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RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS DIR

1.R. Integrar tem o significado de completar, inteirar. O intérprete tem autorização para
suprir as lacunas existentes na norma jurídica por meio da utilização de técnicas
jurídicas. Isto significa que se a lei não prevê ou alcança determinado fato, o intérprete
deve utilizar-se de outros mecanismos para preencher estes vazios normativos. A
integração jurídica implica atingir fundamentalmente, os objectivos de segurança
jurídica e judiciária isto necessita do uso de técnicas apropriadas para concretizar tais
objectivos.
2. O Direito Comunitário é um desdobramento do Direito Internacional, mas que, ao
contrário deste, não é de Direito Público, pois possui um carácter supranacional, tendo
natureza Público-Privada. O Direito Comunitário é um desdobramento do Direito
Internacional, mas que, ao contrário deste, não é de Direito Público, pois possui um
carácter supranacional, tendo natureza Público-Privada.
3. Entende-se por ordenamento internacional aquele regulado pelo Direito Internacional,
pelo que o seu âmbito é mais global, ou seja tendo um carácter internacional global, tal
é o caso do Direito Internacional Público, enquanto ordenamento comunitário.
4. O Carácter supranacional se traduz na possibilidade das funções de integração
pressupõem que uma entidade não estatal assegura concorrentemente ou paralelamente
aos Estados membros actividades de que estes últimos têm tradicionalmente o
monopólio (funções quasi-legislativas, executivas e jurisdicionais)”. Os poderes
supranacionais, são poderes atribuídos à organização internacional pelo seu próprio
estatuto que confere aos órgãos competentes, o poder de tomar decisões que obrigam
aos Estados membros da organização e os seus sujeitos de direito interno directamente,
sem o consentimento dos Estados membros. É isto, que confere verdadeiramente a este
tipo de organizações internacionais, um carácter “supranacional” e uma certa primazia
em relação aos Estados membro.
5. Quanto as Fases da integração zonas de preferência: são acordos estabelecidos por
países geograficamente próximos, com o objetivo de promover desenvolvimento e
aumento de suas produções interna e externa mediante mecanismos de incentivo ao
comércio intrarregional. Geralmente, são negociados acordos setoriais e concessões
tarifárias ou não tarifárias para todos os participantes, relacionando as mercadorias e as
respectivas margens de preferência.
1º Área de livre comércio: prevista no artigo XXIV do GATT, ela consiste na
eliminação das barreiras alfandegárias e outras restrições aos produtos produzidos
dentro do grupo de dois ou mais países, porém, mantêm-se as políticas comerciais
independentes em relação aos demais. Trata-se de um estágio de integração mais
avançado do que a zona de preferência. O Nafta (Acordo de Livre Comércio da
América do Norte) é um exemplo desse modelo de integração regional;
2º União aduaneira: também definida no artigo XXIV do GATT, refere-se à
substituição de dois ou mais territórios aduaneiros por um só, com consequente
eliminação de tarifas aduaneiras e restrições ao comércio internacional dos países
membros. A união aduaneira é consequência da eliminação de todos os obstáculos às
trocas internacionais. Os regulamentos aduaneiros dos participantes da união devem ser
semelhantes em relação ao comércio exterior com países não participantes da união.
3º União económica: nessa fase de integração, os acordos não se limitam aos
movimentos de bens, serviços e factores de produção, mas buscam harmonizar políticas
económicas para que os agentes possam operar sob condições semelhantes nos países
constituintes do bloco económico. A União Europeia encontra-se actualmente nesse
estágio de integração;
4º Integração económica total: esse estágio de integração implica livre deslocamento
de bens, serviços e factores de produção, além de completa igualdade de condições para
os agentes económicos, o que consiste na união económica e política e na unificação
dos direitos civis, comercial, administrativo, fiscal etc., ambas administradas por
autoridades supranacionais.
6. Quanto as fontes originárias do Direito Comunitário as fontes primárias do
ordenamento jurídico europeu estão representadas pelos seus tratados constitutivos.
