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"Quando pai é pai, e filho é filho, quando o irmão mais velho desempenha o papel de
irmão mais velho e o mais novo age de acordo com o papel de irmão mais novo,
quando o marido é realmente marido e a esposa é realmente a esposa, então, existe
ordem". (I. Ching )
1. COMPREENDENDO A DEPENDÊNCIA QUÍMICA
4) Grande gasto de tempo para obtenção da substância (ex.: consultas médicas, fazer longos
percursos), e no uso da substância (ex.: fumar em grupo) ou na recuperação dos efeitos;
Cultura:
7. “Alfabetização emocional”;
1. Auto-imagem positiva;
2. Auto-estima saudável;
Principais focos da terapia com
3. Lócus de controle interno; a pessoa com dependencia
química
4. Diversidade de estratégias de coping;
Desejo de consumo da
sustância e de sentir Após longo tempo Irresistível impulso
seus efeitos sem utilizar a droga. para usar droga
Humor Cognição
Alívio dos sintomas de Pensamento
abstinência Alívio de afetos
negativos
É importante definir as situações que estimulam o craving para que sejam melhor planejadas
as estratégias de prevenção de recaída. Técnicas de manejo (TCC): relaxamento, visualização,
cartões motivacionais, substituição de imagens, refocalização com palavra-chave)
TRATAMENTO DA FAMÍLIA DO DEPENDENTE QUÍMICO
Etapas vivenciadas pelas famílias na lida com a dependência química (abordagem sistêmica):
1) Negação:
-Tensão, desentendimento, fuga em relação ao problema;
- Formas alternativas de expressão de temores e angústias sem ligação direta com a
dependência química.
2) Extrema preocupação:
- Fim da possibilidade de negação: tentativas de controle do uso e das suas consequências
físicas, emocionais nos diversos setores;
- Segredo familiar (mentiras e cumplicidades relativas ao uso que reproduzem disfuncionalidade
familiar anterior ao problema).
3) Desorganização:
- Papéis rígidos e previsíveis que atuam como facilitadores;
- Assumem responsabilidades de atos do dependente (círculo vicioso);
- Inversão de papéis e funções (filhos que são pais dos pais).
4) Exaustão emocional:
- Graves distúrbios de comportamento e de saúde em todos os membros. A situação fica
insustentável, levando ao afastamento entre os membros e gerando desestruturação familiar.
TRATAMENTO DA FAMÍLIA DO DEPENDENTE QUÍMICO
* A abordagem familiar é fundamental para a eficácia do tratamento
Conscientização
Conscientização dos padrões
dos papéis disfuncionais
assumidos
Intervenções Crescimento
diretivas e individual e do
planejadas em grupo
conjunto
CONDIÇÕES ASSOCIADAS À CESSAÇÃO DO USO DE CRACK
CRACK (1980): neuroestimulante derivado da cocaína que leva a sintomas de euforia, bem-
estar e desejo de repetir o uso, causando efeitos devastadores em todas as dimensões da
vida.
Os sintomas da intoxicação e da abstinência são difíceis de suportar, e a cessação demanda
muito em termos de estratégias motivacionais e de prevenção da recaída.
As técnicas para ajudar os adictos ainda trabalham com indicadores de adesão e impacto
baixos, e há poucas desenvolvidos ou adaptados para a realidade dos usuários de crack.
As estratégias de evitação são as que mais garantem a permanência sem retorno ao
comportamento de consumo, junto com a percepção de consequências negativas do.
Variáveis que aumentam a probabilidade de abstinência do crack:
- Não ter parceiro;
- Ter familiar em tratamento em algum serviço da rede de saúde mental;
- Vivência de luto nos últimos 12 meses;
- Reconhecimento de dificuldades sexuais atribuídas ao crack; e,
- Reconhecimento de comunidades terapêuticas como recurso efetivo
(cuidado mais próximo, atendimentos frequentes e promoção mais intensa da sensação de
proteção em relação à fissura e à possibilidade de reiniciar o consumo).
CONDIÇÕES ASSOCIADAS À CESSAÇÃO DO USO DE CRACK
“O primeiro fumava maconha na colheita da cana porque ‘ficava com o corpo mais leve, dava
vontade de trabalhar’. O segundo escondia cachaça na sua mochila. ‘Quanto mais eu bebia mais
tinha energia. Eu me sentia forte’. O terceiro ‘ia embora’ com maconha ou crack (...) ‘Quando
usava ninguém me segurava. Cortei vinte e uma toneladas em um dia.’” (trabalhadores do
cultivo da cana)
1. Funcional: a droga é usada como uma “ferramenta” de trabalho, sem acarretar prejuízos
para sua realização
2. Disfuncional: mudança no padrão de consumo em que a droga deixa de ser um meio para se
tornar um fim em si mesma, afetando gravemente o desempenho profissional.
Conclusão: mesmo no uso funcional, a relação do sujeito com sua atividade é basicamente
adaptativa, não podendo, portanto, ser considerada como saudável
PROCESSAMENTO IMPLÍCITO E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
• Há mecanismos cognitivos que influenciam o comportamento adicto, alguns são eliciados
automaticamente, potencializando a vulnerabilidade à dependência e recaída ao uso.
• Adictos têm estratégias de tomada de decisão que buscam recompensas imediatas apesar
das consequências negativas no futuro (paradoxo central da adicção)