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Aula 3 – Economia agroexportadora cafeeira

– dinâmica de funcionamento

Profa. Eliana Tadeu Terci


A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA

• Produção Extensiva em larga escala de gêneros agrícolas


destinada ao comércio internacional  1º lugar coube ao café:

i) conforma um complexo econômico: agricultura + indústria +


comércio + serviços;

ii)1º gênero primário do comércio internacional: fonte de


especulação para os grupos financeiros internacionais
(intermediação)

iii)conquista de privilégios da política econômica: “São Paulo com o


café é a locomotiva que move os 21 vagões atrasados do país"
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA

• Revolução industrial e consolidação da divisão


internacional do trabalho na 1ª. fase da RI:
Inglaterra: ↓ produtividades agrícola →
priorização da produção industrial → livre
comércio
• 2ª. fase com a ferrovia e a revolução dos
transportes (marítimo) → aprofunda-se a divisão
internacional do trabalho: nações agrícolas
(matérias primas) e nações industrializadas
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA
• apogeu (1870-1910)
• comércio internacional - II revolução industrial;
• papel do comércio exterior:
 países industrializados - fonte de alimentos e matéria prima
 periferia - acesso ao capital e produtos industrializados
•  inspirar confiança
•  economia liberal: instituições sólidas, capital consolidado e
capacidade de solvência
• economia cafeeira promissora: comércio exportador, modernização
(ferrovia e beneficiamento) e formação do mercado de trabalho livre.
• república - federalização + espírito do enriquecimento + modernização
do país (saneamento)
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA

• América Latina dá origem 3 grupos:


 Clima temperado - Argentina e Uruguai: grãos e
matéria prima → modernização e intensificação
do mercado interno.
 Exportadores de minério – Chile, Peru, Bolívia,
México e Venezuela → grandes companhias
estrangeiras (mineração e petróleo) → baixo
impacto em termos do mercado interno
 Produção agrícola tropical - Brasil, Colômbia,
Equador, Caribe, México e Venezuela
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA
• dinâmica de funcionamento
• comércio exterior - centro dinâmico: exportar café e
outros gêneros e importar capital e produtos
industrializados:
• economias industrializadas:
industrializadas movimento cíclico ligado
ao volume de inversões (contração)  redução da
procura   importações (tendem a  preços) e
liquidação de estoques.
• economia dependentes:
dependentes setor de mercado externo
 dependência do movimento de preços
internacionais - crises cíclicas: de fora para dentro -
dificuldade em adaptar-se ao padrão-ouro 
tendência ao desequilíbrio externo.
• economia escravista:
escravista crise parcialmente exportada
assalariado preços = 
• economia de trabalho assalariado:
emprego e renda + déficit na balança comercial
A ECONOMIA BRASILEIRA NA
PRIMEIRA REPÚBLICA
• MECANISMOS DE CORREÇÃO DAS CRISES:

• taxa cambial   preços das exportações 


 câmbio   preço das importações 
prêmio aos exportadores + socialização das
perdas (50% das importações = consumo)
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA

Suma:
•na alta cíclica  produtividade  concentração
de renda (abundância de terra e mão de obra)

• na baixa cíclica   produtividade 


desvalorização cambial  socialização das
perdas, caso contrário   lucros  produção
  renda e  emprego
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA

• segmentos + afetados:
• populações urbanas
• finanças públicas:   exportações + depreciação cambial
  impostos sobre exportações   receitas emissão
  dívida externa + inflação   empréstimos =
situação crítica de 1898 - funding loan reverte o
mecanismo da desvalorização cambial   de preços
(forçada pelos intermediários)
• superprodução  necessidade de reter estoques
(controlar a oferta)  políticas de valorização
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA

• Convênio de Taubaté: (1906- 1917)


• compra de excedentes pelo governo (ESP)
• financiamento dos estoques reguladores com
empréstimos externos (alemães, franceses,
americanos)
• criação de imposto em ouro por saca exportada
• desestimular novas plantações.
• interrupção da intervenção mediante a superação
da crise
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA

• C. Furtado - problema maior : retenção de estoques


 manutenção dos preços  lucros elevados 
produção estabilidade da demanda 
desequilíbrio oferta e demanda - queda nos preços
no longo prazo
• Caio Prado - dependência financeira - especulação
financeira
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA

• defesa permanente (1924) - Instituto do Café - regular a


oferta (entrega): distribuição do produto através dos
armazéns reguladores financiados com empréstimo externo
 safras recordes
• mecanismo de correção: redução de preços visando o
suposto interesse dos exportadores em formar estoques no
exterior - Crise de 1929 freia as expectativas especulativas-
fracasso do esquema
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA

• Crise de 1929: superprodução = ausência de


empréstimos externos
• o que fazer?
• colher o café ou abandoná-lo?
• em colhendo-o, qual destino dar a ele?
• como financiar uma ou outra solução?
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA

• manter lucros + socializar perdas:


• câmbio   preço externo do café + ausência de reservas
  valor externo da moeda
• estoques  colher e destruir (equilíbrio oferta/demanda
com níveis elevados de preços)  financiamento via
emissão  manutenção do nível de emprego na
economia exportadora e do mercado interno
(multiplicador)  política anticíclica
• 1929 =crise fatal do modelo agrário-exportador

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