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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE

BIANCA CAROLINE DE JESUS LIMA

ARACAJU
2021
BIANCA CAROLINE DE JESUS LIMA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE

Relatório apresentado ao Departamento de


Psicologia do Centro Universitário Estácio de
Sergipe como requisito para aprovação na disciplina
Estagio diagnóstico e avaliação clínica III ênfase
Hospitalar.

Supervisor: Uquenia Gloria Santos Lemos Brito.

ARACAJU
2021
RESUMO
RESUMO

O presente relatório é fruto da experiência obtida durante o estágio supervisionado


intitulado diagnóstico e avaliação clínica III, no âmbito hospitalar, o qual trará um
relato dessa experiência, o estágio proporcionou atendimentos voltado a avaliação do
estado mental, acolhimento e acompanhamento de pacientes que por algum problema de
saúde viesse a ser internado no hospital, os atendimentos poderiam ser a nível de
observação do estado de internação do paciente ou por solicitação medica, além dos
atendimentos também havia supervisões em grupo estabelecida uma vez na semana,
onde havia discussões do caso e delineamento de estratégias terapêuticas com ajuda da
professora/supervisora. Os casos a serem desenvolvidos preserva a identidade dos
pacientes, seguindo todos os parâmetros éticos.

Palavras chaves: Psicologia hospitalar-Avaliação de estado mental– acompanhamento.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................XX
2 TÍTULO PRIMÁRIO MAIÚSCULO E NEGRITO............................................XX
2.1 Título secundário minúsculo e negrito................................................................XX
2.1.1 Título terciário minúsculo e itálico.....................................................................XX
(Para inserir a numeração de página, digitar o título e em seguida apertar a tecla “TAB”
do teclado que automaticamente o pontilhado aparece em posição correta).
1 INTRODUÇÃO

Os estágios supervisionados dentro dos cursos de graduação são


atividades muito importantes na trajetória acadêmica, sendo esses obrigatórios,
conduzindo assim o acadêmico a vivenciar a experiência prática de sua futura
profissão. Deste modo a psicologia voltada ao contexto hospitalar traz ao aluno a
possibilidade de atuação do profissional nesta área, promovendo ao aluno o
contato direto com a práxis.
As áreas de atuação voltadas à promoção de saúde dentro do curso de
psicologia tem a cada dia ganhado mais espaço, a psicologia hospitalar por sua
vez tem ganhado mais prestigio devido ao seu olhar do homem e seus
respectivos tratamentos, esta área possui um caráter preventivo e considera
aspectos emocionais, sociais e físicos em sua totalidade, enxergando assim o
homem como ser biopsicossocial, e a cada dia as práticas voltadas à saúde
mental tem se tornado mais necessárias para a promoção de saúde possibilitando
a área da psicologia um destaque quando trata-se do seu caráter de prevenção,
controle e tratamento de doenças, inserido assim em uma equipe multidisciplinar
tornando-se essencial para equipe a qual faz parte (ALMEIDA, MALAGRIS,
2015).
A psicologia inserida no âmbito hospitalar busca ajudar o paciente e os
familiares a lidarem com os processos que permeiam o processo de adoecimento
e internação, o psicólogo hospitalar possui uma visão ampla mediante aos
processos que permeiam a hospitalização do paciente, tem como principal
função possibilitar ao paciente mecanismos que o coloque como ser ativo dentro
do seu processo de hospitalização e adoecimento, sempre com um olhar
profissional conduzindo seus atendimentos por meio de avaliações do estado
mental, analisando assim os processos de orientação, consciência, memoria
entre outros, cabe também ao psicólogo hospitalar a atenção à fatores que
possam influenciar emocionalmente seus pacientes, gerando assim possíveis
instabilidades em seu processo de hospitalização. (AGUIAR et all, 2018).
O hospital é um local de grande fluxo de pessoas seja no sentido da
equipe multidisciplinar ou pacientes que necessitam de atendimento, o psicólogo
como componente desta equipe vivencia o processo de hospitalização junto ao
paciente e familiares, ao contrario da clínica o hospital necessita de dinamismo,
e proatividade, por parte do profissional de psicologia, o qual tende a adaptar-se
aos mais diferentes settings e lidando diretamente com situações inesperadas que
envolve o sujeito e seu processo de adoecimento.( CREPALDI, 2016)
O estágio além de propiciar o contato com a pratica disponibilizou uma
vez na semana supervisões, onde eram trabalhados artigos os quais eram
relacionados aos atendimentos, avaliações e acompanhamento além promover
debates os quais enriqueciam todo o processo. A supervisão no processo de
aprendizagem pratica além de fornecer maior segurança ao acadêmico,
proporciona um segundo olhar mediante as narrativas dos casos, permitindo o
estagiário explorar o máximo da experiência.
Segundo Lima (2017) o acompanhamento do processo é muito
importante e a supervisão de estágio durante a formação é desenvolvida e
desempenhada não só pelo supervisor, todo processo de aprendizagem se dar por
troca, seja na escuta ou vivências dos relatos de casos, o enriquecimento do
processo é em conjunto conduzindo o académico a um desenvolvimento maior.
2 REFERENCIAL TEÓRICO

