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Centro Universitário Ingá

Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016.

CENTRO UNIVERSITÁRIO INGÁ/UNINGÁ

Curso de Terapia Ocupacional - EAD

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Edgar Rodrigues Lima

Maringá, 2023
Centro Universitário Ingá

Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016.


Edgar Rodrigues de Lima
180325

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Edgar Rodrigues Lima

Relatório Final de Estágio apresentado ao curso de.


Terapia Ocupacional– EAD do Centro Universitário
Ingá/UNINGÁ, para registro e avaliação final da disciplina
de Estágio Supervisionado I
Edgar Rodrigues Lima.

Maringá, 2023
Centro Universitário Ingá

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1. LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

CAPS II-Canção foi implantado em 2004, é um serviço de saúde aberto, de base


comunitária, do Sistema Único de Saúde (SUS), referência para o tratamento de
pessoas que sofrem com transtornos mentais cuja severidade e/ou persistência
justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado especializado, comunitário,
personalizado e provedor de saúde.
O objetivo deste serviço é oferecer atendimento à população de sua área de
abrangência, realizando o acompanhamento clínico e promovendo a reinserção social
dos usuários por meio do acesso ao trabalho, lazer, exercícios de direitos civis e
fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

ÁREA DE ABRANGÊNCIA
Correspondem à área de abrangência do CAPS II-Canção as regiões
referentes às seguintes Unidades Básicas de Saúde (UBS):
UBS Floriano
UBS Iguaçu
UBS Iguatemi
UBS Império do Sol
UBS Industrial
UBS Maringá Velho
UBS Mandacaru
UBS Morangueira
UBS Ney Braga
UBS Olímpico
UBS Paris
UBS Quebec
UBS Vardelina
UBS Zona 06
UBS Universo
EQUIPE
A equipe do CAPS II-Canção é composta por:
• Assistente Social
• Auxiliar Administrativo
• Auxiliar de Enfermagem
• Auxiliar Operacional
• Diretor(a)
• Enfermeiro(a)
• Médico(a) Psiquiatra
• Psicólogo(a)
• Técnico(a) de Enfermagem
• Terapeuta Ocupacional
FLUXO DE ATENDIMENTO
• Porta de entrada do serviço
I. Demanda Espontânea
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II. Encaminhamento de outros pontos de atenção (como por exemplo, UBS, Hospital
Geral, Emergência Psiquiátrica, outros CAPS, Consultório na Rua, CRAS, CREAS,
ONGs, Projeto Social, entre outros).

• Acolhimento
Serão realizadas diferentes sessões de acolhimento com as pessoas que procurarem
o serviço, na qual o profissional fará uma escuta qualificada com o objetivo de:
I. Acolher o usuário do serviço que se encontra em situação de sofrimento mental;
II. Construir um vínculo terapêutico inicial;
III. Identificar a demanda que o traz ao serviço e histórico de tratamento;
IV. Identificar as potencialidades do próprio indivíduo e do ambiente em que está
inserido;
V. Realizar os encaminhamentos necessários em casos de agudização;
VI. Explicar o funcionamento do serviço e processos do atendimento;
VII. Realizar os encaminhamentos necessários em casos cujas demandas não se
referem à necessidade de atenção em CAPS:
• Modalidades de Atendimento no CAPS II-Canção
O CAPS II-Canção oferece diversas formas de acompanhamento ao usuário e
familiar/responsável, sempre tendo como norte alcançar os objetivos propostos no
PTS. Dentre as formas de acompanhamento estão:
• Atendimento Psicoterapêutico;
• Consulta de enfermagem;
• Atendimento de Assistência Social;
• Atendimento de Terapia Ocupacional;
• Consulta com médico Psiquiatra;
• Grupos de reinserção social;
• Grupos de desenvolvimento de habilidades cognitivas;
• Grupos de desenvolvimento de habilidades manuais;
• Grupos de desenvolvimento de habilidades psicomotoras;
• Grupos de desenvolvimento de habilidades emocionais;
• Grupos de habilidades sociais;
• Grupos de planejamento de vida;
• Grupos de acolhimento;
• Grupos Operativos;
• Práticas Expressivas e comunicativas;
• Atividades de promoção de contratualidade no território;
• Atendimento Familiar;
• Atendimento Individual com o TR;
• Visita domiciliar;
• Articulação com a rede de serviços;
• Assembleia com os usuários;

- Emergência Psiquiátrica do Hospital municipal de Maringá-PR

O Hospital Municipal de Maringá Dra. Thelma Villanova Kasprowicz iniciou suas


atividades em 07 de abril de 2002 e recebe este nome em homenagem a uma médica
pediatra pioneira na cidade de Maringá.
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Tem uma área de 11.400 m2, dispõe de 118 leitos cadastrados no Cadastro Nacional
de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

A emergência psiquiátrica do Hospital município, conta com atendimento


especializado 24 horas. A emergência psiquiátrica vai funcionar como porta de
entrada para tratamento de pacientes com distúrbios mentais, seguindo o novo
modelo de atenção à saúde mental preconizado pelo Ministério da Saúde. Este
modelo visa humanizar o tratamento, criando outras opções de atendimento, com foco
centrado na reintegração do paciente ao seu meio social e familiar.

