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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM EM

PRÁTICAS DE SAÚDE MENTAL NO CAPS II: COMPARATIVO


Vanessa Ingrid Alves de Lima [1]; Keyla Maria Rogrigues Gomes [2]; Edvânia
Barbosa da Luz Martins [3]; Hélia dos Santos Silva [4]; Sarah Elisheba Mendes
do Carmo Santos [5]; Marilúcia Bringel Costa.

nessa.ingrid.lima25@gmail.com

(74) 98834-5704

Eixo temático: RAPS e a integralidade do cuidado. Intersetorialidade.


Modalidades terapêuticas. Práticas integrativas.

Introdução: Os transtornos mentais são alterações dos processos cognitivos e


afetivos do desenvolvimento, da realidade, da compreensão e das adaptações
às condições mínimas de vida. (SANTANA, 2016). Com o movimento
antimanicomial surgiram os Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs), que
constitui pontos de atenção que compõe a estratégia da RAPS (Rede de
Atenção Psicossocial), possui diferentes modalidades composto por uma
equipe multiprofissional (BRASIL, 2018). Nesse sentido, a prática durante a
graduação em enfermagem na área de saúde mental constitui um importante
cenário que faz a ligação entre teoria e prática, de modo a favorecer a criação
do vínculo aluno-usuário de maneira humanizada em saúde mental. Problema:
As experiências vividas nos CAPSs II trouxeram grandes impactos na visão
pessoal e acadêmica das alunas, o que provocou o interesse nestas em
compreender de forma mais aprofundada como se dá o atendimento ao
usuário. Participantes: Acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal
do Vale do São Francisco (UNIVASF). Período de realização: Aulas práticas no
Módulo de Sáude Mental, no período de agosto a outubro de 2017.
Abordagem: No CAPS II situado no município de Petrolina-PE, todos os dias há
uma reunião coletiva, tivemos a oportunidade de intervir neste local,
proporcionamos momentos de lazer, educação em saúde, dinâmicas com
reflexões, realização da consulta de enfermagem e conversas, além da reforma
do local de acolhimento. No CAPS II do município de Juazeiro-BA, foram
desenvolvidas atividades lúdicas, atividades educativas sobre higienização e
conversas com trocas de experiências. Resultados: No CAPS II de Petrolina-

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PE percebemos a necessidade de momentos de lazer e que possibilitem a
interação entre os usuários e entre os usuários e os profissionais. Já no CAPS
II de Juazeiro, a criação de vínculos foi a de maior importância, isso foi possível
nos momentos de conversas, outro ponto importante foi a desmistificação de
alguns preceitos que norteiam os transtornos mentais. Discussão: Durante a
vivência das práticas realizadas percebeu-se a importância de um olhar
diferenciado baseado não somente no problema atual da doença do indivíduo,
mas também em sua história de vida, o ambiente o qual ele está inserido,
escolhas e autonomia. Foi perceptível, durante o contato com os usuários do
CAPS, que um transtorno mental influencia diretamente em vários aspectos da
vida do sujeito. Fazendo um comparativo entre os dois centros, pôde-se
perceber que existe uma grande disparidade no que diz respeito à conduta nos
tratamentos dos usuários. O CAPS II de Petrolina-PE volta-se principalmente
para o tratamento farmacológico, utilizando os medicamentos como um atrativo
para que o usuário frequente assiduamente o local. Por outro lado, o CAPS II
de Juazeiro-BA oferece um atendimento mais acolhedor, realizando
diariamente atividades lúdicas, trocas de experiências e permitindo que o
usuário esteja ali por vontade própria, incentivando a interação entre eles.
Conclusão: Durante o período de estágio, tivemos a oportunidade de assimilar
o conteúdo ministrado na teoria convivendo com os usuários, assim como
perceber que um tratamento vai muito além de tomar medicação na hora certa.
Dessa forma, adquirimos um conhecimento que será muito importante para
nossa profissão, a qual levaremos para toda a vida.

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Referências
BRASIL, Ministério da Saúde. Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-
mental/acoes-e-programas-saude-mental/centro-de-atencao-psicossocial-
caps> Acesso em: 02 de Abril de 2018

MEDEIROS, A. B. A.; ENDERS, B. C.; LIRA, A. L. B. C. Teoria ambientalista de


florence nightingale: uma análise crítica. Esc Anna Nery 2015;19(3):518-524.

SANTANA, L. L. et all. Absenteísmo por transtornos mentais em trabalhadores


de saúde em um hospital no sul do Brasil. Revista Gaúcha de Enfermagem, v.
37, n. 01, 2016.

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