Você está na página 1de 30

Aula 01

HCPA (Residência Multiprofissional


Hospital de Clínicas de Porto Alegre)
Conhecimentos Específicos V para
Enfermagem - 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Gisele Lima

25 de Agosto de 2022
Gisele Lima
Aula 01

Índice
1) Lei 13.840/2019
..............................................................................................................................................................................................3

2) Nota técnica 11/2019


..............................................................................................................................................................................................
13

2
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

LEI Nº 13.840
A lei nº 13.840 de 05 de junho de 2019 dispõe sobre o Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas e as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas e
para tratar do financiamento das políticas sobre drogas.
Esta Lei altera a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.

Sisnad é o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos


materiais e humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e
projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas
Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios.

O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema
Único de Assistência Social - SUAS.

➢ Competência da União

• Formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas;

• Elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com Estados,


Distrito Federal, Municípios e a sociedade;

• Coordenar o Sisnad;

• Estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento do Sisnad e suas


normas de referência;

• Elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, prioridades, indicadores e definir


formas de financiamento e gestão das políticas sobre drogas;

• Promover a integração das políticas sobre drogas com os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios;

• Financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a execução das políticas


sobre drogas, observadas as obrigações dos integrantes do Sisnad;

3
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

• Estabelecer formas de colaboração com Estados, Distrito Federal e Municípios


para a execução das políticas sobre drogas;
• Garantir publicidade de dados e informações sobre repasses de recursos para
financiamento das políticas sobre drogas;

• Sistematizar e divulgar os dados estatísticos nacionais de prevenção, tratamento,


acolhimento, reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas;

• Adotar medidas de enfrentamento aos crimes transfronteiriços;

• Estabelecer uma política nacional de controle de fronteiras, visando a coibir o


ingresso de drogas no País.

➢ Do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas

São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas:

• Promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, atividades


e projetos dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, trabalho,
assistência social, previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção
do uso de drogas, atenção e reinserção social dos usuários ou dependentes de drogas;

• Viabilizar a ampla participação social na formulação, implementação e avaliação


das políticas sobre drogas;

• Priorizar programas, ações, atividades e projetos articulados com os


estabelecimentos de ensino, com a sociedade e com a família para a prevenção do uso de
drogas;

• Ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usuário ou dependente


de drogas, promovendo programas que priorizem a melhoria de sua escolarização e a
qualificação profissional;

• Promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a todos os serviços


públicos;

• Estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, ações e projetos


das políticas sobre drogas;

• Fomentar a criação de serviço de atendimento telefônico com orientações e


informações para apoio aos usuários ou dependentes de drogas;

4
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

• Articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego, renda e


capacitação para o trabalho, com objetivo de promover a inserção profissional da pessoa
que haja cumprido o plano individual de atendimento nas fases de tratamento ou acolhimento;

• Promover formas coletivas de organização para o trabalho, redes de economia


solidária e o cooperativismo, como forma de promover autonomia ao usuário ou
dependente de drogas egresso de tratamento ou acolhimento, observando-se as
especificidades regionais;

• Propor a formulação de políticas públicas que conduzam à efetivação das diretrizes e


princípios previstos no art. 22;

• Articular as instâncias de saúde, assistência social e de justiça no enfrentamento ao


abuso de drogas;

• Promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas.

As bancas adoram questões sobre objetivos. Foque nas palavras-chaves pra


lembrar de cada um.
O plano terá duração de 5 anos a contar de sua aprovação.

O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao conteúdo do Plano


Nacional de Políticas sobre Drogas.

➢ Dos Conselhos de Políticas sobre Drogas

Os conselhos de políticas sobre drogas são constituídos por Estados, Distrito Federal e
Municípios.
Objetivos:

• Auxiliar na elaboração de políticas sobre drogas;

• Colaborar com os órgãos governamentais no planejamento e na execução das


políticas sobre drogas, visando à efetividade das políticas sobre drogas;

5
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

• Propor a celebração de instrumentos de cooperação, visando à elaboração de


programas, ações, atividades e projetos voltados à prevenção, tratamento, acolhimento,
reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas;

• Promover a realização de estudos, com o objetivo de subsidiar o planejamento das


políticas sobre drogas;

• Propor políticas públicas que permitam a integração e a participação do usuário


ou dependente de drogas no processo social, econômico, político e cultural no respectivo ente
federado;
• Desenvolver outras atividades relacionadas às políticas sobre drogas em
consonância com o Sisnad e com os respectivos planos.

➢ Da Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas

Fica instituída a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, comemorada


anualmente, na quarta semana de junho.
Nesse período serão intensificadas as ações de:

I - Difusão de informações sobre os problemas decorrentes do uso de drogas;


II - Promoção de eventos para o debate público sobre as políticas sobre drogas;
III - Difusão de boas práticas de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção
social e econômica de usuários de drogas;
IV- Divulgação de iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de
drogas;
V- Mobilização da comunidade para a participação nas ações de prevenção e
enfrentamento às drogas;
VI - Mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, na realização de atividades de prevenção ao uso de drogas."

➢ Das atividades de prevenção, tratamento, acolhimento e de reinserção social e


econômica de usuários ou dependentes de drogas
• Estímulo à capacitação técnica e profissional;
• Efetivação de políticas de reinserção social voltadas à educação continuada e ao
trabalho;
• Observância do plano individual de atendimento (PIA)
• Orientação adequada ao usuário ou dependente de drogas quanto às consequências
lesivas do uso de drogas, ainda que ocasional.' (NR)

6
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

As pessoas atendidas por órgãos integrantes do Sisnad terão atendimento


nos programas de educação profissional e tecnológica, educação de jovens
e adultos e alfabetização.

➢ Do Tratamento do Usuário ou Dependente de Drogas

O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede


de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial,
incluindo excepcionalmente formas de internação em unidades de saúde e hospitais
gerais nos termos de normas dispostas pela União e articuladas com os serviços de assistência
social e em etapas que permitam:

I - articular a atenção com ações preventivas que atinjam toda a população;


II- orientar-se por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidências
científicas, oferecendo atendimento individualizado ao usuário ou dependente de drogas com
abordagem preventiva e, sempre que indicado, ambulatorial;
III - preparar para a reinserção social e econômica, respeitando as habilidades e
projetos individuais por meio de programas que articulem educação, capacitação para o
trabalho, esporte, cultura e acompanhamento individualizado;
IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de forma articulada.

