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1-Aprofundar os conceitos de equipes de saúde e a participação de

cada componente nos diversos cenários de atuação.

Muitos destes conceitos foram instituídos na PNAB (Política Nacional de Atenção


Básica) – Portaria 2436/2017
Definiu que a atenção básica e a atenção primaria são termos equivalentes

eSF (Equipes de Saúde e da Família)


Novo modelo que adere uma função multidisciplinar às equipes de Saúde e da Família,
tendo como objetivo principal integrar as UBSs para torna-las USFs no futuro.

Mínimo: 1 Médico, 1 Enfermeiro, 1 Auxiliar/Técnico de Enfermagem e 1 Agente


Comunitário da Saúde.

(Possibilidade de integração de novos profissionais de acordo com a necessidade da


população adscrita e vontade do gestor de saúde da UBS/USF) Tais como ACE – Agente de
Combate de Endemias, e os membros da eSB.

Seus cenários de atuação vão depender do fornecimento de dados e atualização dos mesmos
sobre famílias, membros e o próprio espaço físico da comunidade que podem influenciar no
tipo de estratégia e plano de ação que a equipe irá adotar.

Por exemplo, áreas de risco e vulnerabilidade social devem ter 100% da cobertura, e exigem
mais agentes comunitários uma necessidade de 750 pessoas dessa área por agente
comunitário.

Suas ações estão ligadas à projetos de ação que podem ser implementados em áreas
comunitárias como escolas, igrejas, praças, a própria UBS, ou USF, dentre outros.
Promovendo projetos de atendimento, vacinação, educação em saúde, conscientização e
outros projetos que visem solucionar um determinado problema ou questão da comunidade.
Além de claro, promover oportunidades de cadastro e registro de dados. Visto que, segundo a
ESF (Estratégia de Saúde da Família), a atenção primária em saúde deve ser a principal porta
de entrada o indivíduo no Sistema Único de Saúde. Sendo capaz de solucionar até 80% dos
problemas da comunidade/indivíduos.

eAP (Equipes de Atenção Primária)


Substituíram os eAB (Equipes de Atenção Básica)
Para municípios que não tem porte para aplicar ainda Equipes de Saúde e da família

Equipes com no mínimo: Médico e Enfermeiro (preferencialmente especializados em saúde


da família e da comunidade).

Como dito, são para municípios ou Unidades básicas que não tem porte de sustentar Equipes
de Saúde da família

eSB (Equipes de Saúde Bucal) (podem estar associadas às eSF)


Visam promover a saúde bucal em populações específicas. Podem estar ligadas à uma
UBS, ou, a uma Unidade Odontológica Móvel.

NASF-AB ou NASF (Núcleo de Apoio da Saúde da família e Atenção Básica)


Projeto de certa forma revogado pois não há mais possibilidade de cadastramento de
equipes nos Sistema do CNES.
Tinha antigamente a lógica de funcionamento multiprofissional – Agora aplicado na
ESF – com diversas áreas de atuação da saúde que tinham caráter de suporte às equipes de
eSF e eAP.
Não possuía um espaço físico
Agora, fica à cargo do município repassar as verbas para esses profissionais de acordo
com o feedback de sua atuação. Não possuindo mais um teto salarial ou delimitação de carga
horária. Essas ações agora são delimitadas pelos gestores de UBS/ USF que podem cadastrar
esses profissionais que ficaram à deriva pós o Programa Previne Brasil de 2019.
1—Incluir esses profissionais nas próprias equipes de Saúde e da Família.
2—Manter as equipes cadastradas no SCNES e fazendo o financiamento conforme a
Nota do MS
3—Para novos cadastros, não haveriam vínculos com eSF e eAP. (Até janeiro de
2020).

Algumas das atribuições do NASF


Apoio Matricial:

Tecnologia de gestão que complementa o trabalho em equipes de referência.


Propósito de construir responsabilidade de pessoas para pessoas, envolvendo
tecnologias leve-dura e leve.
Agrega ação clínica direta com os usuários e apoio técnico-pedagógico para a equipe.
Clínica Ampliada:

Direcionada a todos os profissionais de saúde na prática de atenção aos usuários.


Ampliação da clínica ajustando os recortes teóricos de cada profissão às necessidades
dos usuários.
Discussão em equipe de casos clínicos como recurso clínico e gerencial importante.
Projeto Terapêutico Singular (PTS):

Conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas para um sujeito individual


ou coletivo.
Resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial
quando necessário.
Geralmente dedicado a situações mais complexas, compartilhando opiniões e saberes
da equipe.
Projeto de Saúde no Território (PST):

Estratégia das equipes de Saúde da Família (SF) e do Núcleo de Apoio à Saúde da


Família (NASF) para desenvolver ações efetivas na produção da saúde em um território.
Articulação dos serviços de saúde com outros serviços e políticas sociais, investindo
na qualidade de vida e na autonomia das comunidades.
Foco na promoção da saúde, participação social e intersetorialidade, com a criação de
espaços coletivos de discussão e pactuação do projeto de saúde para a comunidade.

