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Mao Tsé-Tung
• 03) Abertura Econômica da China
• A economia chinesa experimentou, a partir da década de 70, depois de passar
séculos dependendo quase inteiramente de seu setor agrícola e de
experimentar as mudanças (trazidas pela revolução comunista de Mao Tse
Tung), um grande crescimento econômico, o país se abriu ao investimentos
estrangeiros, após a chegada ao poder de Deng Xiaoping em 1979. As
autoridades chinesas propuseram quintuplicar o PIB até o ano 2000 (fato
alcançado em 1995), mediante uma abertura econômica e com a introdução
da chamada Economia Social de Mercado.
• O meteórico desenvolvimento da economia chinesa não está isento de um
alto custo social e ambiental para o país. A principal estratégia competitiva do
governo para atrair os investimentos estrangeiros tem sido oferecer pacotes
de incentivos fiscais e um marco regulador frouxo em termos de direitos
laborais e de proteção ambiental, que, aliado ao baixo custo de investimento
inicial e à mão de obra barata, fizeram da China o principal destino de
investimentos estrangeiros em nível mundial. Por estes motivos, uma grande
quantidade de empresas transnacionais com pouca ética têm se aproveitado
da situação (e da censura oficial aos meios de comunicação) para operar sob
baixas condições de higiene, segurança laboral ou controle de emissão de
poluentes (a China é o 2º país que mais polui, ficando somente atrás dos
Estados Unidos).
• 04) Economia e Desenvolvimento
• Na década de 1980, a China passou a sustentar a impressionante
média de crescimento econômico de 9,5% ao ano, com o
socialismode mercado.
• Durante a década de 1990, sob o governo de Jiang Zemin, o país
atraiu maciços capitais externos com o advento da globalização,
liberalização econômica e o fim do bloco socialista. As taxas de
crescimento econômico continuaram elevadas, acima de 10% ao ano
em média.
• As exportações chinesas, principalmente da província de Guangdong,
abrangendo Guangzhou, Shenzen e Zhuhai, abriram cada vez mais
espaço no comércio globalizado, favorecidas pelo baixo preço dos
produtos, chegando fortemente aos mercados das nações ricas e dos
emergentes, seguindo os passos dos Tigres Asiáticos.
• Nos anos 2000, a China consolidou seu forte crescimento
econômico. Em 2001 o país ingressou na OMC, em reunião em Doha,
após 15 anos de negociações, submetendo-se às regras da organização
em relação ao protecionismo e subsídios, com maior abertura de seu
mercado interno para os países, permissão para que o capital
estrangeiro tivesse participação em setores estratégicos (ex.:
telecomunicações) entre outros e futuros acordos. Por outro lado, os
produtos chineses passaram a ganhar mais espaço, em conjunto com
outros países emergentes, nos mercados dos países ricos.
• A competitividade chinesa tornou-se brutal em relação aos outros
países emergentes, principalmente com a transição para a exportação
de produtos de bens de consumo com maior tecnologia, destacando a
concorrência com os Tigres Asiáticos e os países latino-americanos, não
só em produtos exportados como também na atração de investimentos
financeiros e industriais. No mesmo ano, surgiu a sigla BRIC (Brasil,
Rússia, Índia e China), que, em 2011, ganhou o “s” em referência à
África do Sul, formando o BRICS
• Outro contexto importante foi a mudança de visão econômica do
Partido Comunista Chinês, que passou a priorizar a demanda do
mercado interno, contribuindo para a emergente cultura de consumo da
classe média que cresceu rapidamente, insaciável por adquirir todos os
tipos de produto.
• Foram feitos investimentos em infraestrutura (portos, aeroportos,
rodovias, telecomunicações etc.) e na expansão imobiliária para atender
a imensa e contínua migração de camponeses para as cidades (desde a
década de 1980), que servem como reserva de mão de obra barata.
