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O surgimento da exploração econômica brasileira se deu através da colonização, que visava e primeiro
momento a exploração de especiarias e produtos tropicais.
A exploração associada com o monopólio comercial exercido pelos portugueses fez com que Portugal lucra-
se muito mantendo assim a empresa colonial agrícola ao longo dos primeiros anos de ocupação, mas tarde
foi implementada, onde hoje se situa o nordeste, a atividade canavieira, produto esse de grande valor no
mercado Europeu.
A produção de cana-de-açúcar exemplifica o modelo comercial usado no Brasil durante o decorrer do século
XI, modelo esse que se baseava no Latifúndio (grande propriedade de terra usada extensivamente pra
agricultura), Monocultura (produção de um único produto visando alto lucro) e Trabalho Escravo
(Proveniente da África). Além claro do Pacto Colonial que delimitava as relações econômicas do Brasil
apenas com Portugal.
Entre o século XVI e meados do XVII, a cana-de-açúcar foi o principal produto de exportação do Brasil.
Portugal em parceria com a Holanda (a cana-de-açúcar era produzida no Brasil, levada para Europa pelos
Portugueses e passava pelo processo de refino e venda pelos Holandeses) conseguia obter ótimos lucros. A
anexação do Reino de Portugal a Espanha deu fim a relação com a Holanda, motivando a invasão por parte
dos Holandeses do nordeste (maior região produtora de cana) em 1630. Até meados de 1654 os Holandeses
acabaram por obter os conhecimentos sobre a produção do açúcar, que levou mais tarde após a expulsão
deles do nordeste todas as técnicas Brasileiras para as Antilhas que se tornaram adversários do Brasil na
produção da cana-de-açúcar.
Essa questão fez com que a produção canavieira entrasse e declínio no país, que agora já não mais
monopolizava a mercado internacional aonde o açúcar vinha se tornando cada vez mais barata.
É notório que até os dias de hoje a economia nordestina se vê estagnada por conta deste fato que
simplesmente desfalcou a produção canavieira para outros países e congelou a economia nordestina.
A expansão das atividades econômicas no interior do país se deu através da pecuária e mineração, que
impulsionaram o mercado interno. Esse crescimento gerou conflitos entre colonos e a metrópole, visto que
os colonos antes resignados ao exclusivo comercial (ou Pacto Colonial) passaram a ter interesse em
aumentar seus negócios, porém o Pacto Colonial passou a ser um empecilho nesse processo, trazendo assim
a crise do sistema colonial.
A Inglaterra, que passava pelo processo de Revolução Industrial e naquele momento buscava mercado
consumidor , serviu como peça pra fortalecer a pressão exercida pelas elites brasileiras contra o Pacto
Colonial. Nesse contexto surgiu a Inconfidência Mineira(revolta da Elite Mineira que buscava a instauração
da republica e o incentivo as manufaturas e a universidades no Brasil) e Conjuração Baiana (Movimento de
caráter social e popular, decorrente na Bahia, tinha como base as ideias da Revolução Francesa e da própria
Inconfidência Mineira).
A transferência da família real de Portugal para o Brasil no início do século XVIII, foi determinante para
queda do Pacto Colonial, uma vez que uma das primeiras medidas foi a Abertura dos Portos, que
possibilitou o país a manter comercio com outros além da própria metrópole. Esse fato beneficiou não só o
Brasil, mas sem dúvida alguma o maior “ganhador” foi à Inglaterra que passou a inundar o Brasil a partir
desse momento.
A Cafeicultura surgiu no Brasil no início do século XVIII, mas só tornou-se produto de exportação lá pelo
século XIX, e teve as mesmas bases da produção da cana-de-açúcar, ou seja, Latifúndio, Monocultura e
Trabalho Escravo. Em primeiro momento a atividade se concentrou Vale do Paraíba (Região que cobre os
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) isso ocorreu por conta da oferta de terras e a
proximidade do porto do Rio de Janeiro, fora a disponibilidade de mão de obra escrava.
A utilização desenfreada dos recursos do Vale do Paraíba associado a proibição do tráfico de escravos (Lei
Eusébio de Queiroz de 1850), Fez com que a produção cafeeira entrasse em declínio nessa região.
Naquele momento, precisamente na metade do século XIX o café era amais importante peça de exportação
nacional e se “viu perdida” por conta da inviabilidade do Vale do Paraíba e pela falta de mão-de-obra, neste
contexto surgiu a produção no Oeste Paulista baseada em um novo sistema que novamente dinamizou o café
no país.