EACS (Estratégia de Agentes Comunitários da Saúde)


Delimitam e promovem a atuação do médico comunitário em saúde nas
equipes de Saúde e da família na Atenção Básica.

Projetos Para Comunidades Específicas

ESFF – Equipes de Saúde da Família Fluvial – (associados à UBSFs)


Para Comunidades ribeirinhas como no Amazonas, por exemplo.
É uma unidade fluvial

ECR – Equipes de Consultório de Rua – (associados à UBSs)


Para indivíduos moradores de rua ou pessoas em situação análoga.
É uma unidade móvel

EABP- Equipes de atenção básica prisional


Para prisioneiros.

Quanto à atuação:
**Enfermeiro: **
- Direção dos órgãos de enfermagem
- Coordenação da equipe de enfermagem
- Atendimento à saúde de indivíduos e famílias cadastradas
- Realização de consulta de enfermagem e procedimentos
- Solicitação de exames complementares e prescrição de medicações
- Gerenciamento de insumos e encaminhamento de usuários a outros serviços
- Educação permanente da equipe de enfermagem
- Gerenciamento e avaliação das atividades da equipe, incluindo o agente comunitário de
saúde

**Médico:**
- Promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças
- Acompanhamento do plano terapêutico do usuário
- Realização de consultas clínicas e procedimentos cirúrgicos
- Responsabilidade pela internação hospitalar ou domiciliar
- Participação em atividades de educação permanente da equipe
- Participação no gerenciamento dos insumos

**Agente Comunitário de Saúde (ACS):**


- Vínculo entre a equipe de saúde e a comunidade
- Realização de visitas domiciliares e levantamento de dados de saúde
- Cadastro e atualização de pessoas do território
- Orientação sobre utilização dos serviços de saúde
- Acompanhamento individual e coletivo
- Atividades de promoção da saúde, prevenção de doenças e vigilância à saúde

**Técnico e Auxiliar de Enfermagem:**


- Realização de procedimentos sob supervisão do enfermeiro
- Atendimento na unidade de saúde, domicílio e comunidade
- Educação em saúde e permanente

**Cirurgião-Dentista:**
- Desenvolvimento de atividades de saúde bucal em equipe multidisciplinar
- Definição do perfil epidemiológico da população
- Realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos
- Supervisão técnica do TSB e ASB
- Participação no gerenciamento de insumos

**Técnico em Saúde Bucal (TSB):**


- Acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal
- Manutenção e conservação de equipamentos odontológicos
- Remoção de biofilme e medidas de biossegurança
- Integração em ações multidisciplinares
- Educação permanente aos ASB, ACS e agentes multiplicadores

**Auxiliar em Saúde Bucal (ASB):**


- Realização de procedimentos regulamentados
- Limpeza, assepsia e esterilização de equipamentos
- Processamento de filme radiográfico e preparo de modelos em gesso
2- Discutir a lógica da atuação multiprofissional e interdisciplinar nos
diversos níveis de atenção à saúde dentro da Estratégia de Saúde da Família
(ESF)

A atuação multiprofissional na ESF promove uma comunicação interdisciplinar entre


os membros. Além de facilitarem a resolução de problemas. Essa lógica de funcionamento se
tornou mais forte após a implementação de equipes complementares da NASF pela nota
informativa do MS.
A lógica consiste em um conjunto de atividades compartilhadas e complementarem
que são divididas conforme os protocolos e necessidade.
Normalmente as atividades dos Médicos está interligada com enfermeiros e técnicos
de enfermagem, onde os protocolos instituem que o enfermeiro é capaz de fazer interconsultas
com o médico, além de prescrever exames e fazer orientações aos assistidos.
A atuação do Agente Comunitário, é interligada com as outras por meio da difusão de
informações com o grupo, proporcionando as informações obtidas a partir do elo com a
comunidade. Tendo em vista que sua principal função é integrar a população adscrita no
Sistema de Saúde Único de forma humanizada e detalhada no sistema. Proporcionando os
princípios descritos em lei.
Ademais, as integrações de outras áreas como as Equipes de Saúde bucal
proporcionaram uma visão mais holística e promovem integralidade da assistência do SUS.
Haja vista que os debates em grupo visam a formação de um plano de ação mais específico e
eficiente para as comunidades.
Vale ressaltar que essa lógica de atuação segue um dos princípios das metodologias
ativas. Além disso, acrescentar que não é uma lógica perfeita e ainda possui problemáticas.
3- Analisar os conceitos de promoção, proteção e prevenção da saúde
com as particularidades de atuação de cada profissional envolvido.

Vamos analisar a importância de cada profissional mencionado no contexto da


promoção, proteção e prevenção da saúde, considerando suas particularidades de atuação:

1. Enfermeiro:
- Importância: O enfermeiro desempenha um papel fundamental na promoção,
proteção e prevenção da saúde por meio de sua atuação direta no cuidado com os indivíduos e
famílias. Ele realiza consultas de enfermagem, procedimentos e atividades educativas, além
de gerenciar insumos e encaminhar usuários para outros serviços quando necessário. Sua
proximidade com os pacientes permite uma abordagem holística, atuando não apenas nos
aspectos físicos, mas também emocionais e sociais da saúde.

