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DIREITO COMUNITÁRIO

Noção: Conjunto de regras que regulam a constituição e o funcionamento da União


Europeia.

↗ Originário
Direito Comunitário
↘ Derivado

Direito Comunitário originário: Direito constituído pelos tratados que instituem, revêm e
alargam a União Europeia (Exemplos: Tratado de Roma, Tratado de Maastricht, Tratado
de Lisboa, etc.)

Direito comunitário derivado: corresponde ao Direito que aplica os tratados. Direito


emanado com base nos tratados e que tem como fim atingir os princípios e objetivos aí
consignados (Regulamentos, Diretivas, Decisões, pareceres e recomendações)

Direito comunitário derivado:

Regulamentos:
- Carácter geral (para todos os Estados);
- Obrigatórios em todos os seus elementos;
- Diretamente aplicáveis;
- 20 dias após a sua publicação no Jornal Oficial das Comunidades.

Diretivas:

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- Vinculam apenas quanto aos resultados;
- Necessitam de transposição para o direito interno (existe um prazo);
- Só vinculam os Estados a que se dirigem;
- Harmonização e aproximação da legislação dos diferentes Estados.

Decisões:

-Obrigatórias em todos os seus elementos;


- Vinculativas para os sujeitos a que se destinam (Estados; empresas; pessoas);
- Depois de notificados.

Pareceres e recomendações:

- Não são vinculativos;


- Sugestão da atuação.

Direito Comunitário Originário:

Corresponde aos diferentes tratados (página 135 a 140)

Só têm de saber:

- Conceito de cidadania europeia:

- Direito de voto nas eleições municipais e para o Parlamento Europeu,


Independentemente do país em que residem;
- Livre circulação no território comunitário;
- Proteção diplomática e consular onde quer que se encontrem;
- Direito de petição ao Parlamento Europeu.

Não substitui a nossa cidadania, complementa-a.

2
- Princípio da subsidiariedade: ( art,º 5º Tratado de EU – Página 137)

Os países, como estão mais perto dos problemas, conhecem-nos melhor e poderão
encontrar melhores soluções, têm primazia na legislação de determinadas matérias
(Exemplo: saúde, educação e cultura). Só subsidiariamente legislará a União Europeia
(em caso de falta de legislação ou de má legislação). Aqui vigora o princípio da
subsidiariedade.
Primeiro os Estados, subsidiariamente a EU.

Existem matérias (exemplos: políticas ambientais e energéticas) em que os problemas


são comuns e atingir-se-á mais eficácia se as questões forem legisladas pela EU. Aqui, não
vigora o princípio da subsidiariedade. Legisla primeiro a EU.

Processo legislativo Comunitário:

Processo tradicional:

Comissão → Parlamento → Conselho

↓ ↓ ↓

Proposta legislativa Consulta Decisão

Processo de codecisão ou Processo legislativo ordinário:

O Ato Único e o Tratado de Maastricht atribuíram ao Parlamento Europeu o poder de


decisão, em pé de igualdade com o Conselho, em determinadas matérias (exemplos:
educação, saúde, cultura, mercado interno, ambiente, liberdade de circulação, etc)

O Tratado de Lisboa mudou a designação para Processo legislativo ordinário

Relação entre o Direito Comunitário e o Direito Interno

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-Primado do Direito Comunitário: Em caso de conflito, o direito comunitário prevalece
sobre o Direito interno, mesmo sobre o Direito Constitucional (interpretação dada pelo
Tribunal de Justiça da União Europeia).
Existem correntes de opinião que defendem que o Direito Constitucional prevalece sobre
o Direito Comunitário.

-Princípio da aplicabilidade direta: Decorre do primado do Direito comunitário. As


normas comunitárias são uma nova fonte de direito interno, sendo obrigatórias após a
sua publicação.

-Receção automática: As normas aplicam-se nos estados membros sem necessidade de


qualquer transposição para o Direito interno. (art. º 8º, nº2, 3 e 4 CRP).

- Efeito direto:

- Os cidadãos europeus podem invocar normas de direito comunitário


inexistentes nos seus países;

- Podem afastar uma norma de direito interno, invocando uma comunitária que
lhes seja mais favorável

FIM

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