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A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com
os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e
municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer
uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e
fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das
pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.
Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a
média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição.
Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias
daquele território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade
de pessoas por equipe.
I. Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR): desempenham a maior parte de suas funções em
Unidades Básicas de Saúde (UBS) construídas/localizadas nas comunidades pertencentes a regiões à
beira de rios e lagos cujo acesso se dá por meio fluvial; e
II. Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): desempenham suas funções em Unidades Básicas de
Saúde Fluviais (UBSF).
Oficialmente implantado pelo Ministério da Saúde em 1991, o então Programa de Agentes Comunitários
de Saúde (PACS) teve início no fim da década de 80 como uma iniciativa de algumas áreas do
Nordeste (e outros lugares, como o Distrito Federal e São Paulo) em buscar alternativas para melhorar
as condições de saúde de suas comunidades. Era uma nova categoria de trabalhadores, formada pela
e para a própria comunidade, atuando e fazendo parte da saúde prestada nas localidades.
Hoje, a profissão de agente comunitário de saúde (ACS) é uma das mais estudadas pelas
universidades de todo o País. Isso pelo fato de os ACS transitarem por ambos os espaços – governo e
comunidade – e intermediarem essa interlocução. O que não é tarefa fácil.
O agente comunitário de saúde tem um papel muito importante no acolhimento, pois é membro da
equipe que faz parte da comunidade, o que permite a criação de vínculos mais facilmente, propiciando o
contato direto com a equipe.
Equipes da Saúde da Família
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é composta por equipe multiprofissional que possui, no
mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e
comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de
enfermagem e ACS. Pode-se acrescentar a esta composição, como parte da equipe
multiprofissional, os profissionais de saúde bucal (ou equipe de Saúde Bucal-eSB): cirurgião-
dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou TSB.
O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) foi criado em 2008, com o objetivo de aumentar
a resolutividade e capacidade de resposta das equipes de saúde da família aos problemas da
população.
Esse núcleo é composto por profissionais de diferentes áreas do conhecimento que, atuando de
maneira integrada às equipes de saúde da família nelas incluídas as equipes de saúde bucal,
qualificam o atendimento às pessoas. Espera-se que a inserção desses profissionais ampliem o
olhar e as ações do cuidado, trazendo como consequência a diminuição do número de
encaminhamentos a outros serviços e maior satisfação aos usuários.
O NASF não se configura em um serviço de especialidades na Atenção Básica e deve realizar
ações compartilhadas com as equipes de saúde da família, visando à ampliação da clínica e
mudança das práticas, contribuindo para uma melhor qualidade de vida para as comunidades.
Conforme a Portaria GM/MS nº 3.124 de 28 de dezembro de 2012, há 03 (três) modalidades de
NASF:
NASF 1 – Deve realizar suas atividades vinculado a, no mínimo, 05 e no máximo 09 equipes
Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios
na rua, equipes ribeirinhas e fluviais).
NASF 2 – Deve realizar suas atividades vinculado a, no mínimo, 3 e no máximo 4 equipes
Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios
na rua, equipes ribeirinhas e fluviais).
NASF 3 – Deve realizar suas atividades vinculado a, no mínimo, 1 e no máximo 2 equipes
Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios
na rua, equipes ribeirinhas e fluviais), agregando-se de modo específico ao processo de
trabalho das mesmas, configurando-se como uma equipe ampliada.
Poderão compor o NASF profissionais das seguintes categorias: médico acupunturista, pediatra,
ginecologista/obstetra, homeopata, psiquiatra, geriatra, internista (clínica médica) ou médico do
trabalho; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico;
fisioterapeuta; fonoaudiólogo; nutricionista; psicólogo; terapeuta ocupacional; médico veterinário;
profissional com formação em arte e educação (arte educador); profissional sanitarista.
O horário de trabalho do NASF deve ser coincidente com o das equipes de saúde da família e
sua composição ser definida pelos gestores municipais em conjunto com estas equipes tomando
como base as necessidades locais.
O NASF faz parte da Atenção Básica, mas não se constitui como serviço com unidade física
independente ou especial, e não sendo de livre acesso para atendimento individual ou coletivo
(estes, quando necessários, devem ser regulados pelas equipes de Atenção Básica). O NASF
atua nas estruturas físicas das próprias Unidades Básicas de Saúde e no território.
Algumas ações a serem desenvolvidas pelo NASF são descritas, a seguir:
Atendimentos compartilhados com as equipes de saúde da família na Unidade Básica de
Saúde (UBS) e em visitas domiciliares;
Atividades de grupo e oficinas;
Participação em reuniões de equipes de saúde da família para melhoria do diagnóstico e
dos tratamentos aos usuários, bem como na reflexão sobre as mudanças necessárias
para melhor organização do seu processo de trabalho;
Articulação intersetorial buscando qualificação do atendimento em rede.
O QUE É O NASF?
Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF foram criados com o objetivo de ampliar a
abrangência das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade.
Os NASF são constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de
conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das Equipes
Saúde da Família, das Equipes de Atenção Básica, compartilhando as práticas e saberes em
saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes.
Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS,
principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de
análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos
quanto sanitários e ambientais dentro dos territórios.
QUAIS PROFISSIONAIS PODEM COMPOR O NASF?
Poderão compor os NASF: Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de
Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra;
Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta
Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clinica médica), Médico do Trabalho, Médico
Veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de
saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde
pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.
COMO SERÁ DEFINIDA A COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES DO NASF? TODOS OS
PROFISSIONAIS LISTADOS NA PORTARIA TERÃO GARANTIA DE ATUAÇÃO NOS NASFs?
Não. A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os
critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais
e das equipes de saúde que serão apoiadas.
ATUAÇÃO COMUM DE TODOS OS PROFISSIONAIS DO NASF
Identificar em conjunto com a ESF e comunidade: as atividades, as ações e as práticas
a serem desenvolvidas em cada uma das áreas de responsabilidade.
Atuar de forma integrada e planejada nas atividades desenvolvidas pela ESF.
Desenvolver coletivamente ações que se integrem a outras políticas: educação, esporte,
cultura, trabalho, etc.
Elaborar estratégias de comunicação e educação para divulgação e sensibilização das
atividades do NASF.
Elaborar projetos de prevenção de doenças e promoção à Saúde, por meio de
discussões periódicas em equipe, realizando ações interdisciplinares e desenvolvendo a
responsabilidade compartilhada.