A terra roxa (terreno altamente fértil e resistente para produção em larga escala), a utilização da mão-de-obra
livre proveniente da Europa, E.U.A e Ásia, somado aos investimentos estruturais (Criação de ferrovias,
expansão da produção pra localidades longe do porto, criação do porto de Santos etc.) fizeram de São Paulo
o novo polo de produção de café, e consequentemente aumentou ainda mais a importância do café
O Brasil passou a deter ¾ da produção internacional, e assim passou a produzirem alta escala, o aumento da
produção e a altíssima oferta de mão-de-obra associada e com a crise Americana do final do século XIX fez
com que a atividade cafeeira entrasse declinou. A motivação pra essa decadência estava na falta que o
mercado Americana fazia, uma vez que importava cerca de 60% do café Brasileiro, sendo assim o maior
mercado consumidor do café nacional, essa situação de crise deu o Brasil um “baita” prejuízo, algumas
medidas foram tomadas pra reverter essa situação, exemplo:
Política do Encilhamento (Adotada por Rui Barbosa em 1889), tendo objetivo de estimular as indústrias o
comércio através do investimento do público nas mesmas, porém não deu certo e fez saltar a inflação
nacional e as constantes falências de empresas criadas através do capital público. Abaixo veja algumas
outras medidas:
• Desvalorização cambial, aumento do preço do café em moeda nacional.
• Barateamento do café no exterior.
• Aumento nos custos da produção e redução dos lucros.
Saneamento monetário (Adotada por Joaquim Murtinho durante o governo Campos Sales, na última
década do século XIX) que defendia a negociação da dívida externa e estabilização monetária da economia.
Nesse contexto foi assinado o II Funding Loan, consolidação da dívida externa com condições mais
favoráveis de pagamento. A partir da daí várias medidas foram adotadas para honrar o pagamento da dívida,
exemplo: Valorização da moeda nacional; aplicação da tarifa do ouro sobre a compra de produtos
estrangeiros; deflação, queda gera do índice de preços do país etc.
Convênio Taubaté de 1906, se baseou em medidas de controle de exportação do café e teve como objetivo
dar destino a toda produção excedente, uma vez que o café ainda não havia se recuperado no cenário
internacional. O convênio estabeleceu:
• Os governos estaduais comprariam a produção excedente do café no estado;
• A compra seria viabilizada através de financiamentos de 15 milhões de libras esterlinas;
• O gasto com a compra do café excedente seria coberto pela criação de um imposto em ouro aplicado a cada
saca exportada de café;
• Haveria a criação de um fundo para estabilizar a taxa de câmbio, impedindo sua constante valorização,
funcionando como caixa de conversão (estabilizador da taxa de cambial, através dela o câmbio era impedido
ser se desvalorizar ou de se valorizar.).
• Foram tomadas medidas pra desencorajar a expansão das lavouras em longo prazo, como a definição de
taxas proibitivas que tinham o intuito de inibir essa prática.
Após anos de crise e das diversas atitudes tomadas para sua recuperação a atividade cafeeira obteve sua
recuperação e consequentemente favoreceu o desenvolvimento nacional , também implementou a indústria
que naquele momento tinha como objetivo atender as necessidades manufatureiras do país.
O café se manteve no auge até o fim da década de 1920, quando o mundo foi abatido pela épica crise de 29
nos Estados Unidos. A partir daí surge no Brasil a necessidade de reestruturar a economia nacional, mas
agora através da atividade industrial.
Teoria Desenvolvimentista
Industrialização no Brasil
A industrialização Brasileira surgiu no contesto pós-crise de 29, tendo como objetivo o suprimento das
necessidades básicas de consumo da época. O então presidente Getúlio Vargas trouxe ao país um novo
modelo industrial, denominado indústria de substituição de importações como o próprio nome já diz tinha
como “função” substituir a importação de bens mais simples e não duráveis.
A Indústria de Substituição teve como estimulo o crescimento interno em contexto desvalorização
recorrente, determinada por uma tendência crescente de desequilíbrio externo.
O processo apresentou duas fases distintas e bem demarcadas: A fácil, caracterizada por um movimento
espontâneo de expansão da capacidade produtiva da indústria; e a difícil, em que as condições de
desequilíbrio externo e a capacidade técnica e produtiva de execução dos nos investimentos determinaram a
necessidade de induzir a continuidade da industrialização.
Com a chegada de Juscelino Kubitschek, o Brasil experimentou um novo período industrial, J.K ao contrário
de Vargas estimulou a entrada de capital estrangeiro para o desenvolvimento da indústria nacional, agora
voltada para produção de bens duráveis. Nesse período J.K acelerou a economia nacional através do plano
de metas e fez o país experimentar um novo momento de desenvolvimento e expansão econômica.
Como tudo tem seu lado bom e ruim, o Brasil após o termino do matado de J.K, posse de João Goulart e
Golpe Militar se viu mergulhada na inflação decorrente dos planos expansivo e grandiosos de J.K,
recuperação da sua força dinâmica durante o milagre econômico entre “finalzinho” da década de 1960 e
início da década de 1970, queda novamente após a crise do petróleo, estagnação até o início de 1980, queda
da ditadura no fim de 1980 e melhora lá pelo meado de 1990.
