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Funções mentais Profa.

Mariana
Machado Felin
e suas alterações
Funções Mentais – SACOPLIMCA PJ

Sensopercepção
Atenção Área Perceptiva
Consciência
Orientação
Pensamento
Linguagem/discurso Área Intelectiva
Inteligência
Memória
Conduta Área Conativa
Afeto/humor Área Afetiva
Psicomotricidade
Juízo Crítico/Discernimento
Sensopercepção
▶ Capacidade de percepção e interpretação dos estímulos por meio
dos sentidos.

5 sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato

Sensação: estimulação dos órgãos do sentido – fenômeno passivo.

Percepção: conjunto de processos pelos quais é possível


reconhecer, organizar e entender as sensações provenientes dos
estímulos ambientais – fenômeno ativo.

▶ O processo de percepção envolve muito mais do que receber


passivamente sinais do meio exterior. Envolve a interpretação ativa
do impulso sensorial.
Sensopercepção
▶ Imagem, representação e imaginação – diferenças:

❑ Imagem sensoperceptiva: Nitidez, corporeidade, estabilidade,


extrojeção, influenciabilidade voluntária e completude.

❑ Representação: reapresentação de uma imagem na consciência,


sem a presença real, externa do objeto que, em um primeiro
momento gerou uma imagem sensorial (pouca nitidez,
corporeidade...).

❑ Imaginação: atividade psíquica voluntária (imagens passadas ou


criadas). Ocorre na ausência de estímulos sensoriais.
Percepção X Juízo Crítico

▶ Percepção não tem a ver com “perceber que está doente”.

▶ Envolve alteração dos órgãos do sentido, porém, não é uma


operação puramente mental como a atenção.

▶ Juízo crítico é uma das propriedade do conteúdo do pensamento.


Alterações quantitativas da sensopercepção

Hiperestesia

Hipoestesia

Parestesia

Anestesia
Alterações quantitativas da sensopercepção

Hiperestesia
▶ Aumento da intensidade das sensações

▶ Pode ocorrer devido a alterações normais do corpo.


Exemplo: na ansiedade, há aumento de sensibilidade
auditiva e visual.

▶ Pode ocorrer também por intoxicações (diversos tipos de


drogas), enxaqueca, epilepsias, hipertireoidismo e quadros
maníacos.
Alterações quantitativas da sensopercepção

Hipoestesia
▶ Diminuição da sensibilidade a estímulos ambientais
▶ Pode ocorrer devido a alterações normais. Por exemplo, quando
estamos muito atentos a alguma coisa ou nos habituamos a algum
estímulo (ex. barulho de obra)
▶ Quadros depressivos

Parestesias
▶ Sensações táteis desagradáveis espontâneas. Formigamento,
adormecimentos, etc.
▶ Parestesia de Berger – formigamento, adormecimento e fraqueza por
compressão de nervo/circulação da perna
Alterações quantitativas da sensopercepção
Anestesia
▶ Eliminação de formas de sensibilidade

▶ Analgesia - dor

▶ Pode ocorrer devido a alterações normais do corpo. Por exemplo,


ferimentos graves sem outras pessoas próximas – liberação
intensa de opióides e outros anestésicos naturais. Meditação,
hipnose e outros

▶ Pode ocorrer em quadros psicológicos/psiquiátricos, como


transtornos
somatoformes.

▶ Induzidos por substâncias


Alterações qualitativas da sensopercepção
Ilusões
▶ Percepção deformada de um objeto real e presente.
▶ A deformação pode acontecer por características inerentes à nossa
percepção (ex. ilusão de Hering)
▶ Também pode ocorrer por fatores
patológicos.
▶ Normalmente visuais

Três casos basicamente:


▶ Rebaixamento do nível da consciência
▶ Fadiga grave ou inatenção marcante
▶ Estados afetivos extremos
Alterações qualitativas da sensopercepção

Alucinações
Percepção de um "objeto", sem que este esteja presente, ou seja, na
ausência do estímulo sensorial respectivo.

