RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM EM
PRÁTICAS DE SAÚDE MENTAL NO CAPS II: COMPARATIVO
Vanessa Ingrid Alves de Lima [1]; Keyla Maria Rogrigues Gomes [2]; Edvânia Barbosa da Luz Martins [3]; Hélia dos Santos Silva [4]; Sarah Elisheba Mendes do Carmo Santos [5]; Marilúcia Bringel Costa.
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Eixo temático: RAPS e a integralidade do cuidado. Intersetorialidade.
Modalidades terapêuticas. Práticas integrativas.
Introdução: Os transtornos mentais são alterações dos processos cognitivos e
afetivos do desenvolvimento, da realidade, da compreensão e das adaptações às condições mínimas de vida. (SANTANA, 2016). Com o movimento antimanicomial surgiram os Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs), que constitui pontos de atenção que compõe a estratégia da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), possui diferentes modalidades composto por uma equipe multiprofissional (BRASIL, 2018). Nesse sentido, a prática durante a graduação em enfermagem na área de saúde mental constitui um importante cenário que faz a ligação entre teoria e prática, de modo a favorecer a criação do vínculo aluno-usuário de maneira humanizada em saúde mental. Problema: As experiências vividas nos CAPSs II trouxeram grandes impactos na visão pessoal e acadêmica das alunas, o que provocou o interesse nestas em compreender de forma mais aprofundada como se dá o atendimento ao usuário. Participantes: Acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Período de realização: Aulas práticas no Módulo de Sáude Mental, no período de agosto a outubro de 2017. Abordagem: No CAPS II situado no município de Petrolina-PE, todos os dias há uma reunião coletiva, tivemos a oportunidade de intervir neste local, proporcionamos momentos de lazer, educação em saúde, dinâmicas com reflexões, realização da consulta de enfermagem e conversas, além da reforma do local de acolhimento. No CAPS II do município de Juazeiro-BA, foram desenvolvidas atividades lúdicas, atividades educativas sobre higienização e conversas com trocas de experiências. Resultados: No CAPS II de Petrolina-
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PE percebemos a necessidade de momentos de lazer e que possibilitem a interação entre os usuários e entre os usuários e os profissionais. Já no CAPS II de Juazeiro, a criação de vínculos foi a de maior importância, isso foi possível nos momentos de conversas, outro ponto importante foi a desmistificação de alguns preceitos que norteiam os transtornos mentais. Discussão: Durante a vivência das práticas realizadas percebeu-se a importância de um olhar diferenciado baseado não somente no problema atual da doença do indivíduo, mas também em sua história de vida, o ambiente o qual ele está inserido, escolhas e autonomia. Foi perceptível, durante o contato com os usuários do CAPS, que um transtorno mental influencia diretamente em vários aspectos da vida do sujeito. Fazendo um comparativo entre os dois centros, pôde-se perceber que existe uma grande disparidade no que diz respeito à conduta nos tratamentos dos usuários. O CAPS II de Petrolina-PE volta-se principalmente para o tratamento farmacológico, utilizando os medicamentos como um atrativo para que o usuário frequente assiduamente o local. Por outro lado, o CAPS II de Juazeiro-BA oferece um atendimento mais acolhedor, realizando diariamente atividades lúdicas, trocas de experiências e permitindo que o usuário esteja ali por vontade própria, incentivando a interação entre eles. Conclusão: Durante o período de estágio, tivemos a oportunidade de assimilar o conteúdo ministrado na teoria convivendo com os usuários, assim como perceber que um tratamento vai muito além de tomar medicação na hora certa. Dessa forma, adquirimos um conhecimento que será muito importante para nossa profissão, a qual levaremos para toda a vida.
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Referências BRASIL, Ministério da Saúde. Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude- mental/acoes-e-programas-saude-mental/centro-de-atencao-psicossocial- caps> Acesso em: 02 de Abril de 2018
MEDEIROS, A. B. A.; ENDERS, B. C.; LIRA, A. L. B. C. Teoria ambientalista de
florence nightingale: uma análise crítica. Esc Anna Nery 2015;19(3):518-524.
SANTANA, L. L. et all. Absenteísmo por transtornos mentais em trabalhadores
de saúde em um hospital no sul do Brasil. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 37, n. 01, 2016.
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