Quando falar de tratamento de saúde mental pense na atenção


primária. As atividades ambulatoriais e preventivas são prioridade no tratamento de usuário
ou dependentes. A internação deve ser vista como uma opção excepcional.

Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de tratamento, em âmbito


nacional.

7
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde


ou hospitais gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente
autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do
Estado onde se localize o estabelecimento no qual se dará a internação.

Fique muito (a) atento (a) às palavras SOMENTE e OBRIGATORIAMENTE,


pois elas indicam restrição e as bancas AMAM isso.

São considerados 2 tipos de internação:


I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do dependente de
drogas;
II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o consentimento do dependente,
a pedido de familiar ou do responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor público
da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com
exceção de servidores da área de segurança pública, que constate a existência de motivos
que justifiquem a medida.

Com esta lei, a internação involuntária também pode ser solicitada por
servidores públicos.

8
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

➢ A internação voluntária:
Deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este
regime de tratamento e ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável;
Será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e
na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas
terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde;
Perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90
dias. Seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação escrita
da pessoa que deseja interromper o tratamento. A família ou o representante legal poderá, a
qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento.

A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os


==0==

recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

Todas as internações e altas de que trata esta Lei deverão ser informadas, em, no
máximo, de 72 horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de
fiscalização, por meio de sistema informatizado único, na forma do regulamento desta Lei.
É garantido o sigilo das informações disponíveis e o acesso será permitido apenas às
pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de responsabilidade.

É vedada a realização de qualquer modalidade de internação nas


comunidades terapêuticas acolhedoras.

O planejamento e a execução do projeto terapêutico individual deverão observar, no


que couber, o previsto na Lei nº 10.216/ 2001.

➢ Do Plano Individual de Atendimento

9
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

O atendimento ao usuário ou dependente de drogas na rede de atenção à saúde


dependerá de:

I - avaliação prévia por equipe técnica multidisciplinar e multissetorial;


II - elaboração de um Plano Individual de Atendimento - PIA

A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará a elaboração e execução do projeto


terapêutico individual a ser adotado, levantando no mínimo: o tipo de droga e o padrão de
seu uso e o risco à saúde física e mental do usuário ou dependente de drogas ou das pessoas
com as quais convive.
O PIA deverá contemplar a participação dos familiares ou responsáveis, os quais
têm o dever de contribuir com o processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes,
passíveis de responsabilização civil, administrativa e criminal, nos termos da Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
O PIA será inicialmente elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do
primeiro projeto terapêutico que atender o usuário ou dependente de drogas e será
atualizado ao longo das diversas fases do atendimento.

Constarão do plano individual, no mínimo:


I - os resultados da avaliação multidisciplinar;
II - os objetivos declarados pelo atendido;
III - a previsão de suas atividades de integração social ou capacitação profissional;
IV - atividades de integração e apoio à família;
V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual;
VI - designação do projeto terapêutico mais adequado para o cumprimento do
previsto no plano;
VII - as medidas específicas de atenção à saúde do atendido.

10
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

O PIA será elaborado no prazo de até 30 dias da data do ingresso no


atendimento.

As informações produzidas na avaliação e as registradas no plano individual de


atendimento (PIA) são consideradas sigilosas.

➢ Do Acolhimento em Comunidade Terapêutica Acolhedora


O acolhimento do usuário ou dependente de drogas na comunidade terapêutica
acolhedora caracteriza-se por:
I - oferta de projetos terapêuticos ao usuário ou dependente de drogas que visam à
abstinência
II - adesão e permanência voluntária, formalizadas por escrito, entendida como uma
etapa transitória para a reinserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas
III - ambiente residencial, propício à formação de vínculos, com a convivência entre os
pares, atividades práticas de valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoal,
vocacionada para acolhimento ao usuário ou dependente de drogas em vulnerabilidade social;
IV - avaliação médica prévia
V - elaboração de plano individual de atendimento
VI - vedação de isolamento físico do usuário ou dependente de drogas

Não são elegíveis para o acolhimento as pessoas com comprometimentos


biológicos e psicológicos de natureza grave que mereçam atenção médico-
hospitalar contínua ou de emergência, caso em que deverão ser encaminhadas à
rede de saúde.

➢ Do financiamento das políticas sobre drogas


Os gestores e entidades que recebam recursos públicos para execução das políticas
sobre drogas deverão garantir o acesso às suas instalações, à documentação e a todos os
elementos necessários à efetiva fiscalização pelos órgãos competentes.
Encerrado o processo criminal ou arquivado o inquérito policial, o juiz, de ofício,
mediante representação da autoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do Ministério
Público, determinará a destruição das amostras guardadas para contraprova, certificando nos
autos." (NR)

As escolas do Senai poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de


Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD nas condições a serem dispostas em instrumentos de
cooperação. No caso do Senac, os instrumentos de cooperação serão celebrados entre os
operadores do Senai e órgãos e entidades públicos locais responsáveis pela política de drogas.

11
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

Os programas de formação profissional rural do Senar, Senat e as escolas do Senac


poderão ofertar vagas aos usuários do SISNAD nas condições a serem dispostas em
instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senar/Senat ou Senac e os
gestores responsáveis pela prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
usuários e dependentes de drogas.

Os estabelecimentos citados também poderão ofertar vagas de aprendizes a


adolescentes usuários do SISNAD.

É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de


estabelecimentos congêneres assegurar medidas de conscientização, prevenção e
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas.
Promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e enfrentamento
ao uso ou dependência de drogas.

12
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

NOTA TÉCNICA Nº 11/2019

A Portaria n.º 3588, de 21 de dezembro de 2017, altera as Portarias de Consolidação n.º


3 e n.º 6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre a Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS), delineando novas diretrizes de ações propostas de forma conjunta pela União,
Estados e Municípios para o fortalecimento da RAPS.
Além de apresentar a Resolução do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas
(CONAD), que modificou as Diretrizes da Política Nacional sobre Drogas, o que altera as
orientações para o tratamento e reinserção social de pacientes que apresentam
dependência química e que estão em seguimento na RAPS.