▶ Alucinações auditivas
Mais comum na prática clínica
Simples – ruídos primários – tinnitus. Pode ocorrer por alterações no
sistema auditivo e cerebrovasculares. Não está associado a nenhum
quadro psicopatológico.
Complexa – audioverbal. Paciente escuta vozes. Quase sempre de
conteúdo depreciativo e/ou perseguição. Pode dar ordens ou
comentar as ações.
Alterações qualitativas da sensopercepção

▶ Alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas

São alucinações auditivas, visuais, táteis, sempre relacionadas à


transição entre o sono e a vigília.
Não são, necessariamente, patológicas
Hipnagógicas – ao adormecer
Hipnopômpicas – ao acordar
Alterações qualitativas da sensopercepção

▶ Alucinações visuais
Visões sem a presença de estímulos visuais.
Simples – fotopsias – cores, bolas e pontos brilhantes.
Possíveis causas: Doenças oculares, AVCs, álcool, enxaqueca,
epilepsia,
cansaço extremo, etc.
Complexas – figuras ou imagens de pessoas (vivas ou mortas), partes
do corpo, entidades, objetos inanimados, animais ou crianças.
Possíveis causas: Narcolepsia; tipos específicos de demência;
delirium;
esquizofrenia e intoxicação.
▶ Alucinações cenográficas – mais raras; cenas completas (Ex.:
quarto pegando fogo)
Alterações qualitativas da sensopercepção

▶ Alucinações táteis
Espetadas, choques ou insetos correndo na pele.
Toques nos genitais (principalmente esquizofrênicos)
Podem ocorrer em: Esquizofrenia, histeria, delirium tremens e psicoses
induzidas por substâncias.

▶ Alucinações olfativas e gustativas e outras


Mais raras. Diferentes tipos (ex. cinestésicas – referem órgãos internos)
▶ Pseudo-alucinação:

Experiência sensória involuntária. Vem na forma de representações mentais.


Reconhece que vem de dentro.

Ex: Vozes difusas de dentro da cabeça.


Atenção

▶ Direção da consciência.
Concentração da atividade mental sobre determinado objeto.
Direcionada aos sons, visão, olfato, paladar, tato, fluxo de
pensamentos.
▶ Natureza da atenção: voluntária e espontânea
Atenção voluntária – concentração ativa e intencional
Atenção espontânea – suscitada por interesse momentâneo
▶Amplitude: Focal e Dispersa
▶Direção: Interna e Externa
Atenção
▶ Existem vantagens de ter processos de atenção, pois tem-se
limites para nossos recursos mentais.

Tenacidade – capacidade de fixar atenção e se prender nele.


Alterações: Hipotenacidade e hipertenacidade.

Vigilância – qualidade da atenção que permite ao indivíduo mudar


seu foco de um objeto para o outro.
Alterações: Hipovigilância e hipervigilância

▶ Ex: Estado maníaco – hipotenacidade (reduz a capacidade de


fixar a atenção) e hipervigilância (atenção que salta rapidamente
de um estímulo pra outro).
Alterações da atenção

Aprosexia – abolição total da capacidade de atenção

Hipoprosexia
▶ Diminuição global e inespecífica da atenção.
▶ Perda de capacidade de concentração.
▶ Geralmente ligado a cansaço
▶ Dificulta percepção de estímulos ambientais e compreensão
▶ Dificuldades de memória e em atividades psíquicas complexas
▶ Comum em casos de depressão
Alterações da atenção

Hiperprosexia
▶ Estado de atenção exacerbada
▶ Tendência a obstinar-se. Deter-se sobre certos objetos com
surpreendente infatigabilidade

Distração (Nota – diferente no Cordiolli!)


