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 INTRODUÇÃO

 Os EUA passaramm entre meados do século XVIII e meados do século XIX


(1750-1850), de colônia a nação independente, permanecendo, no entanto, na
divisão internacional do trabalho, como produtor principal exportador de matéria
prima básica da revolução industrial originária, o algodão.
 A partir da segunda metade do século XIX (1850), inicia-se uma profunda
transformação socioeconômica naquele país.
QUESTÕES:
1 – Que fatores permitiram esse país se tornar, em menos de 100 anos após sua
independência, a maior potência industrial do globo?
2 – Que fatores permitiram que os EUA no correr da década de 1920 tornar-se o centro
dinâmico da economia mundial?
3 – Que fatores permitiram que os EUA, após a Segunda Guerra Mundial se tornasse
um Império (polo hegemônico)?
HIPÓTESE:
• A trajetória dos EUA em direção à hegemonia mundial tem a ver com a forma
específica como se desenvolveu o capitalismo, em seu espaço nacional.
• E nesse caso específico, o principal fator que impulsionou a expansão capitalista
nos EUA foi a GUERRA (WAR).
• Foi Através de TRÊS GUERRAS que o EUA impulsionou sua economia capitalista:
- A Guerra Civil – 1861/1864: resolveu a questão do poder interno e do tipo
de capitalismo que adotaria;
- A Primeira Guerra Mundial – 1914-1918: Modificou sua inserção na
economia mundial;
- A Segunda Guerra Mundial – 1939/1945:
1939 construiu uma ordem mundial
sob sua hegemonia.
CARACTERÍSTICA:
• Trata-se de um movimento histórico tão específico que o torna:
torna
- Um caso único,
- Irrepetível,
- Impossível de se tomar como modelo.
• São especificidades que permitiram que se construísse uma nação baseado em dois conceitos importantes:
- Indivíduo,
- Federação.
• Uma economia que já nasce grande e monopolizada.
- Daí ter sido nos EUA um dos principais palcos para o surgimento do capitalismo monopolista.
- NÃO pode ser visto como um prolongamento do capitalismo europeu;
- Isto é, o desenvolvimento do capitalismo nos EUA é resultado de um processo endógeno de formação e
consolidação de um capital industrial e financeiro novo.
- O apoio externo (inversões de capitais ingleses) não foi relevante.
• Ponto de partida desse processo endógeno: expansão das ferrovias.
- As ferrovias, agricultura e comércio = fatores decisivos para o surgimento do capital financeiro norte-
americano.
1 - A formação social e econômica dos EUA no período colonial.
• Híbrido de colonização de povoamento e plantation escravista.
• Até o final do século XVIII, os EUA contribuía pouco para o mercado europeu.
- Fornecia basicamente: chá, peles, cereais e seu principal produto de exportação era o fumo.
• Com a Revolução Industrial na Inglaterra tornou-se
se o principal fornecedor do algodão para a indústria
têxtil inglesa.
- Nesse momento, o país torna-se independente (1776).
• À medida que as exportações de algodão crescem, inicia-se o processo diferenciação entre as elites
econômicas e políticas do país.
- De um lado, as elites do norte
norte, formada por produtores independentes, manufatureiros e
comerciantes, vivendo numa sociedade baseada no trabalho livre e assalariado, cujo principal mercado
era o interno. É a região que vai se industrializar rapidamente a partir das décadas de 1820 e 1840.
- De outro, as elites do sul
sul, formada por grandes senhores de terras e escravos, voltados para a
exportação de algodão e articulados financeiramente com a Inglaterra.
• Dentro desse contexto, passou a existir dois projetos de nação e de economia:
- Sul: projeto escravista e uma economia dependente da Inglaterra; ou seja, uma “nova” colônia
com autonomia política.
- Norte: projeto de um capitalismo autônomo.
autônomo
2 – A Guerra Civil – 1861/1864
• A partir da década de 1840, inicia-se a expansão para o Oeste.
• Quem vai liderar: o norte ou o sul?
- É nessa contradição que se encontra a raiz da guerra civil americana.
a) Dois vetores de expansão:
- Sul/Oeste – movimento de expansão da plantation algodoeira;
- Norte/Oeste – movimento de fazendeiros e imigrantes estimulados pelo
processo de industrialização do norte em curso.
curso
b) Dois projetos políticos distintos:
• Projeto Confederado – representantes da plantation sulina. No Congresso Americano
era representado pelo antigo Partido Democrata (não confundir com o atual).