05) Principais cidades
• Xangai (com 20 milhões de habitantes), importante centro industrial, financeiro e
portuário junto à foz do Rio Yang-tse-Kiang;
• Pequim (capital, com 16 milhões de habitantes), centro financeiro (concentrado
principalmente na área central de Guomao), comercial e industrial e principal centro
cultural da China;
• Guangzhou ou Cantão (com aproximadamente 13 milhões de habitantes), grande centro
industrial (o maior da região do Rio Zhu Jiang ou Sikiang ou Xun Jiang), comercial,
portuário e financeiro, com moderno sistema de transporte por trem-bala;
• Tianjin (com 12 milhões de habitantes), centro industrial;
• Nanjing ou Nanqum (com 10 milhões de habitantes), grande centro industrial, comercial
e histórico-cultural; situada em uma das maiores zonas econômicas da China, o delta do
Rio Yang-tse-Kiang, a cidade foi ocupada na Segunda Guerra Mundial pelo exército
japonês, que cometeu numerosas atrocidades, como saques, incêndios criminosos e
execução de milhares de prisioneiros de guerra, principalmente civis;
• Wuhan (com 8 milhões de habitantes), centro industrial e portuário (Rio Yang-tse-Kiang);
• Shenzhen (com 10 milhões de habitantes), centro industrial e financeiro;
• Hong Kong (com 7,2 milhões de habitantes), Região Administrativa Especial que se
destaca como Tigre Asiático.
06) Agropecuária
• A agricultura constitui ainda uma atividade agrícola importante para a economia
chinesa e ocupa grande parcela da população ativa. Até as reformas econômicas
dos anos 1970, a agricultura tinha base na produção em propriedades coletivas
(comunas populares), que mantinham um sistema de produção tradicional com
grande uso de mão de obra.
• A modernização agrícola é recente e ainda conta com interferência das
autoridades, pois há um grande receio do governo com a excessiva migração para
as cidades – calcula-se um número adicional de 182 milhões de migrantes
movendo-se para as regiões urbanas até 2020.
• Na porção oeste do território, a produção de algodão e trigo depende da ação do
estado, por meio dos grandes projetos de irrigação, com 60 milhões de hectares
irrigados.
• Na porção oriental, especialmente na Manchúria e na Bacia do Rio Huang-ho
(Amarelo), a presença de solos férteis de origem aluvial favorece a cultura de
trigo, sorgo, beterraba e soja.
• Já na porção sudeste, o clima de monções influi mais fortemente no cultivo de
produtos tropicais como o arroz, cana-de-açúcar, tabaco, amoras, chá e milho,
destacando-se a Bacia do Rio Yang-tse-Kiang (Azul).
• A pecuária chinesa caracteriza-se pelo grande rebanho de suínos
(maior rebanho mundial com um número superior a 430 milhões), de
ovinos e bovinos, com números superiores a 100 milhões
respectivamente, além da criação de galináceos e patos.
• Embora a atividade agrícola tenha grande capacidade de produção,
em muitos casos é insuficiente para atender à demanda interna,
gerando então a necessidade de importação de gêneros agrícolas –
ex.: soja e carne bovina e de aves do Brasil.
07) Indústrias
• A China apresenta condições básicas importantes para o desenvolvimento
da atividade industrial: matéria-prima (ferro, tungstênio, antimônio,
estanho, manganês, mercúrio, terras raras, fosfatos etc.), mão de obra
barata, mercado consumidor e fontes de energia (carvão, petróleo, xisto,
energia hidrelétrica e gigantesco potencial em energia solar) em
abundância.
• A grande mudança vivenciada pela indústria ocorreu com a introdução
da política das Grande Quatro Grandes Modernizações, pois o setor
industrial foi o mais privilegiado com a entrada do capital internacional a
partir dos anos 1970, revolucionando seu sistema produtivo e
modernizando o país.