Após meses de debate, em dezembro de 2017, a Comissão Intergestores Tripartite


(CIT), anunciou medidas para fortalecer esse atendimento no SUS, promovendo mudanças na
Política Nacional de Saúde Mental, com o objetivo de torná-la mais acessível, eficaz, resolutiva
e humanizada, sem deixar de lado nenhuma modalidade de tratamento validada e aplicável.

A RAPS foi ampliada e passa a contar com hospitais psiquiátricos especializados,


hospitais-dia, unidades ambulatoriais e CAPS IV AD, além dos antigos serviços já existentes.

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) passa a ser formada pelos seguintes


pontos de atenção (Serviços):

• CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), em suas diferentes modalidades


• Serviço Residencial Terapêutico (SRT)
• Unidade de Acolhimento (adulto e infanto-juvenil)
• Enfermarias Especializadas em Hospital Geral
• Hospital Psiquiátrico
• Hospital-Dia
• Atenção Básica
• Urgência e Emergência
• Comunidades Terapêuticas
• Ambulatório Multiprofissional de Saúde Mental - Unidades Ambulatoriais
Especializadas

13
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

Todos os Serviços, que compõem a RAPS, são igualmente importantes e devem ser
incentivados, ampliados e fortalecidos.

Um dos pontos da Nova Política Nacional de Saúde Mental é a expansão dos


Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), equipamentos voltados à reinserção social dos
pacientes e fundamentais para a desinstitucionalização dos que moram em hospitais
psiquiátricos.

Outro ponto refere-se às estratégias para abordagem das pessoas com uso nocivo de
drogas e com dependência de substâncias psicoativas, levando o poder público às áreas de
maior vulnerabilidade social, para tanto, foi criada nova modalidade de CAPS (IV AD) para
funcionar 24 horas nas regiões de cracolândias, com equipe completa, incluindo psiquiatras
e equipe de enfermagem de plantão.

O atendimento Ambulatorial também passa a ser incentivado, sendo assim, o Ministério


da Saúde começa a custear Equipes Multiprofissionais Especializadas em Saúde Mental para
atuar em Ambulatórios, de maneira integrada à Atenção Básica e aos CAPS, ocupando um
vazio assistencial que existia na RAPS.

O Ministério da Saúde não apoiará o fechamento de Ambulatórios, pois são


serviços que não concorrem com os CAPS, na medida em que fornecem
assistência a pacientes com necessidades distintas.

A escassez de leitos psiquiátricos especializados e atendimento qualificado nos


hospitais é bastante preocupante. O Ministério da Saúde passa a expandir os leitos
qualificados em Hospitais Gerais, dentro de Unidades Psiquiátricas Especializadas. O Hospital
Psiquiátrico, incluído na RAPS, deve ser modernizado e seguir protocolos e padrões modernos
vigentes.

14
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01
A desinstitucionalização dos pacientes moradores de Hospitais Psiquiátricos continua
sendo incentivada pelo Governo Federal, entretanto, a desinstitucionalização não será mais
sinônimo de fechamento de leitos e de Hospitais Psiquiátricos.

Somando leitos em Hospitais Psiquiátricos e em Hospitais Gerais, há cerca de 0,1 leito


por 1.000 habitantes, quando o preconizado pelo próprio Ministério da Saúde seria de 0,45
por 1.000 habitantes (Portaria GM/MS 3088/2011), sendo reconhecidos impactos negativos
quando o índice fica abaixo de 0,30 por 1.000 habitantes.

Em contrapartida, houve migração considerável de doentes mentais graves


para a população prisional, sendo as cadeias o maior manicômio do Brasil na
atualidade.

Sobre as Comunidades Terapêuticas, de apoio à recuperação de usuários de


drogas, foi criado um grupo de trabalho interministerial, com membros dos Ministérios da
Saúde, Justiça, Trabalho e Desenvolvimento Social, para estabelecer critérios para o
funcionamento, expansão e financiamento desses serviços. O objetivo é garantir o
acompanhamento do poder público, promovendo a oferta de cuidado de qualidade aos
pacientes com dependência química acolhidos nessas entidades.

Na área da saúde indígena, o Ministério da Saúde publicou Portaria que objetiva


aumentar o financiamento de CAPS que atendam a pacientes dessa população (Portaria n.º
2663/ 2017).

Com isso, o Ministério objetiva diminuir as barreiras de acesso ao cuidado dos indígenas
que apresentam transtornos mentais. Vale ressaltar que tem havido aumento na prevalência
de transtornos mentais entre os indígenas, tais como a dependência de álcool e outras drogas,
bem como o suicídio.
Associado a expansão da assistência, o Ministério da Saúde passa a aprimorar o
monitoramento e acompanhamento da política, bem como estabelecer diretrizes e protocolos
de assistência para que o atendimento aos pacientes acompanhados na RAPS seja embasada
em evidências científicas.

O Ministério da Saúde passa a financiar a compra do aparelho de


Eletroconvulsoterapia (ECT) para o tratamento de pacientes que
apresentam determinados transtornos mentais graves e refratários a outras
abordagens terapêuticas.

15
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

Como parte das ações de prevenção, o MS realizou convênio com o Centro de


Valorização da Vida (CVV), em março de 2017, para que as ligações ao CVV deixassem de ser
tarifadas, o que levou ao aumento na demanda.