Em 1930 após a famosa revolução de 1930 (queda da política Café com Leite, que dividia a política nacional
entre São Paulo, produtor de Café e Minas Gerais, produtora de leite) entrou no poder Getúlio Vargas que
em meio as crises internacionais favoreceram as indústrias para abastecimento interno, tendo em vista suprir
a demanda nacional tão dependente das importações naquele período. A estatização e criação de empresas
públicas foi outra vertente para o estimulo ao crescimento e a industrialização nacional. Ainda no governo
Vargas foi escrita a primeira constituição nacional, o direito de voto foi estendido a mulher, foi permitida as
organizações sindicais e foram criadas novas leis trabalhistas.
Com a saída de Vargas entrou Eurico Gaspar Dutra que baseou o crescimento nacional ao liberalismo e a
intervenção internacional, especialmente Americana.
Após período de eleição Getúlio Vargas retorna ao poder, cria a PETROBRAS e BNDE, voltando à
economia de para dentro do país.
Depois da saída monumental de Getúlio, entra no poder o ambicioso Juscelino Kubitschek visionário que
expandiu a economia nacional através da aberturada do país ao capital estrangeira para produção de bens
duráveis e de alta tecnologia. J.K também criou o Plano de Metas que tinha como objetivo favorecer o
crescimento nacional organizando grupos como: Energia; Transporte; Alimentação; Indústrias de Base e
Educação, através de 30 metas que fariam emergir o desenvolvimento nacional estagnada em 50 anos
durantes o seu matado de 5 anos, além disso houve inda a criação de Brasília (nova capital do Brasil e 31°
meta do Plano de J.K).
Na década de 1960, o Brasil passou pelas mãos de Jânio Quadros e João Goulart, enfrentou a estagnação da
economia e a redução do PIB nacional, neste contexto foi necessário a adoção de medidas de recuperação da
economia nacional, ainda nesse período o país foi acometido pelo Golpe Militar de 1964 e instauração do
Regime militar no Brasil. Durante a Ditadura economia nacional recebeu uma reforma monetária e
financeira que possibilitou a criação de órgão de apoio ao desenvolvimentismo, exemplo: Conselho
Monetário Nacional (CMN), Banco Central (BACEN), Sistema Financeiro de Habitação (SFH), Banco
Nacional da Habitação (BNH). Abaixo os principais objetivos:
Com a reforma monetária:
(a) definir um quadro institucional de maior controle das operações monetárias, sobretudo na gestão da
política monetária. O destaque foi à criação da ORTN e do Banco Central;
(b) garantir melhor organização das funções de autoridade monetária, antes dividida entre a SUMOC e o
Banco do Brasil, através da criação do Banco Central.
Com à reforma financeira, os principais objetivos eram:
(a) garantir uma maior capacidade de transferência de recursos entre os agentes econômicos, com
participação central das instituições financeiras. A especialização do sistema financeiro, criando instituições
focadas em determinadas atividades, daria maior fluidez a essas;
(b) ampliar as oportunidades de investimento, em consequência, do crescimento econômico, por exemplo,
com a constituição do Sistema Financeiro da habitação.
Nesse contexto também surgiu à reforma do mercado de capitais, para melhorar ainda mais esse processo de
recuperação, que mais parte passou pelo processo de “milagre econômico” assunto para mais tarde.
Desde o início da colonização Brasileira e notório a disparidade econômica entre as regiões do país,
exemplo disso foi a produção da cana-de-açúcar que enriqueceu o nordeste enquanto o centro-sul não tinha
ainda passado pela sua explosão econômica, mas tarde a situação se reverteu e o nordeste se estagna e o
centro sul explode com a exploração mineral. A partir daí a o centro-sul Brasileiro passa por todas as suas
transformações, cresce com a Cafeicultura, emerge com a indústria tornando essa região a mais participativa
no PIB (Produto Interno Bruto) nacional.
O desenvolvimento do centro-sul, especialmente do sudeste, transformou essa região em um polo de
imigração interna, que motivou muitos nordestinos, principalmente, a mudar-se para o sudeste em busca de
oportunidades de emprego, fora do contexto de estagnação econômica vigente em seus estados de origem.
A irregularidade do desenvolvimento nacional traz ao país problemas de ordem social gravíssimo como
miséria; falta de desenvolvimento de equipamentos locais que propiciem qualidade de vida; falte de mercado
de trabalho, forçando assim a emigração em busca de empregos; baixo desenvolvimento educacional,
fazendo com que a massa populacional tenha se submeter aos subempregos, com pouca ou sem nenhuma
garantia; aumento da criminalidade, motivada pela poucas chances que se arrumar um emprego etc.
O Brasil que hoje é a 6° economia do mundo e que vem ocupando lugar de destaque no cenário
internacional, é o mesmo que sofre desde o período colonial pela desigualdade econômica entre as regiões e
pelas péssimas condições de vida entre as mais diversas populações do pais. Nesse sentido cabe atender
sobre a necessidade de se estabelecer uma nova ordem nacional que possibilite o desenvolvimento pleno
deste imenso país.
Bibliografia
Dantas, Alexis Toríbio. Santos, Angela Moulin S. Penalva. Formação Econômica do Brasil. Vol I e II.
Fundação Cederj/Consórcio Cederj. Olá , bom dia!