- Manutenção da escravidão;
- Redução da proteção aduaneira;
- Fim dos subsídios à indústria e à expansão para o Oeste;
- Redução de impostos e liberdade para os sistemas monetário e bancário
regional.
• Projeto da União – representavam os interesses da burguesia industrial do Norte e dos
farmers (pequenos e médios fazendeiros estabelecidos no Oeste). No Congresso era
representado pelo Novo Partido Republicano (fundado em 1854).
- Distribuição gratuita de terras a Oeste;
Oeste
- Abolição da escravidão;
- Proteção à indústria por meio de aumentos de tarifas de importação;
c) Governo Lincoln e a guerra – 1861/1865.
• Eleição de 1860 – Vitória de Lincoln.
• Os representantes de seis Estados Sulinos (Carolina do Sul, Alabama, Georgia, Florida, Mississipi
e Louisianna se retiraram da federação.
• Discurso de Lincoln: “União indivisível”. (The Union would be together forever).
• 12 de abril de 1861 – início oficial da Guerra.. Ataque ao Fort Sumter (Carolina do Sul), pelos
confederados.
• Leis aprovadas por Lincoln no Congresso durante a guerra:
- Lei de Proteção Tarifária (1861);
- Homestead Act (1862): (Lei de Propriedade Rural) – garantia de propriedade aqueles
que ocuparam terras no Oeste, o que na verdade ajudou as grandes companhias ferroviárias que
estavam demarcando terras.
- Abolição da escravidão no Norte (1863)).
• Vitória do Norte (1865)
• Aprovação da 13 Emenda Constitucional: declara oficialmente o fim da escravidão em todo o
território do EUA.
• Assassinato de Lincoln – 14 de abril de 1865.
d) Consequências econômicas da guerra.
• Proteção tarifária garantiu o mercado nacional contra a concorrência da indústria
estrangeira;
• Criação de um sistema bancário nacional;
nacional
• O Homestead Act garantiu grandes porções de terras para as empresas
ferroviárias e, com isso, ocorreu a expansão das ferrovias para o Oeste.
• Políticas de imigração facilitadas para recompor a força de trabalho perdida na
guerra.
3 - A economia norte-americana entre 1870-1914.
• Resultados:
- Crescimento demográfico – 1876: 40 milhões / 1910:
1910 90 milhões.
- Salto do PNB: quadruplicação entre 1876 e 1906;;
- Ampliação do sistema ferroviário: pico 300 mil Km de trilhos em 1906;
- Reestruturação da indústria: formação dos trusts,
trusts cartéis e holdings.
- Padronização da indústria.
• Papel das ferrovias no período
período: a grande “locomotiva” da expansão econômica.
- É com a expansão ferroviária que nasce o capitalismo monopolista nos EUA.
- A expansão ferroviária exigia a utilização de vapor, carvão e ferro em larga escala e baixo custo.
- Além disso, a expansão ferroviária exigia uma sinergia entre diversos setores da economia: mineração,
construção civil, indústrias de bens de produção, indústria de bens consumo, agricultura e comércio atacadista.
- Essa sinergia só poderia se concretizar através de grandes firmas monopolizadoras ou oligopolizadoras, que
centralizariam o crédito e criariam barreiras de entradas a possíveis concorrentes.
- Por sua vez, essa relação deveria ter aparato jurídico, fiscal e garantias econômicas do Estado.
- O Estado também passou a financiar a Pesquisa & Desenvolvimento, criando condições para o surgimento
de novas tecnologias e novas indústrias.
- Estava montado assim o capitalismo norte-americano
americano: Uma economia capaz de integrar produção em massa
com distribuição em massa
massa..
4 – A Primeira Guerra Mundial – 1914/1918
• Se a guerra civil registra o momento em que os EUA realizam a sua “arrancada” para se
tornarem uma potência industrial, a Grande Guerra de 1914 a 1918
1918, criou as condições
que permitiu a ascensão norte-americana
americana à posição de centro cíclico principal do
capitalismo mundial.
a) Os EUA na década de 1910
• Intenso processo de urbanização, de costa a costa.