Abaixo, seguem as principais mudanças apresentadas pela Resolução do CONAD


01/2018:

• Alinhamento entre a Política Nacional sobre Drogas e a recém-publicada Política


Nacional de Saúde Mental;
• Ações de Prevenção, Promoção à Saúde e Tratamento passam a ser baseadas em
evidências científicas;
• Posição contrária à legalização das Drogas;
• Estratégias de tratamento terão como objetivo que o paciente fique e permaneça
abstinente, livre das drogas. Para lograr esse objetivo, diferentes estratégias de ação
podem ser utilizadas, tais como Promoção de Abstinência, Suporte Social, Promoção da
Saúde e Redução de Riscos Sociais e à Saúde e Danos;
• Fomento à pesquisa deve se dar de forma equânime, garantindo a participação de
pesquisadores de diferentes correntes de pensamento e atuação;
• Ações Intersetoriais;
• Apoio aos pacientes e familiares em articulação com Grupos, Associações e Entidades
da Sociedade Civil, incluindo as Comunidades Terapêuticas;
• Modificação dos documentos legais de orientação sobre a Política Nacional sobre
Drogas, destinados aos parceiros governamentais, profissionais da saúde e população
em geral;
• Atualização da posição do Governo brasileiro nos foros internacionais, seguindo a
presente resolução.

A partir de 2019, a Política acima passa a ser de competência da nova Secretaria Nacional
de Cuidados e Prevenção às Drogas, do Ministério da Cidadania, conforme a medida provisória nº
870, de 1º de janeiro de 2019:

Art. 23. Constitui área de competência do Ministério da Cidadania:


...
V - políticas sobre drogas, quanto a:

• Educação, informação e capacitação para a ação efetiva para a redução do uso


indevido de
• Drogas lícitas e ilícitas;
• Realização de campanhas de prevenção do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas;
• Implantação e implementação de rede integrada para pessoas com transtornos
decorrentes
• Do consumo de substâncias psicoativas;
• Avaliação e acompanhamento de tratamentos e iniciativas terapêuticas;
• Redução das consequências sociais e de saúde decorrente do uso indevido de drogas
lícitas e ilícitas;
• Manutenção e atualização do observatório brasileiro de informações sobre drogas.

16
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

Basicamente a Nota Técnica fala que está expandindo e fortalecendo a RAPS,


contando com hospitais psiquiátricos especializados, hospitais-dia, unidades ambulatoriais e
CAPS IV AD, sem prejudicar nenhum dos serviços já existentes. Mantém a ideia da
desinstitucionalização, contudo reforça a importância de manter os hospitais psiquiátricos
abertos e da ampliação de leitos. Traz também uma mudança no acolhimento do serviço
residencial terapêutico que passa a englobar os usuários com transtornos mentais que vivem
nas ruas e os que são egressos de unidades prisionais comuns.

Novos componentes da Rede de Atenção Psicossocial

A presente normativa, seguindo o pactuado com os gestores municipais e estaduais na


resolução CIT no 32 de 2017, passa a incluir na RAPS, além dos serviços/pontos de atenção
existentes, os seguintes:

• Ambulatório Multiprofissional de Saúde Mental - Unidades Ambulatoriais


Especializadas
• Hospital Psiquiátrico
• Hospital-Dia

Os leitos psiquiátricos em Hospital Geral, devem estar localizados em


Enfermarias Psiquiátricas, contando com a presença de Equipe
Multiprofissional obrigatória, incluindo a obrigatoriedade de médico
psiquiatra.

CAPS AD IV

Os CAPS AD IV são Pontos de Atenção Especializada, que integram a RAPS, e que se


destinam a proporcionar atenção integral e continuada às pessoas com quadro de
dependência de substâncias psicoativas (relacionadas aos consumos de álcool, crack e outras
drogas).
17
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01
Devem funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive aos fins de
semana e feriados. Visam o atendimento de adultos ou crianças e adolescentes, conjunta
ou separadamente, no caso dos dois últimos grupos populacionais, o atendimento deverá
adequar-se ao previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Este serviço está programado
para atender pacientes em situações de emergência psiquiátrica, encaminhá-los para
abordagens terapêuticas em outros Serviços da Rede ou absorvê-los no próprio CAPS-AD.

Estes novos Centros podem ser de dois tipos: CAPS AD IV Novo ou CAPS AD IV
Reestruturado, resultado, este último, da adaptação de um CAPS AD pré-existente. Poderão
ser criados em todas as capitais estaduais, bem como nos Municípios com população
acima de 500.000 habitantes, devendo funcionar de forma a prestar assistência às pessoas
em cenas abertas de uso de drogas, as chamadas “cracolândias”. Sua implementação deverá
ocorrer conforme o previsto no Plano de Ação Regional ou instrumento equivalente.

O CAPS AD IV deverá contar necessariamente com equipe completa, incluindo


psiquiatras e equipe de enfermagem de plantão. Os demais profissionais de Saúde Mental, que
juntamente com psiquiatras e equipe de enfermagem que comporão o Serviço, trabalharão em
turno diurno.
➢ Objetivos gerais

• Atender integralmente pessoas de todas as faixas etárias, com quadros graves


decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas (dependência de substâncias
psicoativas)
• Proporcionar serviços de atenção continuada, com funcionamento vinte e quatro
horas, incluindo feriados e finais de semana
• Ofertar assistência a urgências e emergências, contando para isso com leitos de
observação, além de estratégias de reabilitação Psicossocial.

➢ Diretrizes quanto ao funcionamento

• Ser um serviço aberto que funciona segundo a lógica do território e que fornece
atenção contínua a pessoas com necessidades relacionadas aos consumos de
álcool, crack e outras drogas, durante as 24 horas do dia e em todos os dias da
semana, inclusive finais de semana e feriados;
• Ser um lugar de referência de cuidado e proteção para usuários e familiares em
situações de crise e maior gravidade;
• Capacidade para atender urgências e emergências psiquiátricas (dispor de
estrutura e equipe técnica);
• Capacidade para acolher e tratar casos novos e já vinculados, sem agendamento
prévio e sem qualquer outra barreira de acesso;

