e RAPS sua criação e suas estruturas. Vamos ver como é feito o seu gerenciamento e o repasse do financiamento pelo Governo. E por fim vamos falar sobre Bioética na saúde mental. UNIDADE 4 | OBJETIVO
1. Conhecer sobre o Centro de Atenção Psicossocial, suas
diretrizes e classificações 2. Compreender como funciona o gerenciamento do Centro de Atenção Psicossocial 3. Conhecer sobre a Rede de Atenção Psicossocial 4. Compreender os conceitos CAPS - CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: DIRETRIZES E CLASSIFICAÇÕES
Vamos entender o que é o CAPS,
quais as classificações existentes e as suas diretrizes. HISTÓRIA DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Durante a tramitação do Projeto de Lei nº 3.657/89, alguns estados instituíram atividades baseadas na luta antimanicomial; A Lei n 10.216/2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental; A Portaria nº 336/02 estabelece sobre os Centros de Atenção Psicossocial e as modalidades existentes. O QUE É E COMO FUNCIONA O CAPS
CAPS são pontos de atenção estratégicos da
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS); É o centro da RAPS sendo responsável pelo fluxo e contrafluxo do paciente dentro do sistema de saúde A partir da sua entrada é elaborado o Plano Terapêutico Singular que é individual e de acordo com a necessidade do paciente. DIRETRIZES CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
• Todas as atividades e serviços da saúde
devem estar em consonância com as diretrizes e os princípios do SUS. • A classificação é de acordo com o número de habitantes do território, perfil dos transtornos e faixa etária . CARACTERÍSTICAS DOS CAPS DE MODO GERAL Coordenar as atividades de supervisão das unidades hospitalares psiquiátricas, supervisionar e capacitar as equipes da atenção básica, dos serviços e programas de saúde mental. • CAPS I: Entre 20.000 e 70.000 habitantes; Horário : 08 às 18 horas. • CAPS II: Entre 70.000 e 200.000 habitantes; Horário : 08 às 18 horas; Terceiro turno até às 21:00 horas. • CAPS III: Entre acima de 200.000 habitantes; Horário : 24 horas. • CAPSi: Entre acima de 200.000 habitantes; Horário : 08 às 18 horas; Terceiro turno até às 21:00 horas. • CAPSad: Entre acima de 200.000 habitantes; Horário : 08 às 18 horas; Terceiro turno até às 21:00 horas. O GERENCIAMENTO DA CAPS
Vamos entender como funciona o gerenciamento na saúde e
no CAPS além de como funciona o repasse do financiamento no SUS. Uma tarefa fundamental do gestor e da equipe gestora é conhecer a situação de saúde e os dados epidemiológicos do território. SITUAÇÃO DE SAÚDE PARA GESTÃO
Território: população que divide um mesmo
espaço geográfico, social, cultural, econômico e político com problemas e necessidades de saúde. Com dados em mãos, o gestor consegue elaborar os indicadores importantes para identificar, planejar e avaliar as ações e serviços. Para o planejamento é necessário conhecer a estrutura disponível no serviço para desenvolver as ações que se quer executar. PLANEJAMENTO NA GESTÃO DO SUS
Identificar a situação atual, principalmente os problemas
e as necessidades do território, e verificar qual a situação ideal, ou seja, onde se quer chegar. Retratar a situação real de saúde e qualificando o processo de tomada de decisão sempre baseados nos princípios e diretrizes do SUS. GESTÃO EM SAÚDE MENTAL
Garante a liberdade de atuação baseado
nas políticas de saúde mental. FINANCIAMENTO DO SUS E REPASSE PARA O CAPS
Repasse do financiamento é tripartite, ou seja, vem das
três esferas de governo. Para os CAPS o repasse é de acordo com sua modalidade. Regulamentado pela Portaria nº 3.089, de 23 de dezembro de 2011. Portaria nº 3.5882/2017 modifica a forma de repasse para hospitais e comunidades terapêuticas privada. RAPS - REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Vamos conhecer sobre a Rede de Atenção
Psicossocial, mas para isso, vamos entender como funciona a Rede de Atenção à Saúde. Além disso vamos conhecer os componentes da RAPS. REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS)
• Para um sistema de saúde mais integrados,
esse modelo de atenção tem uma característica horizontal. • RAPS foi instituída pela Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. • Os componentes também chamados de pontos de atenção. ATENÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
• SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência) e a UPA 24 horas (Unidade de Pronto Atendimento). • Atenção residencial de caráter transitório: Unidade de Acolhimento; • Serviços de Atenção em Regime Residencial. ATENÇÃO HOSPITALAR
• Localizados dentro de hospitais gerais.
