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MENTAL
SAÚDE E A ORGANIZAÇÃO DA
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
• Mudar a realidade dos manicômios onde viviam mais de 100 mil pessoas com transtornos
mentais.
Impulsionado por:
• Direitos humanos
• Combate à ditadura militar
• Exemplo das experiências exitosas de países europeus na substituição de um modelo de saúde
mental baseado no hospital psiquiátrico por um modelo de serviços não hospitalares com forte
inserção territorial.
DÉCADA DE
80
•Primeiras experiências municipais
(Santos).
Primeiros serviços de atenção psicossocial para realizar a reinserção de usuários em
seus
territórios existenciais.
Serviços abertos, com participação ativa dos usuários e formando redes com outras
políticas públicas (educação, moradia, trabalho, cultura etc).
“Não criar circuitos paralelos e protegidos de vida, mas habitar os circuitos de trocas
nos territórios da sociedade”.
Em 2001, foi sancionada a Lei nº 10.216, que afirma os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Na década de 2000, com financiamento e regulação tripartite (União, Estados e Municípios), ampliam-se
os serviços que viriam a constituir a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
A partir do Decreto nº 7.508/2011 a RAPS passa a integrar o conjunto das redes indispensáveis
na constituição das regiões de saúde do Sistema Único de Saúde – SUS.
•LEI FEDERAL Nº 10.216/2001 (PAULO DELGADO)
•A RAPS inclui um dispositivo para internações breves motivadas por urgências médicas, os leitos
especializados
em Hospital Geral.
A RAPS também oferece possibilidades de acolhimento imediato e breve (leitos em CAPS 24 horas) em
situações de crise ou de grande vulnerabilidade.
Mas no médio e longo prazos é preciso considerar que os territórios existenciais e laços sociais das pessoas
que fazem uso de drogas são mais diversos do que um retrato momentâneo do usuário pode fazer supor.
DEPENDÊNCIA DE DROGAS E REABILITAÇÃO
PSICOSSOCIAL
•Eles não estão apenas ligados ao universo da droga, e por isso não devem ser desconsiderados
em seu cuidado.
O trabalho do cuidado está justamente em (re)encontrar, se possível com família e amigos, os espaços de
inserção e de trocas sociais que a droga inibiu ou encobriu. E esse não pode ser um processo solitário,
realizado em reclusão, ainda que algum tipo de proteção deva ser oferecida, como no caso dos serviços
residenciais de caráter transitório da RAPS.
Ele deve ser um movimento assistido de reaproximação com os espaços de troca (trabalho, lazer, cultura,
esporte etc.) que podem criar sentido na vida de qualquer pessoa.
DEPENDÊNCIA DE DROGAS E REABILITAÇÃO
PSICOSSOCIAL
•Tal abordagem aumenta a sustentabilidade dos ganhos obtidos com o tratamento.
Saindo do ciclo de altos e baixos (abstinência na internação intercalada com uso descontrolado na alta) que tanto caracteriza
o usuário de drogas.
É razoável imaginar que esses movimentos de reinserção serão tão mais bem-sucedidos quanto mais livres e, por isso,
diversos e autênticos os caminhos escolhidos.
É verdade que a associação do uso prejudicial e, sobretudo, precoce da droga a uma condição de miséria extrema pode exigir
um
trabalho de reinserção social mais abrangente, intensivo e prolongado.
Esse trabalho não deixa de ser, no entanto, fundamentalmente realizado nos espaços sociais de troca e criação de laços,
nos espaços de exercício da cidadania. Portanto, ele não pode ter na exclusão da comunidade seu princípio orientador.
A situação de crianças e adolescentes que fazem uso de drogas não é diferente, particularmente quando
esse uso está combinado a miséria extrema e abandono familiar.
Nesses casos, fica evidente que são a miséria e o abandono que precedem o uso da
droga.
Portanto, é na garantia dos direitos dessas crianças e adolescentes, da saúde à educação, como determinado
no Estatuto da Criança e do Adolescente, que devem ser investidos os esforços de ações abrangentes de
proteção e cuidado.
ASPECTOS LEGAIS DA INTERNAÇÃO EM
MENTAL
SAÚDE
II.internação involuntária: acontece sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro. Nesse caso a
internação deve ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no
qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando ocorrer a alta. Nesse caso, a família
tem direito de pedir a suspensão da internação a qualquer momento.
atenção. drogas;
Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica
interdisciplinar;
Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as estratégias de cuidado com participação e controle
social dos usuários e de seus
familiares;
Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para
garantir a integralidade do cuidado;
Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, incluídos
os decorrentes do uso de substâncias psicoativas
OBJETIV
OS
Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território,
qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às
urgências.
Trabalho
interdisciplin
ar
Projeto
ações
terapêutic
intersetoria
o
is
singular
DIRETRIZ
ES
Estratégia
A lógica
de
do
educação
território
permanent
e Estratégia
de redução
de danos
COMPONENTES DA
REDE
Transitório,
• Centros de Convivência e Cultura
COMPONENTES DA
REDE
• CENTROS DE ATENÇÃO
ESTRATÉGICA
ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL
• SAMU 192
• Sala de Estabilização
• UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à
urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde
COMPONENTES DA
REDE DE
CARÁTER TRANSITÓRIO
ATENÇÃO RESIDENCIAL
• Unidade de Acolhimento
• Serviço de Atenção em Regime
Residencial
COMPONENTES DA
REDE
(comunidades terapêuticas)
solidários/cooperativas sociais.
O NOVO CONTINUM EM SAÚDE
MENTAL UBS –
porta de
entrada
ESF
Ambulatório
SM
CAPSE I,
II, III, AD
eI
Unidades
psiquiátricas em
hospital geral
Residência