Atende crianças e adultos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e conta com
uma equipe multiprofissional composta por: médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, farmacêuticos, assistentes sociais,
nutricionistas e Terapia Ocupacional que proporcionam/participam do diagnóstico,
promoção e recuperação física, social e psicológica dos pacientes, atuando também
na prevenção da saúde. Os pacientes internados são admitidos provenientes das
Unidades de Pronto Atendimento 24h, demais hospitais ou atendimento pré hospitalar.
A emergência psiquiátrica é porta de entrada para pacientes de Maringá e
Mandaguaçu que procuram assistência médica imediata.

Hoje, a única opção disponível quando o portador de distúrbios mentais entra em crise
é a internação psiquiátrica direta, independente do grau e estágio da doença.
Hospitalizado, o doente permanece em média 36 dias sob medicação e sem convívio
social. Com o serviço de emergência, tudo isso muda. Acabam as internações sem
avaliação médica prévia. O paciente que precisar de atendimento de urgência
(inclusive alcoolistas e outros dependentes químicos) passará a ser avaliado por uma
equipe multidisciplinar.

CAPS ll CANÇÃO.
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Hospital Municipal de Maringá-PR Setor Psiquiátrico.

2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Nas atividades realizadas o T.O valorizou sobretudo as individualidades e


subjetividades dos indivíduos, considerando-os como um ser expressivo, criativo,
lúdico, social, com capacidade de desenvolver-se funcionalmente para uma maior
independência dentro de suas possibilidades, promovendo, sobretudo, o
desenvolvimento da autoestima do indivíduo, auxiliando e a explorar o universo de
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possibilidades humanas, trabalhando também sua (inserção) familiar e social,


estimulando a nobre prática do exercício de cidadania.
Propondo cuidado centrado no indivíduo (não na doença), na atenção psicossocial e
no cuidado compartilhado não apenas entre os diversos profissionais que fazem parte
do tratamento, mas com a família, a sociedade e os outros elementos que fazem parte
de sua vida, que ajudar a regular o comportamento do paciente a fim de se adequar
melhor aos ambientes, reduzindo reações indesejadas, permitindo um convívio mais
saudável.
Fazendo uso de várias estratégias para a reabilitação do paciente, ajudando-o a lidar
com suas dificuldades, promovendo uma melhor saúde mental e não lhe impedindo
de participar do convívio social.
Reabilitação das competências verbais do paciente, importante para que ele consiga
expor seus sentimentos e consiga expressar vivencias pessoais que possam ter
ajudado a afasta-lo da saciedade.
Atividades motoras ou manuais tratam as habilidades, cognitivas, raciocínio logico,
coordenação motora, controle da ansiedade, noção de tempo/espaço, memória,
autoestima e relacionamentos interpessoais, oficina autoexpressavas. Nelas, os
indivíduos foram estimulados a interagirem uns com os outros, a expor suas emoções,
sentir-se parte de um grupo. A relação com as atividades, pessoas e materiais resulta
em uma transformação interna.
Com as atividades os pacientes, relataram sentir relaxamento, alegria, esquecimento
dos problemas e de que estavam no passando no momento, foram estimulados a
resgatarem seus papéis ocupacionais, demonstrando maior autonomia, interação
interpessoal e planejamento durante a realização das atividades e estimula a
criatividade e os processos criativos destes pacientes em sofrimento psíquico.
O trabalho de conclusão tem como objetivo contar um pouco da vivência que se teve
no Estágio Curricular supervisionado em saúde mental, cujo proposito foi colocar em
prática conhecimentos teóricos acerca da saúde mental, possibilitando as primeiras
intervenções realizadas com usuários de um serviço especializado de saúde mental,
no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e no setor Psiquiátrico do Hospital
municipal de Maringá. as atividades desenvolvidas a pacientes e usuários que são
encaminhados

Desenvolvimento das atividades

Através das atividades do estágio que vamos aprimorando nosso conhecimento do


que é ser um terapeuta ocupacional, e nas atividades práticas que visam habilitação,
reabilitação, e promoção da saúde e bem-estar para aqueles que têm ou estão em
risco de desenvolver uma doença, lesão, doença, distúrbio, condição, deficiência,
incapacidade, limitação de atividade ou restrição de participação.

As atividades foram projetadas para acontecerem todos os dias de segunda a quinta


feiras, supervisionada por uma Terapeuta Ocupacional. A metodologia usada pelo
grupo foi de atividades de acolhimento, escuta terapêutica, dinâmicas atividade
recreativa, gincana grupal, oficina de pintura, oficina de artesanato, autocuidado
elevando autoestima e ressignificação dos pacientes e usuários, assim como
atividades de lazer.

