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e Assistência
Farmacêutica
Mariana Martins Garcia
Livro
didático
digital
Unidade 04
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora
MARIANA MARTINS GARCIA
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
A AUTORA
MARIANA MARTINS GARCIA
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do desen- houver necessidade
volvimento de uma de se apresentar
nova competência; um novo conceito;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações es-
necessários obser- critas tiveram que ser
vações ou comple- priorizadas para você;
mentações para o
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e inda-
algo precisa ser gações lúdicas sobre
melhor explicado o tema em estudo, se
ou detalhado; forem necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamento atenção sobre algo
do seu conhecimento; a ser refletido ou
discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoaprendi- volvimento de uma
zagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial: Diretrizes e
classificações....................................................................11
História do Centro de Atenção Psicossocial ......................11
O que é e como funciona o CAPS ....................................12
Entrada e permanência do paciente no CAPS ...................15
Diretrizes Centro de Atenção Psicossocial........................15
Classificações Centro de Atenção Psicossocial ...................16
Características dos CAPS de modo geral...............16
CAPS I....................................................................17
CAPS II...................................................................18
CAPS III.................................................................18
CAPSi...................................................................19
CAPSad.................................................................20
Resumo das diferenças entre os CAPS.................21
O gerenciamento da CAPS.......................................23
Gestão da saúde.................................................................23
Situação de saúde para gestão............................................24
Planejamento na gestão do SUS.......................................25
Plano de Saúde ou Plano de Trabalho....................26
Gestão em saúde mental..................................................27
Financiamento do SUS e repasse para o CAPS...........28
RAPS - Rede de Atenção Psicossocial.....................31
Redes de Atenção à Saúde (RAS) ..........................................31
Instituição da Rede de Atenção Psicossocial .........................33
Componentes da Rede deAtenção Psicossocial - RAPS...........33
Atenção básica em saúde......................................33
Atenção psicossocial especializada..........................34
Atenção de urgência e emergência......................34
Atenção residencial de caráter transitório...............35
Atenção hospitalar...................................................35
Estratégias de desinstitucionalização......................36
Reabilitação psicossocial.......................................36
Ética e bioética na atenção psicossocial........................37
Conceitos: ética e bioética .............................................37
Princípio da não-maleficência...........................................39
Princípio da justiça ou equidade.....................................39
Princípio da autonomia ....................................................39
Autonomia na saúde mental....................................39
Autonomia e o Projeto Terapêutico Singular...........40
8 Saúde Mental e Assistência Farmacêutica
04
UNIDADE
Saúde Mental e Assistência Farmacêutica 9
INTRODUÇÃO
Estamos na última unidade de estudos da disciplina de saúde
mental e assistência farmacêutica. O que essa disciplina te acrescentou
até aqui? Conseguiu aprofundar seus conhecimentos em saúde mental?
Nessa unidade vamos começar aprofundando o conhecimento
sobre os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ligando os conhecimentos
que tivemos nas aulas anteriores com novos conteúdos, entendendo
como a luta antimanicomial auxiliou na estruturação do CAPS para atuar
com os serviços substitutivos e conhecendo cada modalidade de CAPS E
sua estrutura física e equipe de profissionais
Após entender mais sobre o CAPS, vamos conhecer sobre o seu
gerenciamento, mas para isso, você vai conhecer como funciona a gestão
de saúde e seu desenvolvimento pois a gestão do CAPS é baseada na
forma de gestão estratégica do SUS, e complementar o conhecimento
de gestão vamos entender como funciona o repasse financeiro no SUS
e no CAPS.
Sabemos que o CAPS faz parte da Rede de Atenção Psicossocial,
mas como funciona essa rede? Isso é o que vai descobrir nessa aula,
entender que essa rede faz parte de uma rede maior chamada de Rede
de Atenção à Saúde e vai conhecer os principais componentes do RAPS
e de que forma são utilizados.
E, por fim, vamos mergulhar num assunto importante em todos os
aspectos da saúde, mas principalmente no tratamento de transtorno metal:
Ética e Bioética. Você já ouviu falar de ética e bioética? Provavelmente sim,
mas você vai entender porque ela é importante na atenção psicossocial
principalmente quando você conhecer os quatro princípios da bioética
que são beneficência, não-maleficência, justiça e equidade e autonomia
e entender que eles estão relacionados aos direitos humanos. Entendeu?
Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
10 Saúde Mental e Assistência Farmacêutica
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso propósito é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta etapa de estudos:
SAIBA MAIS
O primeiro CAPS instituído no Brasil, em 12 de março de
1987, foi o Centro de Atenção Psicossocial Professor Luiz da
Rocha Cerqueira, conhecido como CAPS Itapeva, em São
Paulo. Já atendeu mais de 15 mil pacientes e é considerado
até hoje como referência em saúde mental. Em 2017
completou 30 anos e fez uma semana de atividades em
comemoração.