• Transformação na estrutura agrária e na produção agrícola
- A agricultura mercantil familiar (farmers) estava em declínio e grandes
fazendas-empresas passavam a constituir no centro de produção de alimentos, com a
introdução da mecanização do campo (Revolução Verde: trator, colheitadeira e demais
máquinas agroindustriais) e articulados com as ferrovias.
- Essa transformação ensejou um duplo movimento contraditório:
# De um lado, dá-se a expulsão de milhares de fazendeiros do meio-
oeste, endividados e sem condições de competir com as agroindústrias;
# De outro, o salto de produtividade que essa mecanização deu na
produção de alimentos, consolidando a posição dos EUA de grande exportador de
alimentos, especialmente, processados.
b) A “Era Progressista” – 1901/1920
• No correr do intenso processo de industrialização e seus impactos na agricultura e na dinâmica urbana, as
contradições entre capital e trabalho; entre bancos e mutuários; entre grandes e pequenas empresas; e,
principalmente, entre a sociedade e as grandes corporações, foram se aflorando.
• Em 1901 o vice-presidente Theodore Roosevelt assumiu a presidência dos EUA no lugar de William McKinley que foi
assassinado em Buffalo (NY).
- Apesar de possuir uma visão política extremamente conservadora, Ted Roosevelt foi o grande líder
progressista desse período, tendo contribuído na defesa e na execução de políticas em favor dos trabalhadores contra os
interesses do “grande capital”.
• O Governo Ted Roosevelt – Partido Republicano (1901-1909
1909)
- Roosevelt defendia o ideal de que o governo deveria ser o árbitro entre o capital e o trabalho, garantindo a
justiça para ambos e não concedendo favores a nenhum.
- Dessa forma, sua administração foi dedicada a atacar as grandes corporações, tomando como base a Lei
Sherman Antitrust de 1890. Nessa, restringia-se a formação de cartéis e proibia outras práticas colusórias consideradas
como restrição ao comércio. Além disso, fiscalizava a fusão de empresas, o que poderia diminuir substancialmente a
concorrência.
- Seus principais êxitos foram no segundo mandato – 1904/1909.
# Regulamentou as ferrovias - o Ato de Hepburn dava à Comissão de Comércio Interestadual
autoridade para regular impostos, estendeu a jurisdição da comissão, e forçou as companhias ferroviárias a cederem
seus fundos e ações em linhas de navios a vapor e companhias de carvão.
# Estabeleceu o controle de qualidade dos alimentos e dos medicamentos.
# Combateu a corrupção nas relações público-privado, por meio de intensa investigação dos
órgãos do governo federal.
 O Governo Woodrow Wilson – Partido Democrata (1913/1921)
- Foi o líder progressista do Partido Democrata e derrotou Ted Roosevelt nas eleições de
1912. Roosevelt havia rompido com o Partido Republicano e a administração de William Howard
Taft, presidente republicano, no qual havia apoiado.
apoiado Roosevelt fundou um novo partido denominado
de Progressista.
- A plataforma democrata de 1912, liderada por Wilson propunha uma série de políticas as
quais se destacavam: revisão das leis de controle dos trusts; descentralização do sistema bancário,
com objetivo de neutralizar a influência de Wall Street;
Street imposto de renda progressivo; eleição direta
para o Senado; garantia de liberdade aos sindicatos de trabalhadores; salário mínimo feminino;
legislação sobre o trabalho infantil; seguro social etc.
etc
- Uma vez empossado, pôs em marcha o Programa de Governo New Freedom
Freedom,, assentado
em três tipos de reformas:
# Reforma Tarifária: Isso ocorreu através da aprovação do Ato Tarifário Underwood
de 1913, que reduziu as tarifas pela primeira vez desde 1857 e foi contra o lobby protecionista.
# Reforma Empresarial: Isso foi estabelecido por meio da aprovação da Lei Federal
de Comércio de 1914, que estabeleceu a Comissão Federal de Comércio para investigar e deter
práticas comerciais injustas e ilegais emitindo ordens de "cessar e desistir" e a Lei Clayton Antitruste.