O psicólogo especialista em psicologia hospitalar tem a função centrada


nos âmbitos secundários e terciário da atenção à saúde, atua em instituições de
saúde realizando atendimentos individuais e grupais, voltados ao paciente e
familiares e atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; pronto
atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar;
avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria. ( CRP,
2010)

O estágio supervisionado III, iniciou-se em ___ de setembro sendo


dividido em duas turmas de cinco estagiários, as práticas foram estabelecidas
duas vezes na semana sendo que também foi disponibilizado um dia para a
supervisão, durante a experiencia de estágio supervisionado tive contato com
pacientes que estavam hospitalizados devido a condições patológicas advindas
do uso de álcool, coincidentemente três paciente os quais fiz avaliação dos
processos mentais por meio da entrevista inicial, e acompanhamento do seus
processos de hospitalização.
Em meio ao processo de entrevista inicial, foi possível compreender os
processos que permeavam a situação de adoecimento a qual o indivíduo se
encontrava, sua história de vida e acontecimentos que segundo os mesmos
desencadeou um processo de dependência e vicio, era notável o desgaste
emocional o qual cada paciente carregava, junto ao seu familiar que o
acompanhava.
O desenvolvimento humano, de modo geral, é compreendido como um
processo de mudanças continuas que ocorre mediante interação estabelecidas
dentro de um contexto, e engloba desde os processos biológicos do próprio
organismo até as mudanças sociais e psicológicas ao longo da vida. O individuo
em seu processo passa por uma serie de mudanças e eventos que marcam sua
história, mudanças essas que podem mudar todo o seu contexto e visão de
mundo, exigindo do mesmo uma capacidade adaptativa e ressignificativa deste
processo seja ele bom ou ruim (ZAMEL E SADDI, 2015).
O primeiro paciente etislista trouxe em sua historicidade uma longa e
dolorosa historia de revolta mediante a perda do seu pai o qual teve câncer e
veio a falecer quando ainda tinha 25 anos, atualmente encontra-se com 51 anos e
deste o falecimento do seu pai iniciou a ingestão compulsiva de álcool, em seus
relatos trouxe a ideia que inicialmente bebia para esquecer os problemas, mas no
decorrer do tempo passou a viver em bares, mendigar para beber e morar nas
ruas, mesmo tendo total apoio da sua família para lhes dar abrigo e amor, mas o
mesmo relata que muitas vezes passava dias nas ruas e apenas quando os irmãos
o encontrava levava-o para sua casa, relata que há aproximadamente 2 anos com
o nascimento do seu neto tem se controlado mais com a bebida, devido a
pedidos do seu filho, mas que ainda sim tem recaídas, durante seu período de
internação foi diagnosticado com cirrose e permaneceu fazendo o tratamento o
qual foi exposto, desde o inicio do seu acompanhamento psicológico o paciente
tinha noção do seu quadro clinico e se mostrava ciente quanto ao que ocasionou
a patologia mostrando-se resiliente quanto ao processo de hospitalização e
extremamente acolhedor ao serviço de psicologia demostrando uma necessidade
de fala e escuta da sua historia e sofrimento mediante ao vício.
O paciente relata já ter feito acompanhamento psicológico por meio do
centro de atenção psicossocial (CAPS) da sua cidade, mas que não deu
continuidade, durante o acompanhamento já nos últimos dias que antecediam
sua alta, foi notável sua mudança física e emocional, o mesmo deu entrada no
setor totalmente debilitado com inchaço abdominal e nas pernas os quais o
impedia de andar e mexer-se sem lhes causar dor, esses fatores repercutiam em
seu emocional tornando-o mais emotivo e triste, o que foi totalmente contrario
durante o ultimo acompanhamento, o mesmo mostrou-se ativo e alegre e
extremamente grato a sua família por acompanha-lo durante seu processo de
melhora.
Inicialmente no primeiro contato com este paciente era possível
observar alguns mecanismos de defesas tais como a intelectualização, onde
