POLÍTICAS DE SAÚDE

Portaria 2.446-14 - Política Nacional de Promoção da Saúde V

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PORTARIA 2.446-14 - POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE V

RELEMBRANDO
Diferente de Lei, uma política pública é sempre subjetiva, principalmente essas que versam
sobre ações intersetoriais e são muito macro. Elas não trazem direcionamento de ação
direta, mas sim uma subjetividade necessária para que se alcance a qualidade de vida.

c. Avançar na promoção de ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais, cul-

turais e sociais, fundamentadas em informação qualificada e em planejamento integrado que
garantam o trânsito seguro, a redução de morbimortalidade e a paz no trânsito.

ATENÇÃO
Quando se fala em mobilidade, busca-se diminuir a taxa de mortalidade decorrente da vio-
lência no trânsito. A violência é a terceira maior causa das mortes no Brasil e, dentro desse
tópico, a violência no trânsito é a segunda maior.

VII – Promoção da cultura da paz e de direitos humanos, que compreende promover,

articular e mobilizar ações que estimulem a convivência, a solidariedade, o respeito à vida e
o fortalecimento de vínculo (baseados nos direitos humanos e na ética) para o desenvolvi-
mento de tecnologias sociais que favoreçam:
1. Mediação de conflitos – tem impacto direto e positivo na cultura da paz e na taxa de
mortalidade por violência. Portanto também é um valor que está ligado à solidariedade e
felicidade.
2. O respeito às diversidades e diferenças de gênero, de orientação sexual e identidade
de gênero, entre gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais, de classe social e relacionada
às pessoas com deficiências e necessidades especiais, garantindo os direitos humanos fun-
damentais, articulando a RAS com as demais redes de proteção social e produzindo infor-
mação qualificada e capaz de gerar intervenções individuais e coletivas, contribuindo para a
redução das violências e para a cultura de paz.
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VIII – Promoção do desenvolvimento sustentável, que compreende promover mobilizar

e articular ações governamentais, não governamentais, incluindo o setor privado e a socie-
dade civil, nos diferentes cenários (ou seja, como lidar com a participação da sociedade não
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apenas nos conselhos e conferências, mas em diferentes locais que possam ser utilizados
para promover o desenvolvimento sustentável), como cidades, campos, florestas, bairros,
territórios, comunidades, habilitações, escolas, igrejas, empresas e outros, permitindo a inte-
ração entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável na promoção da saúde em
articulação com os demais temas prioritários.

Art. 11 Compete às esferas federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais do SUS:

I – Divulgar a PNPS, fortalecendo seus valores e princípios;
II – Estabelecer parcerias, promovendo a articulação intersetorial e intrassetorial;
III – Contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde com base nos valores,
princípios e diretrizes da PNPS;

RELEMBRANDO
Modelo de atenção à saúde é a forma de organização das ações e serviços, um modelo
preconizado pelo Ministério da Saúde, com base em vigilância em saúde. Mas o modelo
hegemônico no Brasil ainda é o médico-privatista.
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IV – Fomentar normas e regulamentos para o desenvolvimento seguro, saudável e sus-