# Reforma Bancária: Isso veio em 1913, através da criação do Sistema da Reserva
Federal (FED) e em 1916, através da aprovação da Lei Federal de Empréstimos Agrícolas, que criava
Bancos de Empréstimos Agrícolas para apoiar os agricultores.
agricultores
• Em resumo, a “Era Progressista” norte-americana,
americana, foi um período de modificações políticas e
sociais internas e de rearranjos na estrutura de poder.
poder
c) A Guerra e as vantagens para os EUA
• A verdade é que os EUA só tiraram vantagens com a I Guerra Mundial:
- Custo econômico-financeiro relativamente baixo para o país, dado o
tamanho do PNB;
- Perdas humanas pequenas;
- Perdas materiais em seu território inexistente;
- Os custos foram muito inferiores aos ganhos em relação ao impulso
econômico proporcionado: crescimento da produção e exportação de bens
industriais e agrícolas, expansão dos investimentos intensivos em capital, dado a
escassez de força de trabalho e a necessidade de aumentos em produtividade.
• Em resumo, a I Guerra Mundial permitiu que o Estado desempenhasse novas e
ampliadas funções , organizando a economia de guerra, panejando
centralizadamente a mobilização de recursos em escala nacional, articulando-se
de forma orgânica ao grande capital e levando, dessa forma, a economia norte-
americana a operar em plena carga.
d) Os Loucos Anos Vinte (Roaring Twenties)
• Com exceção da contração econômica ocorrida em 1921, os EUA experimentaram, entre 1922 e 1929, um dos períodos
mais longos e intensos de expansão e prosperidade econômica.
econômica
• Dois aspectos principais desse período devem ser destacados:
destacados
– A constituição do padrão manufatureiro norte-americano
americano;
– A passagem do país a centro cíclico principal da economia mundial.
I - A constituição do padrão manufatureiro norte-americano
• Desde o final do século XIX que os termos de troca no interior da economia norte-americana vinha se movendo contra
os produtos primários, o que beneficiava extremamente a indústria, proporcionando-lhe matérias primas e alimentos
baratos e estimulando os processos de mecanização da agricultura, de diversificação de áreas e produtos agrícolas e
de utilização intensiva de adubos e defensivos químicos.
químicos A agricultura, na década de 1920, vive um processo de
transformação em direção aos complexos agroindustriais.
• Na década de 1920, uma série de indústrias novas, com produtos novos e produzidos a partir de novas matérias primas
assumem a liderança da economia norte-americana: o automóvel, o rádio, a geladeira, o telefone, o cinema; todos bens
de consumo, mas duráveis
duráveis, introduziram profundas mudanças no padrão de consumo da sociedade. São indústrias que
geram poderosos efeitos de encadeamento, tanto para frente como para trás.
• As novas indústrias se caracterizam pelo uso intensivo de métodos de produção em massa, integrando-se, portanto, ao
circuito das grandes corporações.
- Seu peso crescente na estrutura industrial pode ser medido pelas seguintes variáveis: produtividade por
trabalhador, estrutura de emprego, efeito renda (quantidade de trabalhadores empregados no setor terciário derivados
da produtividade da indústria), salário médio real.
II – A passagem do país a centro cíclico principal da economia mundial
• Na década de 1920 ocorre uma mudança radical da inserção norte-americana na economia
mundial, passando o país a ocupar a posição de centro cíclico principal da economia mundial.
• Essa afirmação pode ser evidenciada pela participação dos EUA na corrente de comércio
internacional e seu papel de principal credor do mundo.
- Um exemplo desse papel de grande emprestador foi com relação à Inglaterra. A city
londrina foi a principal praça financeira do mundo até 1914 e todos os empréstimos adquiridos
pelas empresas dos EUA, bem como seu governo eram feitos ali. Antes da guerra, a dívida externa
norte-americana para com os ingleses era de 3,7 bilhões de Libras.
- Depois da I Guerra, a situação se inverteu:
inverteu os EUA passaram a ser os principais credores
dos ingleses. Na verdade, de todos os países europeus, além da América Latina e países da Ásia,
como o Japão.
• O Dólar, a moeda norte-americana, passou a ser o principal meio de pagamento e reserva
internacional.
• Em resumo, a I Guerra Mundial permitiram aos EUA inverter sua posição externa, passando de
receptor líquido de capitais a investidor líquido no exterior e de devedor a credor.
