Você está na página 1de 34

Gestão em enfermagem

na atenção básica
Professora: Dra. Laís Macêdo
Política Nacional de
Atenção Básica
Nova PNAB

Revisão da PNAB foi recomendada em 2015 pela Conferência Nacional de Saúde


Art. 1º Esta Portaria aprova a Política Nacional de Atenção Básica - PNAB, com vistas à
revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do
Sistema Único de Saúde - SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do
componente Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde - RAS.

Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica -
AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de
forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento.
.
A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS,
coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede.
• Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que
envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos,
cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e
gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido,
sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem
operacionalizados na Atenção Básica:

I - Princípios:
a) Universalidade;
b) Equidade; e
c) Integralidade.
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem
operacionalizados na Atenção Básica:

II - Diretrizes:

a) Regionalização e Hierarquização:
b) Territorialização;
c) População Adscrita;
d) Cuidado centrado na pessoa;
e) Resolutividade;
f) Longitudinalidade do cuidado;
A longitudinalidade ou vínculo longitudinal do cuidado, um dos
g) Coordenação do cuidado; atributos da atenção básica à saúde, consiste no acompanhamento
h) Ordenação da rede; e do usuário ao longo do tempo, na qual se espera uma relação
i) Participação da comunidade. terapêutica que envolva a responsabilidade por parte do profissional
de saúde e a confiança por parte do usuário
INFRAESTRUTURA, AMBIÊNCIA E FUNCIONAMENTO DA
ATENÇÃO BÁSICA

• São necessárias à realização das ações de atenção básica nos municípios e


Distrito Federal:

 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (UBS)


DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
ATENÇÃO BÁSICA

• São considerados unidades ou equipamentos de saúde no âmbito da Atenção Básica:

a) Unidade Básica de Saúde

Recomenda-se os seguintes ambientes:

consultório médico e de enfermagem, consultório com sanitário, sala de procedimentos, sala de


vacinas, área para assistência farmacêutica, sala de inalação coletiva, sala de procedimentos, sala de
coleta/exames, sala de curativos, sala de expurgo, sala de esterilização, sala de observação e sala de
atividades coletivas para os profissionais da Atenção Básica. Se forem compostas por profissionais de
saúde bucal, será necessário consultório odontológico com equipo odontológico completo;

a. área de recepção, local para arquivos e registros, sala multiprofissional de acolhimento à demanda
espontânea , sala de administração e gerência, banheiro público e para funcionários, entre outros
ambientes conforme a necessidade.
DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA

b) Unidade Básica de Saúde Fluvial c) Unidade Odontológica Móvel


DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
ATENÇÃO BÁSICA

• Do funcionamento:

a) Unidade Básica de Saúde

Recomenda-se que as Unidades Básicas de Saúde tenham seu funcionamento com carga horária
mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano,
possibilitando acesso facilitado à população.

Horários alternativos de funcionamento podem ser pactuados através das instâncias de participação
social, desde que atendam expressamente a necessidade da população, observando, sempre que
possível, a carga horária mínima descrita acima.
DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
ATENÇÃO BÁSICA

• Do funcionamento:

População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500
pessoas, localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica.

Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS:

- Identificação e horário de atendimento;


- Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;
- Identificação do Gerente da Atenção Básica no território e dos componentes de cada equipe da UBS;
- Relação de serviços disponíveis; e
- Detalhamento das escalas de atendimento de cada equipe.
DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
ATENÇÃO BÁSICA

• Da funcionalidade:

Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS:

- Identificação e horário de atendimento;


- Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;
- Identificação do Gerente da Atenção Básica no território e dos componentes de cada equipe da UBS;
- Relação de serviços disponíveis; e
- Detalhamento das escalas de atendimento de cada equipe.
DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
ATENÇÃO BÁSICA

• Tipos de equipe:

1 - Equipe de Saúde da Família (eSF):

Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e


comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de
enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de
combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente
especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal.