Para conhecer mais sobre esse CAPS acesse o link para
leitura da reportagem na integra: http://bit.ly/2wgei9E
12 Saúde Mental e Assistência Farmacêutica
DEFINIÇÃO
são pontos de atenção estratégicos da Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS): serviços de saúde de caráter aberto e
comunitário constituído por equipe multiprofissional e que
atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente
atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno
mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes
do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial,
seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação
psicossocial e são substitutivos ao modelo asilar.
Saúde Mental e Assistência Farmacêutica 13
CAPS I
Esse CAPS é instituído em municípios com população entre
20.000 e 70.000 habitantes e o horário de funcionamento no período de
08 às 18 horas, em 02 dois turnos, durante os cinco dias úteis da semana.
A equipe técnica para o atendimento de 20 pacientes por turno,
com limite máximo 30 pacientes/dia deve ser composta por:
• 01 (um) médico com formação em saúde mental;
• 01 (um) enfermeiro;
• 03 (três) profissionais de nível superior entre as seguintes
categorias profissionais: psicólogo, assistente social, terapeuta
ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto
terapêutico;
• 04 (quatro) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de
enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão.
18 Saúde Mental e Assistência Farmacêutica
CAPS II
Esse CAPS é instituído em municípios com população entre
70.000 e 200.000 habitantes e o horário de funcionamento no período
de 08 às 18 horas, em 02 dois turnos, durante os cinco dias úteis da
semana podendo ter um terceiro turno funcionando até às 21:00 horas.
A equipe técnica para o atendimento de 30 pacientes por turno,
com limite máximo 45 pacientes/dia deve ser composta por:
• 01 (um) médico psiquiatra;
• 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental;
• 04 (quatro) profissionais de nível superior entre as seguintes
categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro,
terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao
projeto terapêutico.
• 06 (seis) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de
enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão.
CAPS III
Municípios com população acima de 200.000 deve ter essa
modalidade de CAPS tendo um serviço ambulatorial de atenção contínua,
durante 24 horas diariamente, incluindo feriados e finais de semana
além de estar referenciado a um serviço de atendimento de urgência/
emergência geral de sua região, que fará o suporte de atenção médica.
Devido a existência do terceiro turno, os pacientes que
permanecerem no serviço durante 24 horas contínuas receberão
quatro refeições diárias. Reforçando o modelo antimanicomial, a própria
legislação descreve que a permanência de um mesmo paciente no
acolhimento noturno fica limitada a sete dias corridos ou 10 dez dias
intercalados em um período de 30 trinta dias.
A equipe técnica para o atendimento de 40 pacientes por turno,
com limite máximo 60 pacientes/dia, em regime intensivo, deve ser
composta por:
• 02 (dois) médicos psiquiatras;
• 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental.
• 05 (cinco) profissionais de nível superior entre as seguintes
Saúde Mental e Assistência Farmacêutica 19
CAPSi
O serviço de atenção psicossocial para atendimentos a crianças e
adolescentes pode ser instituído em municípios com população de cerca
de 200.000 habitantes, ou outros parâmetros populacionais e de acordo
com critérios epidemiológicos, definido pelo gestor local. Devendo ter
ambulatório de atenção diária destinado a crianças e adolescentes com
transtornos mentais. O horário de funcionamento deve ser de 8:00 às
18:00 horas, em dois turnos, durante os cinco dias úteis da semana,
podendo comportar um terceiro turno que funcione até às 21:00 horas.
Vale ressaltar que por se tratar de pacientes menores de idade
deve existir ações inter-setoriais, principalmente com as áreas de
assistência social, educação e justiça.
A equipe técnica para o atendimento de 15 crianças e/ou
adolescentes por turno, com limite máximo 25 pacientes/dia, em regime
20 Saúde Mental e Assistência Farmacêutica
CAPSad
Pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência
de substâncias psicoativas são atendidos nesse CAPS, cuja capacidade
operacional para atendimento em municípios com população superior a
70.000, e o horário de funcionamento no período de 08 às 18 horas, em
02 dois turnos, durante os cinco dias úteis da semana podendo ter um
terceiro turno funcionando até às 21:00 horas. Devendo manter de dois
a quatro leitos para desintoxicação e repouso.
A equipe técnica para o atendimento de 20 pacientes por turno,
com limite máximo 30 pacientes/dia deve ser composta por:
• 01 (um) médico psiquiatra;
• 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental;
• 01 (um) médico clínico, responsável pela triagem, avaliação e
acompanhamento das intercorrências clínicas;
• 04 (quatro) profissionais de nível superior entre as seguintes
categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro,
terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao
projeto terapêutico;
• 06 (seis) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de
enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão.
