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REDE DE ATENÇÃO

PSICOSSOCIAL
Portaria 854/2012
Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas
do SUS

Orientada pelas diretrizes da Reforma Psiquiátrica

Questão de desafios estruturais do SUS na atualidade


Garantia de Acesso

Ampliação dos pontos de atenção


Sustentabilidade da Lógica Territorial

Redução dos parâmetros populacionais para


implantação e desenvolvimento de CAPS

CAPSi: de 150.000 para 70.000 habitantes

CAPS I: de 20.000 para 15.000 habitantes

CAPS III e CAPSIII ad: de 200.000 para 150.000 mil habitantes


(republicação em 21 maio 2013 da Portaria nº3088/2011)
 Mudança na lógica de Custeio de CAPS:
- Modo de Financiamento: de FAEC (por produção) para Teto
MAC (Custeio Fixo)

- Aumento do Custeio: Portarias nº 3089/2011, 3099/2011,


nº 1.966, de 10 de setembro de 2013, aumento de custeio
de CAPS III e CAPS ad III e PT que passa diferença de
custeio para III e AD III – Portaria nº2.178 de 1º de outubro
de 2013.
Sustentabilidade da RAPS
Espaço físico compreendido como lugar

 Recurso de Investimento para Construção de CAPS e Unidades de


Acolhimento (Portaria nº 615 de 15 de abril de 2013)

 Publicação de “Orientações para elaboração de projetos de construção


de CAPS e de UA como lugares da atenção psicossocial nos territórios” –
disponível em www.saude.gov.br/mental em “Legislação”.

 Proposição em relação aos ambientes do CAPS para se configurar como


serviço substitutivo, aberto e territorial.
 3 instrumentos de informação para os novos procedimentos:

- RAAS – Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde, com um formulário próprio


para a atenção psicossocial: cuidado direto dos usuários do serviço e/ou seus
familiares dentro ou fora da unidade, após ingresso no serviço – 1 RAAS por
usuário

- BPA/I – Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado – 1


procedimento – acolhimento inicial por CAPS;

- BPA/C – Boletim de Produção Ambulatorial Consolidado – ações institucionais e


de articulação e sustentação de redes de cuidado – 1 BPA/C por
CAPS com diversos procedimentos (ex: fortalecimento do protagonismo de
usuários e familiares, matriciamento Atenção Básica, Rede de Urgência e
Emergência, SRT, Ações de Redução de Danos).
 Cartão SUS – o acolhimento não pode ser negligenciado devido a
falta do cartão sus.

 Novidades do RAAS (que não constavam na APAC – Autorização de


Procedimentos de Alta Complexidade):
- Campo de informação sobre o uso de álcool, crack e/ou outras
drogas por parte do usuário;
- Informações sobre a origem do usuário;
- Informações sobre encaminhamentos;
- Possibilidade de informar se a ação foi realizada no CAPS ou no
Território.
OS NOVOS PROCEDIMENTOS (PT 854/2012)

 Introduzir novos procedimentos no sistema de registro

 Induzir (novas) práticas X Repasse por produção

 Subsidiar a organização e o planejamento do CAPS/RAPS

 Qualificar a informação sobre as ações e a complexidade das práticas do serviço

 Dar maior visibilidade à ampliação do acesso visando promover a melhoria da


qualidade do cuidado na atenção psicossocial

 Fomentar a discussão entre gestores, trabalhadores, usuários e familiares, sobre o


papel desempenhado pelo CAPS/RAPS
 Acolhimento noturno – todos os tipos de CAPS
 Acolhimento em 3º turno
 Acolhimento diurno no CAPS
 Atendimento individual
 Atendimento em grupo
 Atendimento familiar
 Acompanhamento domiciliar
 Práticas corporais
 Práticas expressivas
 Situações de crise
 Reabilitação psicossocial
 Promoção de contratualidade
 Todas as ações devem compor o repertório de práticas
desenvolvidas nos CAPS e os respectivos procedimentos
ser registrados, independente da tipologia.

 Acolhimento Noturno: Poderá ser realizado por todos os


CAPS. É necessário ter disponível e informado no CNES
o Leito de Acolhimento Noturno. O registro deste leito
no CNES é possível para todos os tipos de CAPS, porém
obrigatório para os CAPS III e CAPSad III.