Para equipe de Saúde da Família, há a obrigatoriedade de carga horária de 40 (quarenta) horas


semanais para todos os profissionais de saúde membros da ESF. Dessa forma, os profissionais da
ESF poderão estar vinculados a apenas 1 (uma) equipe de Saúde da Família, no SCNES (Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde) vigente.
DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
ATENÇÃO BÁSICA

• Tipos de equipe:

2 - Equipe da Atenção Básica (eAB): esta modalidade deve atender aos princípios e diretrizes
propostas para a AB. A gestão municipal poderá compor equipes de Atenção Básica (eAB) de acordo
com características e necessidades do município. Como modelo prioritário é a ESF, as equipes de
Atenção Básica (eAB) podem posteriormente se organizar tal qual o modelo prioritário

As equipes deverão ser compostas minimamente por médicos preferencialmente da especialidade


medicina de família e comunidade, enfermeiro preferencialmente especialista em saúde da família,
auxiliares de enfermagem e ou técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como
dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e
agentes de combate à endemias.
DA INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
ATENÇÃO BÁSICA

• Tipos de equipe:

3 - Equipe de Saúde Bucal (eSB): Modalidade que pode compor as equipes que atuam na atenção
básica, constituída por um cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde
bucal.

Os profissionais de saúde bucal que compõem as equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção
Básica (eAB) e de devem estar vinculados à uma UBS ou a Unidade Odontológica Móvel, podendo se
organizar nas seguintes modalidades:

Modalidade I: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB) e;

Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB.


A equipe multiprofissional_EMULTI

A estratégia foi lançada em 2023 e retoma o


financiamento das ações interprofissionais para a
população, com foco em melhorar o acesso e o
cuidado contínuo ao longo do tempo na atenção
primária.
Equipes de Atenção Básica para Populações Específicas

• 1 - Equipes de Saúde da Família para o atendimento da População Ribeirinha da Amazônia Legal e


Pantaneira:

a. Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR): São equipes que desempenham parte significativa
de suas funções em UBS construídas e/ou localizadas nas comunidades pertencentes à área
adstrita e cujo acesso se dá por meio fluvial e que, pela grande dispersão territorial, necessitam de
embarcações para atender as comunidades dispersas no território. As eSFR são vinculadas a uma
UBS, que pode estar localizada na sede do Município ou em alguma comunidade ribeirinha
localizada na área adstrita.

b. Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): São equipes que desempenham suas funções em
Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), responsáveis por comunidades dispersas, ribeirinhas
e pertencentes à área adstrita, cujo acesso se dá por meio fluvial.
Equipes de Atenção Básica para Populações
Específicas

Equipes do Consultório na Rua

Objetivo: ampliar o acesso desses usuários à rede de atenção.

Realizar suas atividades de forma itinerante, desenvolvendo ações na rua, em instalações


específicas, na unidade móvel e também nas instalações de Unidades Básicas de Saúde do
território onde está atuando, sempre articuladas e desenvolvendo ações em parceria com as
demais equipes que atuam na atenção básica do território (eSF/eAB/UBS e Nasf-AB), e dos
Centros de Atenção Psicossocial, da Rede de Urgência/Emergência e dos serviços e instituições
componentes do Sistema Único de Assistência Social entre outras instituições públicas e da
sociedade civil;
PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

Surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação:


I - Avaliação clínica e psicossocial que objetivam identificar necessidades de saúde e
garantir a atenção integral a elas na Rede de Atenção à Saúde;

II - Prevenção que articule práticas de formação, educativas e de saúde, visando à


promoção da alimentação saudável, à promoção de práticas corporais e atividades físicas
nas escolas, à educação para a saúde sexual e reprodutiva, à prevenção ao uso de álcool,
tabaco e outras drogas, à promoção da cultura de paz e prevenção das violências, à
promoção da saúde ambiental e desenvolvimento sustentável; e

