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POLÍTICAS SOBRE DROGAS

com ênfase na prevenção

Secretaria Executiva de Políticas sobre Drogas/SPS

2022
Políticas sobre Drogas

Porque falar sobre essa política?

• As pessoas com problemas relacionados ao uso álcool e outras


drogas precisam ser tratadas de forma igualitária, sem
discriminação, sem estigma.

• A droga pode ser a consequência para uma série de fatores e não


a causa.

• Evitar o foco excessivo na drogas e voltar a atenção para as


pessoas que estão fazendo uso (acolher, ouvir seus desejos e
dificuldades, promover o aproveitamento dos seus potenciais e
aspirações de forma saudável e construtiva).
Dados

• O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no


Relatório Mundial sobre Drogas 2020 destacou que o uso de drogas
em todo o mundo tem aumentado.

• O desemprego e a falta de oportunidades que estão aumentando,


poderão fazer com que pessoas passem por padrões nocivos de
uso de drogas, ocasionando transtornos decorrentes do uso e se
envolvam em atividades ilícitas vinculadas às substâncias (UNODC,
2020).
Ligação com outras Políticas

•Política Nacional de Atenção Básica


•Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
•Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Adolescente
•Política Nacional de atenção Integral à Saúde da Mulher
•Política Nacional do Idoso
•Política Nacional de Saúde do Trabalhador
•Política de Redução de Danos
•Política Nacional da População em Situação de Rua
DECRETO Nº 9.761, DE 11 DE ABRIL DE 2019
Aprova a Política Nacional sobre Drogas
Redução da demanda Redução da oferta

∙ Prevenção aos problemas ∙ Ações de segurança pública,


relacionados ao uso; defesa, inteligência, regulação
∙ Promoção à saúde, cuidado, de substâncias precursoras, de
tratamento; substâncias controladas e de
∙ Acolhimento, apoio, mútua drogas lícitas;
ajuda, ∙ Repressão da produção não
∙ Suporte social; autorizada, de combate ao
∙ Redução dos riscos e danos tráfico de drogas, à lavagem de
sociais e à saúde; dinheiro e crimes conexos,
inclusive por meio da
∙ Reinserção social. recuperação de ativos que
financiem ou sejam resultados
dessas atividades criminosas.

Secretaria Nacional de Políticas


Secretaria Nacional de Cuidados e
sobre Drogas (SENAD) /
Prevenção às Drogas (SENAPRED)
Ministério da Justiça e
/ Ministério da Cidadania
Segurança Pública

Articular e coordenar a implementação da PNAD


Políticas sobre Drogas no Ceará
∙ Assembleia Legislativa do Ceará-
∙ Articulação Pacto pela Vida
2010 e ∙ Objetivo: construção diagnóstico do uso de drogas e de assistência aos
usuários; traçar plano de ações integradas.
2011
∙ Lei nº 15.234, de 19 de novembro de 2012
∙ Cria a Assessoria Especial de Políticas sobre Drogas (AESPD)
∙ Vinculada ao Gabinete do Governador
2012 ∙ Órgão de assessoramento das ações estratégicas e coordenação da
política pública sobre drogas

∙ Extinção da AESPD em 31 de dezembro de 2014


2014

∙ Lei Estadual nº 15.773, de 10 de março de 2015 (Cria SPD)


∙ Desenvolver e coordenar as políticas sobre drogas
2015 a ∙ Órgão central articulador do Sistema Estadual de Políticas sobre Drogas.
2018
Secretaria Executiva de Políticas sobre Drogas
Lei nº 16.863, de 15 de abril de 2019

•Eixos de Atuação:

Orientação, Apoio e
Prevenção
Reinserção

Gestão e Educação Estudos e


Controle Social Permanente Pesquisa
Prevenção
Ação Integrada de Prevenção Projeto: + Papo + Atitude

1. Momento com profissionais do


município; • Grupos terapêuticos
2. Momento de construção de
conduzidos por estagiários
propostas de prevenção conforme
a realidade local; de psicologia (com
3. Profissionais realizam a abordagem supervisão) com
nos equipamentos do território; adolescentes de escolas de
4. Feedback dos profissionais quanto ensino médio
as ações realizadas.