tentável em ambientes, comunidades, Municípios e territórios;
V – Fortalecer a participação e o controle social e as instâncias de gestão democrática e
participativa, enquanto mecanismo de implementação da PNPS;
VI – Construir mecanismos de identificação das potencialidades e das vulnerabilidades
para subsidiar o fortalecimento da equidade;
VII – Definir prioridades, objetivos, estratégias e metas nas instâncias colegiadas (Con-
selhos e Conferências) e intergestores (CIT, CIB e CIR), para implementação de programas,
planos, projetos e ações de promoção da saúde;
VIII – Estabelecer instrumentos e indicadores de gestão, planejamento, monitoramento
e avaliação;
IX – Promover a alocação de recursos orçamentários e financeiros para a implementação
da PNPS (tal alocação é compartilhada, ou seja, cabe a todas as esferas de governo destinar
uma parte de seu orçamento para contrapartidas à Saúde);
X – Promover o intercâmbio de experiências e o desenvolvimento de estudos e pesquisas
que visem o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos voltados
para a promoção da saúde;
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XI – Desenvolver estratégias e mecanismos organizacionais de qualificação e valoriza-
ção da força de trabalho da saúde (PNH), estimulando processos de formação (intersetorial)
e educação permanente (intrassetorial), voltados para a efetivação da PNPS;
XII – Estimular as iniciativas e ações de promoção de saúde, bem como a produção de
dados e divulgação de informações. Os dados, depois de processados, transformam-se em
informação. Essa informação é utilizada na ação, mas não adianta realizar as ações sem
divulgação, pois com ela outras pessoas, espaços e grupos vão se envolver no processo de
operacionalizar a promoção da saúde.
XIII – Incluir a promoção da saúde nos Planos de Saúde (instrumento de planejamento do
SUS obrigatório a todas as esferas de governo, que tem vigência de 4 anos) e nas Progra-
mações Anuais de Saúde (um plano de saúde é composto por 4 PAS, que descrevem o que
será feito em saúde naquele ano; ao final, é emitido um Relatório Anual de gestão, em que
deve ser contemplado tudo o que foi feito com base na programação), em conformidade com
os instrumentos de planejamento e gestão do SUS, para implementação da PNPS, conside-
rando as especificidades locorregionais;
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XIV – Articular a inserção das ações voltadas à promoção da saúde nos sistemas de
informação do SUS e outros; afinal não é possível fazer o processamento de dados, analisá-
-los e transformá-los em informação sem um sistema, sob o risco de não obter também a
análise do impacto das ações e os indicadores para manutenção das ações futuras.
XV – Viabilizar parcerias com organismos internacionais, organizações governamentais
e não governamentais, incluindo o setor privado e sociedade civil, para o fortalecimento da
promoção da saúde no país.

ATENÇÃO
Muitas bancas gostam de dizer que o setor privado não pode fazer parte de políticas pú-
blicas, mas isso é uma “pegadinha”. Pode sim, basta lembrar que a saúde é de relevância
pública e se as empresas ofertam serviços e ações do setor saúde, é preciso envolvê-las.
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Art. 12 Compete ao Ministério da Saúde:

I – Promover a articulação com os Estados e Municípios para apoio à implantação e
implementação da PNPS;
II – Pactuar na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) os temas prioritários e o financia-
mento da PNPS;
III – Apoiar a implementação da PNPS, considerando o perfil epidemiológico e as neces-
sidades em saúde. Para que isso aconteça, é necessário apoiar cada vez mais o processo
de territorialização e de criar sistemas locais de saúde;
IV – Viabilizar mecanismos para cofinanciamento de planos, projetos e programas de
promoção da saúde;
V – Incorporar ações de Promoção da Saúde aos Planos Plurianual e Nacional de Saúde;
VI – Apresentar no Conselho Nacional de Saúde estratégias, programas, planos e pro-
jetos de promoção da saúde (o Conselho Nacional de Saúde é a maior instância de con-
trole social);
VII – Institucionalizar e manter em funcionamento o Comitê da PNPS, em conformidade
com os seus princípios e diretrizes (o comitê é um grupo de pessoas que tem a habilidade de
lidar com determinado tema);
VIII – Realizar apoio institucional às Secretarias de Saúde Estaduais, do Distrito Federal
e Municipais, visando à implantação implementação e consolidação da PNPS.
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IX – Apoiar e produzir a elaboração de materiais de divulgação, visando socializar infor-

mações e ações de promoção da saúde;
X – Estimular, monitorar e avaliar os processos, programas, projetos e ações de promo-
ção em saúde.

Dica!
A parte de atribuições dos poderes não é a mais importante e não costuma cair tanto em
provas. A tendência é que sejam cobrados mais conhecimentos voltados aos valores, aos
princípios, às diretrizes, aos temas transversais e aos temas prioritários da PNPS.
20m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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