1. Os tratados comunitários
Os tratados, fonte primária ou originária de direito comunitário, são convenções
internacionais de tipo clássico, produto exclusivo da vontade soberana dos Estados
contraentes, que foram concluídas na conformidade das regras de direito internacional e
das respectivas normas constitucionais.
2. A “constituição” comunitária
Os tratados de Paris e Roma no seu conjunto, têm sido, não sem razão, considerados
como a “constituição” da Comunidade Europeia.
Neles figura, além do mais, o enunciado dos objectivos fundamentais, a definição da
estrutura institucional, as bases essenciais do direito económico, financeiro e social das
comunidades, as disposições relativas à salvaguarda da ordem jurídica que os tratados
instituíram.
São havidas como fontes derivadas, as seguintes:
1. Regulamento comunitário
2. Directiva comunitária
3. Decisões comunitárias
4. Recomendações e pareceres
7. A diferença existente entre tais figuras, reside no facto de a directiva ser um ato
normativo direccionado a um Estado-membro que o vincula quanto ao resultado que se
quer atingir. Não contempla propriamente uma norma jurídica, mas impõe seus
objectivos aos Estados-membros, que devem ser alcançados por meio de medidas
legislativas. A directiva pode ter como destinatário um, vários ou todos os países
componentes, e para a sua implementação no ordenamento do país a qual se destina,
faz-se necessário um ato de transposição, ou seja, as directivas precisam ser transpostas
para o direito interno de cada país de acordo com os seus procedimentos específicos.
Enquanto a decisão é acto vinculativo em todos os seus elementos, mas somente para
destinatários específicos, e tem como finalidade aplicar as regras do direito comunitário
a casos particulares, impondo um resultado a atingir e obrigando quanto aos meios de
execução.
8. Tal princípio, pode se manifestar da seguinte forma, tal como ocorre com os demais
princípios da ordem comunitária, o princípio da primazia, ou também conhecido como o
primado do direito comunitário é obra de construção jurisprudencial do Tribunal de
Justiça da União Europeia. O princípio da primazia das normas comunitárias garante
que o direito comunitário seja hierarquicamente superior em face do direito nacional, e
principalmente, no caso de choque de normas, deve prevalecer o direito da União
Europeia. Trata-se de uma garantia da necessidade de preservação do efeito útil do
direito comunitário, traduzido na continuidade da plena e uniforme eficácia do direito
comunitário em todo o espaço territorial que lhe está subjacente. 
Podemos apresentar esta primazia, de acordo com a jurisprudência do TJCE, em três
níveis distintos: a) Não apenas o direito comunitário originário, mas também o derivado
possui a prevalência perante o Direito nacional. Assim, o direito nascido do Tratado não
poderia, portanto, em razão de sua natureza específica original, deixar-se opor
judicialmente a um texto interno de qualquer classe que seja; b) Em relação às leis
nacionais anteriores à norma comunitária, esta detém a primazia e revoga aquelas. Mas
também leis nacionais posteriores à norma comunitária já editada não são válidas.
Observe-se que a prevalência do Direito Comunitário ocorre também em relação às
cláusulas contratuais privadas, se destas decorre disposição contrária às normas
comunitárias; c) Primazia das normas comunitárias sobre as constituições nacionais.
9. As relações entre o Direito Comunitário e o Direito interno estão condicionadas pelos
princípios de autonomia, eficácia ou aplicação directa e primazia do Direito
Comunitário. o Direito Comunitário não se submete aos princípios nem aos modos de
produção normativa nem aos efeitos jurídicos estabelecidos na Constituição e nas
restantes normas internas dos Estados-membros.
Segundo a doutrina dos dois ordenamentos, o ordenamento comunitário e os nacionais
são ordenamentos distintos, mas coordenados e a coordenação é assegurada pelas
normas constitucionais de abertura, a reforma destas altera também o sistema de
coordenação e a doutrina que pretende explicá-lo deveria modificar-se em
consequência.
