinam a condição de um Estado ou região;
enfatiza o impacto da geografia sobre a política
Congresso de Viena: bases do novo equilíbrio europeu, organizou o sistema internacional que assegurou
estabilidade. Equilíbrio entre potências continentais, Áustria, Prússia, França e Rússia, permitiu à Inglaterra
desenvolver uma política internacional bifronte, isolacionista em relação à Europa e imperialista nas outras regiões
no globo. A Pax Britannica foi o corolário de um sistema que impediu uma guerra generalizada na Europa; seu
império estava protegido pela Royal Navy. Vitória sobre a França representou o triunfo do poder marítimo e da
estratégia naval dos britânicos, onde as ilhas estavam garantidas por uma posição geográfica insular e um poderio
marítimo – esquadra de guerra, marinha mercante e bases por todo o globo
Mahan – fundador da teoria do poder marítimo. A construção de um canal interoceânico no continente americano,
possibilitando a junção de frotas do Atlântico e do Pacífico, transformou os EUA numa grande potência marítima e
insular: a ilha-continente do hemisfério ocidental. EUA com Panamá: hegemonia na América, conter expansionismo
japonês, arrebatar da Inglaterra.
Mackinder – a partir disso, realizou uma “revolução copernicana” colocando em xeque a teoria do poder marítimo,
formulando uma teoria de poder terrestre com pedra angular no papel estratégico atribuído à área pivô (grande
núcleo do continente euroasiático), limites no território da Rússia czarista. A exploração dos recursos daquela região
possibilitaria o desenvolvimento de uma economia autárquica e um expressivo poder terrestre, capaz de resistir a
possíveis investidas do poder marítimo. Se a fortaleza continental eurasiana consegue se apossar de uma vasta
frente oceânica, os recursos do poder terrestre poderiam desenvolver um poder marítimo. Tal poder anfíbio
acabaria com a preponderância do poder marítimo britânico mundialmente – poderia acontecer caso Rússia se
aliasse à Alemanha. Influência em Aron: EUA (potência insular, ilha-continente que lidera um império oceânico, cujo
eixo é o Atlântico Norte) x URSS (potência continental, Estado-pivô que dirige um império terrestre, cujo cerne é o
coração da Eurásia)
CONTEXTO HISTÓRICO
Concepção histórico-geográfica
1904: fim da expansão das grandes potências europeias – fim da época colombiana de movimentos expansionistas
nos dois extremos da Europa- ocidente: périplo Africano; oriente: Montes Urais. Dupla expansão: controle dos mares
por europeus ocidentais e posse de extensa massa continental contínua – marca oposição oceanismo x
continentalismo + 3º surto: Africa e Asia. Era pós colombiana não havia mais oceanos a explorar, politicamente a
sociedade encontrava-se fragmentada, economicamente, integrada planetariamente. Era pós colombiana: crises
locais tinham impactos internacionais
Causalidade Geográfica
Processos históricos condicionados a partir de realidades geográficas, como espaço, posição, relevo, clima (geografia
física); inovações tecnológicas dão ao poder terrestre mobilidade superior – poder terrestre substituído pelo
marítimo. Países insulares desenvolviam “vocações oceânicas” e atividade navais e mercantis, ex: Holanda e
Inglaterra. Países mediterrâneos, vocação continental e tendências expansionistas, ex: Alemanha e Rússia.
Intermediários, caráter anfíbio: EUA e França.
Oceanismo x Continentalismo
Essencial para compreender a rivalidade entre poder marítimo e poder terrestre. Potências terrestres: posição
central – expandir em direção à periferia e buscar saída de mar; marítimas se aproveitavam p/ dominar o litoral e
encurralar as terrestres na posição mediterrânea -> Guerra dos 7 anos (FRA x UK), czarismo x UK, anglogermânico
Tese: poder terrestre poderia conquistar as bases do poder marítimo caso adicionasse uma frente oceânica à sua
retaguarda continental (poder anfíbio) – mais fácil para o terrestre
Teoria do Heartland