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CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A

FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL


• A consolidação do capitalismo na Europa impõe uma nova divisão
internacional do trabalho:
Papel a ser exercido pelas ex-colônias – produzir em larga escala alimentos,
matérias-primas e constituir mercados para a produção industrial do centro.
• O fim do exclusivo metropolitano e a constituição do estado nacional -
elementos relevantes:
Fragilidade da coroa portuguesa frente as agressões napoleônicas;
Transferência da corte para o Brasil – medida de proteção;
Novo status político institucional da ex-colônia.
• Implicações na organização econômica:
Ruptura do exclusivo metropolitano – primeira medida de D. João VI ao chegar,
abertura dos portos às nações amigas, 1808
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Formação de um embrionário sistema monetário e de crédito – permite a
mobilidade do capital mercantil formado no período colonial;
O café como primeira atividade que permitirá a formação de capitalistas
nacionais.
• Condições que propiciaram o renascimento da agricultura no final do
século XVIII e início do século XIX:
Queda da produção de ouro;
Demanda de algodão pela indústria têxtil inglesa;
Situação tarifária privilegiada da Inglaterra no comércio bilateral com
Portugal - estimulava a oferta de algodão e outro produtos pela Colônia.
• Alguns exemplos da recuperação da agricultura:
Desenvolvimento da lavoura do algodão no Maranhão;
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Recuperação da atividade açucareira no Nordeste – favorecida pelas revolta de
escravos nas colônias francesas das Antilhas;
Introdução do cacau no sudeste baiano – em quatro décadas já superava o
açúcar, em importância para a economia local.
• Condições internas e externas que permitiram a formação da economia
cafeeira:
Conversão de capital mercantil originário em capital produtivo;
Disponibilidade de escravos – mineração em regressão;
Disponibilidade de terras próximas a estrutura portuária do Rio de Janeiro;
Ingresso de novos produtores mundiais permite queda nos preços internacionais
do produto – popularização do consumo
A partir de 1830 o Brasil supera grandes produtores mundiais – Ceilão e Java
Por cerca de 100 anos o café domina a vida política, social e econômica do país
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• A dinâmica da economia mercantil escravista cafeeira nacional:
O comissário – personagem central na sua expansão;
o Adiantava o capital necessário à implantação da lavoura, aquisição de escravos e
manutenção do fazendeiro;
o Comprava a produção de café para revendê-la aos exportadores.
 Razões do elevado investimento:
o Produção em larga escala;
o Lavoura permanente – quatro a cinco anos entre implantação da lavoura e começo da
produção;
o Tratos requeridos nesse período;
 Dificuldades à oferta de escravos a partir de 1845:
o Repressão inglesa ao tráfico internacional de escravos – a Bill Aberdeen;
o A possibilidade de uso do estoque interna, ocupada em outras atividades;
o Taxa de exploração do escravo comprometia o crescimento dessa população.
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Expansão da fronteira agrícola e suas implicações:
o Viável à medida que o comportamento dos preços assegurassem rentabilidade do negócio;
o Problemática à medida que elevassem os custos de transporte do café – reduzindo a
rentabilidade.
A subida dos preços do café a partir de 1857 – atenua a subida dos preços dos
escravos e a elevação dos custos de transporte
Por que não se formou um mercado de trabalho a partir dos homens livres e
pobres?
o A opção pelo trabalho escravo excluiu, desde o início, esse contingente da produção
exportadora;
o A disponibilidade de terras possibilitou que se tornassem posseiros – produção de
subsistência;
o Nas áreas urbanas viviam como ambulantes, biscateiros e trabalho doméstico

• Fatores que permitiram o salto qualitativo da economia cafeeira e


impediram sua regressão
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A modernização dos transportes – implantação das ferrovias
o A partir de 1867 as ferrovias permitirão a expansão cafeeira pelo Oeste Paulista – desloca
o centro dinâmico até então representado pelo Vale do Paraíba;
o Reduz os custos de transportes e poupa trabalho escravo;
o Da nova dinâmica a acumulação cafeeira;
o Amplia os espaços do trabalho assalariado;
o Diversifica o capital cafeeiro.
A mecanização do beneficiamento – poupa trabalho escravo e aumenta a
qualidade do produto
A imigração europeia como solução para a oferta de força-de-trabalho:
o a partir de 1860 tentativas com o uso da parceria – problemas que a inviabilizaram;
o Em 1870 começa uma nova etapa que ganhará impulso a partir de 1885;
o Imigração em massa vinda da Itália financiada pela Província de São Paulo e pelo
Império;
o Permite o rebaixamento dos salários e constitui o embrião da classe operária no país

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