buscava em meio ao raciocínio justificar suas ações tornando-as compreensíveis,
para bloquear um conflito que lhes gerava estresse emocional, como forma de
proteger-se mediante a um possível julgamento por parte do profissional de
psicologia e residente, de forma inconsciente o paciente deixava lacunas em seus
discursos quando se tratava dos períodos que segundo o mesmo parava de beber
e quando era questionado quando a quebra de contexto mostrava-se ansioso e
confuso, era possível também notar dentro do seu discurso uma preocupação
com a forma que o acompanhante (seu irmão) venha a reagir ao que é dito por
ele, buscando justificar-se quanto à sua dependência e o fato de se sentir culpado
por tratar mal sua mãe e empurra-la em um dos episódios em que foi resgatados
da rua por seus irmãos. O álcool em associação com o contexto no qual é
inserido, as expectativas e atitudes do indivíduo, os valores sociais e os efeitos
físicos e psicológicos decorrentes do uso da bebida alcoólica contribuem para o
aparecimento de violências entre os relacionamentos interpessoais (Araújo
et al. 2018).
O segundo paciente também internado por complicações advindas do
uso do álcool, relata fazer uso de álcool desde os 12 anos de idade, mas que o
álcool nunca havia atrapalhado sua vida, relata que atualmente aos 56 anos de
idade estava afastado da sua profissão (motorista de caminhão) devido ao seu
vício, que segundo o mesmo mudou o rumo da sua vida para pior, relata que o
álcool tornou-se um problema após uma separação, segundo o paciente devido
sua profissão passava longos períodos distante de sua esposa e que apos um
processo de adoecimento dela decidiu voltar a morar com a mãe, o deixando sem
que soubesse da decisão, após esse acontecimento relata que faz uso diariamente
de álcool e que mesmo com o apoio de sua família e patrão não consegue voltar
a ter uma vida normal, paciente durante o processo de avaliação e contato inicial
mostrou-se ciente do seu quadro clinico e mostrou-se acolhedor ao serviço de
psicologia, porem mediante a avaliação notamos que seus exames e alta estavam
próximos e aconselhamos ainda na primeira entrevista a retomada do
acompanhamento psicológico o qual o paciente relatou já fazer.
O atendimento deste paciente não se prolongou, o mesmo veio a ter alta
três dias apos sua avaliação, os exames vieram a sair e o mesmo foi liberado.
O ultimo paciente possui um histórico de patologias as quais sempre o
conduz a um acompanhamento medico de urgência, o mesmo possui 76 anos e
um histórico de hipertensão arterial, mas foi conduzido a hospitalização devido a
um quadro de vomito com sangue, enquanto voltava do trabalho, vindo a ser
internado sem nenhuma documentação ou acompanhante, sendo necessário
apoio da equipe de assistência social para entrar em contato com seus familiares,
o mesmo relata fazer uso de álcool “desde sempre” enfatizou que não era o
motivo o qual estava internado, e ao ser questionado sobre seus exames
mostrou-se sem conhecimento sobre seu quadro clinico, o mesmo foi tranquilo e
acolhedor quanto a profissional de psicologia e residente, mostrou-se bastante
comunicativo, ansioso e impaciente quanto sua alta, de forma que ameaçou
abandono caso os exames demorassem a sair, ainda sim demostrou interesse em
saber o que ocasionou o adoecimento, o mesmo teve alta após os resultados e foi
encaminhado para tratamento hepatológico devido ao diagnóstico de cirrose
Hepática.
O paciente mostrou-se em negação com o que estava vindo a ser
diagnosticado pelos exames, a cirrose hepática, durante seu discurso sempre
conduzia a motivação a qual o levou ao adoecimento mediante sua condição
hipertensiva, e mesmo com perguntas diretas, a de como fazer uso de álcool
diariamente, o paciente buscava em seu repertorio de fala uma sugestiva a qual
não se validava. Segundo Nadvorny (2016), no processo de dependência de
álcool o individuo tende à negação, utilizando-se da recusa a falar sobre o
assunto.
Com a saída deste paciente seu leito foi cedido para um novo, o qual
deu entrada devido a um quadro de infecção após um procedimento cirúrgico, ao
