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O Cuidado ao

Usuário de Substâncias Psicoativas na Rede de Atenção Psicossocial

Claudine C. Aguiar
MSc Ensino na Saúde - UECE
Quem é o usuário de substâncias psicoativas?
sujeito

Meio Ambiente
social/familiar droga
Tipo de usuários de substâncias psicoativas

●Uso recreativo - não apresentam problemas clínicos e


psicossociais
●Uso problemático/nocivo - podem apresentar problemas
psicossociais e ou clínicos porém não apresentam ainda
sintomas graves de síndrome de dependência e abstinência
●Dependência - apresentam problemas clínicos e psicossociais
graves e síndrome de dependência e abstinência
Síndrome da Dependência

●Atividades sociais, ocupacionais ou recreacionais importantes são abandonadas


ou reduzidas em função do uso da substância (estreitamento de repertório).
●A substância é frequentemente consumida em grandes quantidades ou por um
período maior do que o pretendido.
●Há um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para interromper ou
controlar o uso
●Uma grande parte do tempo é gasta em atividades necessárias para obter a
substância, usá-la ou recuperar-se de seus efeitos.
●Presença de “fissura” ou um forte desejo ou urgência em relação ao uso da
substância
●Uso recorrente da substância resultando na falha no cumprimento de obrigações
importantes no trabalho, na escola ou no lar.
Síndrome da Abstinência

Síndrome de abstinência é um conjunto característico de sinais e sintomas


que ocorrem após a interrupção (ou, em alguns casos, diminuição) do
consumo de uma substância, seja ela um medicamento ou uma droga de
abuso. O quadro clínico de uma dada síndrome de abstinência varia de
acordo com a droga consumida.
Alguns sintomas da síndrome de abstinência do álcool: insônia, tremores,
ansiedade, disforia, náusea ou vômitos, inquietação, agitação, aumento da
sudorese, aumento da frequência cardíaca e outros sinais de hiperatividade
do sistema nervoso autônomo. Quando mais grave, pode evoluir para
convulsões e delirium tremens.
Acolhimento/ Escuta qualificada/ Vínculo

ACOLHIMENTO: Ouvir as queixa, considerando suas preocupações e


angústias, fazendo uso de uma escuta qualificada que possibilite
analisar a demanda e, colocando os limites necessários, garantir atenção
integral, resolutiva e responsável por meio do acionamento/articulação
das redes internas dos serviços (visando à horizontalidade do cuidado) e
redes externas, com outros serviços de saúde, para continuidade da
assistência quando necessário.
(Referência PNH)
Diagnóstico Situacional/ Projeto Terapêutico Singular (PTS)

O Projeto Terapêutico Singular é um instrumento de organização e


sistematização do cuidado construído entre equipe de saúde, usuário e
familiar considerando singularidades do sujeito e a complexidade de cada
caso.
No PTS, a identificação das necessidades de saúde, a discussão do
diagnóstico e a contratação do cuidado são compartilhados, o que leva a um
aumento da eficácia dos tratamentos.
Projetos terapêuticos são, pois, resultantes de acordos possíveis e
necessários entre ofertas e demandas, tomados tanto como as experiências
da vida prática dos usuários como dos saberes e experiência clínica dos
trabalhadores e equipes de saúde.
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) - Portaria 3088/20011
RAISM - Rede de Atenção Integral de SM- Sobral
Entrevista Motivacional - Estágios Motivacionais

●Pré-contemplação: não há a consciência de que existe algum problema e, se houver,


a responsabilidade é de outras pessoas, nunca de si mesmo.
● Contemplação: já se está pensando em modificar alguma coisa, mas ainda não se fez
nada para tal;
●Determinação ou preparação: já está concretizada a intenção de modificação e
mudança, mas ainda é necessário um planejamento de ação;
●Ação: o sujeito está decidido a mudar e já está fazendo alguma coisa para sua
mudança de comportamento;
●Na manutenção: deve-se manter os resultados obtidos nas etapas anteriores.
●A recaída: ou volta ao padrão de consumo anterior, faz parte do processo de
mudança e muitas vezes é o modo como a pessoa aprende a recomeçar o tratamento
de forma mais consciente
REDUÇÃO DE DANOS
As ações de redução de danos constituem um conjunto de medidas de
saúde pública voltadas para minimizar as consequências adversas do
uso de drogas. O princípio fundamental que orienta [a RD] é o respeito
à lei e a liberdade de escolha, à medida que os estudos e a experiência
dos serviços demonstram que muitos usuários, por vezes, não
conseguem ou não querem deixar de usar drogas e, mesmo esses,
precisam ter o risco de infecção pelo HIV e hepatite minimizados
(BRASIL, 2001a, p.12).
REDUÇÃO DE DANOS

Evitar, se possível, que as pessoas se envolvam com o uso de substâncias


psicoativas;

Se isto não for possível, evitar o envolvimento precoce com o uso de


drogas, retardando-o ao máximo;

Para aqueles que já se envolveram, ajudá-los a evitar que se tornem


dependentes;

Para aqueles que já se tornaram dependentes, oferecer os melhores meios


para que possam abandonar a dependência;

Se, apesar de todos os esforços, eles continuarem a consumir drogas,


orientá-los para que o façam da maneira menos prejudicial possível
Um recorte da pesquisa….

A dificuldade de aproximação dos profissionais da ESF com os usuários


de substâncias psicoativas é na maioria das vezes por
desconhecimento, medo, preconceito e estigma ao usuário,
impedindo o acesso do mesmo ao serviço de saúde.
Também falta plano formativo na perspectiva de educação
permanente para que seja construído tecnologias de cuidado a essa
população. No caso, a mais indicada seria o cuidado pela estratégia da
redução de danos que mais se aproxima dos aspectos comunitário e
psicossocial.
Indicação de vídeos:

●O que é redução de danos?


●Consultório na rua: a rua não é um mundo fora do nosso
mundo.
●Crack Repensar
●Cortina de fumaça
●Quebrando tabu
●Diga aí redução de danos.
●Hotel Laide
Obrigada!

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