 Para todos os procedimentos foi estabelecida a faixa


etária de 0 a 110 anos. Especificamente para os CAPSi:
CAPSi: 0 a 25 anos
 A proposta central do CAPS é a atenção psicossocial orientada para produção de
laços sociais, realização de projetos de vida e promoção e garantia de direitos a
pessoas em vulnerabilidade . Dando prioridade a pessoas em situação de intenso
sofrimento decorrente de transtornos mentais e álcool e outras drogas.

 O que determina a inclusão de uma pessoa no CAPS não é o diagnóstico, mas sim
a avaliação psicossocial.

 Todo o Capítulo F do CID-10 pode ser atendido nos CAPS, independente de sua
tipologia.

 Inclui ações de acompanhamento e apoio a outros pontos de atenção da Rede por


parte do CAPS: “Acompanhamento de Serviço Residencial Terapêutico” e “Apoio a
Serviço Residencial de Caráter Transitório” - Acompanhamento realizado pela
equipe do CAPS aos Serviço Residencial Terapêutico - SRTs, Unidades de
Acolhimento - UAs. Diferem-se dos procedimentos realizados pelas equipes de
cada um destes pontos de atenção.
ATENÇÃO ÀS SITUAÇÕES DE CRISE

Ações desenvolvidas para manejo das situações de crise, entendidas como


momentos do processo de acompanhamento dos usuários

Conflitos relacionais com familiares, contextos, ambiência e vivências,


geram intenso sofrimento e desorganização.

Disponibilidade de escuta atenta para compreender e mediar os possíveis


conflitos

Pode ser realizada no:


- CAPS
- Domicílio
- Outros espaços do território que favoreçam a construção e a preservação
de vínculos.
ACOLHIMENTO NOTURNO DE PACIENTE EM CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL

Ação de hospitalidade noturna realizada nos CAPS como recurso do projeto


terapêutico singular de usuários já em acompanhamento no serviço.

É um contraponto à internação hospitalar.

Afastamento de situações conflituosas visando o manejo de crise que


envolve conflitos relacionais caracterizados por rupturas familiares,
comunitárias, limites de comunicação e/ou impossibilidades de convivência.

Objetiva a retomada, o resgate e o redimensionamento das relações


interpessoais, o convívio familiar e/ou comunitário.
PROMOÇÃO DE CONTRATUALIDADE NO TERRITÓRIO

Acompanhamento de usuários nos cenários da vida cotidiana para


mediação promovendo equidade de poder nas relações através de
empréstimo de contratualidade do profissional para o usuário.

Casa
Trabalho
Iniciativas de geração de renda
Empreendimentos solidários
Contextos familiares
Contextos sociais
Território

É contraponto de “fazer por”.


AÇÕES DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL

Ações de fortalecimento de usuários e familiares, mediante a criação e


o desenvolvimento de iniciativas articuladas com os recursos do
território nos campos do trabalho/economia solidária, habitação,
educação, cultura, direitos humanos, que garantam o exercício de
direitos de cidadania, visando à produção de novas possibilidades para
projetos de vida.

É contraponto ao entretenimento, controle, ocupação do tempo,


distribuição do tempo e espaço.
FORTALECIMENTO DO PROTAGONISMO DE USUÁRIOS DE CENTRO
DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E SEUS FAMILIARES

Atividades que fomentem a participação de usuários e familiares nos


processos de gestão dos serviços e da rede, como:

Assembleias de serviços
Participação em conselhos
Conferências e congressos
Apropriação e a defesa de direitos
Criação de formas associativas de organização
ATENDIMENTO DOMICILIAR PARA PACIENTES DE CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL E /OU FAMILIARES

Atenção prestada no local de morada da pessoa e/ou de seus familiares, que


vise à elaboração do projeto terapêutico singular ou dele derive, que garanta
a continuidade do cuidado.

Compreensão de seu contexto e suas relações,


Acompanhamento dos usuários
Situações que impossibilitem outra modalidade de atendimento,

O usuário não ir ao CAPS não inviabiliza a construção e a continuidade do


acompanhamento.
MATRICIAMENTO, ACOMPANHAMENTO, APOIO DAS EQUIPES/PONTOS DE
ATENÇÃO DA RAPS

Apoio presencial sistemático


Discussões de casos e do processo de trabalho
Atendimento compartilhado
Ações intersetoriais no território
Cogestão e corresponsabilização no agenciamento do projeto terapêutico
singular.

Trabalho em Rede ligado à Vitalidade Comunitária


Coordenação Geral de Saúde Mental,
Álcool e outras Drogas
DAET
Secretaria de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde

saudemental@saude.gov.br

(61) 3315-9144

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