contrário dos demais pacientes este relata não fazer uso de álcool apenas fumar,
este possui 48 anos de idade, possui um histórico de internação devido a outros
procedimentos cirúrgicos devido a acidente de carro, em sua avaliação, o mesmo
traz consigo uma demanda de fala relacionada a sua família, mostrou-se
extremamente ciente do seu quadro clinico, detalhando os procedimentos e
exames que esteve realizando, bem como os resultados passados pelos médicos
para indicação do tratamento, por meio dos exames realizados verificou-se uma
patologia hepática provocada devido a infecção por parasitas, a
esquistossomose, mais conhecida como doença do caramujo, paciente relata já
está realizando tratamento porem segue esperando outros resultados que são
mais demorados, o mesmo mostrou-se resiliente quanto ao seu processo de
internalização e segue hospitalizado realizando tratamento medicamentoso.
Além das avaliações e acompanhamentos aos pacientes também
participamos de palestras temáticas dentro da instituição, voltadas aos
profissionais inseridos na mesma, a primeira palestra foi voltada a doação de
órgãos, campanha a qual destina-se a conscientização da importância da doação
de órgão e os procedimentos e profissionais os quais estão envolvidos no
processo, nesta palestra tivemos a honra de prestigiar nossa supervisora em sua
apresentação voltada aos procedimentos do profissional de psicologia e o
acompanhamento aos familiares mediante a morte encefálica. Neste evento tive
também a honra de conhecer a instituição doar-se e um dos seus projetos o qual
realiza junto aos escritores Viviane Fernandes e Francisco Prado uma proposta
de trabalhar temas sensíveis e pouco discutido nas escolas de educação infantil,
o processo de adoecimento e tratamento de crianças que possuem problemas de
saúde, levando aos pequenos uma conscientização através da delicada história
“Quel e a máquina” a qual retrata a história do personagem Quel o qual possui
problemas nos rins e faz hemodiálise, tive o prazer de ser a ganhadora do livro o
qual retrata a linda e inspiradora historia de Quel, o projeto doar-se leva este
material à escolas do interior trabalhando por meio dos livros a conscientização
das crianças para com o processo de adoecimento e assim também integrando
crianças que passam por algum processo de adoecimento através dos livros e
contos.
Além desta palestra também foi disponibilizado aos estagiários de
psicologia a palestra voltada ao treinamento e elaboração de documentos
psicológicos mediante a normativa da nova resolução de CRP 06/2019 a qual
direciona o profissional de psicologia sobre a elaboração de documentos escritos
a qual foi ministrada pela psicóloga e professora da Estácio Lizandra Menezes
Soares. Contamos também uma aula expositiva com o coordenador e professor,
Igor Soares Vieira, o qual ministrou sobre a avaliação do estado mental, aula a
qual fez toda diferença na pratica do estágio, trazendo assim a importância do
olhar treinado e atendo do profissional de psicologia ao paciente mediante a
simplicidade do diálogo, o qual pode ser rico na coleta de aspectos relevantes
para a psicologia e demais profissionais da equipe, mediante a evolução do
portuário do paciente.
Foi realizada também, visita técnica a fim possibilitar aos residentes de
psicologia um conhecimento detalhado sobre a instituição, com o intuito de
proporcionas aos mesmos uma noção desde a estrutura ate os setores e
atendimentos especializados, nesta foi possível compreender o funcionamento
do hospital bem como seu processo de modificações para melhor acomodar as
demandas emergentes, tais como a pandemia a qual ainda vivenciamos, o
hospital de urgência de Sergipe foi o principal hospital onde foi realizado o
enfrentamento do COVID-19, remanejando e realocando suas demais
especificidades para um possível enfrentamento da pandemia, atualmente com a
diminuição considerável dos casos mediante a vacinação essas mudanças as
quais ocorreram durante o período critico da pandemia ainda encontra-se em
processo o que foi perceptível durante a visita.

