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Lidando com a dependência química

A dependência química é uma doença crônica, caracterizada pelo uso


impulsivo e recorrente de substâncias para obter bem-estar e prazer,
aliviando desconfortos como ansiedade, tensões e medos. Apesar do
termo ser comumente ligado a drogas como cocaína, crack e
maconha, ela também está relacionada ao abuso de álcool, cigarro,
medicamentos, entre outros. Por isso, é importante diferenciar os
tipos de uso e os sinais de alerta caso limites sejam ultrapassados.

A evolução do uso, abuso e dependência

Uso é recreativo, casual ou quando se experimenta.


A pessoa possui total controle da situação e não há prejuízo.

Abuso é frequente, em que se nota alterações de comportamento.


Começam prejuízos para a saúde física e/ou mental, e pode haver exposição a riscos.

Dependência é compulsão, fora do controle. Prejuízos para saúde física e mental se


agravam, além de deterioração de comportamento e convívio social.

Durante a vida, experimentamos diferentes substâncias potencialmente viciantes,


embora a maioria das pessoas não se torne dependente. Além disso, existem
diversos níveis e tipos de dependência. Nem sempre o comportamento é
totalmente alterado ou é necessário cometer transgressões para conseguir a
substância.

O que leva alguém à dependência?


A dependência é um fenômeno complexo, com diversas variáveis envolvidas.
Não existe uma explicação simples que contempla todas as causas. Ela é
composta pela relação de três elementos:

Ambiente é o cenário e o contexto em que a pessoa encontra e


utiliza a droga. Reflita sobre a disponibilidade e o
simbolismo do uso. Por exemplo, a diferença do consumo
em uma festa com amigos e o consumo imediatamente
antes de conduzir um veículo.

Indivíduo Substâncias podem ser classificadas em três tipos, de


pode ou não desenvolver dependência, de acordo com os efeitos que causam: estimulantes,
acordo com a relação que estabelece com a droga. Tal depressoras e perturbadoras. Considere a forma de
relação será influenciada diretamente por fatores apresentação, acessibilidade e custo, modo de uso,
biológicos, psicodinâmicos, psicossociais e genéticos. características químicas, potencial para gerar
dependência e efeitos fisiológicos.

Os efeitos do vício
Quem consome substâncias psicoativas espera algum benefício, seja prazer,
evitar dores, entre outros. O uso, porém, implica potencial de dano, a curto ou
a longo prazo. Alguns dos sintomas percebidos no dependente são:

sentimento apatia
de onipotência
autopiedade
megalomania
tendência
manipulação antissocial

ansiedade paranoia

Outros aspectos percebidos são a dificuldade de aprendizagem e de


manutenção de comportamentos funcionais, podendo levar à evasão escolar,
à perda do emprego e, em casos extremos, à prisão. Além disso, a
dependência compromete a saúde e torna o usuário suscetível à doenças,
como problemas hepáticos severos.

Acolhimento
A dependência química não é apenas a vontade de consumir
uma substância, mas a incapacidade de não consumí-la. Por
isso, não deve ser vista como uma fraqueza da pessoa, mas
como uma doença crônica. Além da motivação do indivíduo
para o sucesso do tratamento, o apoio recebido pelo
paciente de seus amigos, familiares e colegas
de trabalho é fundamental. O primeiro
passo é a compreensão da dificuldade do
tratamento do vício, que por vezes pode
durar anos ou mesmo décadas. Quando uma pessoa
chega ao nível da dependência, ela não tem mais o
controle da situação e nem escolhe consumir ou
não a substância. É muito importante agir sem
preconceito. Qualquer pessoa pode desenvolver
dependência e isso não deve ser tratado como
motivo de vergonha ou falha moral.

Como evitar e tratar a dependência


Desenvolva hábitos que ajudam a
afastar pensamentos e atitudes que
levam à dependência e nos tornam mais
satisfeitos com nós mesmos como
prática regular de exercícios físicos,
alimentação saudável, rotina de
exames, cultivo de bons
relacionamentos, compaixão e
compreensão de si e evitar o
autojulgamento.
Mais importante do que apenas se
abster das drogas é saber lidar com
gatilhos e diminuir sua influência.
Gatilhos são lugares, situações,
emoções ou até mesmo pessoas que
levam ao desejo pelo uso de drogas.
Lidar com eles é o maior desafio na
vida de quem tem dependência.

Para tratamento da dependência, é importante também participar de terapias


cognitivo comportamentais, sejam individuais ou em grupos, com a ajuda de
profissionais confiáveis e multidisciplinares. Através da identificação e
modificação das maneiras de pensar e agir, os dependentes podem reduzir ou
acabar com sentimentos e comportamentos negativos.

O Programa de Prevenção ao Uso Indevido de Álcool e de Outras


Drogas da Samarco possui como objetivo o desenvolvimento de
um ambiente isento do álcool e de drogas.

Assim, buscamos ampliar a eficácia das medidas de


segurança, promoção da saúde e da qualidade de vida de
todos os empregados. Além disso, promovemos
conscientização sobre os efeitos do álcool e de outras
drogas na saúde, no comportamento, no desempenho e nas
relações sociais e trabalhistas, desenvolvendo a
corresponsabilidade para mantermos livre das drogas.

Para saber mais, fale com nossa equipe de saúde!

Lidando com a dependência química

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