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Analítica: Clínica
e Forense
Unidade 4
Livro Didático Digital
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
FLÁVIA DEFFERT
AUTORIA
Flávia Deffert
Olá! Sou formada em Farmácia pela Universidade Federal do Paraná,
onde também cursei o Mestrado em Ciências Farmacêuticas. Já dei aulas
para o Ensino Técnico e Graduação de Elementos de Farmacologia e
Farmacotécnica. Hoje, curso pós-graduação lato sensu em Gestão por
Processos e da Qualidade e em Gestão de Serviços de Saúde na FAE
Business School. Sou apaixonada por aprender e por ensinar. Amo o que
faço e pretendo fazer a diferença na sua profissão. Por isso, fui convidada
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes.
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e
trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Sistemas da qualidade.............................................................................. 12
O que é qualidade?......................................................................................................................... 12
Validação analítica...................................................................................... 19
ABNT NBR ISO/IEC 17025......................................................................................................... 19
Seletividade...................................................................................................................... 22
Ensaios de recuperação......................................................................................... 30
Precisão ..............................................................................................................................32
Definições e conceitos..............................................................................................37
Orientações gerais....................................................................................................... 41
Norma NIT-DICLA-069................................................................................................................47
Norma NIT-DICLA-077.................................................................................................................53
Ferramentas e métodos de análise...................................................... 54
Preparo de amostra........................................................................................................................54
Análise de amostras.......................................................................................................................55
Análise de benzeno........................................................................................................................55
Cannabis sativa...............................................................................................................57
Cocaína................................................................................................................................ 59
Toxicologia Analítica: Clínica e Forense 9
04
UNIDADE
10 Toxicologia Analítica: Clínica e Forense
INTRODUÇÃO
A Toxicologia é uma ciência milenar que estuda todas as
substâncias que possam causar algum tipo de efeito no organismo seja
em nós, humanos, como também, nos animais e nas plantas. Como dizia
o pai da Medicina, Paracelso: “Dosis sola facit venenum” – “Somente a
dose faz o veneno”. Ou seja, Paracelso, no século XV, já afirmava o que
hoje conhecemos como “excessos”, “fatores de risco”, “substâncias
potencialmente carcinogênicas”, causadores de morte por intoxicação. A
Toxicologia Analítica é uma ferramenta que dá suporte a diversas áreas
da Toxicologia, tais como a clínica, a ambiental, a forense, a ocupacional
e a de alimentos. Nesse sentido, Paracelso, também, brilhantemente,
afirmou “Todos são interligados. O céu e a terra, ar e água. Todos são, uma
só coisa; não quatro, e não duas, e não três, mas um. Se não estiverem
juntos, há apenas uma peça incompleta”. Isso nos faz refletir, sobre o
equilíbrio causado pela quantidade, pelo que é bom e o que é ruim, sofre
a falta e excesso na vida de um organismo. Doenças, intoxicações, drogas
lícitas, drogas de abuso, plantas, gases, radiação, suicídio e homicídio
são algumas das palavras-chave para o nosso trabalho! Chamaram a sua
atenção? Pois agora é hora de explorá-las! Vamos lá?
Toxicologia Analítica: Clínica e Forense 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar
você no desenvolvimento dos seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta unidade letiva:
Sistemas da qualidade
OBJETIVO:
IMPORTANTE:
O que é qualidade?
DEFINIÇÃO:
DEFINIÇÃO:
VOCÊ SABIA?
NOTA:
DEFINIÇÃO:
SAIBA MAIS:
RESUMINDO:
Validação analítica
OBJETIVO:
DEFINIÇÃO:
3. Comparações interlaboratoriais.
•• Seletividade.
•• Tendência/recuperação.
•• Robustez (opcional).
Seletividade
DEFINIÇÃO:
Para isso, pode-se optar por fazer a análise com a amostra e materiais
de referência pelo método em estudo e outros métodos validados. Por
meio desse método, verifica-se a habilidade de o método ser capaz de
identificar e/ou dosar o analito na presença de interferentes.
Teste es-
Caso Procedimento Hipóteses Conclusões
tatístico
Matriz sem Preparar dois 1) A matriz não Teste F-S- Se o teste F-Sne-
o analito grupos de amos- afeta a preci- nedecor decor não for sig-
disponível tras de teste, um são do analito de homo- nificativo, a matriz
ou um com a matriz e, nos níveis de geneidade não causa um efeito
grupo o outro, sem; concentrações de variân- sobre a precisão, por
satisfatório ambos os grupos estudados. cias, por nível de concentra-
de amos- com a concen- 2) a matriz não nível de ção.
tras de tração do analito afeta o sinal concentra- e
referência idêntica em cada do analito nos ção
Se o teste t (Student)
disponível. nível de concen- níveis de con- e não for significativo,
tração de inte- centrações Teste t a matriz não causa
resse. Deve-se estudados. (Student) um efeito sobre o
testar toda a faixa
de com- resultado, por nível
de estudo (baixa,
paração de concentração.
média e alta),
de médias,
com no mínimo
por nível
3 replicatas por
de con-
nível de concen-
centração.
tração.