▶ Não é um déficit propriamente dito, mas sinal de
superconcentração ativa sobre determinados conteúdos ou
objetos, com inibição do resto.
▶ Hipertenacidade e hipovigilância
Alterações da atenção

Distratibilidade
▶ Quase o contrário da distração
▶ Instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção
voluntária
▶ Incapacidade para fixar a atenção em qualquer coisa que
implique esforço produtivo
▶ Atenção facilmente desviada

▶ Alterações em diversos transtornos. P.ex. transtornos do humor, TOC e


TEPT(vigilância excessiva), esquizofrenia, TDAH (distratibilidade).
Consciência
▶ Estado vigil.

Não tem a ver com consciente psicodinâmico, cognitivo ou com


consciente filosófico. Envolve a capacidade de tomar ciência de
determinada informação.

▶ Estar desperto, acordado, vigil, lúcido.

▶ Relação com capacidade de percepção geral do ambiente.

▶ Exemplo: Sono e sonho podem ser alterações normais da consciência.


Alterações quantitativas da consciência

1) Obnubilação ou turvação (leve ou moderado)


▶ Rebaixamento da consciência em grau leve ou
moderado
▶ Diminuição do grau de clareza sensório, lentidão de
compreensão e dificuldade de concentração
▶ Pode envolver sonolência

2) Sopor/Estupor
▶ Marcante turvação da consciência. Sonolento.
▶ Incapaz de ações espontâneas, apenas de defesa.
▶ Pode ser despertado por estímulos enérgicos (dor)
Alterações quantitativas da consciência

3) Coma
▶ Não é possível qualquer atividade voluntária consciente
▶ Ausência de indícios de consciência
▶ Diferentes níveis de coma (alguns pacientes podem
ouvir o que está sendo dito em volta; outros não têm
nenhum grau de consciência)
Exemplo: paciente em UTI

4) Hiperalerta
▶ Paciente ansioso. Respostas aumentadas aos estímulos.
Exemplo: pode ocorrer em consequência de uso de
drogas ou TEPT.
Avaliação do
Rebaixamento
da Consciência

ESCALA DE GLASGOW

Estabelece um escore,
de 3 a 15, para o
estado de consciência
do indivíduo.

Escore menor que 8


significa coma
Escala de Coma de Glasgow
Alterações qualitativas da consciência

▶ Mudança parcial ou focal no campo da consciência:

1. Estados Crepusculares

2. Dissociação da consciência

3. Transe

4. Estado hipnótico

5. Experiência de quase-morte
Alterações qualitativas da consciência

da consciênc ia
1) Estados crepusculares:

▶ Estado transitório em que ocorre obnubilação da consciência,


mas com função psicomotora preservada. Faz com que haja
“atos automáticos”;

▶ Com frequência ocorrem atos explosivos violentos ou de


descontrole emocional;

▶ Pode haver amnésia lacunar para o episódio inteiro;

▶ Associados à epilepsia parcial; intoxicações por álcool;


traumatismo craniano e, raramente, por choques
emocionais intensos.
Alterações qualitativas da consciência

2) Dissociação da consciência

▶ É um termo amplo, usado para definir a desconexão entre elementos


que normalmente estão conectados;

▶ Perda da unidade psíquica comum do ser humano;

▶ Estado onírico (semelhante ao


sonho);

▶ Geralmente desencadeada por acontecimentos significativos,


mobilizadores de ansiedade;

▶ Estratégia de defesa psíquica.


Sintomas dissociativos: ocorrem em 5 dimensões:

Desrealização
• O mundo como algo
irreal, desconectado
Alteração da do senso de
identidade realidade.
• Alter-egos, com mudanças
Despersonalização
emocionais modulando • Desconexão com o corpo.
mudanças cognitivas • Sensações extra-corpóreas.
bruscas.