Prevenção e Cuidado na CE

• Atendimento à população por equipe multidisciplinar


• Atividades de prevenção
• Capacitação de profissionais
• Fórum com a sociedade
Orientação, Apoio e Reinserção
● Aplicativo Aqui tem Ajuda ● CHAT
- informações sobre ações da secretaria, - Técnico da secretaria fica
equipamentos onde procurar ajuda e à disposição no site
legislação. www.sps.ce.gov.br para
esclarecimentos quanto
aos serviços e
direcionamentos a
respeito.

● Centro de Referência sobre Drogas - CRD


● Estáção Móvel - Atendimento individual e coletivo (grupo de apoio);
- Equipada com consultório climatizado - Atendimento online e Teleatendimento;
- Encaminhamentos;
- Reinserção social e profissional.
Gestão e Controle Social
- Apoio aos municípios para criação e fortalecimento de Conselhos Municipais de
Políticas sobre Drogas – COMPODs.

No Ceará, atualmente, há 126 COMPODs


constituídos (68,47% dos municípios no Ceará)

- Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas - CEPOD

Perspectivas:
• Realização de Conferência Estadual de Políticas sobre Drogas;
• Construção da Política Estadual sobre Drogas.
Educação Permanente
∙ Capacitação de pessoas que atuam ou tenham interesse nas
políticas sobre drogas.

Cursos EaD:

Curso de Prevenção ao Uso e Abuso de Álcool e Outras Drogas em Diversos


5ª ed. Contextos

4ª ed. Curso de Capacitação para Conselheiros de Políticas sobre drogas

2ª ed. Curso Rede de Atenção e Integralidade do Cuidado na Política sobre Drogas

• Curso de Capacitação para gestores e monitores de


Comunidades Terapêuticas
Parceria com a SESA
Estudos e Pesquisas
• Biblioteca

• Parcerias com Universidades


(Ligas Acadêmicas, grupos de estudos e pesquisas, estágios)

• Parceria em pesquisas voltadas às políticas sobre drogas.


Prevenção

• A prevenção aos problemas relacionados ao uso de álcool e outras


drogas, é a intervenção mais eficaz e de menor custo para a
sociedade.

• Cada dólar gasto com prevenção com jovens, leva à economia de até
10 dólares com custos futuros com saúde, programas sociais e crime
(UNODC, 2013).

• Abordar prevenção não se limita a distribuição de folhetos


impressos como forma de alertar os jovens quanto as consequências
causadas pelas substâncias.


Prevenção

• Ações como essas possuem pouco ou nenhum impacto sobre o


comportamento, diferente das estratégias com atuação junto a
família, escola e comunidade com foco em habilidades de vida,
favorecendo que o jovem chegue de forma saudável à vida adulta
e à velhice (UNODC, 2013).

• Importante destacar que o cérebro do adolescente ainda está se


desenvolvendo até o início dos 20 anos, necessitando fortalecer as
ações de prevenção nesse período para adiamento do início do
primeiro uso, caso contrário poderá favorecer à dependência.
Tipos da Prevenção
• Quanto ao grau de exposição
Terciária
Para pessoas em
Secundária uso problemático
Para os que já
Primária experimentaram,
Evitar a evitando que o
experimentação uso se torne
inicial da droga problemático

• Quanto a intervenção
Para indivíduos ou subgrupos que
apresentam sintomas iniciais do
problema
Indicada
Para indivíduos ou subgrupos
expostos a fatores de risco
Seletiva
Para toda população
Evita o estabelecimento do
Universal problema
Nas Políticas sobre Drogas há também
campanhas/eventos e cuidados devem
ser tomados...
• Evitar modelos que, embora sejam capazes de mudar
alguns conceitos, podem não levar à mudança de
comportamento, exemplo:
- Amedrontamento, pânico, exagero
- Enfatizar prejuízo das drogas
- Informações isoladas
- Símbolo proibição

• Exemplos de imagens para EVITAR utilizar nas campanhas:


Recomendações para campanhas e
eventos nas políticas sobre drogas...
• Buscar atuar com esclarecimentos, ações contínuas,
lúdicas/reflexivas:
- Valorização do indivíduo;
- Mudança de hábitos e comportamentos;
- Valorização do bem-estar;
- Informação esclarecedora de forma honesta e não
fantasiosa.

