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MUDANÇAS NO SISNAD
O que é o SISNAD?
Art. 3º (...)
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Além disso, a Lei também incluiu um parágrafo prevento que o SISNAD deverá atuar em
conjunto com o SUS e com o SUAS:
Art. 3º (...)
Compete à União:
3) coordenar o Sisnad;
6) promover a integração das políticas sobre drogas com os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios;
7) financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a execução das políticas sobre
drogas, observadas as obrigações dos integrantes do Sisnad;
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São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros:
Duração do plano
O Plano Nacional de Políticas sobre Drogas terá duração de 5 anos a contar de sua
aprovação.
A Lei prevê que deverão ser formados “conselhos de políticas sobre drogas”,
constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios. Tais conselhos terão os
seguintes objetivos:
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III - propor a celebração de instrumentos de cooperação, visando à elaboração de
programas voltados à prevenção, tratamento, reinserção e repressão ao tráfico ilícito de
drogas;
Importante registrar que o tratamento oferecido aos usuários e dependentes deverá ser
orientado por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidências científicas.
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Deverá ser oferecido atendimento individualizado ao usuário ou dependente de drogas
com abordagem preventiva e, sempre que indicado, ambulatorial.
IMPORTANTE
TIPOS DE INTERNAÇÃO
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A internação voluntária deverá A internação involuntária:
ser precedida de declaração
escrita da pessoa solicitante de • deve ser realizada após a formalização da decisão
que optou por este regime de por médico responsável;
tratamento.
• será indicada depois da avaliação sobre o tipo de
droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese
comprovada da impossibilidade de utilização de
outras alternativas terapêuticas previstas na rede de
atenção à saúde.
É garantido o sigilo das informações disponíveis neste sistema e o acesso será permitido
apenas às pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de responsabilidade.
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A chamada internação involuntária, agora prevista para os dependentes de droga, não é
uma novidade em nosso ordenamento jurídico.
Elaboração do PIA
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V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual;
Por isso, exige-se que a sua entrada ou permanência seja formalizada por escrito,
devendo o usuário ou dependente assinar que deseja ingressar ou ficar no local.
Etapa transitória
Ambiente residencial
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A comunidade terapêutica deverá funcionar em um ambiente residencial, que seja
propício à formação de vínculos, com a convivência entre os pares, atividades práticas
de valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoal, vocacionada para
acolhimento ao usuário ou dependente de drogas em vulnerabilidade social.
PIA
Deverá ser elaborado um plano individual de atendimento (PIA), no prazo de até 30 dias
contados da data de ingresso do usuário ou dependente na comunidade terapêutica.
Não são elegíveis para o acolhimento nas comunidades terapêuticas as pessoas com
comprometimentos biológicos e psicológicos de natureza grave que mereçam atenção
médico-hospitalar contínua ou de emergência. Tais pessoas deverão ser encaminhadas
à rede de saúde.
Quando a polícia encontrar drogas ilícitas (exs: cocaína, êxtase etc.), é possível imaginar
dois cenários:
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De posse do laudo e dos depoimentos do condutor, das testemunhas e do flagranteado,
a autoridade policial comunicará a prisão ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do
auto lavrado (art. 50, caput).
Após receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá, no prazo de 10 dias, verificar
se o laudo de constatação provisório está formalmente regular e, em caso positivo,
determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à
realização do laudo definitivo. Veja a redação do § 3º do art. 50, inserido pela Lei nº
12.961/2014:
A destruição das drogas será executada pelo Delegado de Polícia competente no prazo
de 15 dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária (§ 4º do art. 50).
O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas, sendo
lavrado auto circunstanciado pelo Delegado de Polícia, certificando-se neste a destruição
total delas (§ 5º do art. 50).
Pode acontecer de a autoridade encontrar a droga, mas não capturar, no local, pessoas
que possam ser responsabilizadas por ela. Ex: a Polícia recebe uma ligação anônima
afirmando que em determinada casa na favela está sendo comercializado entorpecente;
ao chegar no local, encontra diversas “trouxinhas” de cocaína, mas nenhum morador,
havendo indícios de que fugiram.
A Lei afirma, então, que a droga deverá ser destruída, por incineração, no prazo máximo
de 30 dias, contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à
realização do laudo definitivo. É a redação do art. 50-A da Lei nº 11.343/2006. Esse art.
50-A foi alterado pela Lei nº 13.840/2019. Compare:
LEI DE DROGAS
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Antes da Lei nº 13.840/2019 Depois da Lei nº 13.840/2019
(atualmente)
Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas Art. 50-A. A destruição das drogas
sem a ocorrência de prisão em flagrante será apreendidas sem a ocorrência de
feita por incineração, no prazo máximo de 30 prisão em flagrante será feita por
(trinta) dias contado da data da apreensão, incineração, no prazo máximo de 30
guardando-se amostra necessária à realização (trinta) dias contados da data da
do laudo definitivo, aplicando-se, no que apreensão, guardando-se amostra
couber, o procedimento dos §§ 3º a 5º do art. necessária à realização do laudo
50. definitivo.
Conforme se observa pela comparação dos dispositivos, com a nova Lei, em tese, não é
mais necessário observar o procedimento previstos nos §§ 3º a 5º do art. 50. Esses
parágrafos dizem o seguinte:
Art. 50 (...)
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida
no § 3º, sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se
neste a destruição total delas.
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
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secundários extrapenais genéricos da condenação, previstos no art. 91 do CP
(indenização quanto aos danos causados pelo crime e perda em favor da União dos
instrumentos, produtos e proveitos do delito).
Compare as redações:
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§ 1º Decretadas quaisquer das medidas Revogado
previstas neste artigo, o juiz facultará ao
acusado que, no prazo de 5 (cinco) dias,
apresente ou requeira a produção de
provas acerca da origem lícita do produto,
bem ou valor objeto da decisão.
MP 885/2019
Alguns dias depois da publicação da Lei nº 13.840/2019, foi editada a MP 885/2019, que
também alterou a Lei de Drogas e inseriu o art. 60-A também tratando sobre as medidas
assecuratórias do art. 60 acima explicadas. Veja o art. 60-A acrescido à Lei nº
11.343/2006:
Art. 60-A. Quando as medidas assecuratórias de que trata o art. 60 recaírem sobre
moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de
pagamento, será determinada, imediatamente, a conversão em moeda nacional.
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sessenta dias, à Caixa Econômica Federal para que se proceda à alienação ou custódia,
de acordo com o previsto nesta Lei.
Existe polêmica sobre a constitucionalidade desta MP. Isso porque ela trata sobre direito
penal e processual penal, matérias que não podem ser veiculadas por meio de medida
provisória, conforme estabelece o art. 62, § 1º, I, “b”, da CF/88:
I – relativa a:
(...)
• maquinários
• utensílios
• instrumentos e
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Em caso de apreensão de qualquer desses bens, o Delegado de Polícia deverá,
imediatamente, comunicar o fato ao juízo competente.
Alienação antecipada
Obs: as armas que forem apreendidas não serão alienadas, mas sim recolhidas na forma
da legislação específica.
A alienação antecipada é
- a venda,
Autos apartados
O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos, que será realizada por oficial de
justiça, no prazo de 5 dias a contar da autuação, ou, caso sejam necessários
conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo juiz, em prazo não superior a
10 dias.
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É possível a utilização dos bens apreendidos?
SIM.
Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata
o art. 61, os órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob
sua responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, mediante autorização
judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos respectivos bens.
(Redação dada pela Lei nº 13.840/2019)
Constatado que realmente houve uma depreciação muito grande, isto é, acima daquela
esperada pela utilização normal da coisa, então, neste caso, o ente federado ou a
entidade que utilizou o bem indenizará o detentor ou proprietário dos bens.
MP 885/2019
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Art. 62 (...)
§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal, por decisão judicial, serão
efetuados como anulação de receita do Fundo Nacional Antidrogas no exercício em que
ocorrer a devolução.
I - alienação, mediante:
a) licitação;
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b) doação com encargo a entidades ou órgãos públicos que contribuam para o alcance
das finalidades do Fundo Nacional Antidrogas; ou
III - destruição; ou
IV - inutilização.
§ 1º A alienação por meio de licitação será na modalidade leilão, para bens móveis e
imóveis, independentemente do valor de avaliação, isolado ou global, de bem ou de
lotes, assegurada a venda pelo maior lance, por preço que não seja inferior a cinquenta
por cento do valor da avaliação.
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Consoante já explicado, existe polêmica sobre a constitucionalidade desta MP. Isso
porque, em tese, ela trata sobre direito penal e processual penal, matérias que não
podem ser veiculadas por meio de medida provisória, conforme estabelece o art. 62, §
1º, I, “b”, da CF/88.
O art. 63 afirma que o juiz deverá decidir sobre os bens e valores que foram
apreendidos.
§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos bens, direitos e valores
declarados perdidos, indicando o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em
cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos termos da legislação vigente.
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO
Quando o investigado/acusado tem seus bens apreendidos por ordem judicial, ele tem a
possibilidade de obtê-los de volta mesmo antes do resultado final do processo
formulando um pedido de restituição dirigido ao juiz.
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Neste pedido de restituição, o interessado deverá provar que o bem, direito ou valor que
foi tornado indisponível possui origem lícita. Além disso, o interessado que formula o
pleito de restituição deverá comparecer pessoalmente em juízo, sob pena do pedido não
ser nem conhecido (não ter seu mérito analisado).
Enquanto o réu não comparecer pessoalmente para solicitar a restituição de seus bens,
direitos e valores, o juízo deverá determinar a prática de atos para conservá-los.
Isso que foi explicado acima foi previsto em dois novos artigos inseridos pela Lei nº
13.840/2019 na Lei de Drogas. Veja:
Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal
do acusado, podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de
bens, direitos ou valores.
Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e objeto de
medidas assecuratórias quando comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a
constrição dos bens, direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos
e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração
penal.
Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam recursos públicos para execução das
políticas sobre drogas deverão garantir o acesso às suas instalações, à documentação e
a todos os elementos necessários à efetiva fiscalização pelos órgãos competentes.
ALTERAÇÃO NO ECA
ALTERAÇÃO NO CTB
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O art. 306 do CTB prevê o crime de embriaguez ao volante:
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
No entanto, o CTB prevê que é possível essa constatação por outros meios, como por
exemplo:
• exame clínico;
• perícia;
• vídeo
• prova testemunhal.
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Acrescentou o § 4º ao art. 306 afirmando que a “capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência” pode ser aferida por qualquer aparelho homologado pelo INMETRO:
Essa inclusão teve por objetivo evitar questionamentos no sentido de que o aparelho
utilizado, no caso concreto, não seria o adequado e que, portanto, a prova obtida seria
ilícita.
Vigência
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