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Autor (apresentação da figura de relevo):

Jean Omer Marie Gabriel Monnet, economista e político francês, nasceu em 1888 e faleceu em
1979. Exerceu uma série de cargos importantes como, por exemplo, a pasta de ministro do Comércio
no governo provisório (1944-1946). Concebeu um plano de modernização para a economia francesa;
foi partidário da União Europeia; teve um papel primordial na criação da Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço (CECA), da qual foi o primeiro presidente (1952-1955) e contribuiu para a
transformação da Europa após a Segunda Guerra Mundial com as suas ideias e com a sua autoridade
moral. Foi visto por muitos como o arquiteto da União Europeia.

Contexto em que surge o discurso:


Em 1950, Jean Monnet sugeriu ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Robert Schuman, a
ideia de submeter a produção e distribuição do carvão e do aço francês e alemão à Alta
Autoridade, sob uma soberania comum, a qual estaria aberta para a participação dos
demais Estados europeus. Posteriormente, este plano desenvolvido por Monnet ficou
conhecido como Plano Schuman. Mais tarde, através de um discurso, em 1952, no
Luxemburgo, Monnet agradece a todos aqueles que se submeteram a um grande esforço
para que conseguissem pôr à sua disposição todas as instalações necessárias para o início
desse seu projeto num curto espaço de tempo. Pede também ao Senhor Ministro que as
responsabilidades não sejam apenas atribuídas à Alta Autoridade, mas também aos
governos e administrações. Assim, a ideia de Monnet concretizou-se com a criação da
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Jean Monnet foi o primeiro Presidente da Alta
Autoridade (1952-1955).

Ideias base (argumentação):


Alguns dos argumentos utilizados pelo autor são:
“Graças a vós, cavalheiros, a Alta Autoridade é mais afortunada” - Monnet agradece aos
que contribuíram para as instalações da Alta Autoridade referindo que se não houvesse
toda aquela dedicação, a Alta Autoridade não teria ficado pronta dentro do prazo.
“Mas eu não quereria que dissociásseis a Alta Autoridade das responsabilidades que
também os governos e as administrações devem assumir.” - Aqui, Monnet pede para que
as responsabilidades sejam assumidas tanto pela Alta Autoridade como também pelos
governos e administrações, alegando que se todos contribuíssem, teriam mais êxito nos
seus objetivos.
“é essencial que as instituições que duram mais do que a vida de um homem se tornem sábias,
isto é, capazes de canalizar a ação das gerações inexperientes que se sucedem.” - ou seja, era
necessário que as instituições repassassem todo o seu legado para que este permanecesse
juntamente com as gerações futuras.
Relação com a contemporaneidade:
Atualmente, a União Europeia é constituída por 27 países membros e visa a hegemonia
mundial.
Os países da União Europeia trabalham em conjunto
para garantir que:

 exista paz na Europa;


 as pessoas tenham boas condições de vida;
 todas as pessoas tenham os mesmos direitos e ninguém
seja excluído;
 todas as línguas e culturas sejam respeitadas;
 a economia europeia seja uma economia forte e os países usem a mesma moeda
para fazerem negócios uns com os outros.
Ainda assim, apesar da prosperidade, a União europeia enfrenta vários problemas, como
por exemplo a desigualdade económica entre os países membros e a desigualdade de
infraestrutura. Por este motivo, é necessário analisar a manutenção de poder dos países
pertencentes ao bloco associada à questão de interesse nacional de cada um, e o interesse
do próprio bloco, procurando sempre a cooperação, para que o ritmo de integração regional
continue a crescer.

Dimensão ética e social:


O carvão e o aço eram considerados um problema em comum, pois geravam instabilidade,
eram a fonte da indústria bélica, principalmente entre França e Alemanha, países
historicamente rivais. O “idealizador” entendia que esses recursos deveriam ser retirados da
soberania dos países e entregues a uma Alta Autoridade, uma soberania coletiva de nações
e povos, em vez de uma soberania nacional, que separa tanto fronteiras quanto
continentes. Independentemente do que os povos europeus almejavam na época, ele
acreditava que o futuro da Europa era a integração, e foi nisso que se concentrou, tendo
como objetivo principal, o desenvolvimento da humanidade.

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