• Importante conhecer e respeitar as características e as necessidades da


comunidade onde se pretende atuar.
Exemplificando....
Prevenção Secundária
(para alunos que fizeram
uso esporádico)

Prevenção Primária
(para alunos que jamais
fizeram uso de drogas)

Prevenção Universal
(Alunos 6º ano)

(CNM, 2016)
Mudança no paradigma de Prevenção
SAINDO.... FORTALECENDO....

Baseado em
Baseado em opinião
Evidência
Recomenda-se atuação voltada à:
• Aspectos da juventude;
• Habilidades de vida;
• Habilidades de comunicação;
• Fatores de Proteção;
• Crenças Normativas;
• Família;
• Comunidade;
• Projetos de vida;
• Intersetorialidade;
• Escola, etc...
A prevenção busca:
• impedir que o uso de drogas ocorra;
• reduzir o uso de drogas quando não é possível impedir;
• postergar o primeiro uso;
• evitar a transição de um uso esporádico para uso frequente ou abusivo. (BRASlL, 2019)
Assim como em outras áreas há
abordagem de prevenção...
Domínios Fatores de Proteção Fatores de Risco
Sujeito • Habilidade sociais; • Insegurança;
• Cooperação; • Timidez excessiva;
• Autonomia; • Comportamento agressivo;
• Autoestima desenvolvida; • Busca descontrolada de prazer;
• Capacidade de resolução de problemas • Insatisfação com a vida.
• Autocontrole e autoeficácia.
Família • Envolvimento familiar positivo, num lar em que • Pais que abusam de substâncias ou
haja estímulo dos pais para o desenvolvimento sofrem de problemas de saúde mental;
de habilidades sociais dos filhos; • Falta de regras claras de conduta;
• Pais que acompanham as atividades dos • Pais excessivamente autoritários ou
filhos; muito exigentes;
• Estabelecimento de regras e condutas claras; • Violência doméstica;
• Adoção de normas convencionais quanto ao • Traumas na infância.
uso de drogas.
Escola • Bom desempenho escolar; • Baixo rendimento escolar;
• Boa inserção e adaptação no ambiente • Falta de regras claras;
escolar; • Baixas expectativas em relação às
• Vínculo afetivo com professores e colegas; crianças;
• Realização pessoal e construção projeto de • Exclusão social no ambiente escolar.
vida;
• Prazer em aprender.
Sociedade/ • Respeito às leis sociais; • Propagandas que incentivam o uso;
comunidade • Oportunidades de lazer; • Acessibilidade a substâncias.
• Clima comunitário afetivo;
• Vínculo com organização religiosa.
OBS: Se a escola não pode eliminar os tantos fatores de risco já citados, alheios a sua função ou alcance,
ela pode e deve reforçar os fatores de proteção
PREVENÇÃO
AMBIENTAL
Prevenção
Ambiental

■ Refere-se a políticas e intervenções que buscam limitar


as oportunidades de comportamentos prejudiciais;
■ Promover a disponibilidade de opções mais saudáveis,
através de ações no ambiente;
■ Alterar o ambiente de maneiras que podem influenciar o
comportamento.
Propaganda/Indústria

■ As indústrias têm muito poder;


■ A bebida mais consumida pelo brasileiro é a cerveja, e a
propaganda da cerveja não é controlada;
■ A propaganda de álcool afeta, principalmente, o consumo
do adolescente, fazendo com que ele inicie de maneira
mais precoce e de forma mais intensa;
■ Há forte propaganda do álcool na internet, por artista;
■ Prevenção Ambiental.
• Iniciativa e “pacote técnico” da OMS delineando 5 estratégias de alto
impacto que podem ajudar os governos a reduzir o uso nocivo do álcool
(10% até 2025) e as consequências sociais, econômicas e de saúde
relacionadas1;
• Proteger os países da influência da indústria2.