Confusão da identidade Amnésia


• Senso de não saber a própria • Incapacidade de lembrar
identidade, e de onde se de um evento traumático
encontra. importante.
Alterações qualitativas da consciência
a
3) Transe

▶ Estado de dissociação da consciência que se


assemelha a sonhar acordado, com a presença
de atividade motora automática e estereotipada
acompanhada pela suspensão parcial de
movimentos voluntários;

▶ Ocorre comumente em contextos religiosos e


culturais;

▶ Pode haver em um transe histérico


Alterações qualitativas da consciência

4) Estado Hipnótico

▶ Existem muitos mitos sobre hipnose


▶ Estado alterado de consciência (demonstrado em EEG).
▶ Consciência reduzida, atenção concentrada e
sugestionabilidade aumentada.
▶ Pode facilitar lembranças e criação de memórias falsas
▶ Podem ser induzidos estados de anestesia, rigidez e
paralisia
▶ Amnésia não pode ser induzida
▶ Não é possível induzir a fazer coisas que vão contra a
vontade
Alterações qualitativas da consciência

5) Experiência de quase-morte

▶ Estado vivenciado por algumas pessoas em situações críticas de


ameaça à vida

▶ Experiências rápidas (segundos a minutos)

▶ Características mais frequentes: Sensação de paz (87%), estar


fora do corpo (80%), rodeado por luz (78%), em outro mundo
(75%), união cósmica (67%) e outros (p.ex. alegria,
compreensão)

▶ Controvérsias e diferentes níveis de explicações -


culturais, religiosas, neurobiológicas.
Orientação

▶ Capacidade de situar-se quanto a si mesmo (autopsíquica)


e quanto ao ambiente (alopsíquica).
▶ Interligado com outras funções (p.ex. memória e
consciência)
▶ Orientação autopsíquica – quem ele é (nome, idade,
profissão, estado civil)
▶ Orientação alopsíquica – relação ao mundo
▶ Espaço
▶ Tempo (atual e continuidade temporal)

Alteração: Desorientação – especificar se auto ou alopsíquica.


Pensamento

▶ Constitui-se pelo conjunto de funções que têm a função de integração e


associação de conhecimentos novos e antigos, estímulos externos e
internos. Confere ao indivíduo a capacidade de analisar, abstrair, julgar,
concluir, sintetizar e criar.

▶ Utilizado para definir uma série de processos muito complexos que


constituem a atividade mental.

▶ A psicopatologia investiga produção, curso, conteúdo do pensamento.


Pensamento
Produção/forma:

▶ É a estrutura a partir da qual os pensamentos se organizam


▶ Como concatena as ideias, a sequência lógica.
Tipos: Lógica e Ilógica

Curso:

▶ Quantidade de ideias que vêm ao pensamento


▶ Velocidade do pensamento
Tipos: Rápido e Lento (processamento)

Conteúdo:

▶ São as ideias propriamente ditas.


Tipos: Reais ou sem conexão com a realidade
Alterações do pensamento
Alterações do pensamento
Linguagem

▶ Uso de um meio organizado de combinação de palavras a fim de criar


comunicação

▶ Veículo de comunicação mais amplamente utilizado.


Linguagem e suas alterações

▶ Desfemia – alteração da linguagem sem lesões ou disfunções orgânicas.


Gagueira, por exemplo.

▶ Dislalia – deformação, omissão ou substituição dos fonemas. Ex. personagem


Cebolinha (turma da Mônica)

▶ Logorréia/taquilalia – produção aumentada e acelerada de linguagem verbal.


Pressão por falar.

▶ Mutismo – ausência de resposta verbal oral.


Linguagem e suas alterações

▶ Verbigeração - repetição, de forma monótona e sem sentido


comunicativo aparente, de palavras, sílabas ou trechos de frases.