18
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01
• Produzir, em conjunto com o usuário e seus familiares, um Projeto Terapêutico
Singular que acompanhe o usuário nos contextos cotidianos, promovendo e ampliando
as possibilidades de vida e mediando suas relações sociais;
• Promover a inserção, proteção e suporte de grupo para seus usuários, no processo
de reabilitação psicossocial;
• Organizar o processo de trabalho do serviço com equipe multiprofissional, sob a
ótica da interdisciplinaridade, priorizado espaços coletivos
• Designar profissionais de referência para cada usuário
• Adequar a oferta dos serviços às necessidades dos usuários, recorrendo às
tecnologias de baixa exigência, tais como acomodação dos horários, acolhimento de
usuários mesmo sob o efeito de substâncias, dispensação de insumos de proteção à
saúde e à vida
• Oferecer cuidados às famílias de usuários, independentemente da vinculação do
usuário aos serviços daquele CAPS AD IV
• Responsabilizar-se, dentro de suas dependências ou em parceria com outros pontos
de atenção da Rede de Saúde, pelo manejo e cuidado de situações envolvendo
comorbidade psiquiátrica ou clínica
• Compartilhar a responsabilidade pelos usuários nas internações no próprio CAPS
ou em outros Pontos de Atenção
• Articulado com a Rede de Atenção às Urgências e Emergências, em especial com o
SAMU e com as equipes de Consultório na Rua
• Articular-se com a Rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) da Região
de Saúde a que pertença, para acompanhamento compartilhado de casos, quando
necessário
• Orientar os cuidados de acordo com as diretrizes e as linhas de cuidados vigentes no
SUS
• Ser capaz de ofertar programas de tratamento completos, incluindo consultas,
terapias, oficinas, suporte em assistência social, intervenções de reabilitação e
atividades intersetoriais;
• Articular-se com equipamentos que forneçam abrigo/moradia transitória, como
unidades de acolhimento e comunidades terapêuticas onde está inserido;
• Integrar-se ao sistema de regulação de vagas do território.

➢ Atividades

• Trabalhar de portas abertas, com plantões diários de acolhimento e tratamento,


garantindo acesso para clientela referenciada e responsabilização efetiva pelos casos,
sob a lógica de equipe Interdisciplinar, conforme definido nesta Portaria
• Atendimento individual para consultas de rotina e de emergência, psicoterapia e
orientação, dentre outros
• Oferta de medicação assistida e dispensada
• Atendimento em grupos para psicoterapia, grupo operativo e atividades de suporte
social, dentre outras
• Oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível universitário ou de nível
médio, nos termos desta Portaria
• Visitas e atendimentos domiciliares
• Atendimento à família, individual e em grupo
19
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01
• Atividades de reabilitação psicossocial
• Estimular o protagonismo dos usuários e familiares, promovendo atividades
participativas e de controle social
• Fornecimento de refeição diária aos usuários

➢ Composição da equipe mínima

O CAPS AD IV deve funcionar com, pelo menos, uma equipe mínima para
atendimento, sendo que, em situações de férias, licenças e outros afastamentos, cabe ao
gestor de saúde local garantir a composição dessa equipe, conforme ela é descrita:
Profissional de nível médio para realização de atividades de natureza administrativa
(24 horas por dia)

• Turno Diurno:

1 médico clínico (diarista) + 2 médicos psiquiatras (um diarista e um plantonista 12h) +


2 enfermeiros com experiência e/ou formação na área de saúde mental (plantonistas 12h) + 6
profissionais de nível universitário pertencentes às categorias profissionais (diaristas) de
psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional e educador físico + 6 técnicos de
enfermagem (plantonistas 12h) + 4 profissionais de nível médio.

• Turno Noturno:

1 médico psiquiatra + 1 enfermeiro com experiência e/ou formação na área de saúde


mental e 5 técnicos de enfermagem (todos plantonistas 12h)

Em relação à estrutura física, o CAPS AD IV deverá dispor de no mínimo 10 e no


máximo 20 leitos de observação.

➢ Incentivo financeiro

O incentivo financeiro, destinado a apoiar apenas a implantação de CAPS AD IV


públicos, será transferido em parcela única pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos
Fundos de Saúde estaduais ou municipais ou do distrito federal.

Unidade de Referência Especializada em Hospital Geral

Fica estabelecido que o Ministério da Saúde irá incentivar e habilitar somente unidades
especializadas em saúde mental/psiquiatria em hospitais gerais, com mínimo de 8 e
máximo de 30 leitos por enfermaria, até 20% da capacidade total instalada, exigindo equipe
multiprofissional mínima completa, incluindo psiquiatra responsável pela condução dos
casos. Exceções são passíveis, desde que bem justificadas e aprovadas nas instâncias
colegiadas.

20
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01
Passa a ser exigida ocupação de 80% para repasse integral do incentivo de custeio. Os
incentivos para implantação devem ser solicitados de acordo com o tamanho da enfermaria (3
níveis), e não mais isoladamente, por leito.

É alterado o Art. 57.º da Portaria de Consolidação n.º 3 GM/MS, relativo à definição da


Equipe Técnica Multiprofissional, altera a gradação do número de leitos implantados,
propondo a seguinte proporção:

• Para o cuidado em enfermaria de 8 a 10 leitos, a equipe técnica multiprofissional


mínima será de:

2 técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno;


2 profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando carga-horária mínima de
40h por semana;
1 médico psiquiatra responsável pelos leitos, carga horária mínima de 10h por semana.

• Para o cuidado em enfermaria de 11 a 20 leitos, a equipe técnica multiprofissional


mínima será de:

4 técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno diurno e 3 técnicos ou auxiliares de


enfermagem por turno noturno;
1 enfermeiro por turno;
2 profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando carga-horária mínima de
60h por semana;
1 médico psiquiatra responsável pelos leitos, contabilizando carga-horária mínima de
serviços de 20h por semana.

• Para o cuidado de 21 a 30 leitos, a equipe técnica multiprofissional mínima será de:

5 técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno diurno e 4 técnicos ou auxiliares de


enfermagem por turno noturno;
1 enfermeiro por turno;
2 profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando carga-horária de 90h
por semana;
1 médico clínico responsável pelas interconsultas;
1 ou 2 médico(s) psiquiatra(s) responsável(is) pelos leitos, contabilizando carga
horária total de serviços de 30h por semana

Estipula, em seu Art. 6.º, que a configuração deste Serviço Hospitalar de Referência deve
obedecer às seguintes Normas de Transição:

Para o cuidado de até 4 leitos, a equipe técnica multiprofissional mínima será de: 1
técnico ou auxiliar de enfermagem por turno; 1 profissional de saúde mental de nível superior;
e 1 médico clínico responsável pelos leitos;

Para o cuidado de 5 a 10 leitos, a equipe técnica multiprofissional mínima será de 2


técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno; 2 profissionais de saúde mental de nível
superior; e 1 médico clínico responsável pelos leitos.