3 ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL DO ESTÁGIO

Historia do huse, setores e atendimentos ate a ala 200 de residência medica onde
ocorreu o estagio.

3.1 Caracterização da instituição (campo de estágio)

O que tem características físicas da instituição e da Caracterização do Ambulatório de


residência medica ala 200

3.2 Caracterização do público-alvo

Pacientes da ala 200

3.3 Caracterização das intervenções

Todas as intervenções realizadas pela profissional de psicologia, bem


como por seus estagiários foram documentadas através do desenvolvimento
destas atividades no portuário de cada paciente, tornando assim a equipe
informada dos aspectos analisados pela psicologia.
3.3.1 Entrevista inicial e Avaliação do estado mental

Entrevista inicial
 Apresentar o serviço de psicologia ao paciente
 Levantar dados acerca da história de vida do paciente
(dados, profissão, estado civil, histórico de tabagismo, ou consumo de álcool,
consumo de drogas)
 Levantamento de informações relacionadas à outras hospitalizações
 Estabelecer vínculo com o mesmo e seus familiares
 Compreender como o paciente está encarrando seu processo de hospitalização
(expectativas, medos relacionados à doença)
 Averiguar a compreensão do paciente para com o seu adoecimento bem como
possíveis diagnósticos.
 Colocar o serviço de psicologia a disposição do paciente e familiares.

Avaliação do estado mental


A entrevista inicial possibilita a analise de aspectos pontuais os quais remetem
ao estado mental do paciente, tais como:
Sensopercepção – estado o qual permite ao sujeito a captação e codificação de
estímulos sensoriais.
Orientação – capacidade de autorreconhecimento e situar-se no tempo e espaço.
(pessoa, espaço e tempo, podendo haver desorientações alo ou autopsíquica) *
Consciência – Estado que corresponde a capacidade de responder a estímulos e
reconhecer a realidade e a si.
Atenção – nível de concentração a qual o indivíduo direciona seu foco.
Memoria - capacidade de registrar, manter e relembrar situações ou fatos ocorridos.
(imediata, fixação e evocação)
Linguagem – instrumento de comunicação intermediador para expressão do
pensamento.
Psicomotricidade – forma como o individuo se apresenta podendo haver no processo
de hospitalização alterações como: (Negativismo, compulsão, Inibição psicomotora).
Juízo crítico – autoavaliação, compreensão de suas dificuldades, qualidades e
capacidade de julgamento.

3.3.2 Acompanhamento ao paciente e familiares

 Proporcionar ao paciente seus familiares onde ocorra o dialogo sobre o processo


de hospitalização, o qual os mesmos venham a expressar seus sentimentos
visando diminuir a ansiedade e sofrimento que permeiam o processo de
hospitalização.
 Tornar o ambiente hospitalar mais receptivo e confiável.
 Promover integração entre a equipe.
 Amenizar tensões advinda do processo de hospitalização.
 Acompanhar e averiguar a noção do paciente referente ao seu diagnóstico e
tratamento.
 Possibilitar à família e ao paciente suporte emocional para melhor lidar com os
medos e ansiedades diante o sofrimento.
 Atuar no esclarecimento e orientação aos pacientes e familiares, apresentando
informações claras e acessíveis, conforme as necessidades da família e do
paciente, sobre a doença, tratamento e possíveis efeitos colaterais ou sequelas,
com a finalidade de proporcionar aos pacientes e familiares respostas às dúvidas,
contribuindo assim para a diminuição da ansiedade;
 Informar e registrar dados relevantes e atualizados do estado psicológico do
paciente e familiares, para melhor prover a equipe de informações oportunas e
dimensionadas.

Operacionalização dos processos realizados


 Acompanhar os prontuários e registrar as intervenções nos mesmos;
 Atender o paciente e sua família individualmente ou coletivamente quando a
situação se tornar necessária;
 Estabelecer contato com os profissionais envolvidos para buscar informações
relevantes para o atendimento e discussão dos casos. •
 Buscar atualizações com a equipe multiprofissional, acerca do estado do
paciente visando sempre está atualizado.
 Registrar, nos prontuários, dados a respeito do estado psicológico do paciente e
seus familiares, bem como suas implicações, as quais poderão afetar o
tratamento (uso de drogas, álcool ou cigarro).