▶ Bradifasia ou Bradilalia - Fala lenta, difícil

▶ Ecolalia – repetição da última ou últimas palavras do interlocutor

▶ Palilalia – repetição da última palavra ou últimas palavras próprias

▶ Glossolalia – Fala de língua própria ou desconhecida (“origem divina”)


Inteligência

▶ Complicado de definir, pois não envolve uma única definição;


▶ Pessoas são inteligentes de diferentes formas – multiplicidade;
▶ Conjunto de habilidades cognitivas;

Capacidade de:
a) identificar e resolver problemas novos,
b) reconhecer adequadamente as situações vivenciais e
c) encontrar soluções, respondendo às exigência de adaptação
biológica e sociocultural.
▶ Fator g de inteligência: Raciocínio, planejamento, resolução de problemas, pensamento
abstrato, compreensão de ideias, velocidade de aprendizagem, relação esforço-
aprendizagem.
Inteligência
▶ Diferentes tipos de inteligência propostos
Múltiplas inteligências
Inteligência emocional – processamento de informações emocionais e
atuação nesses contextos

▶ Em psicopatologia, geralmente o foco está em conceitos mais


clássicos (fator g)

▶ Déficits associados a inúmeros transtornos mentais. Modulam aspectos


psicopatológicos.

▶ Inferida clinicamente e aferida (testes específicos)


Alterações da inteligência

Retardo mental/deficiência intelectual

▶Normativas geralmente de acordo com normalidade estatística. média 100


e desvio padrão 15.
▶ Mais comum em homens
▶ Comprometimento de vida autônoma e em sociedade, especialmente
casos mais severos

Limítrofe (QI 70 a 84)


▶ Não é considerado retardo mental/deficiência intelectual
▶ Dificuldadesescolares no ensino médio
▶ Podem não revelar dificuldadesespeciais na vida.
▶ Podem se beneficiar de cuidados especiais e manejo de expectativas
Alterações da inteligência
Deficiência intelectual leve (tipicamente QI 50-69)
▶ Tipo mais comum (85%)
▶ Dificuldades sérias 6ª/7ª série do ensino fundamental. Algum atraso em
outras
fases.
▶ Habilidades de comer, vestir-se, lavar-se e controle de esfíncteres
geralmente
preservado
▶ Podem ter algumas habilidades práticas e domésticas. Podem fazer
trabalhos
manuais não especializados

Deficiência intelectual moderada (QI 35-49)


▶ Dificilmente conseguem realizar alfabetização
▶ Não conseguem estabelecer vida independente e a maioria das tarefas
básicas. Com algum treino, podem fazer higiene pessoal.
▶ Fala simples. Costumam a gostar de interação social
Alterações da inteligência

Deficiência intelectual grave (20-34) e profunda (<20)

▶ Equivalente a crianças menores de 6 anos.


▶ Ausênciaquase completa de capacidade
comunicativa. Podem aprender algumas palavras.
▶ Necessitam de apoio e supervisão para tarefas básicas
como higiene.
▶ Risco de autoagressão
Alterações da inteligência

▶ Demência
Presente nos Transtornos Neurocognitivos. Envolve alteração de
inteligência, mas não é somente isto.

▶ Capacidade de abstração
Relação com o fator g de inteligência. Pode ser afetada também
por condições orgânicas (lesões, danos).
Memória

▶ Capacidade de adquirir e reter habilidades e conhecimentos


que podem ser utilizados.

▶ Meio pelo qual você recorre às suas experiências passadas a fim


de usar essas informações.

▶ Capacidade de registrar → manter → e evocar as


experiências e fatos já ocorridos
Memória
Divisão conforme estágios ou tempo de recordação
▶ Sensorial (por meio dos sentidos) – ex: identificar maçã em meio a muitas
imagens.
▶ Curtíssima duração (poucos segundos até minutos) – ex: nº telefônico.
▶ Curta duração (de minutos até 3 a 6 horas)
▶ Longo prazo (dias – anos)

Divisão por estruturas cerebrais ou funções


▶ Memória de trabalho – conceito operativo. Manter e manipular informações
▶ Episódica – relacionada a eventos específicos do indivíduo
▶ Semântica – significado/utilidade (p.ex. garfo)
▶ Procedural – Motoras e perceptuais (p.ex. andar de bicicleta)
Alterações quantitativas da memória
Alterações qualitativas da memória
Conduta
▶ Comportamentos observáveis do indivíduo