• Para se ter uma ideia, a China era o 23º PIB mundial em 1979, passando
para nono, em 1995, e para segundo em 2010; seu comércio externo, que
era inexpressivo antes da abertura econômica nos anos 1970, pulou para o
1º lugar em 2013, o que permitiu ao país sucessivos superávits comerciais
e o acúmulo de reservas cambiais.
08) População e Desenvolvimento social
A população chinesa, atualmente a maior do mundo, é composta por
56 grupos étnicos, dos quais o grupo han é majoritário, representando
92% da população nacional. O restante da população é formada por
grupos como zhuang, manchu, hui, miao, uyghur, tujia, yi, mongol,
tibetano, buyi, dong, yao e coreano.
Após a Revolução de 1949, a população chinesa passou a apresentar
forte crescimento populacional em razão do elevado crescimento
vegetativo (elevadas taxas de natalidade e fecundidade). O acelerado
crescimento populacional tornou-se uma preocupação do Estado e o
governo central da China implementou um rigoroso projeto de controle
da natalidade: a política do filho único.
• A população distribui-se de modo heterogêneo pelo território, isto é,
de maneira desigual, existindo regiões fracamente povoadas no
oeste, com planaltos desérticos e montanhas, em contraste com
grandes áreas densamente povoadas, consideradas frequentemente
como formigueiros humanos, na porção leste, que é favorecida pelos
climas e pelas planícies fluviais.
• Na região das planícies orientais (leste), em que relevo e clima
favorecem a ocupação humana, há mais de 80% da população
nacional, com forte predomínio da etnia han. Recentemente, o
governo vem tentando, por meio da criação de projetos de mineração
e agricultura irrigada, intensificar o povoamento das regiões a oeste.
09) Tibete Livre
O Tibete é uma região localizada ao sudoeste da China cercada por um
conjunto de países vizinhos. Ao sul, fazem fronteira com essa
região Índia, Mianmar, Butão e Nepal. Na parte oeste, faz limite com a
conflituosa região de Jammu e Caxemira. Originária de uma antiga
dinastia militar, o Tibete, desde o século VII, forma um império pacífico
guiado pelos preceitos religiosos budistas. O principal cargo político
tibetano é ocupado por um Dalai-lama, que acumula funções religiosas
e políticas.
• No decorrer da política opressiva dos chineses, vários tibetanos
passaram a buscar exílio. Cerca de 120 mil tibetanos vivem em países
estrangeiros, e a grande maioria encontra-se em território indiano. As
autoridades políticas do Tibete também vivem em situação de exílio.
O chamado “governo no exílio” conta com três poderes e tem sua
sede fixada na cidade de Dharamshala, região norte da Índia.
• A situação do Tibete abarca um confronto de perspectivas contrárias
entre autoridades tibetanas e chinesas. Por um lado as autoridades
chinesas reivindicam sua intervenção pelo progresso e benefícios
materiais concedidos ao Tibete. Em contrapartida, os líderes
tibetanos temem que a inflexibilidade política chinesa ameace as
tradições religiosas e a liberdade do povo tibetano.
10) Influência Global
O país tem exercido grande influência política, militar e econômica no
cenário regional e internacional graças a fatores determinantes, como
grande extensão de seu território (ocupa o terceiro lugar em
dimensão), elevadíssimo número de habitantes (cerca de 1,3 bilhão, o
mais populoso do mundo) e dinamismo de sua economia (atualmente
é a economia que apresenta maiores índices de crescimento em todo o
planeta).
No âmbito internacional, a China está obtendo maior força e
participação nas decisões políticas, tal fato levou o país a usufruir o
direito de ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança
da ONU (Organizações das Nações Unidas).
• Seu potencial militar tem contribuído para o incremento de sua
influência internacional, pois o país detém um enorme exército
(evidente no país mais populoso do mundo), além de possuir um
numeroso e diversificado arsenal bélico, como bombas atômicas e
mísseis. O país domina tecnologias espaciais, é fabricante de satélites
artificiais e foguetes.