Momento de grande aprendizado para nós estagiários, que podemos conhecer um


pouco da realidade e dificuldades desses pacientes e usuários.
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Para o bom andamento do estágio, todos os dias realizávamos reuniões para


analisarmos e discutirmos, as atividades que realizamos, tirando dúvidas, aparando
arestas dos casos em andamento, projetando novos passos para as oficinas. Nesses
encontros a equipe aproveitava para pensar maneiras de potencializar o tratamento
dos pacientes, quando necessário. Momento esse enriquecedor por propiciar
experiência profissionais da terapeuta que nos supervisionava, propiciando um
conhecimento mais aprofundados das patologias e das questões comportamental de
cada paciente, que nos proporcionou a e colaboração de desenvolver o trabalho em
equipe, ou direcionado no paciente atendido, além da importância de cada profissional
envolvidos é na vivencia prática que vamos tomando ciência das nossas
responsabilidade e funções como futuros terapeutas ocupacionais.

Às terças-feiras foram reservadas para atividades nas oficinas de auto cuidado


momento que auxiliávamos os pacientes quando precisavam de suporte, para
desempenhar alguma tarefa dentro da própria oficina buscando sua autonomia e
independência, assim como para conversar e realizar a escuta qualifica, momento
encantador de poder ouvir, dialogar e poder orientar um ser humano de forma a
superar suas fragilidades, sendo uma experiência indescritível. Tenho certeza que
pude aprender mais do que ensinar.

Paralelamente ao período de estágio, ocorreram outras atividades e eventos de visitas


técnicas em outras unidades de CAPS i, AD e CAPS 3, estivemos em palestra a
respeito dos benefícios do INSS com palestrantes e funcionários do INSS.

Orientação aos usuários como e quem tem direito, a realização da Gincana de


perguntas e respostas participação, e atividades de lazer, como passeios, que
visavam à inserção social. Todos esses eventos vieram a somar conhecimentos
teóricos e práticos, os estágios torna-se um momento motivador, de atuação e não
somente, foi muito motivador tanto atuar como observar nesse processo na prática.

3 REGISTRO FOTOGRÁFICO

CAPS ll

Passeio paciente no parque das grevilhas.


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Atividade Oficina de artesanato na biblioteca municipal.

Visita técnica salão comunitário jardim olímpico, e Oficina de artesanato.


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Atividades com paciente, alongamento, oficina recreativa e expressiva.

Confecção órtese paciente CAPS.


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Visite técnica CAPS AD, i e 3.


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Visita técnica comunidade terapeutica mundo jovem.
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Pacintes setor psiquiatrico Hospital Municipal Maringa.

Após o período de quase três meses inserida nesse campo de atuação, pude
aprender tanto com os profissionais que ali trabalhão, mas sem dúvida muito mais
com os próprios pacientes. Vi e ouvi muitas histórias de vida, convivi com muitas
outras realidades tão diferentes da minha, e aprendi como ser uma terapeuta
ocupacional e ser humano um pouco melhor. Olhar para o outro, compartilhar suas
dores e seus problemas, nos faz sentir mais humanos. Nos leva a refletir sobre o tipo
de profissional que desejamos ser. Pois, é no “estágio que se aprende a fazer. Através
do fazer o estagiário ganhará certa autonomia que os poucos fomos conquistando, e
a cada nova ação se conquistou a confiança dos pacientes e podemos interagir de
formas mais tranquila. Com o passar do tempo fomo-nos integrando ao local e
ansiedade foi diminuindo através das vivências e dos espaços de trocas e discussão
sobre os diferentes casos atendidos. Períodos que serviram para ampliar nossos
conhecimentos sobre diferentes processos interventivos com ajuda da equipe
interdisciplinar se forma plano de tratamento mais abrange para melhor intervir junto
aos pacientes e consequentemente encontrar melhores formas para ajudar essas
pessoas.
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Com relação aos objetivos traçados no plano de ação, foi possível atingir o que foi
proposto: compreender melhor a atuação e especificidade da Terapia Ocupacional
dentro da saúde mental. Dessa forma, o estágio nos possibilitou observar e interagir
com diferentes atores, através da ação/reflexão, sistematizando conceitos e saberes
sobre nossa atuação enquanto Terapeuta Ocupacional.

Dia de oficina de Auto Cuidado.


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Atividades Recreativa.
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Confraternização de Natal.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio na saúde mental trouxe muitos benefícios, proporcionando a aquisição de


novos conhecimentos e aplicação da teoria em situações de prática, uma vivência única
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onde foi possível avaliar, identificar e planejar ações e intervenções da Terapia


Ocupacional com os pacientes do CAPS e no hospital municipal no setor psiquiátrico.
Pode-se perceber que a Terapia Ocupacional promove condições humanizadas,
qualidade de vida, reinserção, com um olhar singular e diferenciado do paciente e que
esse atendimento não se restringe ao espaço aonde trabalha saúde mental, ele tem
grande importância na promoção vida no cotidiano dos pacientes, considerando a
integralidade de assistência e a importância da escuta qualificada.
Todas as experiências vividas proporcionaram muito aprendizado e crescimento
pessoal e profissional, participar do processo de recuperação ou de finitude com dignidade
foi muito gratificante e enriquecedor.

Eu, Edgar Rodrigues de Lima, declaro ter entregue a versão completa de meu
Relatório Final de Estágio.

21_, de DEZENBRO, de 2023

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