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A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é uma rede de saúde temática, que envolve o cuidado, visando assegurar
às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de drogas, o acesso a
um atendimento integral e humanizado, com foco no acolhimento, acompanhamento contínuo e vinculação à
rede (NÓBREGA; SILVA; SENA, 2016).
A portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com
sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no
âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
Esse modo de organização e cuidado em saúde mental é fruto da atuação de movimentos sociais, como o
Movimento da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica, que se organizaram no processo de
redemocratização brasileiro. Segundo Desviat (2018), esses movimentos colocam em debate a doença mental
como algo além da técnica, como algo que afeta toda a sociedade. Segundo o autor, ao romper com a lógica do
isolamento desses sujeitos em sofrimento, a RAPS se aproxima desses mesmos sujeitos dentro de um território,
levando em conta toda a singularidade do contexto e do sujeito. Essa lógica considera que a comunidade é parte
integrante do processo de atenção à saúde mental. Amarante e Nunes (2018) afirmam que o que estava em
pauta nesse processo é o delineamento de outro lugar social para a loucura em nossa tradição cultural.
A RAPS EM GOIÂNIA
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades são pontos de atenção estratégicos
da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituídos por equipe multiprofissional que atua
sob a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno
mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área
territorial, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial (BRASIL, 2011) e são
substitutivos ao modelo asilar. Nessa perspectiva, o CAPS opera nos territórios, compreendidos não apenas
como espaços geográficos, mas territórios de pessoas, de instituições, dos cenários nos quais se desenvolvem a
vida cotidiana de usuários e de familiares (BRASIL, 2005) e constituem-se como um “lugar” na comunidade.
Lugar de referência e de cuidado, promotor de vida, que tem a missão de garantir o exercício da cidadania e a
inclusão social de usuários e de familiares. Os CAPS têm papel estratégico na articulação da RAPS, tanto no que
se refere à atenção direta visando à promoção da vida comunitária e da autonomia dos usuários, quanto na
ordenação do cuidado, trabalhando em conjunto com as equipes de Saúde da Família e agentes comunitários
de saúde, articulando e ativando os recursos existentes em outras redes, assim como nos territórios.
Atualmente temos na Rede de Atenção Psicossocial os serviços de saúde mental que são os Centros de Atenção
Psicossocial – Caps (Transtorno) ll e lll, bem como CAPSAd (álcool e outras drogas) II e Ad III; CAPSIJ (Infanto-
juvenil), Ambulatório Municipal de Psiquiatria, Pronto Socorro Psiquiátrico Professor Wassily Chuc, Residências
Terapêuticas Masculinas e Femininas, Gerarte I e II e o Centro de Convivência Cuca Fresca.
Os CAPS têm porta aberta, ou seja, atendem por demanda espontânea e também usuários de saúde mental
referenciados pelas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde - SUS de Goiânia, mas sem a necessidade de
passar pelo sistema regulador da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Dentre os tipos de CAPS temos:
CAPS II: Atende prioritariamente adultos com transtornos mentais severos e persistentes, pessoas em intenso
sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes e outras situações clínicas que
impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Funciona das 07:00 às 19:00 h, nos cinco dias
úteis da semana;
CAPS III: Atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais
graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações
clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Proporciona serviços de atenção
contínua, com funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e
acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental;
CAPSAd II: Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente
do uso de crack, álcool e outras drogas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais
e realizar projetos de vida. Funciona das 07:00 às 19:00, nos cinco dias úteis da semana;
CAPSAd III: Proporciona atenção integral e contínua a pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de
álcool e outras drogas, com funcionamento nas 24 horas do dia e em todos os dias da semana, inclusive finais
de semana e feriados;
CAPSIJ II: Atende crianças e adolescentes que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico
decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias
psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO JUVENIL QUE ATENDEM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
TRANSTORNO MENTAL E USO ABUSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: