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1974 - 1985
Panorama mundial
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Panorama mundial
Portugal (contexto)
• Economia assente:
• Mercado colonial (comércio internacional e
remessas)
• Fraco poder sindical
• Boa conjuntura internacional (forte crescimento
mundial no Pós-Guerra)
• Forte dependência do petróleo
• Agricultura com grande peso, sendo pouco
competitiva.
• Crescente abertura ao exterior
• Aumento do défice comercial
• Forte crescimento do sector industrial
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Estruturação da economia
Economia
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Preço do petróleo
1º choque – 1973, 2º choque – 1979 e choque inverso - 1986
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Mercado bolsista
• Criação inicial:
• Bolsa de valores de Lisboa - 1769
• Bolsa de valores do Porto - 1891
• Suspensão da negociação do mercado na Bolsa de Valores de Lisboa – 29
de Abril de 1974
• Retoma da negociação de obrigações na Bolsa de Valores de Lisboa – 12 de
Janeiro de 1976
• Retoma da negociação para todos os títulos na Bolsa de Valores de Lisboa –
28 de Fevereiro de 1977
• Retoma da negociação na Bolsa de Valores do Porto - 2 de Janeiro de 1981
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Crescimento económico (duas fases)
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Crescimento económico (duas fases)
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Crescimento económico (duas fases)
1ª fase – Descolonização:
• Colónias já não eram parceiros comerciais muito relevantes
– 1959, CEE e EFTA representavam 40% da exportações
portuguesas, enquanto as colónias representavam 30%. Em
1973, a relação passa para 61% versus 15%
• O programa do MFA promete fim da guerra colonial, mas
não explica como.
• Independência acontece de forma pouco organizada:
• Guiné-Bissau independente em 1974
• Cabo Verde, São Tomé e Princípe, Angola e
Moçambique em 1975
• Angola e Moçambique entram num período de guerra
cívil
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1ª fase – Descolonização:
• Impacto:
• Redução drástica das relações económicas com as
antigas colónias
• Entrada repentina de 500000 retornados vindos da
ex-colónias:
• Capacidade para os receber sem convulsão
social – 50% ficaram em Lisboa – forte apoio
económico e social – gastos representaram 11%
da despesa do Estado em 1976
• Mais iniciativa e dinamismo empresarial
• Portugal mantém-se envolvido na propriedade e
gestão de Cahora Bassa (barragem em Moçambique)
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Crescimento económico (duas fases)
1ª fase – Nacionalizações:
• Sectores básicos da economia (244 empresas):
• Banca, seguros, siderurgia, cimentos,adubos,
petróleos, energia, gás, água, tabacos, cerveja,
construção naval, transportes, etc.
• Criadas novas empresas públicas
• Reforçados monopólios públicos no comércio externo
(cereais, açucar, álcool, oleaginosas, bacalhau)
• Objectivos:
• Instalar uma economia socialista
• Desarticular principais grupos económicos
• Controlar indústrias de base
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1ª fase – Nacionalizações:
• Não abrangidas:
• Multinacionais
• Empresas com capital estrangeiro
• PME’s, sobretudo as localizadas a Norte
• Impactos:
• SEE tornou-se num dos maiores da Europa
• Empresas tornaram-se muito ineficientes: maus
investimentos, corrupção, sobre-emprego,
instrumentalização política, etc.
• Resultados positivos sobretudo para empresas
monopolístas, apesar de serem ineficientes: Telecom,
CTT, Cimpor, Tabaqueira, etc.
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Crescimento económico (duas fases)
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Crescimento económico (duas fases)
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Inflação elevada
Principais motivos:
• Forte crescimento nominal dos salários após o 25 de
Abril – 35% em 1974 e 34,6% em 1975
• Política de crédito abundante e rápido
• Liberalização ou aumento dos preços controlados
• Apoios financeiros e intervenção do FMI
• Desvalorização do escudo
• Crises petrolíferas
• Aumento dos gastos públicos (sem preocupação
orçamental):
• Contratação de funcionários públicos
• Despesas com o estado social
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Subida do Desemprego
Principais factores:
- Convulsão social
- Auto-gestão
- Nacionalizações
- Reforma agrária
- Crises internacionais
- Falta de competitividade do tecido empresarial
- Falta de investimento (nacional e internacional)
- Falta de confiança na economia
- Austeridade (resgaste do FMI)
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Crescimento industrial
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Principais linhas:
• Aposta em sectores em declíno em termos
internacionais (financiamento via banca
nacionalizada), mas onde a base sindical era forte em
Portugal:
• Refinarias, siderurgias, estaleiros
• Pouco dinamismo em termos de inovação e
competitividade
• Reestruturação pouco significativa, dependente de
algumas PME’s e de algum IDE
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Taxas de crescimento do VAB na indústria transformadora
Ramos da Ind. Transformadora 1973-90
Ind. Metálicas de Base 5,9
Prod. Minerais não Metálicos 5,4
Têxteis, Vestuário e Calçado 4,1
Prod. Alimentares, Bebidas, Tabaco 3,2
Total da Ind. Transformadora 2,8
Papel, Tipografia e Publicações 2,4
Outras Indústrias Transformadoras 2,1
Artigos Metálicos, Maquinaria 1,6
Produtos Químicos, Petrolíferas e Plásticos 1,3
Madeira e Mobiliário -0,8
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Condições de vida
Principais motivações:
• Segurança no emprego – legislação laboral
• Forte crescimento dos salários nominais
• Melhores condições de saúde
• Melhor educação
• Melhor segurança social
• Melhoria de infra-estruturas básicas
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Contas externas
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Principais motivações:
• Crises mundiais
• Sector empresarial do estado pouco competitivo
• Soberania nacional
Medidas adoptadas:
• Sobretaxa às importações desde 1975 para bens
não essenciais, de 20 a 30%, (isenções para
determinadas indústrias)
• Restrições quantitativas – quotas de importação (ex.:
bananas e carros)
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Demografia
Principais factos:
• Quebra da taxa de fertilidade
• Aumento da esperança média de vida
• Aumento da população activa:
• Aumento do grupo etário entre os 16 e os 64
anos
• Saldo migratório altamente positivo em 1974 e
1975: entrada dos retornados
• Primeiros sinais de inversão da pirâmide etária
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Educação
Necessidades:
• Modernizar sistema existente de educação
• Potenciar o ensino secundário
• Potenciar o ensino universitário
• Redução do analfabetismo
• Redução do abandono escolar
• Constituição consagra o direito de todos os
portugueses à educação
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Dívida Pública
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