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PREFEITURA MUNICIPAL

DE
CACHOEIRA PAULISTA

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PROTOCOLO

DE

SAÚDE MENTAL

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SUMÁRIO

O QUE SÃO OS PROGRAMAS CAPS E PRAD .................................................................04

OBJETIVOS ..........................................................................................................................04

CARACTERISTICAS DE FUNCIONAMENTO .....................................................................05

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TECNICAS DO SERVIÇOS....................................................06

CONDUTA EM EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS .............................................................07

INTERNAÇÕES ....................................................................................................................08

CONDUTA APÓS INTERNAÇÃO.........................................................................................09

HOSPITAIS DE REFERENCIAS .........................................................................................10

FLUXOGRAMA OPERACIONAL ..................................................................................11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................................12

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1) O QUE SÃO:

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e (PRAD) nas suas


diferentes modalidades são pontos de atenção estratégicos da Rede de
Atenção Psicossocial (RAPS): serviços de saúde de caráter aberto e
comunitário constituídos por equipe multiprofissional que atuam sob a ótica
transdisciplinar. Realizam prioritariamente atendimento às pessoas com
transtornos mentais graves e persistentes e às pessoas com sofrimento ou
transtorno mental em geral, incluindo aquelas com necessidades decorrentes
do uso de diferentes tipos de substancias, sendo essas lícitas ou ilícitas, em
sua área territorial, sejam em situações de crise ou nos processos de
reabilitação psicossocial (Brasil, 2011). São serviços substitutivos ao modelo
asilar (Brasil, 2001). Nessa perspectiva, o CAPS e o PRAD operam nos
territórios, compreendidos não apenas como espaços geográficos, mas
territórios de pessoas, de instituições, dos cenários nos quais se desenvolve a
vida cotidiana de usuários e familiares e constituem-se como um lugar na
comunidade: lugar de referência e de cuidado, promotor de vida, que tem a
missão de garantir o exercício da cidadania e a inclusão social de usuários e de
familiares (Brasil, 2005).

2) OBJETIVOS:

Promover atenção à saúde mental de pessoas em intenso sofrimento


psíquico e/ou portadoras de transtornos mentais severos e persistentes. O
CAPS e o PRAD devem ter papel estratégico na articulação da RAPS, tanto no
que se refere à atenção direta visando à promoção da vida comunitária e da
autonomia dos usuários, quanto na ordenação do cuidado dos sujeitos em
sofrimento psíquico, trabalhando em conjunto com a rede de serviços com
ênfase na Atenção Primária, articulando e ativando os recursos existentes em
outras redes, assim como nos territórios. Consiste em um dispositivo
estratégico para a superação do modelo asilar, no contexto da reforma
psiquiátrica, e para a criação de um novo lugar social para as pessoas com a

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experiência de sofrimento, decorrentes de transtornos mentais, incluindo
aqueles por dependência de álcool e outras drogas. (Brasil, 2004). O cuidado,
no âmbito do CAPS e PRAD, é desenvolvido por intermédio de Projeto
Terapêutico Singular (PTS), envolvendo, em sua construção, a equipe
multiprofissional, o usuário e sua família. A ordenação do cuidado estará sob a
responsabilidade do CAPS, PRAD e/ou da Atenção Básica, garantindo
permanente processo de cogestão e o acompanhamento longitudinal do caso
(Brasil, 2011). As práticas do CAPS e PRAD, são realizadas através de
encaminhamentos por setores de saúde ou por livre demanda em ambiente de
portas abertas, acolhedor. Para a sustentação dessa lógica de cuidado o CAPS
e PRAD trabalham a partir de alguns pilares importantes, tais como:

 a ambiência;
 a equipe multidisciplinar;
 o Projeto Terapêutico Singular (PTS);
 o matriciamento, ação de constituir-se como referência de
cuidado no território trabalhando de forma articulada com os
outros pontos de atenção da RAPS.

3) CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO:

 HORÁRIO:

CAPS I e PRAD: abertos de segunda à sexta-feira, das 8hs às 17hs,


para as atividades oferecidas pelos serviços e também para o acolhimento de
casos novos, não havendo necessidade de agendamento prévio ou qualquer
outra barreira para o acesso;

 AÇÕES:

As ações do CAPS-I e PRAD, são realizadas de forma coletivas, em


grupos ou individualmente, destinadas aos usuários, suas famílias e
comunidades, e podem acontecer no espaço do CAPS, PRAD e/ou nos

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territórios adjacentes de nosso município, nos contextos reais de vida das
pessoas.

Os PTSs acompanham o usuário em sua história, cultura, projetos e vida


cotidiana, ultrapassando, necessariamente, o espaço do próprio serviço,
implicando nas redes de suporte social e os saberes e recursos dos territórios.
As ações realizadas pelos profissionais dos CAPS e PRAD, estão previstas e
salvaguardadas na Portaria SAS/MS n. 854/2012 (Brasil, 2012) e descritas,
conforme esta portaria, no SIGTAP DATASUS (http://sigtap.
datasus.gov.br/tabela-unificada/app/sec/inicio.jsp) e poderão compor, de
diferentes formas, os PTSs, de acordo com as necessidades de usuários e
familiares.

4) COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA DO CAPSI e PRAD DO MUNICÍPIO DE


CACHOEIRA PAULISTA-SP

CAPS I:

 1 Gerente de nível superior;


 2 Técnicos administrativos;
 5 Técnicos de nível superior (Psicólogo, assistente social,
nutricionista, educador físico, prof. de música)
 2 Enfermeiros
 1 Médico psiquiatra

PRAD:

 1 Gerente de nível superior;


 1 Técnicos administrativos;
 1 Técnico de enfermagem;
 2 Técnicos de nível superior (Psicólogo e assistente social)
 2 Enfermeiros
 Médico psiquiatra

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O papel da equipe técnica é fundamental para a organização,
desenvolvimento e manutenção do ambiente terapêutico. A duração da
permanência dos usuários em tratamento no CAPS-I e PRAD depende de
muitas variáveis, desde o comprometimento psíquico do usuário até o projeto
terapêutico traçado, e a rede de apoio familiar e social que se pode
estabelecer.

O importante é saber que o CAPS-I e PRAD, não devem ser um lugar que
desenvolva a dependência do usuário ao seu tratamento por toda a vida. O
processo de reconstrução dos laços sociais, familiares e comunitários, que vão
possibilitar a autonomia, são cuidadosamente preparados e ocorrem de forma
gradativa (BRASIL, 2004).

Neste sentido, os profissionais estão preparados para acolher os usuários,


desenvolver os projetos terapêuticos, trabalhar nas atividades de reabilitação
psicossocial, compartilhar do espaço de convivência do serviço e equacionar
problemas inesperados e outras questões que porventura demandem
providências imediatas, durante todo o período de funcionamento da unidade
(BRASIL, 2004).

5) CONDUTAS EM EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICAS

Acionar ambulância, juntamente com ação policial e conduzir o paciente para


área hospitalar.

Após avaliação médica do plantonista o paciente será destinado ao serviço de


referência ou hospital com leito psiquiátrico caso o mesmo permaneça em
crise.

6) INTERNAÇÕES EXISTENTES

A Lei 10.216, de 2001 define três modalidades de internação psiquiátrica:

a) INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA: aquela que se dá com o consentimento do


usuário;
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b) INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA: aquela que se dá sem o consentimento do
usuário e a pedido de terceiro;

c) INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA: aquela determinada pela Justiça.

 INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA

A pessoa que solicita voluntariamente a própria internação, ou que a consente,


deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por
esse regime de tratamento. O término da internação se dá por solicitação
escrita do paciente ou por determinação do médico responsável. Uma
internação voluntária pode, contudo, se transformar em involuntária e o
paciente, então, não poderá sair do estabelecimento sem a prévia autorização.

 INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA

É a que ocorre sem o consentimento do paciente e a pedido de terceiros.


Geralmente, são os familiares que solicitam a internação do paciente, mas é
possível que o pedido venha de outras fontes. O pedido tem que ser feito por
escrito e aceito pelo médico psiquiatra.

A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do


estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério
Público do estado sobre a internação e os motivos dela. O objetivo é evitar a
possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a cárcere privado.

 INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA

Nesse caso não é necessária a autorização familiar. A internação compulsória


é sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por
um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a própria condição
psicológica e física. O juiz levará em conta o laudo médico especializado, as
condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do
paciente, dos demais internados e funcionários.

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7) CONDUTA APÓS PEDIDO DE INTERNAÇÃO:

Paciente é conduzido com um acompanhante responsável, maior de idade, até


a Santa Casa Misericórdia São José de Cachoeira Paulista, onde é inserido no
sistema CROSS (que é um sistema de Tecnologia da Informação desenvolvido
para instrumentalizar o processo de distribuição, regulação e controle dos
recursos e vagas disponíveis), onde é alimentado com informações solicitada
pelo sistema de regulação de vaga, o paciente permanece sobre os cuidados
da instituição hospitalar até ser fornecido vaga para o leito psiquiátrico de
referência.

8) HOSPITAIS DE REFERÊNCIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO:

 Hospital Psiquiátrico de Aparecida (PAI) - Aparecida - SP


 Instituto América Bairral – Itapira –SP
 HMUT – Hospital Municipal Universitário de Taubaté –SP
 Hospital LACAN – São Bernardo do Campo – SP

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FLUXOGRAMA OPERACIONAL

DEMANDA ESPONTÂNEA ENCAMINHADO PELA REDE DE


SAÚDE, SOCIAL E OUTROS
SERVIÇOS DO MUNICIPIO

TRIAGEM

DISCUSSÃO DO CASO EM EQUIPE

SIM NÃO

ELABORAÇÃO DO PLANO ENCAMINHAMENTO PARA


TERAPEUTICO SINGULAR (PTS) AMBULATÓRIO DE SAÚDE
MENTAL

TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO

OFICINAS TERAPEUTICAS

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