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O que é o SUS?
O SUS, instituído pelas Leis Federais 8.080/1990 e 8.142/1990, tem o horizonte do
Estado democrático e de cidadania plena como determinantes de uma “saúde como direito de
todos e dever de Estado”, previsto na Constituição Federal de 1988. Esse sistema alicerça-se
nos princípios de acesso universal, público e gratuito às ações e serviços de saúde;
integralidade das ações, cuidando do indivíduo como um todo e não como um amontoado de
partes; eqüidade, como o dever de atender igualmente o direito de cada um, respeitando suas
diferenças; descentralização dos recursos de saúde, garantindo cuidado de boa qualidade o
mais próximo dos usuários que dele necessitam; controle social exercido pelos Conselhos
Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde com representação dos usuários, trabalhadores,
prestadores, organizações da sociedade civil e instituições formadoras.
O que é um CAPS?
Um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Núcleo de Atenção Psicossocial é um
serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é um lugar de
referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses
graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num
dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida.
O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência,
realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao
trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e
comunitários. É um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às
internações em hospitais psiquiátricos.
Os CAPS visam:
• prestar atendimento em regime de atenção diária;
• gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente e personalizado;
• promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam
educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento
dos problemas. Os CAPS também têm a responsabilidade de organizar a rede de serviços de
saúde mental de seu território; • dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede
básica, PSF (Programa de Saúde da Família), PACS (Programa de Agentes Comunitários de
Saúde);
• regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área;
• coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades hospitalares
psiquiátricas que atuem no seu território;
• manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos para a
saúde mental.
Deverão contar, no mínimo, com os seguintes recursos físicos: consultórios para
atividades individuais (consultas, entrevistas, terapias); salas para atividades grupais; espaço
de convivência; oficinas; refeitório (o CAPS deve ter capacidade para oferecer refeições de
acordo com o tempo de permanência de cada paciente na unidade); sanitários; área externa
para oficinas, recreação e esportes.
Estar em tratamento no CAPS não significa que o usuário tem que ficar a maior parte
do tempo dentro do CAPS. As atividades podem ser desenvolvidas fora do serviço, como
parte de uma estratégia terapêutica de reabilitação psicossocial, que poderá iniciar-se ou ser
articulada pelo CAPS, mas que se realizará na comunidade, no trabalho e na vida social. O
CAPS pode articular cuidado clínico e programas de reabilitação psicossocial. Assim, os
projetos terapêuticos devem incluir a construção de trabalhos de inserção social, respeitando
as possibilidades individuais e os princípios de cidadania que minimizem o estigma e
promovam o protagonismo de cada usuário frente à sua vida.
O que também determina a frequência dos usuários no serviço é o acesso que têm ao
CAPS, o apoio e/ou o acompanhamento familiar e a possibilidade de envolvimento nas
atividades comunitárias, organizativas, de geração de renda e trabalho. Já os CAPS III
funcionam durante 24 horas e podem oferecer acolhimento noturno. O acolhimento noturno e
a permanência nos fins de semana devem ser entendidos como mais um recurso terapêutico,
visando proporcionar atenção integral aos usuários dos CAPS e evitar internações
psiquiátricas. Ele poderá ser utilizado nas situações de grave comprometimento psíquico ou
como um recurso necessário para evitar que crises emerjam ou se aprofundem. O
acolhimento noturno deverá atender preferencialmente aos usuários que estão vinculados a
um projeto terapêutico nos CAPS, quando necessário, e no máximo por sete dias corridos ou
dez dias intercalados durante o prazo de 30 dias.
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Ideias iniciais para a organização do nosso trabalho (pontos que lembrei e considerei
importantes, mas está tudo em aberto):