Saúde Mental e Assistência Farmacêutica 21
Nível
Modalidade Médico Enfermeiro Nível médio
superior
1 com
formação 3 4
CAPS I 1 enfermeiro
em saúde profissionais profissionais
mental
1 com
formação 4 6
CAPS II 1 psiquiatra
em saúde profissionais profissionais
mental
1 com
formação 5 8
CAPS III* 2 psiquiatras
em saúde profissionais profissionais
mental
1 psiquiatra,
ou
neurologista
ou pediatra 4 5
CAPSi 1 enfermeiro
com profissionais profissionais
formação
em saúde
mental
1 com
formação 4 6
CAPSad** 1 psiquiatra
em saúde profissionais profissionais
mental
O gerenciamento da CAPS
INTRODUÇÃO
Nesse tópico vamos conhecer o gerenciamento do CAPS,
mas para isso, devemos entender primeiro como funciona
a gestão de saúde e seu desenvolvimento, isso porquê, o
gestor do CAPS, na maioria das vezes é o mesmo gestor do
território no qual ele está instalado. Além disso, a forma de
gestão do CAPS deve estar baseada na forma de gestão
da saúde segundo a legislação vigente. Pronto para essa
jornada de aprendizado? Então, vamos começar!
Gestão da saúde
Discutir sobre gestão sempre é um processo complexo
principalmente quando o foco é avaliação de um serviço de saúde
mental, pois os novos serviços, como o CAPS por exemplo, vieram
para romper com o modelo anterior centrado na internação hospitalar
focado no isolamento, exclusão e perda da autonomia. Nesse sentido
a gestão deve atuar como uma politica de interlocução e avaliação
com uma metodologia especifica que comtemple a pluralidade e a
interdisciplinaridade entendendo a subjetividade o trabalho técnico e
clínico do processo.
Uma tarefa fundamental do gestor e da equipe gestora é
conhecer a situação de saúde e os dados epidemiológicos do território
sob sua responsabilidade para uma boa tomada de decisão em todos
os aspectos de gestão, principalmente na organização dos serviços e
definição dos protocolos e linhas de cuidado.
Conhecendo o perfil populacional do território, os principais
problemas de saúde da população, os serviços existentes, a rede de
apoio, a força de trabalho em saúde é possível elaborar a análise da
situação de saúde.
Com esses dados é possível elaborar o Mapa da Saúde,
preconizado pelo Decreto n. 7.508/2011, que é a “descrição geográfica
da distribuição recursos humanos (entenda-se força de trabalho em
24 Saúde Mental e Assistência Farmacêutica
IMPORTANTE
Perceba que até aqui estamos falando da gestão em saúde
e entre as atividades do gestor está a gestão de ações e
serviços da saúde mental e gerenciamento do CAPS.
(BRASIL, Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, 2011;
GIL, LUIZ, & GIL, 2016)
SAIBA MAIS
Quando os Municípios entenderem ser vantajoso, podem
estabelecer consórcios para a execução das suas ações
em saúde, remanejando entre si os recursos. Dessa forma,
Municípios pequenos podem complementar suas ações
em saúde com o auxílio das cidades vizinhas e ajuda-las
em suas ações.
REFLITA
Você deve estar se perguntando qual o problema de
aumentar o financiamento para essas comunidades
terapêuticas? O problema é que muitas dessas comunidades
atendem apenas os pacientes que se convertem à religião
proposta. Os que não aceitam a religião simplesmente não
são atendidos o que vai de encontro ao princípio do SUS de
integralidade, ou seja, todos tem direito a ser atendido. Além
disso, as comunidades terapêuticas podem se assemelhar
a internações manicomiais o que vai de encontro à Reforma
Psiquiátrica.
INTRODUÇÃO
Nesse tópico vamos conhecer sobre a Rede de Atenção
Psicossocial. Para isso, vamos primeiro falar sobre Rede
de Atenção à Saúde, que é a estrutura do SUS desde 2011
sendo responsável pela estruturação da RAPS. Por fim,
vamos conhecer os componentes da RAPS como funcional
e ser interligam para o fluxo e contrafluxo eficaz do paciente.
E ai, preparado para aprofundar seus conhecimentos?
Então vamos lá. Avante!