S A F E R
Reduzir Ampliação das Facilitar o Restrições quanto Aumentar preços
disponibilidade do restrições de acesso a a publicidade • Impostos
álcool beber e dirigir diagnóstico, patrocínio e • outras medidas
• Horários de • Fiscalização intervenções promoção de de preços e
venda • penalidades breves e bebidas fiscais
• Licença pra tratamento alcoólicas
venda - Em vários tipos
• Locais de venda de mídia
• Densidade dos
pontos de venda
(OMS, 2018)1 (MARTEN; AMUL; CASSWELL, 2020)2
Não existe dose segura para álcool

• A evidência científica atual esclarece que não existe dose


segura de álcool a ser recomendada.

• Os riscos à saúde estão associados ao consumo de


bebidas em qualquer dose

• Pequenos benefícios adquiridos com o consumo baixo


e moderado de bebidas alcoólicas são superados pelo
risco aumentado de outros danos relacionados à saúde,
como por exemplo o câncer.
(BURTON, SHERON, 2018)
Padrões de uso problemático de
substâncias

• Quando a pessoa uso exageradamente e teve


Abuso ou Uso problemas com uma determinada substância,
inadequado percebendo os riscos (ou ser alertada) e diminuir ou
parar seu consumo.

• Quando a pessoa possui dificuldade em diminuir ou


parar por decisão própria, sem o recurso de ajuda
externa (especialista, ou outra pessoa, medicamento).
Dependência • Incluir fenômenos fisiológicos, comportamentais e
cognitivos.
• Indivíduo dá prioridade ao uso da droga em detrimento
de outros comportamentos que antes tinham valor.

(BRASIL, 2014)
MULHER
Consumo de álcool no
público feminino
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem destacado que:

A quantidade de Entretanto, o
mulheres número absoluto
Quando bebem,
consumidoras de de mulheres que
elas consomem
álcool no mundo bebem
menos que os
é menor em atualmente tem
homens
relação aos aumentado no
homens mundo

(WHO, 2018)

As mulheres estão aumentando o padrão de consumo de risco, o binge drink (padrão de


abuso), enquanto que os homens estagnaram. Aumento observado em diversos estados
brasileiros (Tomar cuidado com bebidas atrativas: doces, bem apresentadas, nomes
famosos...).
PESSOA IDOSA
Pessoas Idosas

■ O padrão de consumo de álcool está aumentando nas pessoas


idosas.
■ Os idosos têm um metabolismo mais lento e o álcool vai afetar
de forma diferente esse idoso.
■ Pode interagir com diversos medicamentos, que o idoso está
em uso (medicações diante das doenças crônicas que fazem
parte do processo de envelhecimento), podendo causar
toxidade ou anular o efeito do medicamento ao consumir álcool
com frequência.
Estratégias de Prevenção
■ Sugere-se abordagens de concepções baseadas em aspectos mais
saudáveis de viver, prevenção em sentido mais amplo.
■ Propõe-se realizar estratégias que desenvolvam1:

Capacidade
Habilidade Comunicaçã
de lidar com Capacidade
de decidir e o verbal e
Autoestima tensões, de resistir às
interagir em expressão
frustrações e pressões
grupo não verbal
angústias

■ Isso deixa a pessoa mais segura para que possa tomar decisões
racionais sobre o uso ou não de drogas

(BUCHELE; COELHO; LINDNER, 2009)1


Estratégias de Prevenção
Devem ser atuadas junto com o indivíduo, e não como
imposição.

Direcionadas à interrupção de fatores de risco e fortalecimento


de fatores de proteção.

Trabalhar habilidades de vida, informação sobre drogas,


crenças dos adolescentes e habilidades parentais (família).