Alterações na conduta

▶ Comportamento catatônico – ficar parado, sem qualquer movimento durante


horas, mesmo em posição desagradável
▶ Comportamento autista – concentrado em si mesmo, independente do
mundo ao redor
▶ Conduta antissocial (p.ex. roubos)
▶ Sintomas histéricos/conversão
▶ Condutas suicidas e parasuicidas (ver em T. Humor)
▶ Aumento ou diminuição importante da atividade sexual
▶ Alterações do ato de comer (compulsão, bulimia, anorexia)
▶ Higiene pessoal e aparência.
▶ Outros (tiques, excêntricos, sono, etc).
Alterações da conduta
Afeto

▶ Emoção/afeto: subjetivo + comportamental + fisiológico

“Humor é a tonalidade de sentimento predominante, e mais constante,


que pode influenciar a percepção de si mesmo, e do mundo ao seu redor.
Afeto é a experiência da emoção subjetiva e imediata, ligada a ideias ou
representações mentais e que pode ser observada pelas suas
manifestações objetivas: alegre, triste, embotado, expansivo, lábil,
inapropriado. Em outras palavras, humor se refere à emoção
predominante, mais constante, enquanto afeto é a sua expressão, o que se
observa, sendo mais flutuante” (Cordioli, Zimmermann & Kessler, 2012,
p. 12)
Afeto/humor/emoção

Emoção X humor
▶ Velocidade (rápido emoção, lenta humor)
▶ Frequência (elevada para humor, baixa para emoção)
▶ Intensidade subjetiva (forte para emoção, fraca para
humor)
▶ Aptidão para identificar elementos que desencadeiam
(alta para emoção, baixa para humor)
▶ Duração (segundos a minutos para emoção, horas/dias
para humor)
▶ Componente fisiológico e comportamental (mais forte
para emoção)
Humor eutímico: faixa normal do humor (ausência de humor
deprimido ou exaltado)

Alterações do afeto

▶ Hipotimia: afeto embotado - pode ser visto em quadros


depressivos.

▶ Hipertimia: exaltação, êxtase, euforia - pode ser visto nos


estados maníacos.

▶ Disforia: Irritabilidade, mau humor

▶ Outros afetos: ansiedade, angústia, medo, vergonha,


ambivalência, etc.
Alterações do afeto

/emoção

▶ Apatia – diminuição de excitabilidade (alegria e tristeza).


Embotamento é a alteração mais grave.

▶ Anedonia – perda de prazer

▶ Labilidade – mudanças súbitas

▶ Incontinência emocional – deixar transparecer


Alterações do afeto

▶ Afeto incongruente:
Ocorre quando a reação emocional é não condiz,
não está de acordo com o conteúdo daquilo que
está sendo retratado.
Psicomotricidade

Movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo


sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua
socialização (Sociedade Brasileira de Psicomotricidade).
▶ Agitação psicomotora – aceleração e exaltação da atividade motora.
Geralmente associada a hostilidade e heteroagressividade.

▶ Lentificação psicomotora – Movimentação voluntária se torna lenta, difícil,


pesada. Períodos maiores de latência entre solicitação ambiental e resposta
motora.
Juízo Crítico
Dalgalarrondo reconhece que é processo de pensamento, mas coloca
em uma categoria separada devido à sua importância.

▶ Capacidade para perceber e avaliar adequadamente a realidade


externa e separá-la dos aspectos do mundo interno e subjetivo.

Autoavaliação adequada (insight) → Capacidade de realizar juízos de


valor.

▶ Discernimento de adequação em situações sociais.

▶ Medir consequências dos atos e limitações próprias

Delírios: Juízos patologicamente falsos – o que caracteriza delírio é a


justificativa pela crença que o sujeito apresenta.

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