• Estratégias de desinstitucionalização: Serviços Residenciais Terapêuticos; • Programa de Volta pra Casa. • Reabilitação psicossocial: Conjunto de ações para a inclusão e o exercício de direitos de cidadania através de iniciativas de trabalho e geração de renda. ÉTICA E BIOÉTICA NA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Vamos conhecer os conceitos de
ética e bioética, e como se aplicam na saúde mental. CONCEITOS: ÉTICA E BIOÉTICA
• Ética: conjunto de regras comportamentais e de formas
da vida para promoção do bem utilizando como base os seus conhecimentos sobre certo e errado. • Moral é o conjunto de regras baseadas na cultura, na educação, na tradição e no cotidiano. • Bioética tem como origem o conceito de ética voltado à saúde. • Quatro princípios: Beneficência, não-maleficência, autonomia e justiça ou equidade. PRÍNCIPIOS Princípio da beneficência: Principal princípio nas ações dos profissionais da saúde pois está relacionado ao dever de ajudar aos outros. Princípio da não-maleficência: Tem como conceito não fazer o mal para o paciente, não causar danos nem o colocar em risco. Princípio da justiça ou equidade: Refere-se aos direitos e deveres de todos. Princípio da autonomia: Esse princípio preconiza que cada indivíduo tem liberdade de escolha. Autonomia e o Projeto Terapêutico Singular: Construído pela equipe e pelo paciente reafirma a capacidade de autonomia do indivíduo perante as decisões de sua própria existência. Autonomia e o Projeto Terapêutico Singular: Construído pela equipe e pelo paciente reafirma a capacidade de autonomia do indivíduo perante as decisões de sua própria existência. AMARANTE, P., & NUNES, M. (2018). A reforma psiquiátrica no SUS e a luta por uma sociedade sem manicômios. cIÊNCIA & sAPUDE coLETIVA, 23(6), 2067- 2074. Acesso em 10 de 06 de 2019, disponível em https://www.scielosp.org/pdf/csc/2018.v23n6/2067-2074/pt BARBOSA, G., & al, e. (2012). Movimento da luta antimanicomial: trajetória, avanços e desafios. Cad. Bras. Saúde Mental, 4, 45-50. Acesso em 05 de 06 de 2019, disponível em https://rets.org.br/sites/default/files/2017-8050-1-PB.pdf BEZARRA, B. J. (2007). Desafios da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Physis, 17(2). Acesso em 10 de 06 de 2019, disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312007000200002 BORENSTEIN, M. (2007). Terapias utilizadas no Hospital Colônia Sant'Ana: berço da psiquiatria catarinense (1941-1960). Revista Brasileira de Enfermagem, 665-9. Acesso em 05 de 06 de 2019, disponível em http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n6/08.pdf BRASIL. (1992). Portaria SAS/MS n 224, de 29 de janeiro de 1992. Acesso em 07 de 06 de 2019, disponível em http://www.saude.mg.gov.br/index.php?option=com_gmg&controller=document&id=836 BRASIL. (2000). Portaria n106 de 11 de fevereiro de 2000. Acesso em 07 de 06 de 2019, disponível em http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/10/PORTARIA-106-11-FEVEREIRO-2000.pdf BRASIL. (2001). Lei n 10.216, de 6 de abril de 2001. Acesso em 07 de 06 de 2019, disponível em https://hpm.org.br/wp-content/uploads/2014/09/lei-no- 10.216-de-6-de-abril-de-2001.pdf BRASIL. (2002). Portaria n 336, de 19 de fevereiro de 2002. Acesso em 07 de 06 de 2019, disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html BRASIL. (2010). DECRETO Nº 7.179, DE 20 DE MAIO DE 2010. Acesso em 11 de 06 de 2019, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2010/Decreto/D7179.htm BRASIL. (2017). PORTARIA Nº 3.588, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2017. Acesso em 11 de 06 de 2019, disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3588_22_12_2017.html BRASIL. (2019). NOTA TÉCNICA Nº 11/2019-CGMAD/DAPES/SAS/MS. Acesso em 11 de 06 de 2019, disponível em http://pbpd.org.br/wp- content/uploads/2019/02/0656ad6e.pdf