Você está na página 1de 3

1 de 3

A RÚSSIA HOJE
A maioria das repúblicas que compunham a União Soviética tornou-se independente no
início dos anos 1990. O período subsequente caracterizou-se por crises internas ligadas a
processos de transição política e econômica. Mesmo com a dissolução da União Soviética, a Rússia
ainda hoje é o país com o maior território do mundo e a oitava maior população. Parte do seu território
se localiza na Europa e outra porção, na Ásia, favorecendo as relações comerciais com países de ambos
os continentes.

Globalmente, a Rússia é o segundo maior exportador de petróleo, depois da Arábia


Saudita e é o terceiro maior produtor de petróleo, atrás dos Estados Unidos e da Arábia Saudita,
segundo a Agência Internacional de Energia possui a segunda maior reserva de carvão, depois
dos EUA. 40% do gás natural que a Europa consome vem da Rússia, produzido pelo monopólio
estatal Gazprom. Além disso, o país é rico em terras raras (importantes para a indústria
eletrônica) e produtos agrícolas como trigo, milho e óleo de girassol. Essas riquezas naturais,
especialmente gás e petróleo, ajudaram a superar várias crises e altos e baixos econômicos nas
últimas décadas, porém, quando Putin chegou ao poder, o país estava encerrando uma década
de hiperinflação, em que o PIB caiu e a desigualdade aumentou. Economicamente, a década de
1990 na Rússia foi "uma década perdida". Durante os primeiros 8 anos do governo de Putin, a
Rússia teve uma recuperação que é atribuída ao aumento global dos preços dos
hidrocarbonetos, principal produto de exportação russo.
A crise de 2008 e 2009 interrompeu esse crescimento, mas em 2013 um novo aumento
nos preços do petróleo ajudou na recuperação, mas em 2014 e 2015, os preços caíram
novamente, o rublo perdeu valor e a inflação cresceu. Nos últimos três anos, a Rússia teve um
crescimento econômico moderado. Segundo o Banco Mundial, o impacto da pandemia foi
menor do que em outros países entre os russos, isso pode ser resultado da política de ajudas
fiscais do Estado e pelo fato de que o setor de serviços é relativamente pequeno, além de um
setor público grande, que diminui os efeitos sobre o desemprego. Além disso, desde que Putin
invadiu a Crimeia em 2014, a Rússia enfrentou sanções que a isolaram de mercados ocidentais
e o país agora enfrenta um pacote de sanções internacionais ainda mais forte em resposta à
invasão da Ucrânia.
Essas medidas incluem a expulsão dos maiores bancos russos da Swift, a rede internacional
de pagamentos, dificultando o processamento de transações que vêm do exterior, cerca de 300
marcas suspenderam suas operações na Rússia e sanções individuais também foram aplicadas
a dezenas de bilionários que EUA, Reino Unido e Europa consideram como oligarcas próximos
a Putin. No último mês, o rublo perdeu mais de 40% de seu valor em relação ao dólar, com
base nessas sanções, o banco de investimentos Goldman Sacks estima que o PIB da Rússia
pode cair 7% neste ano.
2 de 3

CHINA

A onda liberalizante que o Ocidente viveu ao final dos anos 70, com o Consenso de
Washington, teve ecos na China. A abertura econômica do país asiático aconteceu em 1978.
A partir de então, o sistema fechado chinês passou a se abrir gradativamente. O responsável
por começar esse processo foi Deng Xiaoping, que recebeu a missão de transformar a
economia chinesa de majoritariamente agrária para potencialmente industrial. O trabalho do
sucessor de Mao Tsé-Tung, que morreu em 1976, foi manter a centralização da economia
chinesa ao mesmo tempo em que promovia a abertura da economia local para a iniciativa
privada.
Deng promoveu o fim da estatização total da terra, que havia sido implementada por Mao nos
primeiros anos da revolução. Sob Deng, os agricultores voltaram a ser donos das terras. “Foi
possível promover uma melhora extraordinária na produtividade agrícola da China
simplesmente dando liberdade aos agricultores camponeses para usar sua própria iniciativa”,
avalia o historiador Archie Brown em sua obra “Ascensão e queda do Comunismo”.
Com a abertura para vendas de produtos agrícolas, um imenso mercado interno para
bens industrializados foi criado a partir do acúmulo dos camponeses, o que deu um impulso
para a acumulação de riqueza no interior chinês e, consequentemente, para a criação das
primeiras empresas locais de capital privado, lideradas por empreendedores com pouca ou
nenhuma educação formal. E que também não tinham experiência em negócios. Para isso, já
nos anos 1990, Deng criou uma política de repatriamento dos imigrantes chineses que haviam
saído do país para estudar e empreender. A criação de uma nova elite econômica e intelectual
viria a germinar as lideranças que fundaram algumas das gigantes da internet chinesa do
século 21.
As primeiras tentativas de penetração econômica ocidental na China se deram apenas
nos séculos XV e XIX. Elas visavam obter um intercâmbio para constituir laços comerciais
entre a China e as nações europeias, o que ganhou força apenas nos séculos seguintes.
No século XIX, com a expansão do imperialismo europeu, a China foi obrigada a
abrir seus pontos ao comércio com a Europa e, depois, teve boa parte do seu território
ocupada por nações estrangeiras. Tais ocupações foram de grande importância para a união
dos chineses contra a dominação externa.
3 de 3

FONTES ULTILIZADAS

• Carlos Serrano (@carliserrano) BBC News Mundo


• Novarejo, por raphael coraccini 23 de julho de 2019,

Você também pode gostar