DEFINIÇÃO
Segundo MENDES, 2001, condições de saúde são as
circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de
forma mais ou menos persistente e que exigem respostas
sociais reativas ou proativas, eventuais ou contínuas e
fragmentadas ou integradas dos sistemas de atenção à
saúde”. A condição de saúde pode ser: condições agudas e
condições crônicas, sendo baseada no tempo de duração
dessa situação do paciente . (MENDES, 2011)
Fonte: Autor
Atenção hospitalar
Localizados dentro de hospitais gerais, esses pontos podem ser
enfermaria especializada em Hospital Geral e serviço Hospitalar. Esses
36 Saúde Mental e Assistência Farmacêutica
Estratégias de desinstitucionalização
Responsável pelo cuidado do paciente que ficou internado por
longo período em instituição de saúde mental, os Serviços Residenciais
Terapêuticos e o Programa de Volta pra Casa tem como objetivo a
reinserção desses indivíduo ao convívio social atuando na promoção de
autonomia e o exercício de cidadania a partir do apoio de profissionais e
os outros pontos de atenção.
O programa de Volta pra Casa provê um auxilio financeiro mensal
para esse paciente egresso de internações de longa permanência como
forma de indenização e início da inclusão social.
Outro programa importante é o programa de desinstitucionalização
que atua junto aos profissionais dos hospitais psiquiátricos para construir,
em conjunto, o processo de desinstitucionalização dos moradores.
(BRASIL, PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011, 2011;
MEDEIROS, 2017)
Reabilitação psicossocial
A reabilitação Psicossocial é um conjunto de ações que busca a
inclusão e o exercício de direitos de cidadania através de iniciativas de
trabalho e geração de renda, empreendimento solidários e cooperativas
sociais. (BRASIL, PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011,
2011; MEDEIROS, 2017)
Vimos nesse tópico a estrutura da Rede de Atenção Psicossocial e
seus componentes, todos atuando em conjunto como pontos de atenção
para acompanhar o paciente com transtornos mentais e necessidades
decorrentes do abuso de álcool e outras drogas. Assim como a Rede
de Atenção à Saúde é uma estrutura horizontal na qual o paciente faz
o fluxo e contrafluxo entre esses pontos de atenção para garantir a
universalidade, equidade e integralidade entro outros princípios do SUS.
Saúde Mental e Assistência Farmacêutica 37
INTRODUÇÃO
Você já ouviu falar de ética e bioética? Provavelmente sim,
mas você consegue entender porque ela é importante
na atenção psicossocial? Talvez seja difícil num primeiro
momento, mas não se preocupe, nesse tópico vamos
relembrar os conceitos de ética e bioética e como ela é
aplicada na saúde mental.
que a escolha deveria ser feita pelos pais. Pensando na saúde, os testes
eram feitos em animais, mas em seres humanos também. Por muito
tempo pessoas serviam como cobaias sem o seu consentimento sendo
considerado ético pois era para o bem da ciência. Tenho certeza que
você está pensando agora, que bom que os tempos mudaram!]]
Bioética tem como origem o conceito de ética voltado à saúde.
Esse termo surgiu a partir dos grandes avanços tecnológicos da biologia,
da medicina e da saúde como um todo principalmente relacionado as
descobertas e aplicações dessas tecnologias tanto durante estudos
tanto na utilização no ser humano e sua intervenção sobre a vida e a
natureza.
DEFINIÇÃO
O juramento de Hipócrates atualizado diz: A saúde do
meu paciente será a minha primeira preocupação. Não
permitirei que fatores de ordem religiosa, nacional, racial,
política ou de caráter social se interponham entre os meus
deveres e o meu paciente. Mostrarei o máximo respeito
pela vida humana, desde o momento da sua concepção;
nem mesmo coagido farei uso dos meus conhecimentos
médicos para fins que sejam contrários à leis humanas.
(ZUBIOLI, 2004)
Princípio da não-maleficência
Como o nome descreve, esse princípio tem como conceito não
fazer o mal para o paciente, não causar danos nem o colocar em risco.
O profissional deve ser comprometer a avaliar a situação e
evitar os danos previsíveis não bastando apenas ter boas intenções de
não prejudicar o paciente, mas verificar se suas atitudes e ações não
oferecem riscos ou buscar sempre as de menor risco
Princípio da autonomia
Esse princípio preconiza que cada indivíduo tem liberdade
de escolha, em relação ao tratamento, ou até mesmo de não quer
intervenção. Não impede que o profissional atue mas dá ao ser humano a
capacidade de refletir sobre as limitações e as possibilidades existentes.
Mas para que esse princípio seja usado adequadamente pelo paciente,
é necessário que os profissionais da saúde tenham capacidade de
orientá-lo de forma imparcial par que, juntos possam atuar na condição
de saúde do paciente. (KOERICH MS, 2005; BRAZ & SCHRAMM, 2011;
COSTA, ANJOS, & ZAHER, 2007; ZUBIOLI, 2004)
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Saúde Mental e
Assistência Farmacêutica