O que se chamou a “nacionalização” do Direito Comunitário introduz uma mudança
substancial na relação em que os juízes nacionais se encontram a respeito deste e a
doutrina deveria reflecti-lo. No entanto, não há, até agora, indício algum de tal
mudança, nem parece provável que se produza, pois essa doutrina “oficial” sobre a
relação entre o Direito Comunitário e os direitos nacionais manteve-se inalterada desde
o começo e não pode ser sensível às reformas das Constituições porque é alheia ao
conteúdo destas.
10. O Blocos económicos africanos são principalmente:
 A Comunidade da África Oriental (CEA);
 O Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA); e
 Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
 Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)
 Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC)
11. União Africana (UA) é a organização internacional que promove a integração entre
os países do continente africano nos mais diferentes aspectos. Fundada em 2002 e
sucessora da Organização da Unidade Africana, criada em 1963, é baseada no modelo
da União Europeia (mas actualmente com actuação mais próxima a da Comunidade das
Nações), ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento
económico em África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por
meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África. Seu primeiro
presidente foi o sul-africano Thabo Mbeki.
A UA é guiada por sua visão de “Uma África Integrada, Próspera e Pacífica,
impulsionada por seus próprios cidadãos e representando uma força dinâmica na arena
global” e tem como objectivos a unidade e a solidariedade africana. A União Africana
defende a eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração
económica, além da cooperação política e cultural dentro do continente.
12. Tomando por base o entendimento, trazido pelo autor, significa que o processo de
integração deve ser encarrado numa perspectiva de um fenómeno dinâmico, flexível e
que não deve de igual modo alterar ou se preterir da observância das suas fases, que são
indispensáveis para uma boa integração regional.
13. As características de tais organizações podem ser agrupadas da seguinte:
a) União Africana - a União Africana é uma Organização Internacional que engloba os
países da África. Suas origens remontam à Organização para a Unidade Africana
(OUA), que foi fundada em 25 de Maio de 1963, após a dissolução da União dos
Estados Africanos em 1962. A União Africana (UA) foi criada quando Os países
membros da Organização pela Unidade Africana assinaram o Ato Constitutivo da União
Africana realizado em Lomé, Togo, em 11 de julho de 2000, entrando em vigor em 26
de maio de 2001. A Sede da Organização é em Addis Abeba, Etiópia. 
b) COMESA - é então necessário encontrar uma forma de harmonização e
compatibilidade entre os diferentes grupos, de forma a conseguir fortalecer a sua
economia e usufruir efetivamente dos benefícios que a formação destes grupos pode
oferecer. Uma das primeiras tentativas é a criação da Zona Tripartida de Livre
Comércio (ZTLC) em 2015, que agrega todos os países da COMESA, EAC e SADC
(que por sua vez inclui todos os países do SACU) e que tem como objetivo a criação da
maior zona de comércio livre africana.
c) SADC - A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e em
inglês Southern Africa Development Community) é um bloco econômico e político
composto por 16 países da África Austral (região sul do continente). A sede do bloco
fica na cidade de Gaborone (maior cidade de Botswana
1. - População: 294,2 milhões de habitantes (estimativa 2020)
2. - PIB: US$: 1,49 trilhão (em 2019 - estimativa)
3. - PIB per capita: US$ 4.600 (estimativa 2019)
4. - Área total (todos os países juntos): cerca de 9,9 milhões de km²
5. - Idiomas oficiais: inglês, francês e português.
d)  Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, cuja sigla em Inglês –
ECOWAS, foi criada oficialmente em 28 de maio de 1975, quando representantes de 15
Estados da África Ocidental - Benin, Burkina Fasso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana,
Guiné Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Niger, Nigéria, Senegal, Serra
Leoa e Togo assinaram o Tratado de criação da Comunidade em Lagos, Nigéria. O
Tratado entrou em vigor em julho do mesmo ano, após sua ratificação por sete Estados.
Cabo Verde foi integrado em novembro de 1976, totalizando então 16 Estados-
membros, o que ficou reduzido a 15 membros de novo após a saída da Mauritânia em
2002. Com a sede em Abuja, Nigéria, os 15.

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