• Com isso, completava-se as condições para que o país passasse a desempenhar novo papel no
fluxo de mercadorias e capital no mercado mundial.
mundial
5 – A II Guerra Mundial – 1939/1945
• A II Guerra Mundial constitui o ponto de inflexão decisivo para a transformação
dos EUA no grande polo hegemônico da economia mundial.
- A Guerra Civil, ao definir a questão interna do poder e a natureza do
capitalismo norte-americano, permitiu ao país emergir, ao final do século XIX, como
a maior potência industrial do globo;
- A I Guerra Mundial, ao modificar radicalmente sua inserção internacional,
levou os EUA a ocupar o papel de centro cíclico principal;
- A II Guerra Mundial, por fim, criou as condições, internas e externas, para
que os EUA tornassem o polo hegemônico da economia capitalista mundial,
estabelecendo uma Nova Ordem Econômica no planeta.
a) As condições internas
• A II Guerra Mundial permitiu os EUA superarem o quadro recessivo que se abateu
em sua economia com a Crise de 1929 e que se estendeu por toda a década de
1930, denominada pela literatura como a Grande Depressão
Depressão.
• Apesar dos esforços da administração Franklin D. Roosevelt (1933/1945), com o
seu New Deal
Deal, o fato é que, em 1940, a recuperação não era total, havendo uma taxa
de desemprego na casa de 15% da força de trabalho; não obstante a guerra
iniciada em 1939 ter estimulado a economia norte-americana.
• Mas, foi somente com a entrada dos EUA na guerra, que de fato, ocorreu a
aceleração do crescimento econômico, com a elevação do gasto público e o
planejamento para os esforços de guerra.
guerra
• Na verdade, o esforço de guerra exigiu um planejamento extensivo muito superior
ao da I Guerra, levando a um reforço do papel do Estado e a uma coesão até então
desconhecida entre os blocos de capital.
b) As condições externas
• No plano externo, a II Guerra Mundial fez os EUA assumir a liderança na resolução
de conflitos e problemas nas relações internacionais.
internacionais
- Exemplo: acordos com a URSS; seu papel nas restrições políticas e militares
aos países derrotados, mas também no financiamento econômico da reconstrução
da Europa e do Japão; e sua visão de livre-comércio
comércio.
• Nesse momento os EUA assumiram, de modo afirmativo, sua ideologia e seus
valores, de modo a influenciar econômica, política e culturalmente o mundo.
• Numa palavra, a II Guerra Mundial foi decisiva para que os EUA exportassem o
American Way of Life
Life.
• Com as sequelas do conflito tanto na Europa como na Ásia, os EUA já nos
momentos finais da guerra, surge absoluto, exercendo supremacia no comércio, na
indústria e nas reservas internacionais.
• No imediato pós-guerra, os EUA já detinham as condições básicas e a capacidade
econômica, política e militar para propor e viabilizar um ordenamento mundial sob
seu comando.
c) Os Fatores para a hegemonia no pós-guerra
guerra
• O processo que leva à consolidação da hegemonia norte-americana desenvolve-se,
portanto, a partir de dois fatores:
- A construção de uma institucionalidade e de um padrão monetário
internacionais que expressam a superioridade dos EUA sobre o mundo capitalista;
- A vocação de suas grandes corporações para transcender as fronteiras de seu
próprio espaço nacional, promovendo a difusão dos padrões norte-americanos de
produção, consumo e financiamento, bem como de seu modelo de organização
empresarial.
• O entendimento desse processo passa, portanto, pela observação de que ele está
relacionado com o potencial de acumulação e a vocação para promover a unificação
dos mercados do grande capital norte-americano,
americano, que não pode permanecer contido
nos limites das fronteiras nacionais do seu país, por maior que este seja.
• Com efeito, são essas características que estão na base do movimento expansivo da
economia mundial no pós-guerra e que marcam a segunda metade do século XX.
 REFERÊNCIA

TEIXEIRA, A. Estados Unidos: a “curta marcha” para a hegemonia. In: FIORI, J. L.


Estados e moedas no desenvolvimento das nações. 3 ed., Petrópolis: Vozes, 1999, pp.,
155-190.

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