21
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01
Ao gestor local é facultada a possibilidade de apresentar um plano de readequação para
atender ao disposto nas novas regras estabelecidas a partir da redação desta Portaria,
solicitando incentivo para implantação de novos leitos ou organização de serviço local ou
regional nos moldes estabelecidos agora estabelecidos.

O Ministério da Saúde deixa claro que os leitos antigos, que não se encontram
em Enfermarias Psiquiátricas de Hospitais Gerais deverão passar por processo
de Transição, com o objetivo de se adequarem às novas normativas do SUS.

Unidade Ambulatoriais Especializadas- Equipe Multiprofissional de


Atenção Especializada em Saúde Mental (AMENT)

A Portaria n.º 3588 institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e como
parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), as Equipes Multiprofissionais de Atenção
Especializada em Saúde Mental (AMENT).
As AMENT, como parte estratégica da atenção integral à pessoa com transtornos
mentais moderados, têm por objetivo prestar tratamento multiprofissional em Saúde
Mental, integrando-se aos demais Serviços da RAPS e das demais redes de atenção à saúde.

Municípios de pequeno porte e que apresentem dificuldades de implantação e


manutenção da estrutura de um CAPS I, incluindo questões relacionadas ao RH, podem
optar por uma equipe AMENT.
É facultado ao Município, considerando o contexto de sua Rede e suas necessidades
mais prementes, planejar a melhor composição de serviços assistenciais
comunitários/Ambulatoriais. Municípios maiores, e que já apresentam outros Serviços da
RAPS, também são incentivados a constituir AMENTs para dar maior potência e volume
aos atendimentos de base comunitária.

➢ Competência das equipes AMENT

• Ampliar o acesso à assistência em saúde mental para pessoas de todas as faixas


etárias com transtornos mentais mais prevalentes, como transtornos de humor,
dependência química e transtornos de ansiedade;
• Prestar assistência multiprofissional às pessoas com transtornos mentais
moderados, incluindo moradores de residências terapêuticas;
22
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01
• Constituir-se, preferencialmente, como referência regional para assistência
ambulatorial especializada em Saúde Mental;
• Trabalhar, de forma integrada, com outros pontos de atenção da RAPS e de outras
redes do SUS;
• Estabelecer articulações com demais serviços do SUS e com o Sistema Único de
Assistência Social, por forma a garantir direitos de cidadania e ação intersetorial.

➢ Composição das equipes

Equipes terão caráter multiprofissional mínimo, com composição da seguinte forma:

• Equipe tipo 1: 1 médico especialista em psiquiatria ou médico com experiência em


psiquiatria (10 horas semanais), 1 psicólogo (30 horas semanais) e 1 assistente social
(30 horas semanais).

• Equipe tipo 2: composta por 1 médico especialista em psiquiatria (20 horas


semanais), 2 psicólogos (total de 60 horas semanais) e 1 assistente social (total de 30
horas semanais)

• Equipe tipo 3: composta por 1 médico especialista em psiquiatria (30 horas


semanais), 2 psicólogos (total 60 horas semanais), 1 assistente social (total de 30 horas
semanais) e 1 profissional de nível superior da área de saúde mental (total de 30 horas
semanais). O 5º profissional é de livre escolha, podendo ser médico psiquiatra,
psicólogo, assistente social ou terapeuta ocupacional ou fonoaudiólogo (30 horas
semanais).

Perceba que a partir da equipe 2, é obrigatório que o médico seja especialista


em psiquiatria. Faça a seguinte associação: nas equipes a carga horária do médico será o
número da equipe seguido de 0, ex: equipe 1- médico-10 h/semanais (começa com 1), na
equipe 2, deve ser 20 h e na 3 deve se 30 horas.

As AMENTs podem ser localizadas em Clínicas e Ambulatórios Gerais ou


Especializados em Saúde Mental. Um município pode solicitar a constituição de
várias AMENTs, inclusive em um mesmo estabelecimento de saúde, de acordo
com sua demanda sanitária.

23
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

Alterações na assistência hospitalar especializada em psiquiatria no


SUS- Hospitais Psiquiátricos

A Portaria 3.588 informa que se mantém as diretrizes e normas previstas para os


Hospitais Psiquiátricos Especializados, constantes do Anexo XXV à Portaria de Consolidação
nº 5/ 2017.

A partir da nova normativa, o Hospital Psiquiátrico passa a ser incluído na


RAPS e não mais se incentiva o seu fechamento, mas a sua qualificação
elevando os padrões assistenciais.

Em caso de fechamento ou descredenciamento de tais Serviços (mesmo contrariando


as novas diretrizes do Ministério da Saúde), o Ministério deve ser notificado e aprovar a
nova destinação deste recurso federal, que deverá ser aplicado necessariamente na RAPS.
Foram criados dois novos procedimentos para faturamento hospitalar – um para
internações curtas (até 90 dias) e outro para internações prolongadas (mais de 90 dias)
ou reinternações antes de 30 dias da última alta hospitalar.

O encerramento dos leitos de hospitais psiquiátricos levará ao redirecionamento do


recurso correspondente para outras ações em saúde mental no respectivo Estado.
Desta forma, conforme pactuado com CONASS e CONASEMS, que as propostas de
redirecionamento dos recursos provenientes de AIHs de casos de pacientes transferidos de
Hospitais Psiquiátricos para SRTs, ou decorrentes do simples fechamento de unidades
hospitalares especializadas devem ser destinados para a RAPS, no respectivo Estado
(qualquer Serviço da Rede, incluindo Hospital Psiquiátrico). Esta destinação do recurso federal
deve ser pactuada em CIB e encaminhada a este Ministério, para aprovação.