• Intervenções realizadas antes do início do uso têm um


melhor potencial para mudanças nos padrões de
comportamentos.
Eficiência em intervenções
prevenção

Estratégias que favoreçam o protagonismo juvenil

Compartilhamento de informações

Socialização / Trocas de experiências

Aplicabilidade prática na realidade dos jovens

Atenção a faixa etária na abordagem de determinados


assuntos (evitar efeito contrário)
Dicas para uma maior probabilidade
de sucesso nas ações de
prevenção:

● Não realizar abordagem tendo como base o medo e a punição;


● Fortalecimento de vínculos familiares e com a escola e comunidade;
● Planejamento das ações;
● Avaliação de ações realizadas;
● Desenvolvimento com cooperação/intersetorialidade;
● Dar início por territórios ou grupos menores;
● Aproveitamento de recursos já existentes (espaços, recursos humanos e
materiais);
● Envolvimento da comunidade escolar;
● Facilitadores treinados (evita efeito iatrogênico);
● Continuidade de ações (10 a 15 sessões uma vez por semana, em torno
de 1 hora);
● Atuação com práticas interativas;
● Respeito à realidade local e a singularidade (cultura, crenças, valores)
Estratégias de redução de danos
• Tecnologias de intervenção comprometidas com o respeito à
autonomia;
• Fortalecem o protagonismo e o autocuidado;
• Trabalha-se junto com a pessoa e para ela;
• Se adequa aos potenciais, vulnerabilidades e desejos de cada pessoa,
em cada momento (respeito à singularidade, considerando o sujeito e
o momento)
• Contempla um conjunto de políticas, programas e práticas cujo
objetivo é reduzir os danos associados ao uso de drogas psicoativas
em pessoas que não podem ou não querem parar de usar drogas;
• Contempla a abstinência como possibilidade, e a estratégia é
construída em conjunto com o indivíduo.
Integralidade e Redes de Atenção em Álcool e outras Drogas

• A atenção ao usuário deve ser voltada ao oferecimento de


oportunidade, de reflexão sobre o consumo;
• Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade
das pessoas;
• Evitar estigmas e preconceitos
• Garantia do acesso e da qualidade dos serviços
• Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
• Desenvolvimento de atividades que favoreçam a inclusão social com
vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania.
Trabalho em Rede

•Relações estáveis, autonomia


•Inexistência de hierarquia
•Compartilhamento de objetivos comuns
•Cooperação
•Confiança
•Intercâmbio constante e duradouro de recursos
(MENDES, 2011).

A rede não é pensada somente na relação que as pessoas têm entre si,
mas também nas relações estabelecidas entre grupos e entre instituições.

Remete a noção de interconexão, articulação, parceria, interação,


cooperação entre organizações governamentais e não governamentais,
buscando o bem-estar social e a corresponsabilização de todos
(PEREIRA; TEIXEIRA, 2013)
Intersetorialidade
• Intervenção coordenada de diversas instituições para o desenvolvimento
de ações de atenção integral à qualidade de vida da população (BRASIL,
2014).

• Ela é a ordenadora da rede para um cuidado integral às pessoas que


necessitam de atenção nas políticas sobre drogas.

• O formato de atuação intersetorial nas políticas públicas é desafiante,


urgente e necessário, devendo envolver governantes, gestores,
profissionais, usuários, lideranças, conselheiros e instituições de ensino, em
especial, nas políticas sobre drogas por ser transversal a várias políticas
sociais (BRASIL, 2014).

• O alcance à superação das vulnerabilidades poderá ser mais efetivo ao se


comparar com o trabalho realizado por frentes isoladas, potencializa os
dispositivos da rede e garante o acesso aos serviços.