 4 DISCUSSÃO

O estagio em psicologia hospitalar foi uma experiencia única, levou-me a


correlacionar os estudos desde o início do curso, ate as teorias de abordagem, com ele
pude perceber que estou preparada para lidar com a complexidade da atuação em
ambientes diferentes do contexto clinico, o qual sempre me direcionava, pude
compreender melhor sobre a atuação do psicólogo inserido em uma equipe
multiprofissional, pois desde as apresentações da atuação do psicólogo inserido em um
contexto multiprofissional achava que nesta o psicólogo era limitado e subordinado a
atendimentos por requerimento medico, pude perceber que neste âmbito o psicólogo
tem voz ativa e total importância para equipe.
A cada momento que me colocava frente aos pacientes, seja no momento
inicial com as entrevistas ou nos acompanhamentos era possível perceber o quanto os
mesmos necessitavam de alguém que lhes ouvisse e fornecesse a eles o apoio e escuta
diferenciada, em meus atendimentos pude perceber demandas as quais poderiam ser
trabalhadas na clínica, mas também pude perceber o quanto o processo de
hospitalização e o estado de saúde/doença modifica a percepção de si e de futuro das
pessoas que estão hospitalizadas, demostrando assim em cada atendimento a
importância da minha futura profissão inserida neste contexto.
A experiencia de possuir uma professora orientadora a qual é vinculada a
instituição nos possibilitou ter um olhar mais aprofundado e experiente, nos
direcionando a um saber maior, que tenho muito a agradecer. Podemos também neste
aspecto perceber o quanto o profissional deste contexto necessita de acompanhamento
psicológico, pois as demandas são frequentes e cobra do profissional um olhar sensível
o qual o processo de institucionalização pode afetar, a experiencia profissional permeia
nossas experiencias pessoais, nos conduzindo ao um possível sofrimento advindo de
situações que se equiparam as vivenciadas em nossas vidas pessoais, desta forma o
profissional bem como os estagiários necessitam de um acompanhamento psicológico
para que torne-se possível uma elaboração de situações as quais venham a vivenciar.
Desta forma concluo assim este relatório e experiencia de estagio com o
sentimento de dever cumprido no que refere-se a experiencia acadêmica de graduação, o
estagio de psicologia hospitalar sempre foi uma meta a ser cumprida desde o inicio da
minha graduação, passei por profissionais incríveis, os quais sempre me fizeram
aumentar a expectativa quanto a esta experiência, e aqui estou a finalizar este processo
com um sentimento de dever cumprido e já pensando em possíveis cursos que me
permitam aprimorar o conhecimento na área.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiencia de estagio em psicologia hospitalar me propiciou um vasto


conhecimento, o fato de nossa professora e orientadora ser vinculada a
instituição elevou mais ainda a experiencia, podemos ver por meio de um olhar
mais experiente e treinado, compreender os aspectos que permeiam a atuação
do psicólogo hospitalar, também me meio a esta experiencia podemos perceber
alguns movimentos que dificultavam o processo, por parte de alguns
profissionais que tendem a seguir uma visão grandiosa, a qual tendenciosamente
assumem o papel do profissional de psicologia, o que muitas vezes por meio do
despreparo e falta de conhecimento da área, conduzia o paciente a um stress e
ansiedade o qual era instaurado, para que seja solicitado o profissional
psicólogo.
Além deste, também foi possível perceber algumas anotações em
prontuários para solicitação do psicólogo as quais não faz parte da função do
mesmo na instituição, esses movimentos de alguns profissionais tenderam a
dificultar alguns processos, conduzindo o profissional a uma psicoeducação por
parte da equipe a qual nem sempre era bem vista.
Em casos pontuais e específicos onde era solicitado o acompanhamento
psicológico por meio do prontuário multiprofissional, era visto também a falta
de descrição dos porquês da solicitação o que direcionava o psicólogo à
realização de uma avaliação não direcionada, que por sua vez poderia não
repercutir tanto na devolutiva para equipe. No demais a experiencia obtida no
estágio foi extremamente satisfatória, o hospital de urgência de Sergipe
governador Joao Alves Filho, possui além de uma equipe extremamente
preparada, acomodações e estrutura as quais nunca imaginei o vendo de fora, ou
por meio de experiencias pontuais sendo paciente, a proporção e organização do
hospital é impressionante.
REFERÊNCIAS

Inserir referências citadas no trabalho conforme normas ABNT.

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CREPALDI, M. A. e HACKBARTH, I. D. Aspectos psicológicos de crianças


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Lima, R. S. S (2017) O papel da supervisão de estágio no ensino sob a ótica do


estagiário. Caderno da UFS de Psicologia, IX(2), 23-35. Disponível em:
file:///C:/Users///A_SUPERVISAO_DE_ESTAGIO_EM_PSICOLOGIA_CL.pdf
acesso em: 30/09/2021

ZEMEL, M.L.S.; SADDI, L. Série O Que Fazer? Alcoolismo.1 ed. São Paulo: Blucher,
2015.
ANEXOS
Anexar, obrigatoriamente: Registro de frequência, triagem, termo de
consentimento, termo de desligamento (se aplicável) e o que o supervisor ache
pertinente. Cada documento deve ser numerado como um anexo (Anexo 1,
Anexo 2 ...).
APÊNDICES (Se aplicável)

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