O Ministério reforça este entendimento, na portaria SAS nº 324, de 20 de março de


2018:

“Art. 2º Os gestores estaduais e municipais atingidos por esta Portaria deverão, através de
suas respectivas Comissões Intergestores Bipartite, informar à Coordenação Geral de Saúde
Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde sobre o destino dos recursos
correspondentes ao financiamento dos equipamentos ora desabilitados, para homologação ou
repactuação, no prazo de 90 dias.”

➢ Internação de crianças e adolescentes

Vale ressaltar que não há qualquer impedimento legal para a internação de


pacientes menores de idade em Enfermarias Psiquiátricas de Hospitais Gerais ou de
Hospitais Psiquiátricos. A melhor prática indica a necessidade de que tais internações
ocorram em Enfermarias Especializadas em Infância e Adolescência. No entanto, exceções à
regra podem ocorrer, sempre em benefício dos pacientes.
“A internação psiquiátrica de crianças e adolescentes é juridicamente possível, desde que
algumas condições especiais sejam respeitadas.”

24
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

É vedada a permanência de crianças e adolescentes em leitos hospitalares


psiquiátricos situados na mesma área de abrigamento (quarto, enfermaria ou
ala) de adultos, e mesmo a convivência em atividades recreativas ou terapêuticas
em ambientes comuns.

“ Porém, quando forem indicadas pelo médico, e devidamente registradas em laudos, como
providências úteis ao tratamento em si, sob o ponto de vista do estrito interesse da saúde do
paciente (criança e do adolescente), e desde que haja a prévia autorização de quem de direito
(do responsável, na internação voluntária ou involuntária, ou do Juiz de Direito, na internação
compulsória), poderá haver exceções a essa regra.”

Serviço Residencial Terapêutico (SRT)

Os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), seja tipo I ou tipo II, passam a atender
==0==

até 10 moradores. Continuam a acolher preferencialmente egressos de internações


prolongadas.

Nas novas ações do Ministério da Saúde, os SRTs também passam a acolher pacientes
com transtornos mentais em outras situações de vulnerabilidade, como por exemplo, aqueles
que vivem nas ruas e também os que são egressos de unidades prisionais comuns, devido ao
grande contingente de pacientes com transtornos mentais graves nessas condições, fruto de
graves problemas na condução da Política Nacional de Saúde nas últimas décadas.

Os pacientes moradores dos SRTs devem ser tratados e


acompanhados por profissionais dos Serviços comunitários da RAPS (CAPS, Ambulatórios).

O financiamento dos SRTs não foi modificado nas mudanças da Política ocorridas em
dezembro de 2017. Ressalta-se que estes serviços devem ser cofinanciados pelos Estados e
Municípios.

Os SRTs são: “moradias inseridas na comunidade, destinadas a cuidar dos


portadores de transtornos mentais crônicos com necessidade de cuidados de
longa permanência, prioritariamente egressos de internações psiquiátricas e de
hospitais de custódia, que não possuam suporte financeiro, social e/ou laços
familiares que permitam outra forma de reinserção”.

25
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

Os SRTs são moradias, unidades individuais, podendo ser casas ou apartamentos. De


acordo com o planejamento e projeto do gestor, podem constituir condomínios ou vilas
terapêuticas, em comunidades urbanas, e até rurais, desde que garantidos os direitos básicos e
inalienáveis dos moradores. Arranjos verticais (apartamentos) podem ser uma solução em
grandes centros urbanos.

Define os SRT Tipo I, como moradias destinadas a pessoas com transtorno mental em
processo de desinstitucionalização, devendo acolher até no máximo 10 moradores.

De acordo com o artigo 83 do anexo V da Portaria 03/2017, que estabelece “normas e


critérios para inclusão dos Serviços Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental no SUS”, em seu
item IV, os SRTs devem estar “sob gestão preferencial do nível local e vinculados, tecnicamente,
ao serviço ambulatorial especializado em saúde mental mais próximo”.
Os serviços ambulatoriais especializados em saúde mental, aos quais os Serviços
Residenciais Terapêuticos estejam vinculados, possuam equipe técnica que atuará na
assistência e supervisão das atividades, constituída, no mínimo, pelos seguintes profissionais:

I - 01 profissional médico;
II - 02 profissionais de nível médio com experiência e/ou capacitação específica em
reabilitação psicossocial”

Os SRT devem estar integrados à rede de serviços do SUS, municipal, estadual ou por
meio de consórcios intermunicipais, cabendo ao gestor local a responsabilidade de oferecer
uma assistência integral a estes usuários, planejando as ações de saúde de forma articulada
nos diversos níveis de complexidade da rede assistencial.

A critério do Gestor municipal/estadual de saúde os Serviços Residenciais Terapêuticos


poderão funcionar em parcerias com organizações não governamentais (ONGs) de saúde, ou
de trabalhos sociais ou de pessoas físicas nos moldes das famílias de acolhimento, sempre
supervisionadas por um serviço ambulatorial especializado em saúde mental.

O Ministério da Saúde reforça quanto à importância de que os leitos ocupados por


pacientes que serão transferidos para os SRTs permaneçam abertos nos Hospitais
Psiquiátricos, para ofertar tratamento aos pacientes com quadros clínicos agudos. Orienta-se a
priorização de acolhimento a pacientes em maior situação de vulnerabilidade nos SRTs.

Avaliação Funcional dos Ingressantes

A avaliação de grau de independência funcional para as atividades de vida diária dos


pacientes encaminhados para SRT, pode ser medida a partir da escala “Medida de
Independência Funcional (MIF)”, validada em 2004.

26
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

A escala é composta por 18 categorias agrupadas em seis dimensões: autocuidado,


controle de esfíncteres, transferências, locomoção, comunicação e cognição social. Cada item
tem uma pontuação de 1 a 7, em que 1 corresponde à dependência total e 7, à independência
completa.
Cada dimensão é analisada pela soma dos itens que a compõem. Nesse instrumento são
descritos dois domínios: o motor, referente às dimensões de autocuidado, controle de
esfíncteres, transferências e locomoção; e o cognitivo, que engloba as dimensões de
comunicação e cognição social.
O escore total da MIF é obtido somando-se a pontuação de cada dimensão, sendo que o
mínimo é de 18 e o máximo, de 126 pontos. Até 18 pontos, considera-se que há dependência
completa, com necessidade de assistência total; de 19 a 60 pontos, dependência modificada,
com assistência de até 50% na tarefa; de 61 a 103 pontos, dependência modificada, com
necessidade de assistência de até 25% na tarefa e de 104 a 126 pontos, equivalente a
independência completa/modificada.