Matriz sem Preparar duas A matriz não Teste t Comparam-se as
o analito curvas analíticas, interfere na para incli- inclinações (coefi-
não dispo- que contenham inclinação da nações das cientes angulares)
nível. a mesma adição curva de adi- curvas. das curvas analíticas.
de analito para ção padrão. Este mes- Se as inclinações
cada nível de mo proce- dessas duas curvas
concentração. dimento de regressão linear
Uma curva é também não diferirem signifi-
preparada com pode ser cativamente, não há
adição de ana- aplicado efeito de matriz, o
lito na matriz da no caso que pode ser obser-
amostra (que já acima. vado graficamente
contém um nível pelo paralelismo
do analito) e a aproximado das
outra curva ana- duas curvas. Caso
lítica não inclui a contrário, a curva
matriz de amos- analítica deve ser
tra. Devem ser preparada na matriz.
preparados, no Os dados obtidos
mínimo, 5 níveis nesse procedimento
de concentração podem ser usados
com 3 replicatas para estudo da li-
por nível. nearidade.
RESUMINDO:
Limite de detecção
VOCÊ SABIA?
EXPLICANDO MELHOR:
Em que:
n: Número de medições.
E,
Em que:
LD: Limite de detecção.
: Sinal do branco.
: Desvio padrão branco.
Limite de quantificação
EXPLICANDO MELHOR:
Ainda, pode ser calculado soma da média dos valores dos brancos
da amostra multiplicado por dez vezes o desvio padrão das amostras
branco.
Tendência/Recuperação
SAIBA MAIS:
Ensaios de recuperação
Os ensaios de recuperação são feitos para avaliar a capacidade
de o método detectar o analito em uma amostra. Geralmente, esse teste
é realizado por meio da fortificação da amostra em três concentrações:
baixa, média e alta.
Em que:
IMPORTANTE:
SAIBA MAIS:
Precisão
A precisão é geralmente determinada em condições específicas
de medição e é usualmente expressa pela repetibilidade, precisão
intermediária e reprodutibilidade; sendo essas expressas pelo desvio
padrão ou coeficiente de variação.
Fórmula:
Fórmula:
Sendo que:
j = nº da amostra, j = 1, t.
k = nº do ensaio da amostra j, k = 1, n.
Por meio dos resultados dos três últimos parâmetros, ainda pode-
se calcular os limites de precisão e a aceitabilidade das características de
análise.
SAIBA MAIS:
Dado a isso foi a escolha para usá-lo como base a esse item.
36 Toxicologia Analítica: Clínica e Forense
Definições e conceitos
Conceito
•• Calibração de equipamentos.
•• Verificação de resultados.
Orientações gerais
Após a apresentação dos conceitos anteriormente listados, o
documento traduzido apresenta orientações gerais comuns a todas as
áreas do processo forense.
42 Toxicologia Analítica: Clínica e Forense
SAIBA MAIS:
Norma NIT-DICLA-069
A norma NIT-DICLA-069 surgiu com o objetivo de aplicar a ABNT
NBR ISO/IEC 17025 para acreditação forense de exames toxicológicos
de larga janela de detecção para atendimento ao MTPS e DENATRAN.
Os exames toxicológicos devem ser avaliados em conformidade com os
parâmetros da tabela de valores de cut-off.
Quadro 4 – Níveis de corte (cut-off)
48 Toxicologia Analítica: Clínica e Forense
Cocaína 0,5
Benzoilecgonina 0,05
Cocaína 0,5 Cocaetileno 0,05
Norcocaína 0,05
Morfina 0,2
Codeína 0,2
Opiáceos 0,2
Heroína 0,2
6-Monoacetilmorfina 0,2
Fonte: Inmetro (2017).
EXPLICANDO MELHOR:
IMPORTANTE:
a. Teste de triagem
1. Livre de drogas.
4. Cego, pelo menos 1% para cada bateria e pelo menos, 1 por bateria.
b. Teste confirmatório
52 Toxicologia Analítica: Clínica e Forense
1. Livre de drogas.
EXPLICANDO MELHOR:
Norma NIT-DICLA-077
A norma NIT-DICLA-077 tem o objetivo de descrever os requisitos
específicos aplicáveis à acreditação de laboratórios voltados ao controle
de doping de atletas no âmbito da WADA World Antidoping Agency
(WADA).
RESUMINDO:
Preparo de amostra
A primeira etapa do procedimento analítico é o preparo da amostra,
etapa que pode ocupar até 80% do tempo total da análise caso se trate
de matrizes muito complexas. A preparação da amostra inclui processos
de purificação (clean-up) e de extração cuja primazia é fator vital para o
sucesso a análise.
Análise de amostras
Como vimos, a primeira etapa da análise é a etapa de triagem
seguida da confirmatória. Essas etapas podem ser realizadas por meio de
detectores eletroquímicos, ultravioleta, fluorescência; e, também, outros
detectores altamente seletivos, como o espectrômetro de massas que
são empregados para minimizar a influência de outros compostos no
resultado, seja para identificar ou quantificar substâncias.
Análise de benzeno
Objetivo: análise ambiental e ocupacional do benzeno.
Amostra: urina.
Figura 2 – Técnicas A, B e C
Cannabis sativa
Amostragem
Os valores de hRf (Rf × 100) obtidos são 26 para CBN; 38 para Δ9-
THC e 42 para CBD.
Cocaína
Amostragem: preferencialmente utilizar métodos estatísticos para
estimar as alíquotas necessárias.
SAIBA MAIS:
RESUMINDO:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO/
IEC 17025:2017 - Requisitos gerais para a competência de laboratórios
de ensaio e calibração. Rio de Janeiro, 2017.