• Essa integração, realizada de forma articulada para uma atuação efetiva,


precisa superar a burocracia, ineficiência, sobrecarga de profissionais,
ausência de recursos, dificuldade de avaliação, entre outras questões
que necessitam ser melhoradas.
Referências
• BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional sobre Drogas – SENAD. Prevenção aos problemas
relacionados ao uso de drogas: capacitação para conselheiros e lideranças comunitárias. Brasília/DF: SENAD/MJ,
2014. 312p.
• BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 9.761, de 11
de abril de 2019. Aprova a política nacional sobre drogas. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9761.htm
• BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 11.343, de 23 de
agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas
para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm
• BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 1.028, de 01 de julho de 2005. Determina que as
ações que visam à redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas
que causem dependência, sejam reguladas por esta Portaria. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2005/prt1028_01_07_2005.html#:~:text=Determina%20que%20as%
20a%C3%A7%C3%B5es%20que,sejam%20reguladas%20por%20esta%20Portaria.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Programa #Tamojunto: prevenção na escola – guia do professor. 2ª ed. Brasília: Ministério da
Saúde, 2019.
• BURTON, Robyn; SHERON, Nick. No level of alcohol consumption improves health. The Lancet Global Health. v
392, p.987-988, 2018. Disponível em:
https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S0140-6736%2818%2931571-X
• BUCHELE, Fátima; COELHO, Elza Berger Salema; LINDNER, Sheila Rubia. A promoção da saúde enquanto
estratégia de prevenção ao uso das drogas. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 267-273, Feb.
2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232009000100033&lng=en&nrm=iso . Acesso: 12
mai 2020.
• CEARÁ. Governo do Estado do Ceará. Lei nº 16.863, de 15 de abril de 2019. DOE 16 de abril de 2019. Altera as
leis nºs14.868, de 25 de janeiro de 2011; 16.230, de 27 de abril de 2017, 16.710, de 21 de dezembro de 2018 e
13.729, de 11 de janeiro de 2006, revoga dispositivos das leis nºs13.438, de 7 de janeiro de 2004; 14.317, de 7 de
abril de 2009; 15.217, de 5 de setembro de 2012; 15.360, de 4 de junho de 2013 e 16.710, de 21 de dezembro de
2018. Disponível em:
https://www.cge.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/20/2019/04/LEI-N%C2%BA16.863-15-de-abril-de-2019-16-de-
abril-de-2019.pdf
• CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS – CNM. Prevenção ao uso de drogas: conceitos e
Referências
• MARTEN, Robert; AMUL, Gianna Gayle Herrera; CASSWELL, Sally. Alcohol: global health’s
blind spot. The Lancet Global Health. v 8, n.3, p.E329-E330, 2020. Disponível em:
https://www.thelancet.com/journals/langlo/article/PIIS2214-109X(20)30008-5/fulltext
• MENDES, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da
Saúde, 2011. 549p.
• YOUTUBE. O que é redução de danos? Que droga é essa? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=SyLQSYwfa-U
• PEREIRA, Karine Yanne de Lima Pereira; TEIXEIRA, Solange Maria Teixeira. Redes e
intersetorialidade nas políticas sociais: reflexões sobre sua concepção na política de assistência
social. Textos & Contextos (Porto Alegre), v. 12, n. 1, p. 114 - 127, jan./jun. 2013. Disponível em:
file:///Users/lidianenogueirareboucas/Downloads/12990-Texto%20do%20artigo-55394-1-10-20130719%20(1
).pdf
• UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME – UNODC. Normas internacionais sobre a
prevenção do uso de drogas. Viena: UNODC, 2013. Disponível
em:https://www.unodc.org/documents/lpobrazil/noticias/2013/09/UNODC_Normas_Intern
acionais_PREVENCAO_portugues.pdf
• UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME – UNODC. Relatório Mundial sobre Drogas 2020.
Disponível em: https://wdr.unodc.org/wdr2020/index.html
• WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Global status report on alcohol and health 2018: Executive
summary. 2018. Disponível em: https://www.who.int/substance_abuse/publications/global_alcohol_report/en/
Acesso em 16 abr. 2020
• WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. SAFER. 2018. Disponível em:
https://www.who.int/substance_abuse/safer/msb_safer_framework.pdf?ua=1
Secretaria Executiva de Políticas sobre Drogas
sexecdrogas@sps.ce.gov.br
(85) 3101 4576 / 3265 7677
(85) 98634-8718

Centro de Referência sobre Drogas – CRD


(85) 98439 4775 – Atendimento Whats app
crd@sps.ce.gov.br

Cursos EaD
cursoeadsexecdrogas@sps.ce.gov.br
(85) 98634-8718

Intagram: @spsceara

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