III - Educação permanente para qualificação da atuação dos profissionais da educação e da


saúde e formação de jovens.
DAS ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO
BÁSICA

• As atribuições dos profissionais das equipes de atenção básica devem seguir


as referidas disposições legais que regulamentam o exercício de cada uma
das profissões:
Nova PNAB

Revisão da PNAB foi recomendada em 2015 pela Conferência Nacional de Saúde


INVESTIMENTO CRESCENTE NA ATENÇÃO BÁSICA
(R$ EM BILHÕES)

18,78 19,16
18,36
17,33

13,77 13,07
12,51
9,86

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

DESCUMPRIMENTO DA CARGA HORÁRIA É UM DOS


PRINCIPAIS
Fonte: MOTIVOS
Departamento de Atenção Básica/MS PARA BAIXA PRODUTIVIDADE
APERFEIÇOAMENTO DA PNAB CONTRIBUIRÁ PARA
O ALCANCE DE 80% DA RESOLUTIVIDADE DA
ATENÇÃO BÁSICA

• Fortalecimento da Política Nacional de Atenção Básica


(PNAB) tornando-a mais resolutiva

• Informatização de serviços para melhoria da informação


coletada

• Garantir composição de profissionais, carga horária e


redistribuição de habitantes por equipes
RECONHECIMENTO DE OUTROS MODELOS
DE EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA QUE
MELHOR SE ADEQUAM A REALIDADE LOCAL

O gestor tem mais liberdade para definir a


composição dos profissionais para suas
equipes

AUMENTAR O NÚMERO DE EQUIPES


INDICAÇÃO DE GERENTE DAS UNIDADES
BÁSICAS DE SAÚDE

Atualmente, o profissional de
enfermagem tem se responsabilizado
pelas as ações de gerenciamento nas UBS
A proposta possibilita que os enfermeiros
possam se dedicar mais as ações de
assistência, ampliando o acesso aos
cidadãos
Caso o gerente seja um enfermeiro, a
Unidade básica de Saúde deverá possuir
outro na equipe
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
TRAZ A OBRIGATORIEDADE DO USO DO
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NAS UBS
Nova Política se adequa às novas
tecnologias para melhoria da
informação e atendimento
Agentes recebem tablets ou
smartphones para inserção de dados
Informação será cadastrada na hora,
evitando risco de perdas de fichas e
atraso no lançamento de dados
Investimento de R$ 1,5 bilhão ao ano
para a informatização incluindo a
biometria
E-SUS APS

• Busca reestruturar as informações da atenção primária em nível nacional e parte do


pressuposto de que qualificar a gestão de dados é fundamental para ampliar a qualidade
no atendimento à população. O e-SUS APS também permite o envio de informações de
prontuários eletrônicos próprios ou terceiros, utilizando tecnologia Thrift para transmitir
os dados para o Sistema de Informações em Saúde da Atenção Básica (Sisab).
MAIS MÉDICOS

• É um programa Federal que leva médicos para regiões onde há necessidade


desses profissionais para o atendimento básico no SUS. A iniciativa foi
criada em 2013 como resposta à dificuldade de fixar médicos em locais de
alta vulnerabilidade, municípios pequenos, em extrema pobreza e
distantes da capital.
BRASIL SORRIDENTE

• A Política de Saúde Bucal - Brasil Sorridente foi instituída há 19 anos.

• Unidades de Saúde da Família, Unidades Odontológicas móveis.


• Centros de especialidades Odontológicas (CEO).
• Atendimento odontológico em nível Hospitalar.
• Laboratório Regionais de Próteses Dentária (LRPD).
CONDICIONALIDADES DO BOLSA FAMÍLIA

• Na saúde, as condicionalidades contemplam ações voltadas para as


mulheres e crianças. A APS acompanha o estado nutricional e a situação
vacinal de crianças menores de 7 anos, além do pré-natal de gestantes.
REFERÊNCIAS

• https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

• http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html

Você também pode gostar