2. Médico:
- Importância: O médico é essencial na promoção, proteção e prevenção da saúde
por sua capacidade de diagnosticar doenças precocemente, orientar sobre medidas preventivas
e prescrever tratamentos adequados. Ele realiza consultas clínicas, procedimentos cirúrgicos
quando necessário e acompanha o plano terapêutico do usuário. Sua expertise clínica
contribui para a identificação e gestão eficaz de condições de saúde diversas, ajudando a
promover o bem-estar e a prevenir complicações.

3. Agente Comunitário de Saúde (ACS):


- Importância: O ACS desempenha um papel crucial na promoção da saúde ao atuar
como elo entre a equipe de saúde e a comunidade. Realizando visitas domiciliares, ele coleta
informações sobre a saúde da população, identifica necessidades e promove a adesão aos
serviços de saúde disponíveis. Sua presença constante na comunidade permite uma
abordagem preventiva, educativa e integrada, contribuindo para a melhoria dos indicadores de
saúde locais.

4. Técnico e Auxiliar de Enfermagem:


- Importância: Esses profissionais são fundamentais na execução das atividades de
promoção, proteção e prevenção da saúde sob supervisão do enfermeiro. Realizam
procedimentos clínicos, educação em saúde e apoio aos pacientes em diversas configurações,
incluindo unidades de saúde, domicílios e comunidades. Sua atuação complementa a equipe
de enfermagem, garantindo a continuidade do cuidado e o suporte necessário para a
manutenção da saúde dos indivíduos.

5. Cirurgião-Dentista, Técnico em Saúde Bucal e Auxiliar em Saúde Bucal:


- Importância: Esses profissionais são cruciais na promoção, proteção e prevenção
da saúde bucal, contribuindo para a saúde geral dos pacientes. Realizam procedimentos
odontológicos, promovem a educação em saúde bucal e participam de projetos de saúde no
território. Sua atuação visa prevenir doenças dentárias, diagnosticar precocemente problemas
bucais e proporcionar tratamento adequado, contribuindo para o bem-estar e a qualidade de
vida da população.

4- Compreender como funciona a Política Nacional de Humanização


no SUS.

A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 para efetivar os


princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública
no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. A PNH
deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS. Promover a
comunicação entre estes três grupos pode provocar uma série de debates em direção a
mudanças que proporcionem melhor forma de cuidar e novas formas de organizar o trabalho.

A humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de


produção de saúde. Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior autonomia, a ampliação da
sua capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade
compartilhada, da criação de vínculos solidários, da participação coletiva nos processos de
gestão e de produção de saúde.
Produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar, a PNH estimula a comunicação
entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de enfrentamento
de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas
desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde
em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si.

Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, a PNH conta com


um núcleo técnico sediado em Brasília – DF e equipes regionais de apoiadores que se
articulam às secretarias estaduais e municipais de saúde. A partir desta articulação se
constroem, de forma compartilhada, planos de ação para promover e disseminar inovações em
saúde. Com a análise dos problemas e dificuldades em cada serviço de saúde e tomando por
referência experiências bem-sucedidas de humanização, a PNH tem sido experimentada em
todo o país. Existe um SUS que dá certo, e dele partem as orientações da PNH, traduzidas em
seu método, princípios, diretrizes e dispositivos.

Como valorizar participação de usuário, profissionais e gestores

As rodas de conversa, o incentivo às redes e movimentos sociais e a gestão dos


conflitos gerados pela inclusão das diferenças são ferramentas experimentadas nos serviços de
saúde a partir das orientações da PNH que já apresentam resultados positivos.

Incluir os trabalhadores na gestão é fundamental para que eles, no dia a dia,


reinventem seus processos de trabalho e sejam agentes ativos das mudanças no serviço de
saúde. Incluir usuários e suas redes sócio-familiares nos processos de cuidado é um poderoso
recurso para a ampliação da corresponsabilização no cuidado de si.

Conheça a Rede HumanizaSUS

O HumanizaSUS aposta em inovações em saúde

Defesa de um SUS que reconhece a diversidade do povo brasileiro e a todos oferece a


mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, etnia, origem, gênero e orientação sexual;
Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de
gestão;
Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde;
Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde:
usuários, trabalhadores e gestores;
Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos coletivos;
Aumento do grau de corresponsabilidade na produção de saúde e de sujeitos;
Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua indissociabilidade, tendo como foco
as necessidades dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo de trabalho em saúde,
valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho;
Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil e mais
resolutivo;
Qualificação do ambiente, melhorando as condições de trabalho e de atendimento;
Articulação dos processos de formação com os serviços e práticas de saúde;
Luta por um SUS mais humano, porque construído com a participação de todos e
comprometido com a qualidade dos seus serviços e com a saúde integral para todos e qualquer
um.
Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006
Portaria nº 649/GM de 28 de março de 2006
Portaria nº 650/GM de 28 de março de 2006
Portaria nº 822/GM de 17 de abril de 2006
Portaria nº 2.133/GM de 11 de setembro de 2006
Portaria nº 1.624/GM de 10 de julho de 2007

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