Sistema de Apoio à Implementação de Políticas em Saúde

O SAIPS foi instituído pela Portaria nº 281, de 27 de fevereiro de 2014, e é uma


ferramenta de gestão que foi desenvolvida para facilitar e agilizar os pedidos de recursos
– feito por gestores Municipais, Estaduais ou do Distrito Federal – para custeio, implantação,
habilitação ou credenciamento de equipes, unidades e serviços em saúde. Trata-se de um
instrumento de comunicação, que organiza o processo e permite transparência na sua
condução. A senha é de uso pessoal e intransferível.

A tramitação e aprovação final de cada proposta está sempre condicionada à


avaliação de instâncias superiores, análise de prioridades do Ministério, com base em
planejamento e em indicadores epidemiológicos, bem como à disponibilidade de dotação
orçamentária do Ministério da Saúde, que tem teto e programação definida, mas sujeita a
mudanças.

O cadastramento da proposta não gera quaisquer obrigações ao Ministério da Saúde em


relação ao seu atendimento. As propostas enviadas ao Ministério da Saúde por intermédio do
SAIPS serão analisadas conforme os critérios definidos para cada Rede, Programa ou Política.
A área técnica responsável pela Rede, Programa ou Política analisará o mérito da
solicitação, podendo indicar adequações, aprovar, aprovar com pendências a serem sanadas
em prazo determinado ou rejeitar a proposta.
O gestor público de saúde Estadual, do Distrito Federal ou Municipal deverá assegurar o
monitoramento da execução de cronograma ou de solução de pendências definidas para as
propostas.

27
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01

Monitoramento

Quanto ao monitoramento do processo de implantação e adequada gestão dos serviços


da RAPS:

É obrigatório o registro mensal dos procedimentos no sistema de informação do


Ministério da Saúde para o efetivo custeio dos Serviços. Caso os sistemas de informação não
sejam alimentados e validados por 3 meses consecutivos, a Secretaria de Atenção à Saúde deve
suspender a transferência de recursos. Tal normativa foi reiterada pela Resolução CIT n.º
36/2018.
Quanto aos incentivos financeiros de parcela única para implantação de novos
Serviços da RAPS, bem como para qualificação de Serviços já existentes, a Portaria de
Consolidação GM/MS n.º 6/2017 estabelece prazos para que os gestores implantem os
respectivos Serviços. Assim sendo, caso os gestores, que receberam os incentivos
financeiros, mas que não implantaram os Serviços, deverão devolver os recursos para a
União. Tal normativa foi reiterada pela Resolução CIT n.º 35/2018.

Com base na Nota Técnica 11/2019, responda as questões a seguir:

(RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM/ UERJ/2020) No que se refere aos esclarecimentos


sobre as mudanças na Política Nacional de Saúde Mental e nas diretrizes da Política
Nacional sobre Drogas, a nota determina a:

a) inclusão da comunidade terapêutica e do hospital psiquiátrico como pontos de atenção da


Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
b) restrição da implantação de novos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) devido ao alto
custo financeiro para sua manutenção
c) limitação do atendimento ambulatorial, pois se trata de ação custo-efetiva que não impacta
favoravelmente em diversos indicadores na área da psiquiatria
d) expansão dos serviços do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS III AD)
para o trabalho nas “cracolândias” como estratégia para abordagem aos dependentes
químicos.

Comentário:

O gabarito da questão é a letra A. Esta nota traz como alguns dos pontos principais a inclusão
das comunidades terapêuticas e a do hospital psiquiátrico. A letra b está incorreta, porque a
NT não restringe a implantação dos SRT; letra c está errada, porque a norma dá prioridade
para atendimentos ambulatoriais e na letra d, está incorreta, porque o CAPS que atua nas
cracolândias é o CAPS AD IV.

28
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

0
Gisele Lima
Aula 01
(RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM/ UERJ/2020) Um dos pontos da Nova Política Nacional
de Saúde Mental é a reorganização dos SRTs. Em relação às mudanças nesses serviços, é
correto afirmar que os:

a) SRTs constituem-se como serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, ao abordar no


contexto comunitário pacientes psiquiátricos e seus familiares
b) pacientes moradores dos SRTs devem ser tratados e acompanhados por profissionais que
trabalham nas unidades especializadas em saúde mental dos hospitais gerais, pois estes são os
mais qualificados da RAPS
c) SRTs são destinados ao acolhimento de pacientes com transtornos mentais graves, sendo
que aqueles em situação de rua e os egressos de unidades prisionais com transtornos mentais
graves deverão morar em abrigos
d) leitos ocupados por pacientes que serão transferidos para os SRTs permanecerão abertos
nos hospitais psiquiátricos, pois há importante déficit de vagas para internação de pacientes
com quadros psiquiátricos agudizados

Comentário:

O gabarito da questão é a letra D. Um ponto que esta nova política traz bem forte é a
importância de manter os hospitais psiquiátricos como componentes da RAPS, portanto,
mesmo que o usuário seja desinstitucionalizado, segundo essa NT, o leito deve permanecer
“aberto” para ofertar tratamento aos pacientes com quadros clínicos agudos, em situação que
ofereçam risco a si ou a terceiros. A letra a está incorreta, porque segundo o Ministério da
Saúde, os serviços não devem mais ser substitutivos, pois todos tem igual importância. Letra b,
os pacientes moradores dos SRTs devem ser tratados e acompanhados por profissionais dos
Serviços comunitários da RAPS (CAPS, Ambulatórios) e não por profissionais dos hospitais
gerais e a letra c, está errada porque as pessoas em situação de rua e os egressos de unidades
prisionais com transtornos mentais graves devem ser acolhidos nos SRTs.

29
HCPA (Residência Multiprofissional Hospital de Clínicas de Porto Alegre) Conhecimentos Específicos V para Enfermagem
www.estrategiaconcursos.com.br 30

Você também pode gostar